Jillian Johnson, a melhor aluna da turma, e possivelmente da St. Jude, estava passando seu gloss labial rosa pink Chanel sabor cereja no espelho de seu closet enorme. Ela tampou o tubo e botou na bancada, se olhando atentamente no espelho. Espalhou com o dedo indicador o gloss, como costuma fazer, e botou os cabelos para trás. Ela usava a roupa selecionada por CeCe para a balada e sinceramente, não estava gostando nada. O top era apertado demais e não deixava quase nenhuma parte do corpo dela misterioso. O cardigan cobria um pouco o busto, mas quase nada. A saia não deixava ela mexer direito as pernas, mas de uma certa perspectiva até que deixava suas pernas parecerem mais grossas e gostosas. E um pouco mais bronzeadas também. As botas estavam combinando completamente, e eram confortáveis. Ao menos isso.

Ela bateu na porta do espaço para sapatos, onde CeCe estava escolhendo entre um Louboutin clássico ou um ousado salto azul marinho Fendi. A ruiva estava sentada na grande poltrona vermelha no centro do espaço. Ela jogou o Fendi pra trás e colocou o Louboutin, se levantou e anunciou:

– Estou pronta.

– Eu não sei se isso vai dar certo- Jill reclamou, olhando para a saia preta. Se sentia extremamente desconfortável, e já estava louca para tirar a roupa. Humm, isso soou mal- Estou me sentindo um espantalho!

– Ah, cala a boca, eu te pegaria- CeCe disse, andando pra fora do closet enquanto Jill a seguia- Você está uma gata, e nós vamos nos divertir. É só lembrar disso.

CeCe usava uma jaqueta de couro preta aberta mostrando a blusa branca simples escrita “DANCE”, um jeans novinho escuro meio alto mar, com botões de ouro que combinavam com o colar de prata de âncora, uma bolsa de lantejoulas Valentino maravilhosa marrom brilhante, anéis de prata, os Louboutins, um chapéu preto de pelo vintage Robert Hall Navy que ela desenterrou do armário de Jill mas que super combinou com o look e pra completar, óculos escuros redondos Petra, que deixou o look bem rock n roll anos 80.

– Ok, eu não vou desistir assim- Jill suspirou e sentou-se na cama enquanto CeCe colocava em seus lábios carnudos uma camada de batom vermelho MAC New York Apple se olhando no espelho. Ela ficou ainda mais sexy que o normal- Vou mostrar pro Dylan como eu estou maravilhosamente bem sem ele- CeCe ficou em silêncio porque sabia que aquilo não era verdade. A amiga estava seriamente deprimida por causa de Dylan, todos podiam ver. Mas é claro, ela o amava. Isso deixava CeCe um tanto culpada mas poxa, ela só estava tentando resolver as coisas. Jill mastigou seu chiclete e olhou o relógio- Que horas a limusine vem nos buscar?

– Às 10- informou a ruiva.

– Ótimo!- Jill jogou a cabeça pra trás e pegou o telefone na cabeceira- Vamos pedir pizza!

– Pizza?- CeCe questionou- Mas nós vamos nos sujar.

– É só usar a tática pizza-guardanapo-batom- Jill sorriu e a amiga concordou, rindo- Ok, então... Angelo’s?

– Claro- CeCe abriu o laptop de Jill enquanto a mesma pedia a pizza, se sentou na cadeira da escrivaninha branca e viu que o site que estava ali era o da Gossip St. Jude- Humm, anda lendo é?

– Mas é claro- a dona do quarto quicou pra fora da cama e ficou atrás da outra garota- Apesar de só falar mal de nós, eu gosto das coisas que ela fala. Mesmo 50% sendo mentira.

– Olha essa postagem dela. Ela postou faz 3 horas- CeCe clicou na mais nova postagem dela, e ela leu enquanto Jill olhava para as unhas dos pés, sentada na cadeira ao lado de CeCe, o pé apoiado na madeira rústica- Ah, meu Deus- a garota virou a cabeça violentamente e olhou para a garota- Isso é verdade?!

– O que?- Jill levantou a cabeça, olhou para a amiga e olhou para a postagem- Ai, meu Deus, que idiota! Claro que não, isso é mentira total- ela exclamou.

– Como tem certeza?- CeCe perguntou caridosamente- Conhecendo Dylan, isso pode ser uma verdade completa.

– Não, não, você está errada. Ela está errada. Oh, meu Deus, agora tudo faz sentido!- Jill gritou- Becky, Lana e Sasha vieram aqui hoje mais cedo me contar isso. Eu não acreditei, eu...- ela olhou lentamente de para a garota ao seu lado- Você acha que isso pode ser verdade?

CeCe deu de ombros.

– Não sei.

Elas não falaram nada, e Jill pegou o telefone, que descansava na bancada. Ela discou o e-mail da Gossip St. Jude e mandou uma mensagem, veloz.

Sobre o Dylan, é tudo fachada. Certo?-J

Ela respondeu em poucos segundos.

Sinto muito, J. Beijinhos.

X-X-X

A balada da rua 56 estava fervendo, logo às 10 e poucas horas. Meninas com vestidos de coquetéis falsos e garotos com camisas desabotoadas suavam enquanto dançavam na pista de dança, enquanto uma música dark pop tocava num ritmo quente, e as luzes estavam completamente apagadas, exceto algumas iluminações de festa neon e coloridos, que se espalhavam em todo o lugar.

J e C estavam na calçada, prestes a entrar, quando uma limusine parou mais a frente delas e de lá saíram os Black Pearls, a banda mais cool do mundo, provavelmente. Jill apontou e CeCe os viu. O vocalista, o gatinho Adam, parecia estar fogoso, pulando nos outros membros para entrar na festa. CeCe se abanou.

– Já temos um alvo- CeCe se abanou, e Jill riu. As duas entraram na boate e logo começaram a dançar no escuro, sem ao menos ver uma a outra, só ficavam perto uma da outra, a saia de Jill fazendo atrito nas pernas dela, e ela ficava cada vez mais excitada. Houve um momento que ela viu um casal deslocado entrar, segurando as mãos. Ela reconheceu Matt e Stace. Ela não disse nada, só continuou dançando parecendo despreocupada. De repente, após outra olhada rápida para eles, Dylan apareceu atrás deles e ela ficou meio doida mesmo. E olha que ela nem tinha bebido.

De repente, ela sentiu um par de mãos ao redor de sua cintura, e se virou. Era o baterista dos Black Pearls, que ela mal sabia o nome. Foi quando ela ficou mesmo maluca. Deu um sorriso malicioso, tendo certeza que Dylan, Matt e Stace estavam olhando pra eles, e desceu até o chão, as pernas fechadas. Ela as abriu, pertinho do piso e subiu num pulo, extremamente sexy. CeCe olhou para ela e deu uma risada, se virando loucamente ao som da musica pop. Ela finalmente, em um longo tempo, estava se divertindo. Jill se virou e botou o dedo indicador no pescoço do garoto, e desceu de novo com o dedo descendo com ela pelo corpo dele. Ela olhou para Dylan e ele também a olhou, boquiaberto. Jill piscou inocentemente e se agachou de novo, mas dessa vez subiu com uma rodadinha sedutora. Até a garota ficou surpresa pela sua habilidade e o como suas pernas eram fortes. Uh la lá!

Matt e Stace olhavam aquela cena , incrédulos. Jill agarrou a cintura do baterista com as mãos por trás e juntou a bunda com a virilha do garoto. Logo depois ela desceu mais uma vez e de novo, e de novo. Ela olhou para CeCe, que também dançava com Adam, mas não do mesmo jeito que ela. A camisa dele estava quase totalmente desabotoada e eles se olhavam, dançando juntinhos mas de uma forma bem doida, super sexy! Era legal ser tão... irresponsável. Ela nem sabia que horas eram... Coitada. Alguém podia avisar pra ela que não passa de 10 e meia.

– Você quer ir pra algum lugar mais... particular?- Adam sussurrou no ouvido de CeCe , e ela sorriu. Elas mal tinham chegado, mas já estava louca pra fazer outra coisa. Essa é a CeCe; nunca fica muito tempo num lugar. Nunca fica sossegada- Pode chamar seus amigos, podemos pegar uma limusine e fazer uma festinha no Plaza.

Ela foi até Jill e gritou:

– Vamos dar o fora daqui na limusine dos Pearls!

Ela concordou e seguiu Adam e o baterista pra fora, enquanto CeCe ia para o lado oposto. A garota não entendeu direito o que aconteceu, mas foi mesmo assim. No lado de fora, eles entraram na parte de trás da limusine e alguns segundos depois CeCe apareceu com Dylan, Matt, Stace, Becky, Lana, Sasha e Jéssica, que aparentemente estavam na festa também.

– Olha quem eu encontrei na festa!- ela exclamou rindo. Parecia bêbada. Não só parecia; tinha bebido algumas garrafas de vodca escondida antes de ir pra balada- Vamos pro Plaza!

Secretamente, ela mandou uma mensagem para Jill, com as mãos escondidas entre as pernas.

“Mais gente de testemunha que você anda perfeitamente bem. Arrasa!”

Adam e o baterista arranjaram garrafas de champanhe no limusine e todos pegaram taças para beber. Jill botou a mão na perna do último, tentando deixar mais claro o que já estava claro o suficiente: ela queria ficar com ele.

– Então- ela disse- Você tem muitos CDs gravados?

– Está brincando?- ele riu, bebendo champanhe- Tenho vários. Tem o Black Madre, Black Man, Black Bee... Mas o meu favorito é o Black Treasure. Ah, também tem o Black Destiny, que é um álbum mais dark que nós estamos lançando nesse mês.

Jill suspirou disfarçadamente. Ele ia mesmo falar sobre ele o tempo inteiro? Ela se perguntou se todos os CDs deles tinham Black no nome. É, provavelmente, ela concluiu. Enquanto isso, CeCe e Adam estavam bebendo, rindo e conversando, num papo caliente. Ele possuía cabelos loiros obviamente tingidos, um nariz de papagaio, olhos ameaçadores e uma boca ressecada, e usava roupas pretas Armani.

– E aí- ele disse- Tem certeza que não é modelo? Você é... gostosa demais pra não ser.

CeCe deu um risada e olhou para a janela, e voltou a olhar pro garoto, atingindo um outro nível de charme.

– Pra você eu sou qualquer coisa- ela sussurrou no ouvido dele.

No momento que disse isso, Jéssica e Dylan estavam tentando se evitar. Mas a garota estava tão entediada e espremida na janela direita que não aguentou mais.

– Eu quero ir pra casa- ela informou a ele. Stace, que estava ali perto, escutou e falou para Matt:

– Eu também.

Dylan suspirou e foi para frente, a fim de falar com o motorista.

– Nos deixe na rua 79- ele disse. O motorista virou na Park Avenue e seguiu para cima. Finalmente chegou a rua pedida e Matt, Stace, Jéssica e Dylan saíram do táxi. Matt e Stace foram para casa do garoto e Jéssica e Dylan caminharam até o apartamento do garoto. Desse jeito, só sobraram Adam, Jill, o baterista, CeCe, Becky, Lana e Sasha, e o caminho para o Plaza seria longo.

Ao chegarem lá, Jill já sabia o nome do baterista, Pou, e Adam e CeCe já estavam loucos para arrancarem a roupa um do outro. Becky, Lana e Sasha acabaram por dormir no automóvel, e ao sair do táxi, Jill ditou o endereço da casa de cada uma delas para o motorista. Seria uma ótima amiga se não tivesse pego uma caneta esferográfica e desenhado óculos, uma pinta e um bigode no rosto de cada uma.

– Agora pode ir- ela disse ao motorista, e a limusine zarpou.

Depois de chegar no Plaza Hotel, Jill estava se sentindo extremamente mal em relação a como se sentia na balada. Ela e CeCe se separaram quando Adam levou a garota para uma suíte diferente a dela, e Kou a colocou numa outra com ele. O baterista estava suado e disse que precisava de um banho, deixando Jill na cama, meio perdida. Após a separação dela com a amiga, a mesma havia dito pra ela não esquecer da proteção, e isso fez a barriga da garota se virar. Na balada, ela nem havia pensado em sexo, ela só queria mostrar a todos que estavam bem; o que nem era verdade!, mas agora estava claro que era o que eles estavam prestes a fazer, depois que o garoto saísse do banheiro pelado e se jogar em cima dela. Com a barriga borbulhando, ela ligou a televisão e passou os canais, nem vendo o que estava passando por tanto nervosismo. Ela era virgem. Muito virgem. 100% virgem, e não se sentia nada pronta pra fazer o que ia fazer. Como ela ia contar isso pra um cara que ela mal conhecia e depois fugir pra casa de madrugada?!

De repente, a porta do banheiro se abriu e de lá saiu Kou, com os músculos escondidos por tatuagens que Jill não entendeu. Ele estava só de toalha, e só de ver os pelinhos que escapavam pelo pedaço de pano, Jill tremeu. Ela mordeu a almofada do dedo, como fazia quando estava nervosa e Kou pegou sua roupa no armário do quarto. Ele deixou a toalha cair e Jill desviou os olhos teimosamente. Ele olhou pra ela e falou, ainda sem roupa:

– Ei, não quer tomar um banho?- ele perguntou.

A verdade era que ela queria. Estava cansada e toda gosmenta de suor, e na verdade um banho era tudo que ela queria.

– Claro- ela disse timidamente. Se levantou, foi até o banheiro, fechou a porta e se despiu. Ligou o chuveiro e começou a banhar-se. Depois de algum tempo, o banheiro estava totalmente enfumaçado. Ela estava passando a segunda dose de xampu quando percebeu que havia uma figura do lado de fora do box, atrás do vidro. Ela gritou, e o box foi aberto. Na frente dela apareceu um Kou nu, que a agarrou contra a parede de ladrilhos. Ela gritava e pedia pra ele se afastar, aterrorizada, enquanto ele beijava seu pescoço insistentemente. Ela a empurrou de cima dele, pulou pra fora do box, agarrou uma toalha e a colocou, agarrou suas roupas e saiu do quarto só de toalha. Ela corria pelo corredor, desceu as escadas com o cabelo molhado, saiu do prédio e pegou um táxi, ainda quase nua. Mandou o táxi ir pra casa de Matt, sem mais sem menos. Quando chegou lá, ela subiu pelo elevador, entrou no apartamento, que estava destrancado e nem teve energia para chamar Matt. Ela se sentou na bancada da cozinha, a beira da janela, e ficou só olhando a paisagem.

Após alguns minutos, Matt apareceu na cozinha, pois havia escutado o barulho da porta abrindo. Ele tinha em mãos o taco de beisebol de Stace, que ela tinha levado pra ele mais cedo naquele dia. Ele estava sozinho no apartamento, porque o pai alugou um apartamento em Midtown para não ter que ir e voltar de lá todo dia, a mãe viajou para o Alabama a trabalho e a tia tinha ido com ela. Stace já tinha ido embora fazia um tempo.

– Jill?- ele falou baixinho, abaixando o taco. Já eram quase 3 da manhã. E ele reparou que a garota estava chorando.

– Matt- ela disse, olhando pra ele-, por que o mundo é tão ruim?

Ele andou até ela.

– Por que está nua?- Matt perguntou, e Jill balançou a cabeça com os olhos fechados de forma sofrida.

– Eu não entendo, Matt- ela disse, enquanto as lágrimas caíam dos olhos azuis dela.

Ele foi até ela e a envolveu com os braços, ainda meio confuso, e com os olhos abertos. Jill chorava em seu ombro, completamente detonada. Eles ficaram assim por um longo tempo, até Matt segurar o queixo dela e dizer:

– Calma, calma. Vai ficar tudo bem.

Ela soluçou e o abraçou com mais força, mas de repente o soltou. Eles se olharam e sentiram uma estranha conexão entre eles. No impulso, Matt juntou seus lábios com o dela e o beijo foi selado, a luz da lua. Eles ficaram num vai e volta de bocas molhado e romântico, até que Jill avançou para um ritmo mais rápido. Ela tirou a blusa de Matt e ele subiu na bancada, dando amassos avassaladores na garota. Ele passava a mão pelas costas e pela cintura dela, e ela aproveitava a sensação, com os olhos fechados e os lábios seguindo o ritmo acelerado que tinha dado início. Os dois estavam loucos um pelo outro, e sabiam que qualquer palavra ia estragar a magia somos-amigos-que-se-beijam. De repente, Jill soltou a toalha e ela caiu na bancada, a deixando completamente nua. Matt olhou pra ela, impressionado, enquanto Jill colocava as mãos na calça jeans do garoto, abrindo o zíper dele. Em uma questão de segundos ele já estava completamente nu, e ele a carregou para a cama, no seu quarto.

Finalmente liberou geral, J!