Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 44
D começa a ter sentimentos




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Depois de Jéssica ter contado a duas garotas do primeiro ano, a notícia se espalhou mais rápido que fumaça em incêndio. Em menos de 12 horas, quase todas as meninas da St. Jude sabiam do plano diabólico da família de Dylan, inclusive Becky Jones, Lana Springers e Sasha Gold, as três perseguidoras de Jill. E é claro que elas tinham que contar para a garota. Por isso, no sábado, dia 28, elas se reuniram na rua 73 e foram andando juntinhas até o apartamento da garota, onde subiram no elevador e logo, entraram no lugar.

A cobertura da garota era gigantesca, o piso de mármore branco reluzindo a luz do sol que saía das várias janelas que, apesar de serem pequenas, eram bem lavadas pela empregada, Ruth. Além de Ruth, havia 2 cozinheiras; Mariet e Juanita, uma empregada que deixa a casa limpa, Amélia, que também era meio que uma serviçal de Jill e uma arrumadeira, que se chamava... Bem, Jill não sabia como se chamava. Ela só sabia que vinha da Guiana Francesa, mas falava uma línguas estranha que lembrava alemão. Eu hein.

Continuando a narração, Becky, Lana e Sasha adentraram no lugar com suas meias coloridas e Manolos fazendo um barulho singular no chão duro e gelado. Amélia as recebeu.

– Miss Becky, Miss Lana, Miss Sasha, que bom ver rostos conhecidos. Venham, Miss Jill está estudando, para variar.

Amélia as guiou pela escada circular branca e eles chegaram a uma alta porta branca com os escritos “Quarto da J”. Em cima do J, havia uma coroinha com pérolas rosadas e diamantes rodeados de flores rosas e roxas, as cores favoritas da garota. Amélia não bateu na porta, e a abriu levemente. Jill tomou um susto.

– Você nunca escutou em bater?!- gritou Jill, amarga. Ela estava estudando para seu teste de francês que teria na segunda. Como se ela precisasse estudar; sua família toda vinha da França, e ela era praticamente fluente na língua- E o que vocês estão fazendo aqui?

– Temos algo importante a dizer- anunciou Becky, sorrindo levianamente, expandindo o rosto rechonchudo.

– Finalmente uma mudança- Jill riu sarcástica pelo próprio comentário- Vamos lá pra baixo- sugeriu ela, se levantando. Ela não estava mesmo no humor de ver as garotas olhando cada centímetro de seu quarto, mesmo que seja perfeitamente organizado.

As quatro garotas desceram novamente as escada se se sentaram nos sofás perto das janelas. Jill pediu à Amélia uma taça de vinho, e ela acabou trazendo mais três, o que irritou a menina pelo fato de ela queria que as três fofoqueiras fossem embora logo.

– Dylan quer te roubar!- Becky gritou de empolgação, sentada retinha no sofá.

Jill gargalhou.

– O que?!- ela disse, despreocupada. Lançou os cabelos para trás e olhou vagamente para a garota que tinge o cabelo.

– Eu ouvi que ele queria pegar o dinheiro da sua conta bancária para comprar uma passagem para o Brasil ,onde viajaria com CeCe- Lana disse.

– Aposto que ele faria isso, do jeito que ele é apaixonado pela garota- comentou Sasha.

– Mas ele está com Courtney!- argumentou Lana, ultrajada.

– Garotas, garotas!- exclamou Becky, mexendo os braços como um pato- Temos que explicar para Jill direito a situação. Todo mundo está comentando como o plano do diretor Terrance era fazer Dylan se aproximar de você para pegar a fortuna de sua família, porque, como você já deve ter percebido, a escola não está a mesma do ano passado, e muitos alunos não retornaram- Jill havia reparado. Bem, mas ela reparava em tudo- Foi a própria Jéssica que disse isso.

A menina de cabelos castanhos sorriu. Ela já estava costumada com esse tipo de fofoca maluca que inventam, ela morava em Nova York desde que nasceu! Era tão comum ouvir esse tipo de coisa nos arredores da St. Jude que às vezes Jill ficava surpresa por um boato ou outro não ser tão surpreendente. Mas é claro que as garotas não estão perdendo a criatividade; ela nunca acaba.

– Pois é garotas, acho que já está na hora de vocês irem. Obrigada por me avisarem sobre esse terrível segredo- Jill disse sarcástica. Ela se levantou e fez sinal para as meninas em sua frente fazerem o mesmo. E foi o que elas fizeram, sem vergonhas.

– É verdade, Jill- jurou Sasha, enquanto seguia a garota em direção ao elevador. O mesmo abriu e dentro dele estava uma figura alta, musculosa e de olhos verdes. Vestia uma jaqueta marrom escuro J. Crew, sapatos de camurça e um chapéu preto. Jill, Becky, Lana e Sasha o fitaram com curiosidade. Dylan saiu do elevador e Jill empurrou as três meninas para dentro do mesmo, enquanto elas davam risadinhas e pegavam seus telefones prontas para tirar fotos dos dois.

– Adeus, amiguinhas- disse Jill, enquanto o elevador fechava. Becky conseguiu tirar uma foto do momento que a menina de cabelos castanhos se virou para o garoto- E aí- Jill tentou parecer indiferente com Dylan.

– Hmm, eu me toquei que não tinha devolvido seu telefone até hoje. Aqui- Dylan tirou o celular de Jill do bolso direito e entregou para ela. Parecendo surpresa, Jill guardou o celular no bolso e olhou desconfiada para Dylan por um momento. Só que logo já havia voltado ao normal.

– Então, tchau?- sugeriu ela, apertando o botão do elevador. Dylan se virou abruptamente.

– Você sabe?- perguntou ele, tomado pelo desespero.

Jill riu desconfortável. O elevador abriu.

– Saber o que?- perguntou ela, de repente cansada- Vá embora

O garoto de 16 anos suspirou aliviado e entrou no elevador. Ela deu um último olhar sedutor para Jill antes do elevador fechar, e a garota revirou os olhos. Virou-se e pegou o celular do bolso, pronta para ver se estava tudo certo com ele. E é claro, atualizar um certo site.

X-X-X

Enquanto descia o elevador , a mente de Dylan foi preenchida por um pensamento. Toda a escola sabia do plano maligno de seu pai, e ele sabia exatamente por quê. Jéssica. Ele se achava um idiota por ter confiado na irmã, mas não fazia mais sentido reclamar. O estrago já estava feito e ele, como seu pai, ia se dar muito mal. Ele já podia escutar os gritos do pai e as mãos dele puxando a gola da blusa Lacoste com força.

O garoto suspirou, observando o Central Park com as mãos no bolso, parado na calçada. Que saco! Tudo que tinha que ser uma merda?

O telefone tocou. Só havia duas pessoas que poderiam estar ligando: seu pai ou sua irmã. De repente, ele se sentiu extremamente solitário. Ele pegou o telefone do bolso e leu que chamava.

“Dylan”

Peraí... O que? Ele leu de novo e de novo e resolveu atender, para tentar entender porque eel mesmo estava se ligando.

– Hmm, alô?

– Dylan, você me deu o telefone errado- o garoto ouviu a voz de Jill, e se virou num giro- Ainda está no quarteirão?

– Estou subindo- Dylan correu com seus tênis pretos e pegou o elevador. Quando chegou lá, Jill estava sentada com compostura no sofá. Quando o viu, ela se levantou e eles trocaram os telefones, sem alguma troca de olhares- Então eu vou indo.

– Ta- disse Jill, o olhando ir. Ela passou a mão pelo pescoço e sentiu aquela sensação que todo mundo tem quando fica em dúvida entre dois pratos num restaurante e quando escolhe um... ele está péssimo. Ela fez o máximo para ignorar a sensação e o garoto se foi.

Enquanto descia o elevador, Dylan recebeu uma mensagem um tanto peculiar.

“D, estou te chutando. Nesse exato momento estou embarcando no avião para a Inglaterra, e depois disso irei para a Dinamarca e quem sabe Vegas? Mande um chute no traseiro bronzeado de todos. Beijinhos, C.”

Os olhos do garoto se arregalaram com a surpresa. Mas nem tanto assim, ele sabia que Courtney era imprevisível, então não deu a mínima. Voltou para a Quinta, onde pegou um táxi.

– Pra onde?- perguntou o motorista.

– Pra casa- respondeu Dylan- A Quinta com a 73.

– Nós já estamos nesse endereço, garoto- observou o motorista.

Dylan sorriu.

– Eu sei.

X-X-X

CeCe estava em casa, mexendo no laptop, quando de repente se perguntou onde estava Pierre. Ela não o via fazia exatamente 1 semana, após uma briga na cozinha de Tiffany, e se perguntava o que será que estava acontecendo com ele naquele segundo. Estaria contando as moedas pra pagar o aluguel da sua nova casa em Williamsburg ou só se lamentando pela briga? Provavelmente os dois, refletiu a garota.

Foi quando ela se lembrou que a Gossip St. Jude tinha um radar com ele também, e acessou o site. Lá estava Pierre, num apartamento da Park Avenue, entre a esquina da 71 e 72. Realmente muito estranho; será que ele alugara um apartamento ali também? Ela não sabia. Mas não podia ficar parada. Ela se levantou, colocou um jeans surrado, uma blusa Chanel escrito “Fuck” com a marca da Chanel no C preta e uma bota preta com cadarços arco-íris bem simples.

Ela pegou sua bolsa de couro e pegou um táxi para lá. Ao redor da rua 73, ela quase bateu num outro táxi, e o motorista xingou. O táxi com o motorista barbeiro passou ao lado deles e CeCe viu quem estava no banco de trás, e não acreditou quando viu Dylan St. Jude, o ex namorado da melhor amiga, com quem já deu uns amassos. Os dois se olharam desconfortavelmente e continuaram seus caminhos.

CeCe pegou pela corrida e saiu do táxi quando chegou ao edifício que estava Pierre segundo o site de fofoca mais novo da cidade. Ela entrou no prédio, passou despercebida pelo porteiro e entrou no elevador. Chegou ao apartamento e bateu na porta. Um corpo de deus grego, cabelo molhado muito escuro e feições distraída abriu a porta. Pierre. Ele estava nu, exceto por uma toalha enrolada na cintura. Um pingo de água pingou nos olhos escuros do francês e ele piscou e perguntou:

– CeCe?

A garota adentrou no apartamento gigantesco da Park, olhando ao redor. Estava vazio, mas tinham vários móveis caros e sofisticados, a maioria branca.

– O que foi? O que está fazendo aqui?- Pierre tirou a toalha e começou a se vestir, enquanto CeCe olhava freneticamente ao redor. Ela olhou debaixo da cama, abriu gavetas da cabeceira, do armário, foi até a cozinha e voltou.

– De quem é esse apartamento?- ela olhou para o homem, que colocava a cueca branca Calvin Klein. Ele suspirou, botou a mão no rosto de deitou no sofá- Hein? Me diz.

– Como você me encontrou?- perguntou o homem.

– Eu perguntei primeiro- ela cruzou os braços, teimosa, e esperando uma resposta.

Eles se encararam por alguns segundos, e a porta do apartamento se abriu, e de lá saiu uma figura que CeCe conhecia, usando uma boina cor de vinho, um vestido branco apertado de alguma marca desconhecida e sapatos altos tamanho 13. As pestanas caíam elegantemente sobre os olhos cansados, mas ela não tinha nenhuma ruga em nenhum lugar do rosto. Uma francesa nata.

A ruiva tentou se lembrar o nome dela, mas só conseguiu lembrar que começava com D. Seria Daphne? Ou Delia?

– Ei!- exclamou CeCe, apontando pra ela. Ela se esforçou o máximo para lembrar o nome dela enquanto o dedo estava erguido, mas realmente não conseguiu, e ela o abaixou.

– Delphine, se lembra de CeCe?- Pierre se referiu a mulher de boina, Delphine.

– Infelizmente sim- a mulher fechou a porta e a trancou. Jogou a bolsa Louis Vuitton no chão e os encarou- Por que ela está aqui?- perguntou, olhando para ela e depois para o marido.

– Por que você está aqui?- retrucou a garota fazendo a famosa cara olha-aqui-queridinha. Ela botou as mãos nas cinturas demarcadas e encarou Delphine dos pés a cabeça.

Delphine riu.

– Essa é minha casa- ela sorriu levianamente.

– Delphine me ofereceu um emprego na nova empresa dela. E ela me ofereceu a casa dela até eu arranjar um novo apê.

– Peraí- CeCe disse lentamente, estreitando os olhos- Você está morando com ela? E não aceitou morar comigo?

Pierre coçou a testa, nervoso. Mas que porra?! CeCe não estava mesmo afim de passar seu sábado tentando salvar seu relacionamento, que já estava rolando na merda. Ela pegou a bolsa e deu o fora.

– Vê se me esquece- disse ela antes de fechar a porta, descer, pegar um táxi e ditar o endereço da cobertura de Jill. Uma péssima maneira de começar um sábado, com certeza. Mas CeCe definitivamente era a melhor em salvar o dia.


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