Pov Thalia

–Vocês estão bem – Perguntou Bianca para Hermione que vinha com a mão sangrando

– Fora a mão sangrando, estamos bem- falou Harry emburrado

–Deixa eu ver-falou Rachel se sentando do lado do Harry e pegando a mão ferida com cuidado.

Só estávamos nós duas, Harry e Hermione lá no Salão. Os outros saíram atrás dos outros integrante da AD para ver como estava.

Rachel olhou horrorizada.

–Está tão ruim? - Perguntei com medo, e rapidamente peguei a mão de Hermione, o que a fez soltar um gemido de dor – Desculpe

A de Hermione não estava tão ruim, a de Harry no entanto fez um estrago maior.

–Essa sapa não é uma professora. É uma...- Ia falar até que me lembrei que nomes tem poder.

Rachel cantou uns versos em grego e uma fumaça verde rodou o braço de Harry.

–Desde quando você tem poder de um filho de Apolo, pode cura ferida? – Perguntei

–Sou o oráculo de delfos que pertence a Apolo, eu não posso e nem estou curando, só posso anestesiar a dor. Fora isso mas nada.

–A outra menina não podia fazer isso! – Exclamei

–A outra menina era um cadáver.

Logo ela também aliviou a mão de Hermione.

–O ministérios está atrás de Dumbledore, ele assumiu a culpa pela AD, e eles vieram atrás, mas... ele deu um jeito de fugir com a tal da fênix. - Michael entrou deslizando na sala

–Mas o cara tem estilo- Leo completou e logos depois eles saíram

–Gente? – entrou Percy e Tese – alguém viu a Luna?

–Ela não está em nenhum canto desse castelo, estão sugerindo do lado de fora. - Percy falou

–Mas para isso vão precisar de ajuda, eu vou com os dois – Falou Harry se lentando do colo de Rachel onde estava deitado.

–Ok- Tese deu de ombros

Pov Annabeth

–Como se explica isso. Fazemos parte da AD, mas a ‘’ Alta Inquisidora’’ não fez nada com a gente.

–Talvez ela não tinha certeza – falou Teddy Brian (um aluno da Corvinal que é amigo das garotas)

–Então é estupida – Annabeth sussurrou – Íamos para as reuniões.

–Desencalha dessa Annie, você só pode estar de TPM. Não é Teddy?

Ele soltou o livro que estava lendo, e suspirou.

–Eu não sou uma garota, isso é tão difícil de se entender? Para que eu fui inventar de andar de com meninas?

–Mas conta você está mesmo com o Percy?- os olhos dela brilharam e eu sorri.

–Não papo de menina não- gemeu Teddy

–Você é gay !!! – Protestou Reyna, aposto que chateada por ele interromper.

–EU NÃO SOU GAY!!

Pov Jason

Achei melhor ligar para o acampamento, para notificar o resto do pessoal que mais uma aventura estava por vir.

–Ó Iris Deusa do Arco Íris aceite minha oferenda, mostre me Quíron, no Acampamento Meio Sangue.

Por sorte a deusa “Hippie’’ aceitou trabalhar, e a imagem surgiu...mas não como eu esperava.

–Aline ? O que você está fazendo no acampamento

–Eu sou uma semideusa, eu acho que esse é o meu lugar – Respondeu a Filha de Hermes

–Estou me referindo o que você está fazendo na Casa Grande – respondi meio constrangido, afinal minha pergunta foi mal formulada.

–Sabe como é...filhos de Ares, arranjaram confusão e a baderna se formou. Quíron está lá resolvendo as coisas.

–Mas você está porque...- Piper perguntou

–Bati no Octavian? Quíron me mandou ficar .

–Você fez um favor para a humanidade. Agora os Stoll’s te deixaram como líder do 11 né ?-perguntei confirmando

Ela assentiu.

–Então quando Quíron voltar, você pode dizer exatamente o que eu vou te dizer?

–Eu sei quando é hora de brincar, pode falar Jason- ela falou se ajeitando no sofá e cruzando as pernas.

Resumi rapidamente a história toda do que aconteceu.

–Então estejam preparados para uma possível guerra- terminei dizendo

–Uou, vocês se meteram em uma encrenca danada. Certo, parece que os filhos de Ares vão ter a diversão que queriam. Vou jogar a bomba neles. Fui!!-Ela passou a mão

–Agora entendi por que o Leo gosta dela, eu também comecei a gostar.

Piper ia assentir quando...

–Espera o Leo gosta dela?

Sorri, eu sabia que algo estava acontecendo entre os dois. Mas tranquilizei minha amiga.

–Sim, eles são amigos, parece que ela tem uma queda por outro semideus ou algo assim. Sei lá. Não me interessa. Agora vamos encontrar os outros.

Ela assentiu novamente, mas eu sabia que estava pensativa

POV Nico

Estava andando perto das masmorras, conversando com os fantasmas que eu conseguia achar. Queria saber se eles tinham alguma ideia do que planejava a Umbridge. Também queria entender esse tal de direito dos bruxos de voltar ao mundo dos vivos como uma imagem do que eram antes. Sei que não são realmente eles, mas... eles não estão no Mundo Inferior, até Hazel que não tinha muita ligação com mortos queria entender isso.

–Por que não fica lá fora? - Perguntou um deles.

–Não sou muito fã de sol e estou tentando descobrir coisas. - Respondi.- E a Sonserina está lá fora, não sou muito fã de pessoas como eles.

–Você está falando com a gente. - Disse outro.

–Vocês não são que nem eles, na verdade nem são bem pessoas...

–Quando morrer vai ter quantos fantasmas quiser ao seu redor pela eternidade. Aproveite sua vida, garoto. - Disse o fantasma que reconheci como Nick.

Suspirei.

–Vocês estão ficando muito chatos. - Reclamei. -Mas tem razão.

Me virei e comecei meu caminho para fora das masmorras. Luz do Sol, grama, flores, árvores, lago...

Cheguei aos corredores da escola e vi o Sol brilhar no céu. Meus olhos arderam com a luz forte demais, respirei fundo o ar que os jardins traziam, e observei quem entrava em meu campo de visão. Os alunos mais novos faziam suas brincadeiras e travessuras, os mais velhos estudavam para as provas do fim de ano que pareciam que iriam definir seus futuros profissionais. A lula gigante jogava água em algumas pessoas, eles riam quando isso acontecia, os semideuses não estavam por lá.

Dei meia volta, mas parei quando escutei os gritos. Voltei meu olhar para os jardins, as pessoas estavam correndo e gritando na direção do castelo, algumas já estavam próximas de mim. O motivo do pânico estava saindo da floresta aos montes, aqueles eram os maiores escorpiões que eu já vira em toda a minha vida! Fiquei paralisado olhando para as criaturas ao longe que estavam se aproximando rapidamente e se espalhando pelos jardins. Pareciam em busca de algo. Ou alguém. "Monstros precisam lá de razão para atacar?" Pensei.

Vi os outros semideuses chegarem armados para a batalha e despertei do transe que aquelas criaturas me colocaram. Saquei minha espada de ferro estígio e fui ajudá-los. Aquelas coisas eram rápidas, mal dava tempo de desviar de seu ferrão gigante. Aquilo devia ter uns setenta centímetros, se perfurasse alguém... não gostaria de pensar nisso. Nós formamos duplas, e começamos a atacá-los juntos para termos mais chances de aniquilá-los, ou pelo menos expulsá-los. Após desviar de uma picada mortal, notei que minha parceira era Thalia.

–O que está olhando? Se mexa ou ele te mata.- Ela gritou.

Olhei para o monstro bem a tempo de ver uma de suas pinças gigantes vir em direção a minha cabeça, e, por pouco, não fui decepado. Enquanto a pinça estava em cima de mim, me levantei com a ponta da espada pra cima, no intuito de perfurá-la, mas era rápida demais. Thalia atacou de lado, bateu a ponta de sua lança nas patas do bicho e ele desequilibrou, enquanto ela perfurava o lado de seu corpo o transformando em um monte de pó dourado. Mas era somente um de muitos.

–Boa Thalia.- Falei.

–Obrigada – Ela sorriu

Thalia também correu, ela começou a distrair as pinças gigantes enquanto eu ia atacar por trás. O bicho segurou a arma de Thalia e a levantou no ar, ela não queria soltar a lança. Vi ela lançar uma descarga elétrica forte pela arma, o suficiente para ser conduzida por madeira, algo pareceu explodir contra a pinça, e o escorpião lançou Thalia para longe. Ela caiu no chão e logo se levantou, não fora desarmada. O escorpião se virou na minha direção, o ferrão estava pronto para dar o bote.

Fiz a coisa mais estúpida de todas, corri de frente para ele enquanto mirava em mim. Ele jogou a calda para frente para acertar minha cabeça, ou algo perto dela. Quando vi aquela agulha cheia de veneno vindo em minha direção, me joguei no chão e escorreguei até a barriga do bicho. O ferrão errou por poucos centímetros. Cravei minha espada em seu abdômen e ele se dissolveu em cima de mim. Me levantei e limpei minha roupa, deixei minha guarda baixa por um segundo importantíssimo.

–Nico!- Ouvi Thalia gritar.

Olhei para trás, e um dos escorpiões estava bem atrás de mim, o ferrão já estava a caminho das minhas costas pronto para me matar. Num reflexo instintivo, tentei desviar para o lado e o ferrão passou ao meu lado. Mas, por meio segundo, vi algo que fez um arrepio percorrer minha espinha, o ferrão mudou de direção, para Thalia, e ela estava cuidando de outro.

Não pensei, sabia que ele ia acertar Thals e corri, me jogando em sua direção. Foi por um triz que o ferrão não a acertou. Ou não, eu vi, havia sangue no ferrão. Thalia aproveitou a chance e foi ao encontro do bicho, ele tentou lhe acertar mas ela desviou seu ferrão com a lança e perfurou sua cabeça. Assim que ele virou pó, senti uma enorme dor no braço seguida de tontura.

Olhei para o meu braço, era o que eu temia. Havia um corte fundo perto do meu ombro, sangrava, e a tontura indicava que havia veneno ali, já estava com dificuldade de ficar em pé.

–Nico!!- Gritou Thalia, assim que acabou com o ultimo escorpião.

Eu não aguentei, cai no chão com tudo. Thalia chegou perto, e ela viu onde chegava, pegou sua antiga faca de caçada e rasgou minhas camisetas, deixando o ferimento exposto.

–Aí meus deuses. Isso está muito feio Nico, o que você tinha na cabeça- Ela parecia preocupada, eu realmente não sabia. Eu via três delas.

–Tentando salvar a sua vida- respondi, mas não sei se foi isso mesmo o que ela escutou.

–Xiiii, não fale- ela falou fazendo carinho. E puxou um frasco de algo do casaco de couro- Ambrosia, ainda bem que Annabeth me obrigou andar com isso.

Ela me ajudou beber, e tratou do ferimento, o quanto pode.

–Onde aprendeu a fazer isso?

–Os filhos de Apolo, eles me ensinaram. Ainda bem que pedi para eles fazerem isso. Se não você estava morto. – ela falou se sentando e me apoiando nela. - Vamos testar seu equilíbrio. Primeiro sentado.

–Geralmente não é assim que os namorados ficam? - perguntei

Pov Thalia

–É, mas quem liga? - falei meia corada.

Ele ficou em silencio, e eu perdida em pensamentos, não sei por quanto tempo nós ficamos lá. Ficamos até que ele conseguisse ficar de pé. O veneno tinha sido parcialmente resolvido, a ambrosia estava aguentando, mas eu sabia que não era o suficiente.

Então quando nos levantamos, eu simplesmente falei:

–Certo, eu sou a menina que fala tudo na cara, e ultimamente, eu estou tentado esconder de mim até o que eu sinto. Decidi que eu não gosto dessa Thalia.

–O que? Do que você está falando Lia? -ele perguntou.

–Disso-somente o puxei pela camisa o beijando

Ele interrompeu o beijo, eu fiquei apreensiva.

–É, você tem razão, eu prefiro essa Thalia.

E desta vez, foi ele que beijou.