Mundos Entrelaçados escrita por Alasca


Capítulo 33
Revelacão que já estava passando do tempo


Notas iniciais do capítulo

VOLTAMOS!! Capitulo fresquinho, demoramos pois encaixar a história do semideus bruxos foi um pouco complicada.

Alasca e Manatica



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POV Percy

–Tese...- Chamei.

–Que foi?- Respondeu.

–Acha que é a hora?

–Que hora?- Disse Annabeth ajudando Rachel a se levantar.

–Acho que sim, não consigo imaginar um sinal melhor. -Respondeu Tese.

–Do que estão falando?- Perguntou Annabeth.

–Eles... Vocês sabem!- Disse Rachel. -Sabem que é ele ou ela!

–O que?- Gritou um coro de vozes.

–Como voc... Esquece, pergunta idiota.- Falou Tese mexendo os braços.

–Vocês sabem que é o bruxo semideus?- Perguntou Nico.

–Sim, nosso pai contou, ele pediu pra gente esperar um pouco e aí contar pra ele.- Expliquei.

–Ele?- Perguntou Zoë. -É ele? Um garoto?

O tom que ela usou foi diferente, não era aquele tom das Caçadoras que ela costumava usar uns dias atrás, desprezando os homens. Ela usou um tom de dúvida comum, como uma perguntinha besta, que nem: "Sabia que é sorvete de flocos com morango?" "Morango? Nossa.". Ela parecia estar se readaptando a nós. Eu até gostei, ela parou de achar que éramos idiotas imprestáveis. Sabe, alguns não são, né? Tipo eu, eu tenho o selo comprovado de Ártemis, eu presto. (NA: Tá, tá, continua.)

–É, um garoto.- Respondeu Tese. -E temos que contar agora.

–Melhor só Tese ir, todos de uma vez podem deixá-lo nervoso. - Falei.

–E você?- Perguntou ele.

–Eu vou falar com Dumbledore, temos que avisá-lo, e está ficando tarde.

–Eu vou com você. - Disse Annabeth. -Ele é um bruxo importante, deve-se saber usar argumentos com ele.

–Ok. Vamos.

–E a gente?- Perguntou Travis.

–Am... Vão procurar bichos papões.

Eu e Annabeth saímos correndo enquanto ouvíamos Connor gritar que aquilo não teve graça. Corremos pela maioria dos corredores vazios e pouco frequentados, não queríamos ninguém nos parando para nos impedir de falar com o diretor. Principalmente Filch e a sapa velha, nem aquela brigada inquisitorial que eu ainda não entendia por que existia. Provavelmente só abuso de poder mesmo, como uma ditadura, só que em uma escola. Se eles não existissem, essa escola seria perfeita.

Corremos até chegar a gárgula que guardava a escada para a sala, dissemos a senha e ela nos deu passagem para subir. Recuperamos o fôlego antes de subirmos, e quando chegamos na porta, Annabeth bateu tantas vezes que achei que ia abrir um buraco no meio da porta. Dumbledore atendeu em pouco tempo, pelo frenesi das batidas de Annabeth, acho que até a pessoa mais preguiçosa do mundo ia atender a porta.

–Em que posso ajudar meus jovens?- Perguntou o diretor.

–Desculpe incomodá-lo, mas será que poderíamos entrar, senhor?- Perguntou Annabeth. -É importante.

–Sim, sim, é claro. Entrem.

Ele abriu a porta e nós entramos no seu escritório. A fênix estava no poleiro olhando para nós enquanto andávamos, as cores de suas penas sempre me atraíam, parecia fogo de verdade. O resto do escritório estava como eu me lembrava, cheio de livros velhos, quadros de pessoas dormindo, objetos que zuniam, soltavam fumaça e giravam, e o chapéu que falava em um canto na prateleira. Aquele chapéu era esquisito.

–Então.- Falou Dumbledore sentando em sua cadeira. -Sobre o que desejam falar comigo?

–Nossa missão, senhor. - Respondi. -Estamos a pondo em prática.

–Ah, é uma boa notícia. - Ele nos encarou por cima dos seus óculos. -Mas por que vieram falar disso tão tarde da noite? Não poderiam esperar até amanhã de manhã?

–Infelizmente não, senhor. - Annabeth parecia falar com um general. E também não parecia surpresa que Dumbledore soubesse de tudo. -Quando a identidade divina é descoberta o rastreamento por monstros fica mais frequente e perigoso. Como já estamos a caminho de contá-lo, devíamos avisar ao senhor que a escola pode sofrer mais ataques do que já estão ocorrendo.

Ele nos encarou por alguns segundos, e achei que ele fosse brigar conosco já que sua escola estava em perigo por nossa causa, mas ele simplesmente se sentou reto na cadeira e falou:

–Obrigado pelo aviso. - Ele se levantou. -Providenciarei um reforço nos feitiços de proteção amanhã de manhã, pois, infelizmente, nosso mestre em feitiços já está em seus aposentos.

–Obrigada, senhor. - Falei.

POV Tese

–Então vocês estão protegendo um cara meio bruxo meio semideus, mas vocês têm que contar pra ele o que está acontecendo, por causa de uma profecia sobre ele que acabou de ser recitada, pra que ele tome conta de si mesmo.- Falou Rony.

–Resumindo, sim.- Respondi.

Estávamos no dormitório da Grifinória, já tinha escurecido mas demorara para achar as pessoas certas para ajudarem nesse caso. O cara podia não receber bem a notícia, e eu queria um suporte para que não ficasse muito difícil. Só não sabia se esse suporte ia receber a notícia de um jeito bom também, notícias chocantes nunca são muito fãs da paz ambiental, pessoal, ou seja, lá que tipo de paz for pra não sair gritando.

–Espere, uma profecia?- Caçoou Hermione.(NA: Quem fala caçoou?)

–Olhe, não sei as de vocês, mas as nossas são confiáveis e vem de um oráculo dos deuses. Ok?- Retruquei.

–Está bem, está bem... Só é um pouco difícil de acreditar. - Disse ela.

–Se fosse com o Jackson já teria acreditado... - Resmungou Rony levando uma pesada de Hermione.

–E por que está nos contando isso?- Perguntou Harry.

–Ora, para ajudarem. Ele também é um bruxo, não sabemos nada de magia. Vão ter que nos ajudar. - Respondi.

–E pra que é que serve a escola?- Perguntou Michael esparramado na cama.

–E pra que serve a AD?- Retrucou Hermione.

–Ok, ok, calma, nervosinha.- Disse ele. -Eu não disse que não queria ajudar, vai ser ótimo pro cara me ter como professor. Eu sou demais, lembra?

Ignoramos ele.

–Como vocês descobriram quem é mesmo?

–Meu pai falou para mim e Percy, ele queria que contássemos isso no momento certo. A profecia foi lançada, não há momento melhor. Ele era o único deus que sabia.

–Imagino o por que...- Disse Michael.

Ignoramos ele de novo.

–Vamos ajudar.- Falou Harry. -Diga quem é, ajudamos a procurar.

–Não precisa, já achei ele.- Respondi.

–Já?- Perguntou Michael. -Ele já sabe?

–Não, não sabe.

–Bem, então vamos ajudar a contar a ele.- Disse Rony se levantando da cadeira. -Quem é?

–Ele.- Apontei com a cabeça. -Michael.

Depois de um momento em silencio, uma coisa muito estranha aconteceu. Ele começou a rir.

POV Michael

–Tá, muito engraçado.- Falei rindo falsamente. -Sério quem é?

–Hmm... você?- Ele respondeu.

Me sentei ainda sorrindo. Olha, eu sou fã de piadas e brincadeiras, admito. Todo mundo sabe disso. Você também sabe muito bem. Mas, qual é né? Até o maior piadista do mundo sabe que tem hora pra brincadeiras, e há coisas que não dão certo pra fazer piada. Precisa ter graça. Ele me dizer que eu era filho de um deus, poderoso o bastante para ter uma profecia que fala de algo grande que vou fazer, e que estou sendo perseguido por aqueles monstros malucos que aparecem uma vez por semana não tem a menor graça. Era até idiota.

–Cara, isso não tem graça.- Falei. -Quem é?

–Você, eu acabei de falar isso.- Repetiu.

Eu parei de sorrir.

–Espera, Michael? Michael é um semideus?- Perguntou Rony.

–Não pode ser ele.- Reclamou Mione.

–É, ele é meu irmão!- Disse Harry.

–É, sou irmão dele.- Falei apontando para Harry. -Como posso ser um semideus?

–Eles são gêmeos!- Disse Rony.

–São gêmeos falsos.- Explicou Tese. -Eles não tem o mesmo DNA. Só compartilharam o útero ao mesmo tempo. Vieram de células diferentes.

Odiei admitir que aquilo era verdade. Eu e Harry só éramos colegas de útero, por mais que negássemos era verdade. Irmãos normais que nasceram ao mesmo tempo, todos podiam ver isso somente pelas nossas aparências. Harry tinha cabelos negros e olhos verdes, eu era ruivo e tinha olhos castanhos. Só nossas alturas que eram parecidas, e acho que isso não conta. Harry e eu trocamos olhares, ele também estava pensando a mesma coisa.

Um calafrio subiu na minha espinha. Se eu era um semideus, Harry não era 100% meu irmão, então não tínhamos o mesmo pai. Se não tínhamos o mesmo pai... me recusei a pensar no restante. Eu só conhecia o nome da minha mãe, mais nada, mas eu sabia que ela nunca teria feito uma coisa dessas. E se tivesse, eu jamais aceitaria. Minha mãe recém descoberta não poderia ter feito isso.

–V-você...- Murmurou Harry. -Está dizendo que... que... minha mãe...

Caraca, ele lia minha mente ou o que?

–O que?- Perguntou Tese, mas logo entendeu. -Ah... NÃO! Não, não, não! Não! Não foi isso que aconteceu!

–Como assim?- Perguntou Mione.

–É, é o único jeito que eu conheço de se fazer... AI!- Dessa vez Mione lhe deu uma cotovelada.

–Controle sua boca.- Reclamou ela olhando para nós.

–Eu concordo com Rony.- Falei. -É o único jeito de se fazer... am... vocês entenderam. Então minha mãe...

–Não!- Gritou Tese. -Eu acabei de dizer que não foi assim!

–Então como foi?- Eu quase gritei me levantando e indo na direção de Tese. -Se eu não nasci de uma traição então foi do que? Os deuses me implantaram lá?

Tese não se mexeu. Eu duvidava que ele fosse, já tinha encarado coisas piores que eu, com toda certeza. Ele só me encarou de volta, com um olhar calmo, mas dava pra ver que ele não estava gostando da situação. Seja pelo meu ataque, seja por ele não gostar de gritos. Eu, pelo contrário, só faltava quebrar alguma coisa de tão nervoso que estava. Preferi que ele também estivesse nervoso, aquela calma só piorava tudo.

–Se acalme, que eu vou explicar.- Disse ele.

Agora explodiu. Fiquei com tanta raiva daquela calma insuportável que ele mantinha enquanto dizia que eu era e não era uma traição que tentei lhe acertar um murro. Mas ele deu um passo pra trás enquanto alguém me empurrava na direção oposta quase me derrubando no chão. Foi Harry, ele também estava transtornado, mas não parecia estar com raiva. Mais uma coisa que me irritou. Não dei um tabefe nele porque queria era acertar Tese.

–Michael, calma!- Disse Harry.

–Calma?- Retruquei. -Ele está dizendo que minha mãe... nossa mãe... traiu nosso pai!

–Ele acabou de dizer que não foi assim!

–Claro que foi assim, só existe esse jeito!

–Cale essa boca! Ele disse que não foi, quem está acusando nossa mãe é você! Então, se você não se importa, eu vou ouvir o que ele tem a dizer antes de tirar conclusões precipitadas. E na minha opinião, você devia parar de ser tão idiota e começar a ouvir os outros também!

Aquilo doeu. Doeu mesmo. Eu tinha ficado tão desesperado que comecei a imaginar minha mãe traindo meu pai com um deus, nem dera uma chance. Fiquei com raiva de Tese por ele insistir numa coisa que eu não queria acreditar, fiquei com raiva por acreditar por um segundo. E Harry jogar aquilo na minha cara doeu. Mas era verdade, e foi preciso. Eu não estava mais com raiva, estava só envergonhado. Eu tinha dado um baita chilique. Eles estavam me encarando, pareciam que achavam que eu ia pular no pescoço de alguém ou coisa assim.

Eu não sei se os alegrei ou decepcionei, pois só sentei de novo na cama e apertei os olhos com a mão. Me ajudava quando estava estressado. Ouvi Rony murmurar alguma coisa para Hermione, algo como: "essa foi a briga de irmãos mais rápida que já vi!". Não ouvi nenhuma resposta, ela devia ter assentido com a cabeça. Me senti como se estivesse em uma TV trouxa, mas eu queria sair dali logo.

–Tese.- Falou Harry. -O que aconteceu?

–Ah, sim.- Tese disse como se tivesse que ser lembrado que estava lá. -Os deuses já sabiam da profecia, mas ela não era oficializada no Olimpo, pois foi recitada por um bruxo. Parece que existem mesmo bruxos que veem o futuro...

Mione fez um grunido de desaprovação, mas ficou calada.

–A profecia fala de um perigo eminente, que vai acontecer de qualquer jeito, não importa o que façamos.- Disse Tese. -E também do bruxo semideus. Diz que ele vai guiar alguma coisa, mas é vago demais. Então os deuses pediram para Apolo tentar ver algo, algo que os ajudassem. E eles descobriram a época de nascimento e a mãe. Que era a de vocês.

Ninguém disse nada. A menção, tanto da minha mãe quanto a do meu pai, mexia comigo. Devia ser por isso que fiquei tão estressado naquela hora. Mas dessa vez fiquei quieto.

–Alguns deuses acreditavam que você os ajudaria, outros não.- Continuou. -E como a maioria disse que não lhe aprovava, Zeus proclamou como ordem que você não devia nascer.

–Uau, sou tão odiado assim?- "Bela piada... vou ganhar o Oscar!" E aquilo não ajudou como eu achei que fosse.

–Bem vindo ao clube.- Disse ele. -Bem, acontece que meu pai era a favor, e ele não obedece muito a Zeus. Mas... tinha um problema.

–Problema?- Perguntou Rony.

–É, a mãe de vocês já estava grávida.

–Que?- Perguntou Harry.

–E voltamos a hipótese de eu ser implantado.- Murmurei. Sério, ser implantado era muito melhor do que nascer de uma traição.

–Não, você estava lá também.- Disse Tese.

–An?- Levantei o olhar. -Então... como...

–É uma coisa bem estranha, levei um tempão pra entender.- Disse ele. -O tempo estava acabando, e ele pediu permissão pros seus pais primeiro...

–Permissão?- Perguntou Mione. -Os deuses pedem permissão? Pelo que vocês contam...

–Eles não pedem, e isso faz parte das coisas estranhas.

–Uau, deu um ataque de bom senso no seu pai.- Disse Rony.

–É, tipo isso.- Falou Tese, ele começou a gesticular. -Bem, ele teve a ideia de escolher um de vocês e trocar metade dos seus genes mágicos por genes divinos, então, tecnicamente, um de vocês seria um semideus. Seus pais deram permissão, não me perguntem por que, e ele escolheu o Michael. E ele usou os próprios genes divinos, então, tecnicamente, ele é seu pai.

Silencio.

–Essa é história mais estranha que eu já ouvi.- Falou Harry.

–Eu avisei.- Disse Tese. -Quem diria que os deuses entendem de genética.

–É...- Concordei baixo. -O que diz a profecia?

–É melhor uma coisa de cada vez.

–Não, você já me deu um murro na barriga, termina o serviço pra eu vomitar logo.- Essa devia ser a pior comparação de todas. Na minha cabeça fez sentido, quando eu vomitava me sentia melhor, e minha cabeça girava como se isso fosse acontecer.

–Você vai vomitar?- Perguntou.

–Não, é só... esquece. Eu não vou vomitar.

–Tá... melhor prevenir.

–Eu não vou vomitar!

Nessa hora, Percy entrou com Annabeth no quarto e olhou a cena, Annabeth me olhava estranho, ela devia ter sabido a pouco tempo da minha história. Ela também parecia não acreditar mais que eu.

–Então... você já contou?- Perguntou ele.

–É.- Respondeu Tese. -Até que ele aceitou bem... ou pelo menos um pouco.

–É, por que aceitar ser parente de peixes é muito fácil.- Reclamei. -Ou cavalos.

–Isso é uma ofensa?- Perguntou Percy mais confuso do que irritado.

–Não. Por que vocês levam tudo ao pé da letra?- Respirei fundo. -Então ter genes de um deus me faz ser um semideus.

–É.- Disse Annabeth. -Também explica porque você não é muito bom em Feitiços.

–Que?- Eu falei meio alto. -Eu sou ótimo em Feitiços!

–Não, desculpe. Eu te vi praticando as aulas, você pratica muito mas são poucos resultados.

Aquilo era verdade. Poxa, o objetivo deles era me envergonhar até eu não aguentar mais? Eu sempre era o melhor da sala, eu tinha que praticar Feitiços pra que continuasse sendo o melhor. Ninguém sabia que eu era ruim, aí ela vem e conta pra todo mundo! Já não bastava a concorrência que eu tinha que vencer? Assim eu não ia nunca ter uma boa reputação. Cara, que vontade de falar palavrão.

–Você precisava falar tão alto?- Reclamei.

Um trovão explodiu no céu. O chão tremeu de tão forte que foi, o som pareceu me ensurdecer e um clarão muito branco apareceu na janela, fiquei vendo pontinhos coloridos por bastante tempo. Aquilo parecia mais uma explosão de guerra do que um fenômeno natural, todos dentro do quarto deram um pulo de susto com aquela barulheira. Eu quase caí de onde estava sentado, Harry se segurou na borda da cama, Rony tropeçou numa cadeira e caiu no chão, o resto foi na direção das paredes oposta da janela meio encolhidos.

–O que foi isso?- Gritou Rony do chão.

–Zeus. Ele descobriu e está com raiva.- Explicou Percy.

–Pera, ele quis me acertar com aquele negócio?- Perguntei. -Vocês não me disseram nada disso! E se eu sair la fora e uma árvore tentar me estrangular?

–Meio difícil isso acontecer.- Disse Tese. -Deméter era a seu favor.

–Quer dizer que os outros elementos da natureza vão tentar me matar?

–Não, os deuses não vão te matar.- Disse Annabeth. -Primeiro vai haver um concelho, mas para haver um concelho você deve realizar algum feito para que eles possam julgar. Então... tente não irritá-los.

–Eu irrito a maioria das pessoas com quem tenho mais de 10 minutos de conversa, você tá pedindo demais!

–Só puxe o saco deles.- Falou Tese. -Isso você sabe fazer, não é?

–É, sei...

Percy e Tese se entreolharam

–Boa Sorte – simplesmente falou o campista

–Exatamente, mas se eu fosse você, começaria a me preocupar mais em ser eletrocutado ou cair dos céus, porque Zeus não domina arvores não – Concordou Tese com o irmão.

–Só isso?- Gritei exasperado

–Cara, Zeus tentou me matar com doze anos, eu nem sabia sobre ser filhos de deuses. E ele mandou o mi...Filho de Pasifae- Falou Percy fazendo uma careta esquisita.

–Filho de Pasifae?

–Você não quer dizer o Mino...-Ia falando Harry

–Não fala o nome! – Gritaram os semideuses

–Harry, nomes tem poder, não fale esses nomes, principalmente quando se tem três filhos de um dos três grandes aqui!

–Então se não quiser que o chifrudo realmente apareça aqui, não diga o nome deles.- Falou Tese

–Agora eu me sinto bem melhor, porque eu sinto que agora o peso do mundo esta em minhas mãos?-falei

–Por que está. Bem vindo ao mundo semideus!- falaram Percy e Tese com um sorriso irônico

– Então? Vamos começar o treinamento? – Disse a loira

Pov Annabeth

Então é, depois de duas horas de treinamento com Michel, o libertamos e enquanto eu terminava de arrumar as coisas, os dois filhos herdeiro do Mar, sumiram, e logo quando eu precisava falar com Percy. Por sorte, eu o conhecia.

Fui encontrar Percy do outro lado do Grande Lago. Ele olhava para algum ponto do lago. Cheguei ao seu lado e me sentei ao seu lado.

–Como se sente, tendo tecnicamente um irmão? – Perguntei

–Não sei, sempre fui eu e Tese, depois fui eu sozinho, ai a um tempo atrás era eu e Teseu de novo. E agora tem ele, não sei é esquisito!Mas me surpreende o fato de você não esta brava. Sei que detesta não saber das coisas.

–Também estou surpresa, mas acho que para você guarda algo de mim, seria por que você foi obrigado ou então veio de um pedido de seus pais. Então não estou tão chateada quanto devia.

– Uhum....- Ele finalmente tirou os olhos do Lago e me olhou- mas sei que sei que você já esta pensando na profecia. E aí? Tirou conclusões?

–Não, ela parece ser mais complicada do que aparenta e Michael,como ele disse, parece que esta a carregando nas costas sozinho.

– E essa pode ser a nossa ultima missão.

O pior é que ele estava certo, de acordo com meus sonhos algo ruim ia acontecer. Se essa fosse nossa ultima missão juntos...

– E se for?- Percy me olhou confuso-e se for nossa ultima missão juntos? Afinal semideuses nunca vivem tempo demais.

Ele me olhou, mas nada falou. Somente passou os braços ao redor do meu pescoço e me abraçou. O cheiro de Maresia afagou meu nariz e acalmou-me.

–Engraçado como sabemos de uma coisa, mas nunca estamos preparados para ela. Acho que o melhor seria falar aquilo que sente – falei divagando

–Então comece você – Percy falou depois de um minuto em silencio

–Falar o que? – agora eu estava perdida

–Se essa for nossa ultima missão, fale o que você tem vontade de falar. Então comece....

– E por que eu tenho que ser a primeira?

–Pois você deu a idéia-Falou ele num tom infantil.

Comecei a rir, e Percy me acompanhou. Mais ou menos como nos velhos tempos em que era só nos e Grover.

–Tá, se você não vai começar eu começo Annie- ele respirou fundo- acho que gosto de você Annie.

– O que isso quer diz...

Eu não pude completar a frase, Percy havia me beijado. Demorei uns cinco segundos para organizar as coisas, dessa vez, não foi só um beijo, não tinha outro garoto e o mais importante, teve uma declaração. Assim sendo retribui o bejo.

–Na verdade....gostar é meio fraco.... Acho que te amo Sabidinha- falou Percy quando precisamos do ar, e tivemos que interromper o beijo.

Sorri com essa. Ele me amava

– Acho que também te amo Cabeça de Algas-Falei, beijando ele logo em seguida. To parecendo uma filha de Afrodite, mas dane-se.

Pov Bianca

Fui passear para ingerir melhor as coisas, às vezes esta morta parecia mais fácil do que esta viva.

Ou então, ter uma vida normal era mais fácil, toda aquela historia de deuses e montros era complicada, ainda mais quando surgia isso de bruxo semideus.

Enfim, estava andando, quando vi Tese sentando debaixo de uma árvore, como ele não me viu, acho que devia esta pensando. Aproximei-me e me sentei ao seu lado.

–Vem andar comigo? Ele perguntou

Somente assenti, nós fomos distanciando ainda mais de hogwarts, até nós a meio que perdemos a escola em si de vista, ainda dava para ver as torres dela.

Sentamos perto de um lago, eu que eu acho que era o mesmo Grande Lago dos jardins, porem suas águas eram mais claras. E estamos em baixo de uma arvore novamente

–Só eu que acho que essa historia de deuses terem filhos, às vezes é mais complicada do que aparenta? – Perguntou ele se deitando no meu colo. Fiquei um pouco vermelha, não esperava por isso.

–Não, mas acho que ninguém supera a história de nascimento dos filhos de Zeus, tipo Perseus e Minos...

–Realmente, touros, chuva e ovos e cisnes (n/a: se não entendem do que eu estou falando, é melhor começar a estuda mitologia alem de PJ semideuses), temos que dar parabéns a ele – falou Tese, e rimos.

–Sabe, até a vida bruxa é menos complicada, tem uns que ignoram totalmente que o lorde sem nariz voltou e aceitam no que o ministério diz. E os mortais ignoram completamente o que esta acontecendo bem em baixo do nariz deles.- O filho de Poseidon quebrou o silencio que tinha ficado.

–Eu queria ter essa ignorância, estudar normalmente, não ter que me preocupar com salvar o mundo(N/A: não, não queriam. Não é semideuses que lêem isso?ps: me respondam no comentários).- Falei acariciando os cabelos negros dele.

–Acho que se declarar para a menina que se gosta também é mais fácil. Você não precisa se preocupar se vai morrer antes de ter essa coragem.

–Como assim? Tese você gosta de alguém e não me contou? - perguntei brincando, mas por dentro eu me perguntava, por que por Zeus eu tinha que beijar ele.

Ele se levantou e ia pegar uma das flores que estava na arvore.

–É eu gos....- ele foi puxado para dentro do lago do nada. Levantei-me de supetão e corri até o lago gritando:

–Tese.

Quando eu já estava decidida a pular no lago, Tese aparece.

–O que aconteceu? – perguntei preocupada

–Ao que parecem, os bruxos não conhecem os bichinho de seu aquário, porque a Lula é fêmea e tem três filhotes . E um deles queria brincar.

Comecei a ri e a cara de indignação dele estava muito engraçada.

–Isso ria de mim, não se pode mais querer brincar com os filhos de Poseidon, sabia Lulinha? – Ele falou para o lago, o que só fez eu ri mais ainda.

Eu ria tanto que nem percebi o sorriso maligno que Tese deu, e nem quando ele mergulhou de volta na água.

Eu só senti quando algo frio agarrou minha cintura e me puxou para o lago também, gritei desesperada:

–TESE EU NÃO SEI NADAR! – Só foi isso que eu consegui falar ante de ser mergulhada.

Meu pânico durou só dois minutos visto que logo senti duas mãos envolverem minha cintura e subimos para a superfície.

–Calma Bianca, não é como se eu fosse deixar você morrer-Ele falou me abraçando. -Agora como você não sabe nadar?

–Fui criada no cassino lótus, esqueceu? – Perguntei, meio com raiva.

–É, mas você tinha dez ou onze anos quando foi para lá - ele respondeu – a maioria das crianças nessa idade tem que saber nadar.

–Acho que não para aquela época, e considerando que minha mãe se apaixonou pelo deus do submundo acho que nadar não estava nos seus planos.

E de repente um silêncio reinou Tese ainda me segurava.

–Bianca, lembra quando eu disse que gostava de uma garota ?

Assenti com a cabeça, o assunto me deixava desconfortável.

–Então, essa garota é meio que você - dito isso ele me beijou.

Ignorei qualquer pensamento que viesse e somente retribuí.

Pov Teseu

Eu estava com medo daquele impulso, mas mesmo assim, a beijei. E ela retribui, estava tudo bem até interromperem.

– Se você não gosta da Bianca e está se agarrando com ela dessa forma, não quero nem saber como seria se você gostasse.

Fuzilei meu irmão com os olhos, Annabeth e Clarisse que estavam junto com ele começaram a ri. E Bianca ficou vermelha.

–O que vocês querem?- Perguntei irritado

–Não acha melhor sair antes da água peixe palhaço? – Respondeu Clarisse

Automaticamente sequei-me assim como sequei Bih. Foi quando notei uma coisa:

–Por que vocês estão de mão dadas? – Dirigi a pergunta para a loira e para Percy.

E ele fez uma careta. Annie corou bem superficialmente

–Digamos que eu também precisei interromper os dois no mesmo estado que você e Bianca.Acho que Poseidon vai ter problemas com Atena e com Hades- Respondeu Clarisse rindo e todos acompanhamos.

Pov Piper

Clarisse tinha ido atrás dos quatro fujões e ninguém sabia onde estava, a AD tinha sido descoberta por causa da Doninha Albina e da Cho que revelou aonde era o local de acordo com o Nico, e Harry estava ferrado assim como todos o que estavam lá na hora. Michel nem tanto por que estava treinando, e Rony parece que também não estava no momento.

Mas tínhamos suspeitas de que ela havia revelado todos os envolvidos.

Foi quando os cinco que faltava apareceram. Jason ia começar a a falar o que houve, quando Thalia o interrompeu.

–Espera um minuto aí! Porque vocês estão de mãos dadas?

Foi aí que eu notei o que Thalia tinha falado. Tese com Bianca e Percy com Annabeth

Os meninos deram de ombros e falaram.

– Estamos namorando-disseram os quatros como se aquilo tivesse tão importância quanto o fato de está ventando naquele momento.

– O que? – Rony perguntou abismado.

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Notas finais do capítulo

Esse deve ser o nosso capitulo mais longo, então aproveitem! FALTAM 7 CAPÍTULOS PARA O FIM DA FIC! EU MEREÇO RECOMENDAÇÕES, FIZ TUDO O QUE ME PEDIRAM!!!



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