E Agora Shenlong? escrita por Taty M


Capítulo 8
8. Nem tanto, nem tão pouco.




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No outro dia, a jovem Bulma acordou cedo e empolgada.

Revirou o guarda roupas de sua “filha”, vestindo um jeans simples e uma camisa com o símbolo da Corporação Cápsula. Assim como fez questão de colocar o vestido que chegou para ser lavado.

Estava preparada para trabalhar. E se tudo desse certo, em poucas horas encontraria a cápsula onde estava a maquina do tempo.

Vegeta tinha demorado a pegar no sono, pensando em como sua Bulma estava se virando no passado. Se estava bem e protegida.

Provavelmente com aquele verme idiota por perto.

Ela era uma mulher forte e destemida, bom, hoje em dia era.

Mas quando despertou, Vegeta esticou o corpo com intenção de aliviar a rigidez muscular numa longa espreguiçada.

Aproveitou para estender o braço, já imaginando suas mãos trilhando a bunda redonda e indefectível de sua mulher.

Já acordava com toda disposição que podia, fora que Bulma era bem saliente e... Cadê?

Sentou com pressa na enorme cama, sabia que a mulher nunca acordava antes dele. E detectar sua ausência o assustou.

De repente qualquer idéia maliciosa se esvaziou quando Vegeta lembrou-se do ocorrido no dia anterior.

Tanta coisa, tantos problemas que já parecia fazer dias que estava sem Bulma.

Uma sensação estranha e ruim o assolou: desespero.

Como podia acordar sem aquela maluca escandalosa ao seu lado?

Fechou as duas mãos no peito esquerdo, sentindo o coração badernar ali. Se Bulma morresse?

Não que ela morreria no passado.

Mas se ela simplesmente morresse?

Estava ficando velha, e a vida tinha ser curso natural, tinha ciência que nenhum pedido a Shenlong seria atendido, já que a morte natural não pode ser retrocedida.

Ficaria sozinho.

E todo seu poder de super saiyajin, toda sua longa juventude de nada adiantaria.

Acordaria e dormiria só.

E agora, a idéia de Bulma fazer algo para rejuvenescer parecia não somente aceitável, como também necessária.

Mas antes disso... Ela tinha que voltar.

Carro. Iate. Casa. Serio mesmo? Casa? Não uma casinha, um tipo casão?

Carrinho de cachorro quente?

Maquina de... Que é isso?

Cápsula 85957.

A curiosidade acendeu de tal forma que ela teve que parar de fazer tudo que fazia para descobrir a procedência dessa maquina enorme.

Raios Blutz (Baby)

Possessão.

Oozaru.

Evolução.

Super evolução.

Saiyajins.

Era tanta informação. Tanta coisa que Bulma nunca tinha sequer visto.

E foi quando fechava a ultima pagina sobre a Cápsula 85957, que se assustou com Vegeta adentrando no laboratório.

— O que esta fazendo?

— Tentando achar a cápsula da maquina do tempo.

— Espero que não esteja bagunçando as coisas, Bulma vai ficar nervosa quando voltar. E ela esta sempre nervosa.

Bulma deu um sorriso. Ele falava da outra Bulma, como se ela ali no laboratório não fosse à mesma pessoa.

— Vegeta, o que é saiyajin?

— Onde viu isso? Já esta mexendo no que não deve é?

— Vi nuns dados de uma cápsula, mas esse nome se repete inúmeras vezes nos computadores.

— Se atente apenas para enviar logo esse radar. Esqueça os saiyajins.

— Você é sempre tão ignorante?

Vegeta bufou. E isso já respondia a pergunta.

— Espero que com Bulma você seja diferente, se não... Tenho pena dela.

A garota murmurou com quatro cápsulas na mão, e passando por ele para ir ate uma área aberta.

E na terceira cápsula, encontro a tão esperada maquina do tempo.

Vegeta ainda estava parado na porta do laboratório. Matutando as palavras da pirralha, o que era idiota, já que ela era uma adolescente.

“Se não... Tenho pena dela”.

Mas ele não tratava Bulma mal, se fizesse isso, a mulher começaria a gritar seus insultos.

Porem... Talvez por ser uma Bulma a estar falando tal coisa, o chocou.

***

— Ei Bulma, só conseguimos três peças.

— Como assim?

— Não temos condução com combustível.

— Não podem simplesmente irem voando, como são idiotas!

— Ir voando?

A voz de Yamcha ressaltou, mas ali havia a duvida de todos os outros.

Afinal como Kuririn, Yamcha e Goku sairiam voando dali?

Existia a nuvem voadora, e era com ela que conseguiram as três peças, mas Bulma parecia estar com sinais de delírios.

— Voar?

— Esqueçam.

— Bulma, você devia esperar. Com certeza no futuro estão trabalhando em algo para desfazer essa troca. Lá as coisas estão bem mais evoluídas.

— Lunch, eu tenho total capacidade de criar um simples radar do dragão!

A mulher disse com nervosismo, afinal, sua capacidade estava sendo colocada a prova. E olhar para a face tão jovial de Lunch, sabendo que estava velha e acabada, a deixava ainda mais histérica.

— Largue tudo isso sua mulher tola, vamos tomar um chá. Você parece sobrecarregada, tudo vai se resolver.

A mulher, agora nervosa após um simples espirro, disse com raiva.

Bulma sentiu-se grande e não velha.

Lunch não se referia a ela como se falasse com uma mãe ou senhora (da forma que os outros amigos estavam fazendo), e sim como igual.

Então, erguendo o rosto e empinando o nariz, ela chutou as poucas peças que tentaria criar um radar novo, e seguiu a amiga.

***

— Ei Bulma! — ela ouviu o grito e quase caiu ao ver Goku voando ate ela. — A maquina do tempo?

— É... Vou enviar o radar do dragão para a outra Bulma invocar Shenlong.

— Sei. E como foi ficar aqui hoje? Vegeta é legal, mas pode ser difícil...

— Vegeta é legal? Legal? Ele sequer consegue manter uma conversa!

Goku coçou a cabeça, meio sem jeito.

— Se quiser pode ficar lá em casa, acho que Chichi não vai se importar.

— Chichi?

— É. Minha esposa.

— Ai nossa, vendo você na forma de uma criança me fez esquecer que estou no futuro e você tem filhos. CHICHI? CHICHI? A filha do rei Cutelo?

— A única Chichi que conhecemos Bulma.

— Não acredito que você vai se casar com ela no futuro! Como isso aconteceu?

Goku pensou por um tempo.

— Ah. Tem tanto tempo. Foi durante um torneio de artes maciais, ela foi atrás me lembrar que a tinha prometido um casamento.

— Nossa que babado!

— Eu pensava que era algo de comer.

— Não deixa de ser né, Goku seu safadinho! — Bulma disse dando risadinhas.

— Pelo menos ela cozinha muito bem. — ele murmurou, sem entender a piada de duplo sentido.

Oh droga. Ao que parece ele ainda era inocente.

E se com dois filhos e vários anos na costa, seu amigo conseguia ser puro assim... Provavelmente a filha do rei Cutelo tinha abusado do pobre Goku.

— Mas é serio Bulma, se estiver se sentindo deslocada, pode ficar lá em casa. Tem a mulher de Gohan que mora ao lado, alem de Chichi para você conversar.

— Kakaroto, nunca que Bulma iria para sua casa. Ela mora aqui!

Bulma se assustou com a voz de Vegeta.

— Ah Vegeta, não seja tão ranzinza, lá ela pode se sentir melhor. Se pelo menos a Bra tivesse aqui.

— Acha que deixaria minha mulher na mesma casa que seu filho pervertido?

— Não fale isso de Goten, ele e Trunks são bem parecidos se quer saber.

Os dois passaram a debater sobre semelhanças e diferenças entre os filhos, e Bulma trancou os ouvidos.

— Quarenta anos, quatrocentos e oitenta meses. Cento e setenta e cinco mil e duzentos dias. E os anos bissextos? Ai droga, preciso de um calendário. Não... Faço na cabeça...

Vegeta e Goku se calaram enquanto a menina fazia contas sem parar. Quando terminou, ela agitava o radar do dragão da Bulma do futuro e tinha um sorriso no rosto.

Ambos os homens a conhecia bem, e naquele momento tinham certeza que ela tinha conseguido o que queria.

— Oitocentos pontos por milésimo. Só que não terá controle, então chegará à corporação cápsula. Posso enviar uma mensagem para meu pai entregar. Ou ir ate a casa do mestre Kame e enviar a maquina de lá. Mas por não ter controle, ela pode parar no mar.

— E agora?

— Vou criar um intercomunicador dimensional, escrever um bilhete e enviar para a corporação. Meu pai saberá o que fazer.

— Acha que vai dar certo? — Goku perguntou.

— Com certeza.

Ela disse convicta, assustando literalmente os homens ali.


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