Pov Kimberle.

Conversamos até que vi Hideki na porta de sua casa, com a aparência preocupada, e com um sorriso forçado no rosto.

-Ele é lindo não é? - Perguntou Sheila -Ele pensa que amo ele, mas na verdade, ele é como um irmão pra mim.

-Como?

-É, ele é como um irmão pra mim, e faço qualquer coisa pra velo feliz!

-Ele sabe disso?

-Como eu disse, ele pensa que eu amo ele, não como irmão e sim como uma menininha apaixonada, ou talvez ele pense que eu seja que eu seja a vilã da historia - ela riu com seu comentário.

-Vilã da historia? Do tipo que faz tudo pra que ele seja infeliz?

-É, como qualquer irmão eu gosto de irrita-lo.

Finalmente eu entendera a situação ele pensa que a Sheila era a pessoa que iria fazer de tudo para nos atrapalhar, e sendo que a verdade era que ela iria fazer de tudo para vê-lo feliz, e isso significa que iria nos ajudar a ficar juntos.

-Acho que ele está apaixonando.

-Que? - Me assustei com seu comentário repentino

-É ele está agindo diferente, tem corrido mais de mim, e seus olhos brilham tanto que acho até pode cegar- Ela riu e eu acompanhei

Hideki se aproximava de nós vagarosamente, como se estivesse pisando em falso. O olhei nos olhos e sorri, e ele parou, ficou estático, como se algo o segurasse ali.

-Hideki? Está bem?

Desviei meu olhar dele e vi a expressão no rosto de Sheila, estava tensa, preocupada com ele.

-O que você quer Sheila? Por que está aqui? - Perguntou Hideki ainda afastado de nós

-Como?

-Isso mesmo que ouviu. Estou cansado de você sempre estar atrapalhando a minha vida

Os olhos de Sheila se encheram de lagrimas, e ela se levantou.

-Se te atrapalho tanto, vou ir embora.

-Nem sei por que veio

Ela começou a correr e entrou na casa.

-Por que fez isso?

-Eu disse que ela iria nos atrapalhar, e é melhor que ela vá antes de saber sobre nos. Quero dizer aos meus pais que estamos juntos. -terminou a frase com um sorriso no rosto que eu odiei.

-Ela não ia fazer nada contra a gente, ela me disse que você é como um irmão pra ela, que irrita você porque é assim que os irmãos convivem, não fingindo que gosta, mas irritando um ao outro. Você a magoou.

-Não ela não...ela não ia nos atrapalhar?

-Não! - Quase gritei.

-Droga! Fiz merda né?

-Fez, vá pedir desculpas.

E assim ele correu de volta a sua casa.

Pov Hideki.

Não agüentei vê-la conversando com a Kim, mas me arrependi completamente depois que descobrir o que realmente se passa na cabeça da Sheila. Sei que não vai ser fácil me desculpar, mas vou fazer o máximo para que seja merecedor do seu perdão, a julguei sem saber o motivo das coisas que ela fazia, e agora sei que tudo que ela fez foi pro meu bem, agora pensando bem, me lembro que certa vez ela teve que ficar dois meses em casa por minha culpa, eu havia mentido para meus pais dizendo que ficaria no meu quarto estudando, mas sai e fui a uma balada, e ela acabou falando para os meus pais que ela me fizera ir com ela, que havia me obrigado e acabou que seus pais ficaram furiosos com ela, mas ela só descobriu que eu tinha saído porque eu liguei para ela.

Corri para dentro de casa e comecei a procura-la.

-Onde está a Sheila? - perguntei para a Kate.

-Sei lá a louca passou correndo e subiu deve estar no seu quarto aprontando algo

-Não, ela está magoada comigo, eu a feri, não no corpo mas no sentimento.

-Hum... Até que demorou pra você perder a paciência com ela

-Cala a boca Kate.

Subi as escadas num pulo e ao chegar ao andar superior a encontrei com suas malas, com os olhos cheios de lagrimas.

-Sheila, me desculpe, eu pensei que você... Eu agi errado, fica aqui em casa, não vá embora.

-Por que? Eu sei que a verdade é que você mau pode ver a hora de eu partir.

-A Kim, falou o que vocês conversaram, e eu jamais tinha notado isso. Fui um tolo ou pior, só peço que me perdoe.

-Não precisa pedir perdão, nem mesmo desculpas, eu tenho culpa também, eu deixei que pensasse que eu era apaixonada por você, e não o culpo por nada que tenha feito.

Eu não tinha percebido, mas a Sheila tinha um grande coração, acho que passei tempo demais criando a ilusão de que ela era uma pessoa insuportável, e havia me esquecido de que ela era muito mais do que apenas as implicações comigo. Por isso meus pais sempre a adoraram, uma coisa que eu nunca havia entendido, pelo menos até agora.

A abracei e senti que as lagrimas dela molhavam a minha camisa, o abraço foi forte, uma pessoa normal seria esmagada.

-Obrigada - a ouvi sussurrar.

-Eu que devo dizer Obrigada.

Ela se afastou e me olhou nos olhos, nunca fiquei tanto tempo olhando nos olhos de uma pessoa.

-Agora me conta, você e a Kim... estão o que?

-Eu...e a Kim...?

-É

-Bom...estamos tendo um relacionamento.

Ela veio e me abraçou novamente mas dessa vez, ela não estava chorando de tristeza e sim de felicidade.

-Finalmente está namorando, pode não ser oficialmente, mas logo será eu sei disso!

-Tenho que ver a reação dos meus pais.

-Por que?

-Ela não é humana!

-Não!?

E acabou caindo ao receber tal noticia.