Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 5
The new nurse friend


Notas iniciais do capítulo

Gente do nosso coração, nos desculpem de verdade pela demora, estivemos com problemas nesses últimos dias, mas agora tudo esta nos eixo novamente.
E temos uma surpresa para vocês, o trailer de nossa fic!!
Isso mesmo, foi a Yaya que fez e ficou perfeito:
http://www.youtube.com/watch?v=3waqhUgNzPI
Queremos agradecer a Maria Veiga pela linda recomendação, dedicamos esse capítulo a você.
Capitulo também betado pela Francine *-*



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– Léon? E quem seria León? – O psiquiatra a encarou com uma expressão de curiosidade.

– Léon Vargas. Não conhece? – O Doutor negou com a cabeça. – Nossa, que legal! Meu pai me interna nesse fim de mundo e simplesmente não te diz o porquê de eu estar aqui?

– Bom, na sua ficha não consta exatamente o porquê da sua estadia aqui, apenas diz que está muito perturbada. Por acaso passou por algum momento difícil em sua vida? – Diego sabia muito bem como e onde queria chegar: no problema.

– Sério mesmo que você está me fazendo essa pergunta? – Violetta estava indignada com tal ato do Doutor.

– Claro, sou seu psiquiatra. Preciso saber de tudo. – Informou. – A partir de agora nos veremos diariamente. Terá de se acostumar.

– Ah, ótimo! – Violetta se levantou de onde estava sentada e caminhou até a janela. – Léon era meu namorado, nos amávamos de verdade. Nunca senti algo tão forte por alguém dessa maneira. – Suspirou frustrada. – Mas isso tudo acabou tendo um final terrível. – Seus olhos já estavam marejados.

– Um final terrível? Vocês terminaram?

– Quem dera se fosse isso que tivesse acontecido, pelo menos ele poderia estar feliz ao lado de outra, VIVO. – Parou de observar o ambiente lá fora e voltou sua atenção a Diego, que mantinha um olhar curioso e confuso. – Era dia 13 de agosto de 2010. Poderia ter sido o melhor dia da minha vida, se não fosse por aquela noite. – Então lágrimas começaram a rolar em seu rosto, que agora estava manchado de maquiagem borrada. – Nunca encontraram seu corpo, mas havia marcas de sangue e também uma arma... – Violetta não aguentou continuar e caiu aos prantos ali mesmo.

– Ei, não precisa ficar assim. Eu te entendo. – Diego pôs a mão em seu ombro e com a outra colocou uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. – Mas seu pai te internou aqui só por isso?

– Não, o problema é que o Léon fica aparecendo para mim. Eu consigo vê-lo e ele sempre diz que vai estar ao meu lado e que me ama. Por isso meu pai pensa que eu estou ficando louca!

– Você não está louca, está apenas sentindo falta de quem lhe fazia bem e isso a faz vê-lo, mas é apenas coisa da sua cabeça e temos um ótimo tratamento para isso... – Diego não continuou, viu Violetta olhando pela janela afora sem dar ouvidos a ele.

O dia estava mal iluminado, a neve caía levemente e havia pouco movimento devido às ruas cobertas pela mesma. A janela tinha grades de segurança, as cores do quarto eram foscas e sem alegria, frias, assim como aquele lugar. A cama era simples com um cobertor branco e o travesseiro batido, a cortina era fina e esvoaçante, e sobre uma pequena mesa tinha um vaso de flores.

Violetta fechou os olhos imaginando não estar ali, com o médico estranho que a analisava. Queria estar com Léon, queria poder voltar à noite de 13 de agosto e que tudo tivesse mudado, e que ele não tivesse morrido.

– Está me escutando, Violetta? – Perguntou Diego pela décima vez.

– Sim, só estava perdida em meus pensamentos, me desculpe se te incomodei. – Sorriu de lado.

Diego apenas retribuiu o sorriso simples da garota, viu que o estado dela não era um dos melhores, mas que não seria difícil de resolver. Apenas uma seção de medicamentos e tratamentos para que logo soubesse que o espírito que imaginava ver nunca existiu.

– Bom, vou deixar você aqui sozinha. Se quiser ligar para alguém, avise a telefonista ali da recepção. As refeições vêm a cada 3 horas, as visitas podem ser realizadas das 13h00 até as 15h00 e pelas 18h00 o enfermeiro passará por aqui para ver como está. Com licença. – Diego saiu do quarto em seguida.

Violetta suspirou pesadamente e, ainda voltada para a janela, viu as crianças brincando na neve, felizes, mas ainda não entendendo o mundo que as aguardava. Qualquer uma daquelas crianças, um dia, poderia estar no lugar dela. Algumas até poderiam ser felizes, mas outras poderiam sofrer por algo ou por amor.

Como não tinha nada a fazer naquele quarto frio, saiu e foi dar uma volta pelo lugar, já que era permitido. O lugar em que a maioria ficava era na Ala Bienal ou na Ala Cata. Violetta decidiu ir até a Bienal e, mesmo com a neve fraca, podia ver as pessoas sentadas nos bancos de madeira conversando ou lendo um livro. Sentou-se em um banco sozinha e sentiu o vento de inverno batendo em seus cabelos, bagunçando-os, mas assim que os arrumou viu na sua frente uma mulher baixinha, de cabelos grisalhos e com um sorriso perturbador. Ela carregava uma pasta e tinha ao seu lado quem Violetta pensou nunca mais ver: Natalia, bem agasalhada como sempre estava, e Maxi, seu namorado, trajado com o estilo hip hop.

– Violetta, você tem visitas. O Doutor Diego já lhe passou os horários, então espero que se divirta. – Disse a mulher saindo dali com um enfermeiro.

Natalia estava com a expressão triste e, assim que Violetta desviou o olhar da enfermeira que se retirava, abraçou-a com força. Sentiu as lágrimas escorrerem dos olhos da amiga e logo os seus também ficaram da mesma maneira. Quando se desfizeram do abraço, Natalia arrumou o cabelo cacheado atrás da orelha.

– Seu pai avisou que você estava aqui, viemos o mais rápido possível. – Natalia se sentou do seu lado e sorriu forçado.

– Fico feliz que tenham vindo, mas não precisavam vir. Aliás, aqui não é assim tão ruim. – Violetta deu de ombros.

– Não é ruim? Esse lugar é estanho, as pessoas olham para a gente pelo canto do olho, sem contar que você está aqui por causa do seu pai. Sei que você não está louca. – Maxi disse meio desconfiado olhando para os lados.

– Deixa de ser medroso, Maxi! – Natalia deu-lhe um tapa. – Viemos aqui pra ajudar a Vilu! E não pra você ficar aí, cagando de medo.

– Ah, eu não queria vir, você que me obrigou. Eu disse que não gosto de lugares assim!

– Okay, gente! Não precisam brigar por minha culpa! – Violetta interviu. – Não é necessária a visita de vocês aqui, está tudo bem! É sério.

– Ah, viu? Está tudo bem, meu amor! – Maxi riu nervoso. – É supernormal ver o Léon vagando por aí, eu mesmo o vejo todos os dias! – Disse irônico, queria sair o mais rápido possível dali.

– Maxi! Se não vai ajudar, pelo menos fica quieto! – A namorada disse zangada.

– Tudo bem, Naty, eu entendo o Maxi. É mesmo difícil de acreditar em mim! Sei que nem você acredita.

– Não diga isso, Vilu, o Maxi que é meio besta mesmo.

– Não minta, Naty. Sei que não acredita e nunca acreditou em mim. – Violetta bufou frustrada. – Mas não te julgo por isso... fica tranquila.

– Não fala assim. Vilu, olha, eu juro que estou fazendo o máximo pra acreditar em você!

– Eu sei que está! – Deu um sorriso fraco.

– Me perdoa se em algum momento te magoei! – Natalia abraçou a amiga.

– Tudo bem, Naty! – Retribuiu o abraço. – Também te perdoo, Maxi, e entendo que tenha medo de estar aqui.

– Desculpa, Vilu, não queria te magoar! – Maxi suplicou se ajoelhando no gramado.

– Tá, Maxi, chega de drama! – Natalia o levantou. – Se não fosse meu namorado, até diria que parece uma menininha!

Com esse comentário, Violetta riu. Pela primeira vez um sorriso se formou em seu rosto naquele dia, sem que fosse forçado. Maxi ficou emburrado.

– Bom, Vilu, vejo que está bem mesmo! Só vim pra conferir. Não acreditei nas palavras do seu pai. – Natalia lhe deu mais um abraço. – Mas temos que ir! O Studio nos espera!

– Ah, é mesmo! – Maxi riu. – Os meninos te mandaram um beijo, e a Fran e a Cami um abraço.

– Okay, mande outro a eles! E digam que estou morrendo de saudades.

– Pode deixar! E fique tranquila, lá ninguém te esqueceu!

– Eu sei! – Violetta disse com um brilho nos olhos ao se lembrar dos momentos que passava com seus amigos.

– Tchau, amiga! – Natalia se despediu e saiu, deixando a amiga para trás.

Violetta observou seus amigos partirem e, assim que passaram pelo portão principal, resolveu voltar para o quarto. Já estava quase na hora de servirem o almoço. Ela estava com fome. Seguiu até seu quarto em passos bem lentos, observava tudo à sua volta. Realmente, aquele lugar dava medo. Maxi tinha razão.

Adentrou seu quarto, estava arrumado. Até mais arrumado do que seu próprio quarto em sua casa. Sentou-se na cama e começou a observar o movimento lá fora pela janela. A chuva que começara a cair estava forte.

Ouviu três batidas leves na porta, mas não desviou o olhar da janela. Escutou passos pesados seguirem até sua direção e só então se virou. Deu de cara com um homem de branco, seu jaleco tinha uma mancha nas mangas, nada de mais. Era bem bonito, arrumado, e usava uma máscara cirúrgica. Seus olhos eram castanhos, seu cabelo também.

– Olá! Sou Lucas. – Ele estendeu a mão para a jovem que cumprimentou. – Serei seu enfermeiro a partir de agora.

– Ah, Diego me falou mesmo que você viria aqui hoje! – Ela sorriu involuntariamente, mesmo não querendo. – Sou Violetta.

– Sim, eu sei. Violetta Castillo! – Ele disse sorridente. – Bom, trouxe o seu almoço.

– Obrigada, pode deixar aí em cima! – Violetta apontou para um canto.

– Tudo bem! – Lucas pôs a bandeja na mesa ao lado da cama. – Quando terminar terá de tomar esses comprimidos. – Disse já se retirando. – Qualquer coisa, me chame! – E bateu a porta.

Violetta ficou mexida com a presença dele. Quando o viu sentiu algo estranho dentro de si, como se alguém a chamasse de longe. Pensou por um momento em Léon, no seu amor por ele, mas o que isso tinha a ver com o enfermeiro? Ele é muito bonito sim, mas Violetta jamais poderia se deixar levar por isso. Ela amava Léon. Ele foi, era e sempre seria o único em sua vida.


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Notas finais do capítulo

Como dissemos, nesse capitulo teve chegada de novo personagem, e esperamos que vocês estejam gostando.Beijos e nos vemos assim que possível.



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