Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 4
The new start you have to follow


Notas iniciais do capítulo

Sim, aparecemos de novo, e acho que estão viciando nisso mas tudo bem, a Yaya ia postar mas teve que ir almoçar, isso mesmo as 15:30 da tarde e eu já tomei café, mas tudo bem.Bom, o capitulo foi feito por nos duas e esperamos que vocês gostem.
Capitulo 3 e 4 betados pela Francine, nossa beta do coração.



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Parou seu Toyota na portaria, mostrou seu crachá e logo sua entrada foi autorizada. Conduziu o carro até encontrar uma vaga no estacionamento. Travou o mesmo e seguiu até o saguão do prédio.

– Bom dia, Doutor Dominguez! – A secretária sorriu ao vê-lo. – Aqui estão as suas fichas. E, a propósito, você tem uma nova paciente.

– Obrigado, analisarei a ficha. – Respondeu pegando os documentos das mãos da moça e prosseguindo.

Adentrou sua sala e logo foi tirando seus pesados casacos. Pendurou-os num cabide ao lado da porta e pôs seu jaleco branco, como todo médico usava.

Caminhou até a pequena janela que havia ali e começou a reparar em todo o movimento do lado de fora. Com certeza aquela manhã era uma das mais frias de Buenos Aires. E, para ajudar, o céu estava pesando nuvens, indicando que a qualquer momento uma forte pancada cairia, lavando a cidade inteira. Mas aquilo de fato não incomodaria seu dia, já que trabalhava em um lugar totalmente fechado a quatro paredes. Um local nada agradável, mas ele gostava do que fazia. Amava a psiquiatria.

Entender a mente das pessoas sempre foi algo intrigante para Diego. Sempre quis saber o que se passava na cabeça de todos, principalmente dos criminosos. Era algo muito importante, pelo menos para ele. Até chegou a trabalhar em um manicômio judiciário, onde lidava com todos os tipos de criminosos que sempre tinham algum distúrbio mental. Já vira muitos casos, uns piores do que outros. Pessoas que matavam seus próprios familiares, amigos, entre outros, por motivos cada vez mais fúteis.

Só que uma briga acabou lhe tirando o emprego. Agora trabalhava em um manicômio simples, mais parecia um hospital, de tão calmo que era.

Esse era o famoso Doutor Diego Dominguez. Conhecido por toda a cidade pelo seu excelente trabalho. Um dos melhores psiquiatras.

Estava perdido em seus pensamentos quando se deu conta de todo o trabalho que tinha para fazer. Saiu do consultório rapidamente e seguiu pelos corredores brancos e silenciosos que estavam escuros como sempre, pois a luz de fato era muito fraca. Diego levantou os olhos sentindo o frio do inverno como se a neve alcançasse seu corpo, mesmo que estivesse em seu trabalho e dentro do manicômio, o local estava extremamente frio. Olhou para a ficha em suas mãos pela segunda vez, a folha branca estava rabiscada com o nome da nova paciente que viera ao manicômio. Diego observou seu nome e ficou assustado ao ver que era apenas uma garota com seus 19 anos de idade. Violetta Castilho, na verdade, fora trazida ao local hoje mais cedo.

Diego continuou andando pelos corredores vazios, estava bem próximo do quarto em que garota fora alojada: número 25. Ele checou antes de bater na porta e adentrar em seguida, observando sua nova paciente. Seus cabelos castanhos eram encaracolados e caíam sobre os ombros, seu olhar era perturbado e triste. Ao seu lado estavam um homem robusto, que parecia meio preocupado, e uma mulher de cabelos castanho-escuros e trajada com roupas retros, que olhava para a garota com pena, mas não parecia demonstrar nenhum amor à mesma.

– Com licença. – Disse Diego indo em direção à garota.

Todos se mantiveram quietos e Violetta apenas levantou o olhar triste com olheiras. Na verdade, não parecia estar louca para ingressar naquele lugar. Diego se agachou na sua frente e sorriu de lado. Ela tinha olhos escuros de tom chocolate e era incrivelmente bonita.

– Quem é você? – Perguntou a garota com medo.

Diego suspirou, era assim todas as vezes. A mesma rotina diária aos novos pacientes. Depois de um tempo, passavam a vir outros, e a mesma rotina continuava.

– Sou Diego, seu psiquiatra. – Falou com segurança.

Violetta ergueu uma sobrancelha com dúvida, nunca imaginou que as coisas estivessem complicando tanto para o seu lado. Agora seu pai decidira interná-la em um manicômio, e as coisas pareciam apenas piorar a cada dia que passava longe de Léon.

– Violetta, aqui você vai ficar bem. Estamos fazendo isso para que fique melhor. – Disse Esmeralda com simpatia.

– Filha... – Germán se sentou do seu lado na cama. – Você sabe o quanto está sendo difícil para você, não sabe? – Violetta assentiu. – Então, já que sabe, vamos ter que deixá-la aqui apenas por um tempo. Espero apenas que esqueça tudo o que está acontecendo agora e que no futuro siga a sua vida. – Beijou o topo de sua cabeça e saiu do quarto junto com Esmeralda em total silêncio.

Violetta os observou indo embora, sentindo que talvez eles nunca mais voltariam nem ao menos para visitá-la.Fechou os olhos com medo de ter o médico ali, mas assim que feito isso a mesma sensação a tomou: o frio na espinha e o vento fraco. Léon estava ali?– Não tenha medo, meu amor. Eu sempre vou estar aqui, sempre estando com você não importa onde seja. Eu sempre vou te amar. - Ela ouviu Léon sussurrar.

Abriu os olhos com medo, medo de tudo. Ele dissera que estaria com ela, onde quer que fosse, mas não estava. Estavam apenas ela e o médico que ainda a encarava com cautela, seus olhos eram de um tom avelã profundo e seu cabelo preto como carvão; era bonito de fato, mas não como Léon

– Você está bem? – Perguntou analisando a ficha em suas mãos.

– Não, não tem como ficar bem nessas circunstâncias.

– Será apenas por um momento.

– Não vejo problema em ficar aqui, mas sim o problema de ver Léon em todos os lugares.

Diego, que antes prestava atenção nos papéis em sua mão, levantou o olhar com curiosidade e analisou Violetta com dúvida.

– O que você disse? – Perguntou incrédulo.

–Que o vejo. Vejo Léon em todas as partes.


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Notas finais do capítulo

Meio pequeno, mas valeu a pena, bom, a Violetta ainda vai sofrer muito nessa história, e temos chegada de personagem novo no próximo capitulo.
Muchos Reviews Muchachos.



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