Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 27
Revelations


Notas iniciais do capítulo

Hey babys
Olha só quem resolveu aparecer heuheu
Pois é, sumimos. Mas estamos de volta, prometemos que atualizaríamos aqui algum dia, jamais desistiríamos da fic, porém alguns imprevistos aconteceram e nós duas relaxamos um pouco (principalmente eu). Fiquei entretida nas minhas outras fics e na minha vidinha medíocre fora da internet haha
Não tenho muito o que falar, peço desculpas pela demora, foram 8 meses, cara, 8 meses sem postar nada em paranoia, isso foi muito grave eu sei.

Mas okay, sem mais delongas, aí vai o próximo capítulo...

/Yaya



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Acelerou o mais rápido que pode - e que o trânsito permitisse já que não estava fácil andar por Buenos Aires ultimamente - nem parando em sinais vermelhos, quase causando um acidente entre uma curva desesperada. Chegando até o parque já visitado várias e várias vezes, porém dessa vez era diferente, teria que ser cauteloso para não ser visto. Estacionou o carro quase parando encima da calçada numa tentativa falha de baliza.

Saiu do mesmo em disparada até o ponto combinado com o certo "anônimo importante" na qual havia recebido a mensagem mais cedo. Mesmo sabendo o quão arriscado era, Pablo não recusou àquele chamado. Determinado a encontrar mais pistas do caso que havia prometido encerrar e encontrar o culpado fazendo a justiça de prender o canalha que matara seu próprio aluno, ou ex-aluno. Seria mais por honra do que por dever. Ele pegaria este assassino custasse o que for, nem que fosse a ultima coisa que fizesse na vida.

Parou exatamente onde estava escrito no bilhete codificado, embaixo da árvore velha do parque, a mais afastada se todas, grande suficiente para tampar duas pessoas que conversariam. Exatamente às 11h30, em ponto, surgiu ao seu lado uma figura preta. Acanhado pelo susto, o investigador sacou a arma mirando na cabeça do sujeito, porém não atirou ao vê-lo abaixar o capuz descobrindo um rosto muito familiar.

Ao reconhecer o olhar penetrante e o modo como sorria, parou imediatamente de respirar, tentando entender a cena, piscando os olhos varias vezes na tentativa de ter certeza de que aquilo não era fruto da sua imaginação, e a tentativa de colocar a arma de volta em seu coldre foi em vão com a distração. Quando uma voz ecoou em sua mente fazendo-o acordar.

– Pablo... - o jovem sorriu.

– Não... não pode ser... você... você está...

– Morto? - Riu baixo. - Não, não estou morto. Pelo contrário.

– Como isso é possível? - A voz do investigador saia abafada e baixa. - Eu, eu vi seu corpo naquele necrotério.

– Sim eu sei. - Suspirou cansativo, estava inquieto. - Na verdade aquele corpo foi implantado lá, digamos que molhei a mão de certas pessoas.

– Leon você ta vivo cara. - Pablo sorriu absorvendo de vez aquela informação e ignorando o comentário anterior do jovem. - Não acredito nisso. - Puxou Leon para um abraço apertado fazendo-o rir divertido.

Então parou por um instante fitando o jovem a sua frente com curiosidade e ao mesmo tempo intrigante. Não havia nenhuma explicação complexa em sua cabeça, como aquilo era possível? Leon estava vivo, precisava avisar Violetta.

– Ta, agora que caiu a minha ficha e tudo mais... - Disse desvencilhando do abraço. - Você terá de me explicar tudo.

– Sim, claro. Foi por isso que te chamei aqui. Preciso muito da sua ajuda e sei que você é o único em quem posso confiar no momento. - Soltou um suspiro aliviado - Mas antes quero que prometa proteger Violetta de qualquer coisa dentro daquele manicômio. E também que não diga nada sobre esse encontro a ninguém pela segurança dela.

– Como sabe que ela está lá? E exatamente o que ela tem a ver com isso?

– Sim eu sei. E você tem tudo Pablo a ver, eu a fiz ser internada lá para que...

– QUE? - De repente, Pablo aumentou seu tom. - Violetta esta naquele lugar horrível por sua causa. Como foi capaz? As visões que ela tinha então eram verdade. Você a assombrava sempre com o objetivo que German a internasse ali...

– Sim, mas foi pela segurança dela Pablo, eu...

– NÃO IMPORTA! - Gritou, e percebendo o quanto tinha exagerado no tom logo o abaixou - Você não tinha o direito disso Leon, você estragou a vida dela.

– Se eu não a tivesse colocado ali, ela estaria morta neste exato momento. - Urrou entre dentes segurando a raiva dentro de si. - Quem tentou me matar também a quer morta.

Àquelas palavras duras de Leon fizeram Pablo calar-se imediatamente e enquanto tentava absorver tanta informação, um silêncio se instalou no meio deles.

– Olha eu não quis ser grosso, desculpe. - Leon suspirou frustrado - Eu só quero protegê-la enquanto não me vingo. - Engoliu em seco. - Pelo menos eu sei que quando tudo isso acabar ela terá uma chance de recomeçar sem correr nenhum perigo.

– Ok... - Pablo o encarou. – Vingança? Mas... – Parecia incerto sobre isso, um sentimento de medo surgiu, mas logo o afastou. - E precisa de mim para o que exatamente? Quem tentou te matar? Violetta sabe que está vivo? - Jorrou as perguntas sem nem pausar.

– Sim, ela sabe. - Abaixou o olhar para seus sapatos brancos observando uma mancha vermelha na ponta do cadarço, sangue de Violetta da noite em que sofrera o atentado. - Estou trabalhado no manicômio disfarçado de enfermeiro, tenho uma identidade falsa. - Fitou o investigador com medo, porém não demorou muito seu olhar ali, mesmo que Pablo não fosse mais seu professor ainda tinha medo e respeito. E também uma grande admiração.

– Lucas? - Indagou fazendo o jovem assentir. - Violetta citou esse nome quando fui alertá-la sobre o corpo.

E novamente o silêncio pairou sobre o ar. Enquanto Leon encarava qualquer coisa que não fosse o olhar perdido do homem a sua frente, Pablo encostava-se à árvore olhando para baixo.

– Quem tentou te matar? - Perguntou ainda fitando o chão e chutando algumas folhas secas.

– Não posso dizer aqui. - Leon olhou em volta como se alguém os vigiasse. - Amanhã, às 19h vá até o manicômio, dando a desculpa de visitar Violetta, porém ao adentrar o local me procure. Estarei no final do turno. - Criando coragem, finalmente encarou o olhar perdido de Pablo. - Tenho algo a te mostrar e garanto que te explicarei tudo.

Essas foram suas últimas palavras antes de vestir o capuz novamente, colocar as mãos no bolso da blusa e sair sumindo da vista do investigador que permanecia parado, encostado à árvore para manter-se de pé, pois suas pernas tremiam e fraquejavam como se acabasse de ver um fantasma, o que não era totalmente mentira.

A garota de cabelos escuros como a noite batucava ansiosa com seu sapato de salto alto no piso de madeira que se estendia por toda a recepção do local. Ela trajava um vestido médio que ia até a altura de suas coxas, a estampa era simples e combinava perfeitamente com seu tom de pele médio. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo que realçava seu rosto e usava o tom de batom rotineiro.

— Assine aqui, por favor. — uma mulher de cabelos loiros e mechas em tom mais escuro, apontou para a folha de papel anexada na prancheta de madeira. — É no quinto corredor, no segundo piso, quarto 21.

Francesca concordou assinando seu nome com rapidez e atravessou a porta de madeira que levaria ao interior do Manicômio. Seus olhos percorreram todo o ambiente observando cada detalhe e notou como o prédio era antigo e não se encontrava em suas melhores condições.

Subiu as escadas que rangeram com seu peso e um vento forte atravessou a janela aberta. Um grito ficou preso a sua garganta quando outro grito ecoou por todo o ambiente e um som de tiro foi escutado logo em seguida.

— Deus me proteja! — sussurrou com a voz trêmula e se pôs a ir de encontro a sua melhor amiga.

Ao chegar ao segundo andar percebeu o ambiente totalmente vazio e todas as luzes dos corredores apagadas. Um arrepio percorreu seu corpo todo fazendo seus dedos do pé até estremecerem.

— Precisa de ajuda, senhorita? — uma mulher de cabelos encaracolados clamou por sua atenção parecendo muito simpática e atenciosa — Senhorita?

Francesca se encolheu toda procurando a dona da voz suave. Contudo tudo o que encontrou foi apenas uma papelada jogada no chão e uma caneta estourada manchando o chão.

Seus olhos analisaram os papéis em suas mãos e tudo indicava que fosse o jornal mensal da cidade. Os olhos atenciosos e curiosos da morena procuraram por algo interesse e os mesmos quase se arregalaram com a notícia.

“Polícia investiga o caso 0112 que envolvia o assassinato do jovem León Vargas e novos suspeitos são apontados, assim como uma morte burlada. Tudo indica que o antigo aluno do Studio On Beat se encontra vivo e não morreu de fato como todos acreditavam.”

— Francesca? — outra voz tomou conta do corredor, a melhor amiga de Violetta percebeu que agora o ambiente se encontrava com as luzes acesas — O que está fazendo aqui?

A morena de cabelos pretos engoliu em seco parecendo totalmente atormentada ao estar naquele ambiente vazio e agora muito iluminado. Violetta abriu um sorriso grande, correndo para abraçá-la deixando claro sua alegria pela amiga visitá-la.

— Vim fazer uma surpresa. — conseguiu dizer com dificuldade — Achei que ficaria feliz.

— E estou! — soltou uma risada alta abraçando ainda com mais força Francesca — Está tudo bem? Parece que viu um fantasma.

— Claro que não! — mordiscou a parte interna da bochecha por estar mentindo tão descaradamente. — E você, está bem?

Violetta passou a contar sobre sua experiência em relação ao Manicômio, como se sentia melhor e que logo teria alta já que os medicamentos estavam fazendo efeito sem demora.

Enquanto a garota caminhava em direção à parte reservada a visitas no Manicômio, Francesca aproveitou a oportunidade e guardou a manchete do jornal em sua bolsa com uma rapidez surpreendente.

— Agora você acredita que León realmente está morto? — Francesca perguntou como uma cobra de uma história que atacava a presa sem pensar duas vezes. — Falamos isso mil vezes para você, Violetta.

Os olhos de Violetta tomaram uma expressão atormentada. Seria ela capaz de também mentir para a melhor amiga? Sem pensar duas vezes ela concordou abrindo um sorriso pequeno dirigido exclusivamente a amiga.

— Sim.


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Notas finais do capítulo

Galera desculpem qualquer erro ortográfico, não tive tempo de revisar o capítulo rs
Mas enfim, o que acharam? Estão gostando? Qual a opinião de vocês sobre a Francesca? Deixem nossos amados Reviews ta?

Olha, senti muita saudade de vocês comentando, me cobrando no Tiwtter e na Ask, agora quero ver nos comentários.
E vocês? Sentiram saudade de nós???

Bjus