Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 26
Worst nightmare


Notas iniciais do capítulo

Um ano? Meu Deus, isso é muito tempo, e muitas coisas aconteceram nesse ano que passou de Paranoia. Só estou escrevendo isso aqui porque a Yaya me obrigou então se sintam importantes, todos vocês, leitores, por terem uma dedicatória de um ano em suas notas iniciais. Posso dizer coisas bobas, mas Paranoia é com certeza uma ideia que partiu do nada. Eu estava divagando por um mundo chamado Twitter quando resolvi falar de um novo projeto com a Yaya, e conversa e conversa vem... PUFT a ideia veio, embora estivesse com vários furos no enredo e bom, se nós, tecnicamente matamos o Léon, tínhamos que criar um novo personagem, e o Lucas veio, e Senhor, nunca vi leitores tão raivosos. Passo por muita coisa como escritora, mas acho que levar quase pauladas por comentários é a pior coisa, e engraçada de se ver.
Só falei bananas até aqui, mas sério pessoal. Eu e a Yaya (acredito que ela pense o mesmo) nunca imaginamos que uma história como essa, fora do mundo Disney fosse agradar tantos de vocês e ainda ter o sucesso que possui. Passamos por muitas dificuldades, e ainda passamos por algumas. Mas a principal foi a troca grande de betas que tivemos, a falta de tempo e até mesmo algumas brigas que ocorreu entre eu e a Yaya. Mas o nosso maior orgulho é a quantidade imensa de visualizações no Youtube que o trailer de Paranoia possui, e claro, a nossa primeira divulgação da fanfic em um blog. São essas dificuldades que nos tornam mais fortes e incapazes de desistir de Paranoia.
Obrigado a todos, por estarem 365 dias conosco.
Com amor, Luce.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/424238/chapter/26

FLASHBACK ON

Violetta observava o céu estrelado enquanto se perdia em seus pensamentos. O horizonte escuro iluminado apenas pelas luzes de fora do manicômio que reluziam sob o portão grande de ferro que cercava o local. Imaginava o que havia fora daquele lugar, ela já tinha saído algumas vezes do terreno, mas sempre em direção à cidade e não à mata que ficava ao oposto. Era uma pequena floresta que aparentava ser sombria e seca. Imaginou-se andando por ali, queria descobrir um pouco mais daquele manicômio velho já que era sua residência atual.

Foi interrompida de seus devaneios quando a porta se abriu lentamente revelando Lucas e a bandeja de prata em suas mãos, seu jantar. Um leve sorriso surgiu em sua boca quando o enfermeiro largou a bandeja na mesinha e caminhou até a amada.

– O que está olhando? - Envolveu seus braços ao redor de Violetta.

– Nada, só estava observando a noite. - Sorriu de leve. - Já foi ali? - Apontou para a floresta.

– Er... não! - Soou nervoso. - É uma parte esquecida do manicômio, é velha, não tem utilidade. - Deu de ombros tentado disfarçar o nervosismo.

– Ah... - Disse desconfiada. - Queria conhecer ali.

– Er... bom seu jantar está aqui. - Mudou rapidamente de assunto. - Vou atender os outros pacientes qualquer coisa é só me chamar. - Sorriu forçado e se retirou do quarto.

Observou a porta se fechar quando o enfermeiro saiu, sentou-se na cama e puxou para si a bandeja de prata. Mexeu na comida por alguns instantes fitando a parede branca. Lucas conhecia aquela "parte esquecida" do manicômio, alguma coisa dizia que isso não era bom. Suspirou pesado relaxando o corpo na cabeceira quando seu olhar finalmente se focou na comida. Arroz, feijão, salada e frango. Amava frango e sabia que o enfermeiro havia preparado especialmente para ela.

Fincou o garfo no pedaço desfiado de frango e levou até sua boca, mastigou calmamente apreciando o sabor e como sempre estava uma delícia. Comeu mais um pouco e logo sentiu sede, foi quando pegou o copo de suco de laranja e tomou um gole. Imediatamente percebeu que havia algo de errado com o suco, seu estomago revirou e uma forte ânsia atingiu sua garganta.

Caiu de joelhos no chão, tossia sem parar e não conseguia conter o vomito. Seus pulmões imploravam por ar, mas não conseguia respirar. Tentou gritar por Lucas ou Diego, mas a tosse constante não deixava. De repente viu um vulto distante na porta do banheiro, um indivíduo se aproximou com uma faca na mão, estava usando uma roupa totalmente preta e mascara, mas o corpo era feminino.

Sentiu quando a faca passou por sua garganta formando um corte, queria matá-la. Porém passos ecoaram pelo corredor e o vulto se afastou rapidamente deixando Violetta no chão quase morta.

FLASHBACK OFF

– Foi isso Diego... - Suspirou enquanto deitava em sua cama. - Eu não sei quem pode ter sido...

– O suco estava envenenado. - A fitou. - E quem prepara seu jantar é Lucas então...

– NÃO! - Gritou. - Lucas jamais teria coragem ou motivos para me machucar... - Disse baixo percebendo que tinha alterado a voz.

– Então quem foi Violetta? - Suspirou. - Só ele tem acesso a sua comida...

– Mas não é ele quem prepara o suco. - Retrucou. - Não foi o Lucas e ponto.

– Okay... - Sorriu forçado. - Vou fazer o máximo até descobrir quem foi. - Beijou a testa da garota. - Agra você precisa descansar, já está amanhecendo. - Olhou a janela.

– Tudo bem, obrigada. - Beijou o rosto do médico.

Diego sorriu de leve com o gesto da amada, a cobriu e saiu sem se manifestar.

[...]

Era um lugar lindo, florido e calmo. As flores mais exóticas possíveis estavam à volta de um caminho de pedras que se formava indicando uma árvore velha, talvez com centenas de anos, oca. A frente dela havia um banco de onde se via o horizonte. Uma vista maravilhosa. E ao seu lado na grama, um pano, um acolchoado mostrava uma cesta pequena e simples toda detalhada. E também havia ali uma rosa vermelha. Pequena e singela. Tinha certeza de que já teria visto aquela flor em algum lugar, só não se lembrava de onde.

A garota ainda extasiada por conta do local se agachou para pegar a rosa vermelha, que brilhava com o reflexo da luz do Sol. Distraída com o perfume da flor, ela se encostou à árvore em busca de apoio. Foi quando ouviu passos atrás de si. Assustada, virou-se, e não podia acreditar no que estava vendo, aquilo era impossível. Ele não podia estar ali... Não podia mesmo!

León tinha um semblante ótimo demais para quem se encontrava naquela situação. Ele a abraçou com paixão e amor, girando-a no ar. Ao colocá-la novamente no chão, encarou seus olhos que brilhavam de uma forma inumana. Estavam próximos demais, capazes de sentirem a respiração um do outro. Quando estavam prontos para selarem seus lábios, um vento sombrio tocou a pele gelada dos dois, fazendo com que o cabelo solto da moça voasse sobre seus olhos tampando sua visão. Quando enfim conseguiu tirar os fios negros de sua testa, voltou o olhar ao rapaz que ligeiramente soltou as mãos da garota. Ela sem entender nada o fitou confusa. Queria mais dos seus doces carinhos. Viu o garoto dar um sorriso maroto antes de tudo ficar preto.

De repente, se viu em um lugar totalmente diferente de onde estava, as árvores estavam secas e suas folhas estalavam ao serem pisadas no chão. O vento era constante, e havia muitos túmulos. Ela estava em um cemitério. Mas o que estaria fazendo ali?

De longe pode escutar sons de choros e gritos vindos de uma cabaninha. A mesma se aproximou observando várias pessoas conhecidas. Todos do Studio estavam ali, seus amigos e até mesmo os familiares de León. Mas o que eles faziam ali? Ela se aproximou um pouco mais e se assustou. Viu a si mesma, usando uma veste preta, chorando desesperadamente ao pé de um caixão.

Viu-se com a rosa nas mãos colocando-a no caixão de León. Ela soluçava e viu quando suas pernas se enrijeceram, a mesma caiu de joelhos gritando e pedindo para que o falecido voltasse. Foi quando alguém se aproximou lhe abraçando e a ajudando a levantar. Mas ela não tinha mais forças, foi preciso que Maxi e Broduey a pegassem no colo e ela só pode ouvir um último sussurro de “acalme-se Vilu, tudo vai ficar bem” vindo de Francesca antes de desmaiar nos braços do amigo.

Assim que abriu os olhos se deu conta de que ainda estava naquele mesmo cemitério, porém desta vez estava sozinha. Não se ouvia nem choros, nem murmúrios, nem conversas, nada. Apenas o som de seus passos ecoando dentre os túmulos.

Foi quando um vento forte lhe atingiu quase a derrubando, só não caiu porque foi segurada por braços fortes, mas ela não sabia de quem eram. Virou-se bruscamente tentando enxergar a pessoa, mas quando a viu se assustou ainda mais, segurava uma faca nas mãos. A sombra sorria vitoriosamente e então fitou o vestido branco de Violetta manchado de vermelho.

Seu peito sangrando e a dor culminante a possuindo, a morte se aproximando. Caiu de joelhos no chão e antes que pudesse fechar os olhos deu-se conta de quem era seu assassino. Por quê? Ela não entendia porque ele queria matá-la.

– Por que quer me matar? – Sussurrou com medo caída ao chão.

– Porque você não pode ser minha Violetta... – Agachou-se para ela. – Eu te amo, mas se não posso tê-la, León também não a terá.

– Você que matou León? – Seus olhos quase se fechavam.

– Não fiz o serviço sozinho... – Então saindo de trás de uma árvore, uma figura feminina se revelou, ela.

Sorrindo marota a garota se aproximou de seu corpo no chão e aponto uma arma em sua direção. Sem mais delongas deu um tiro certeiro acertando seu coração frágil e partido.

– Vingança... – Foi o que ouviu por último antes de fechar os olhos e falecer ao pés do tumulo do amado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá meus amores, chegamos u.u
Não demoramos tanto desse vez não é? Pra falar a verdade o capítulo já estava pronto há dias mas resolvemos esperar pra postar hoje sabem por quê?
HOJE DIA 7 DE OUTUBRO DE 2014 PARANOIA COMPLETA UM ANO!!!
Isso mesmo, um ano que estamos aqui com essa história.
Eu to muito orgulhosa com tudo que alcançamos em tão pouco tempo, agradeço à vocês que sempre nos acompanharam, àqueles que mesmo com tanta demora pra postar nunca nos abandonaram, àqueles que chegaram depois e mesmo assim fizeram diferença.
Graças a essa Fic eu pude tornar meu sonho de escritora realidade, tenho uma vontade enorme de escrever livros, já pensei até na possibilidade de publicar Paranoia.
To até chorando escrevendo isso kkk serio, amo muito vocês... obrigada por tudo...

E então amores da minha vida como vocês estão em relação à essa comemoração hehehe
Posso dizer pela minha parte estou muito, mas muito feliz mesmo, escrevi um mini textinho lá encima porque na verdade não sei como me expressar direito kkkk

Bom, em relação ao capítulo de hoje gostaria que nos dissessem o que acharam, e quais são as suspeitas de vocês agora que uma pista tão importante do assassino foi revelado.
Eu e a Luce resolvemos fazer uma Playlist pra fanfic hueheuhue, o links é esse: http://meu.vagalume.com.br/fckngblanco/playlist/5463537/
Espero que gostem, beijos até o próximo capítulo.
Ah e não se esqueçam de deixar os reviews okay???

Com muito, mas muito amor mesmo, Yaya