Another escrita por chocolatte


Capítulo 6
Cara a Cara




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"Não quero.' 'Se eu disser isto, você não farão?'

'Claro, Isabella Swan.' 'Você tem todo o direito de recusar.' 'No entanto, se a calamidade começar...'

'Tudo bem.' 'Com licença.' 'O que os professores das outras salas farão?'

'Eles vão cooperar o tanto que puderem.' 'No entanto, não devem discutir o assunto com ninguém fora da sala.'

'Nem mesmo nossas famílias?'

'As regras ditam que não devemos falar sobre isso."

Edward's POV

1 de maio. Quarta-feira.

"Na cerimônia de início de ano, tínhamos o número correto de mesas. - Emmett falou.

Mas ficamos com uma a menos, assim que o novo estudante chegou. - Rosalie disse.

Pode começar com um mês de atraso? - Emmett perguntou.

– Parece que sim. - Jasper respondeu. - Então...

Aliás, vocês o checaram, não é? - disse Emmett. - Como foi?

Não acho que seja ele. - Rosalie falou.

Como sabe?

Ele nunca morou em Forks. Não tem irmãos. E as mãos dele não eram frias. Mesmo assim..."

– E foi isso que falaram. - disse Bella, me contando o que ouviu na aula.

Estavamos na sua casa. Já era um pouco tarde, o céu estava escuro. Estavamos na sua sala de estar.

– Mesmo assim... - falei. - Se é uma regra tão importante, por que não me contaram logo de cara?

– Você já tinha falado comigo. Isso fez com que ficasse difícil para eles explicarem.

– A "exceção especial" ainda está de pé? - fiz aspas com as mãos. Bella assentiu. - Tem mais uma coisa que quero te perguntar. Tem alguma motivo para a sua mesa ser a única na sala a ser tão velha?

– Faz parte da regra. Acredito que serve ao proprósito de completar o feitiço.

– Eu vi as palavras: "Quem está morto?" escritas em sua mesa. Foi você quem escreveu?

– Sim. Eu sei que não estou morta, então queria saber, quem era.

– Consegue saber? - perguntei.

– Bom... - mas foi interrompida pela porta sendo aberta. - Este é meu amigo, Edward. - falou para pessoa que entrou.

Olhei, e vi que era a mesma mulher de camiseta branca e detalhes roxos, que vi entrando na loja pelas escadas, no outro dia.

– Bem-vindo Perdoe minha aparência. - falou educadamente. - É um amigo da sala? Ou do clube de arte?

– Ele também é freguês da galeira de arte, lá embaixo. - Bella falou. - Ele parece gostar muito.

Isabella nem sabia, mas o único motivo para eu ir a loja de bonecas, era somente para ve-la. Mas nunca diria isso a ela.

– Sério? - perguntou. - É um interesse estranho para um garoto. Gosta de bonecas?

– Bom, eu...

– Você provavelmente deveria ir agora, Edward. - disse Isabella.

– Certo. - falei.

– Vou acompanhá-lo.

– Entendo. - a mulher falou. - Volte de novo quando quiser.

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– Vocês são sempre assim? - já andavamos na rua.

– Sempre assim como? - Isabella perguntou.

– O jeito que fala com sua mãe. É quase como se vocês duas fossem estranhas.

– Nós sempre nos tratamos desta maneira. - respondeu. - Como é sua família?

– Não tenho mãe. - falei calmamente. - Ela morreu logo após o parto.

– Entendo. Bom, aquilo foi normal para nós. Sou apenas mais uma das bonecas dela.

– Isso é horrível. Você é filha dela, sangue do sangue dela.

– Posso ser sangue do sangue, mas não sou real. - falou.

– Sua mãe sabe sobre a sala 3?

– Não, e não posso dizer para ela.

– O que ela diz sobre você faltar tanto a aula?

– Ela não se importa, ou não interfere. - respondeu. - Exceto com certas coisas.

– Que coisas? - Bella não respondeu. Mudei de assunto. - Então, agora eu sei o segredo da nossa sala... Mas como consegue aguentar tudo o que estão fazendo você passar, para poder completar o feitiço?

– Não tem outro jeito. Só aconteceu de ter sido eu. Se não tivesse sido eu, teria que agir como os outros e tratar alguém como se não existisse. - paramos de andar. - É melhor que tenha sido eu. - voltamos a andar.

Passamos por um playground. Estava, obiviamente, vazio. Tinha vários brinquedos. Entramos nele, e nos apoiamos em alguns ferros. Tinha somente, uma lâmpada iluminando. Sua luz estava fraca. Bella fez um movimento incrível, em uma das barras. Depois se apoiou, relaxando.

– Por que eles decidiram fazer duas pessoas não existirem? - perguntei.

– Eles, provavelmente, pensaram que o feitiço não funcionaria se te dissessem para começar a me ignorar agora.

– Então, fazendo com que uma segunda pessoa deixasse de existir, poderia fortalecer o feitiço?

– Sim. E também os poupou do trabalho de ter que explicar tudo a você. É questão de lógica.

Suspirei.

– Más é só um feitiço, não é? - perguntei. - Tudo isso por um feitiço?

– Bom, eles estão desesperados. Quando pensam que podem ser os próximos, isso faz com que levem a sério. Acha que estão sendo irracionais?

– Sim, eu acho! - respondi.

– Não há garantias. Mas se há uma chance, de que isso possa evitar a calamidade, não acha que vale a pena? É muito triste quando pessoas morrem.

Voltamos a caminhar. Fomos até o mesmo lago, no qual, outro dia, Mike morreu.

– Obrigado. - falei. - E cuidado no caminho de volta para casa. Estamos ambos próximos da morte, no fim das contas.

– Ficarei bem.

Paramos de andar. Ficamos frente-a-frente. Ainda estavamos perto do lago. Isabella havia tirado seu tapa-olho.

– Eu te mostrei isso antes, não mostrei? - perguntou, se referindo ao seu olho esquerdo. Assenti. - Perdi meu olho esquerdo quando eu tinha quatro anos. Tive um tumor. Acordei um dia, e não tinha um olho. Minha mãe disse que um olho artificial normal não seria atrativo, então ela me fez um especial.

– Não tem que escondê-lo. Eu acho seu olho lindo. - estava sendo sincero.

Ela se virou para o lago, e desceu as escadas próximas a ele.

– Disseram que quase morri durante a cirurgia. - falou. Parou de descer, e ficou parada, próxima ao lago. - Eu meio que me lembro do que aconteceu. Acha que é possível? - fiquei ao seu lado.

– Quer dizer, experiência de quase morte?

– A morte não é gentil. É escuro, preto até onde pode ver, e você está completamente sozinho.

– Sozinho...

– Sim, mas não é diferente de quando se está vivo, não é? Pois não importa quando relacionamentos você tenha, no fim, estamos sozinhos. Eu estou,minha mãe está, e agora, você também. - falou. Se virou novamente para mim. - A partir de amanhã, nós dois seremos iguais.

– Sim.

Me estendeu sua mão, e nos cumprimentamos.

– Bem-vindo ao clube, Edward. - falou. Depois, voltamos a andar até minha casa.

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Já havia chegado em casa à tempos. Mas estava sem sono. Estava deitado em meu quarto, quando o celular tocou.

– Alô?

Cara, a Índia é quente! - gritou.

– O que deu em você?

Ei, o que quer dizer com isso?

– Se está preocupado com minha saúde pai, eu estou bem. Ei... A mamãe chegou a falar sobre as lembranças dela no ensino médio?

Hã? De onde tirou isso?

– Minha mãe estava na sala 3 no 4º ano, não é? Lembra de algo?

Hm... - pareceu pensativo. - Não! - suspirei.

– Nada?

Bom, tenho certeza que ela me disse umas coisas... Então, Esme estava na sala 3? De qualquer forma, como se sente ao voltar depois de um ano e meio longe de Forks?

– Um ano e meio? Essa foi a primeira vez que vim para cá, desde que comecei a estudar.

Hm? - pareceu confuso. - Não, tenho certeza de que... - a ligação falhou. - Ah, sim. Sim, você está certo. - a ligação continuou falhando. - Me enganei. - de repente, a ligação cai.

Me lembrei da frase escrita na mesa de Bella: "Quem está morto?"

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8 de junho. Sexta-feira.

Estavamos fazendo exercícios de fixação. Obiviamente, não podiamos conversar. Estava coim uma ideia um pouco maluca na cabeça.

Bati fortemente na mesa, e chamei Bella.

Bella!

Edward! - ela falou. Continuamos a ser ignorados.

Nos levantamos e começou a tocar uma música, somente em nossas cabeças. Começamos a dançar que nem loucos. De uma forma bem desajeitada. Ninguém reparou. De repente, começamos a dançar um "tango". Depois de um tempo a música acabou.

Acordei dos meus pensamentos. Voltei para a sala de aula. Tinha a impressão de que estava com uma cara de bobo. Estava quase babando. Olhei para o lado, e percebi que Jasper me observava. Virou o rosto e suspirou.

– Tenho que parar com isso... - falei para mim mesmo. Não era a primeira vez que tinha esses pensamentos com Bella.

Olho para ela, quase que automaticamente. Hoje ela veio à aula. Estava olhando a janela. Ela se vira para mim e da um sorriso.

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Já na hora do almoço, estavamos, Bella e eu no terraço. Estavamos desembrulhando nosso lanche.

– Reéne não faz seu almoço? - perguntei, notando que trouxe refrigerante e alguns sanduíches.

– Algumas vezes, quando tem vontade. Mas, para ser honesta, não é muito bom.

– Você cozinha?

– Não, nunca. E só requento a comida pronta. Isso não é normal para adolescentes da nossa idade? - ri.

– Na verdade, até que cozinho bem. - falei.

– Sério? Isso é raro.

– Eu estava no clube de culinária da minha antiga escola.

– Você me faria algo, um dia desses? - perguntou.

– Claro. Aliás, você não estava desenhando aqui no outro dia? Terminou?

– Quase.

– Deu asas à ela?

– Sim. Vou te mostrar... Um dia.

– Certo. - concordei. - Desenhar é seu hobby?

– Acho que gosto de olhar arte, mais do que fazê-la. Praticamente só olho em livros. Tenho muitos em casa.

– Não vai à museus?

– Não, e não há muitos por aqui.

– Então você deveria me visitar em Nova York, um dia. - falei. - Podemos ir à museus lá. Serei seu guia.

– Claro... Um dia.

O sinal tocou, mas não fomos para aula. Preferimos matar aula, e ir ao lago que visitamos, ontém. Bella estava sentada nos degraus, próxima ao lago, brincando com a água. Eu estava à dois degraus de distância, apenas olhando ela.

Voltamos para a escola, mas ficamos somente no terraço. Conversando.

Alguns dias passaram, e começamos a ficar mais próximos. Depois de observar bastante, notei que Rosalie, sempre que passava por nós, fazia uma careta. Como se não gostasse que eu estivesse com Bella.

Bella e eu sempre ficavamos juntos. Iamos embora juntos, e quando a mesma não ia a aula, era como se algo estivesse faltando por lá.

Em uma dia normal de aula, fui com ela até o clube de artes, no qual Jasper também participava.

– Bella, ei! - uma garota falou.

– O que faz aqui? - outra perguntou, animada.

– Senti vontade de vir. - respondeu.

– Então, você não saiu do clube? - um garoto perguntou.

– Eu só precisava de um tempo. - respondeu calmamente. Paramos em frente a uma dos quadros de Jasper. - Vejo que Jasper não mudou. - falou.

Nesse mesmo momento, Jasper abriu a porta do clube.

– Falando no diabo... - uma menina disse. - Oi, Jasper.

Ele pareceu um pouco nervoso de nos ver no clube.

– Ei, hum, pessoal? - falou. - Poderiam vir comigo por um segundo? Tem algo que precisamos fazer agora. - falou nervoso.

– Precisamos? - um aluno falou. - Mas Bella está aqui para nos visitar!

– Não importa. Apressem-se, certo? - todos sairam da sala. Demos de ombros. Bella foi até um canto da sala, tirando um pano que cobria alguma coisa. Era um quadro. Era uma mulher, idêntica à sua mãe. Tinha um rasgo extamente na parte do meio, que ia do início, até o fim do quadro.

– Pelo menos não jogaram fora, eu acho... - falou.

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Estavamos na biblioteca. Ela estava lendo algum livro, e eu estava com o anuário de 26 anos atrás.

– Qual delas é a sua mãe? - Bella perguntou, ao meu lado.

– Esta aqui. - mostrei na foto.

– Esme, né? Entendo.

– Aliás, o professor deles era...

– Ele com certeza era diferente naquela época. - falou.

– A pessoa que mencionou antes...

– Sim, estava falando de Aro.

Escutamos um barulho. Era Aro, entrando na biblioteca.

– Dois por aqui hoje? - Aro perguntou. Bella se levantou.

– Há dois não existentes agora. - falou para Aro. Fomos em direção a sua mesa.

– É o que parece. - falou. - Entende a situação agora, Edward?

– Sim, apesar de achar difícil de acreditar.

– É compreensível. - Aro disse. - Mas é verdade. Esse fenômeno realmente está acontecendo nesta cidade. Nesta escola.

– Você era o professor da sala 3 de 26 anos atrás, não era? - perguntei. - E foi assim que conheceu minha mãe?

– Isso mesmo.

– Não tem problema você não nos ignorar? - perguntei.

– Não tenho conexão com a sua sala, neste momento. Pode-se dizer que estou numa posição segura.

– Então, quem está em perigo? - perguntei. Bella permanecia calada, apenas observando.

– Os estudantes da sala 3 e seus familiares, dentro do limite de dois graus. E eles têm que morar em Forks.

– Dois graus de parentesco seriam, pais, avós e irmãos? - falei. - Se eles têm que estar em Forks, isso quer dizer que qualquer um que saia da cidade estaria a salvo?

– Sim. - falou. - Pense nisso como um celular fora de área.

– Hm, por que fica aqui? - perguntei. Ele se levantou.

– Nunca quis machucar ninguém. Nunca... - começou a andar. - Parece bobo pensar isso agora, mas aquilo acabou sendo o gatilho, que abriu a porta para a morte. - ficou em frente a janela. - Eu fui responsável por isso. É por isso que permaneço nesta escola, mas como bibliotecário, não como professor. Metade disso foi para fugir.

– Fugir?

– Metade de mim foi esmagado pela culpa. Mas a outra metade foi dominada pelo medo. Medo que eu pudesse morrer também. Então eu fugi.

– Professores morreram também?

– Somente professores titulares e assistentes. - Bella e eu trocamos um olhar preocupado.

– Sobre a Isabella de 26 anos atrás, qual era seu sobrenome?

– O sobrenome dela era Forks, como esta cidade. Seu nome completo era Isabella Forks. Numa noite de maio, a casa dela queimou. A família toda morreu, os pais, os irmãos e os avós.

– Você viu a foto em que a falecida Isabella apareceu?

– Claro.

– Tem ela?

– Não. - e fechou a cortina. - Para dizer a verdade, ela me aterrorizava. - voltou para sua mesa.

– E quando você diz que os registros do colégio, de algum modo, são alterados...

– É verdade. - me entregou um livro bem grosso. - Aqui estão as cópias de todas as listas de chamada. Desde 1987, até agora. As pessoas com um "X" vermelho na frente do nome são aquelas que morreram aquele ano. - nos sentamos e abri o livro. Bella se sentou ao meu lado, e Aro ficou atrás de mim. Na lista deste ano, que era a primeira, tinha dois "X".

– Olhe na lista de dois anos atrás. - Aro falou. - Vê o nome escrito no rodapé? - estava escrito "Falecida: Jane Meyer".

– Sim.

– Ela era o morto daquele ano.

– Então, sete pessoas morreram em 2011? Não são muitos, né? - perguntei.

– É por que o plano de tornar uma pessoa não existente funcionou. Depois que o colocaram em prática, ninguém mais morreu. No entanto, logo após o começo do segundo semestre, o estudante escolhido para não existir acabou renunciando ao cargo. Ele não suportou a pressão e o isolamento, e exigiu a existência dele e que todos o tratassem de acordo.

– Então começou... - Bella se pronunciu pela primeira vez, depois de algum tempo.

– A falecida em 2011 se chamava Jane Meyer. Mas ela era originalmente uma estudante da sala de 2008. No entanto, entre abril e junho de 2011, não foi o caso.

– Não foi? - perguntei.

– Correto. Me lembro do nome dela estar na lista de chamada de 2011. Mas não estava na lista de chamada de 2008. Tinha desaparecido.

– Tanto o nome como o "X"? - perguntei.

– Como pode ver, quando o fenômeno está ativo, olhar os registros é inútil.

– E a memória das pessoas muda também, não é?

– Exato. - falou. - Então, no fim do ano, quando o morto desaparece após a formatura, os registros voltam ao normal, revelando quem era o estudante extra, vulgo, o morto. Além disso, todas as memórias sobre ele, como morto, são perdidas. Tudo é esquecido.

– Os registros e as lembranças simplesmente voltam ao normal? - perguntei.

– Não consigo compreender a lógica por trás disto. Eu desisti. Só há um medida preventiva que parece efetiva contra esse fenômeno: negar a existência de alguém na sala.

– Qual a chance de sucesso?

– Cerca de 50%. Alguns anos funciona, outros não. Em alguns anos, fica evidente o por que de ter falhado, em outros é desconhecido.

– Isso é terrível... - falei.

– Não é uma maldição. Não há malícia envolvida. Ocorre naturalmente, como um terremoto ou um furacão.

– Então, ter duas pessoas não existentes fará com que se torne mais eficiente? - perguntei.

– Não sei. Não há praticamente nenhum caso da calamidade ter parado no meio do ano.

– Sério?

– A Srta. Anne era a professora titular em 2011? - Bella perguntou.

– Sim, era. - respondi.

– Ela já sofreu bastante. - Aro disse. - Fazê-la professora substituta de novo... - o sinal tocou. - Isso é tudo por hoje.

– Só mais uma coisa. - falei. - Em 1995, 18 anos atrás, foi um ano em que ocorreu?

– 1995? - perguntou. - Acredito que sim.

– Como pensei...

– Ah, sim. Esse era o ano de Carmen, irmã de Esme. Quer dizer que Esme estava em Forks nessa época?

– Sim. Ela veio para cá para ficar com a família e também para dar a luz a mim.

– Então ela morreu nesta cidade... - falou. - Entendo.

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Já estava em casa. Com minha tia e meus avós, na sala.

– Sinto muito, Edward. - disse minha tia. - Sinto muito. Não havia nada que eu pudesse fazer...

– Quando minha mãe morreu, 18 anos atrás, foi por causa da calamidade da sala 3?

– Eu não sei. - respondeu.

– Minha pobre Esme... - disse meu avô. - Minha pobre Esme... Minha pobre Carmen... - disse tristemente.

Espera, por que ele disse o nome de minha tia?

– Não diga isso querido. - minha avó falou para ele. - Vamos para a cama.

De repente, o papagaio ficou muito agitado. Começou a bater as asas. Gritando.

– Anime-se! Anime-se! - falou.

– Honestamente, não sei o que houve com Esme, mas acho que a calamidade parou naquele ano. - Carmen falou.

– Parou no meio do ano? - perguntei. - Por quê? Como foi parada? Por favor, Carmen.

– Não consigo me lembrar.

– Carmen, por favor, tente se lembrar de algo. Qualquer coisa! - falei, desesperado.

– Bom, eu acho que algo pode ter acontecido durante as férias de verão...

– Ferias de verão? - repeti.

– Não consigo me lembrar o quê. Sinto muito, Edward.

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13 de julho. Sexta-feira.

Mais um dia normal na escola. Monótono como sempre foi. Todos continuam ignorando Bella e eu.

O Sr. Denali, nosso professor, entra na sala, cabisbaixo. Com sua bolsa, aonde carega os materiais. Vai até a mesa, que fica em frente ao quadro. Joga sua bolsa bruscamente na mesa, atraindo a atenção de todos.

– Bom dia, sala. - falou, ainda cabisbaixo. - Hoje, devo me desculpar com todos vocês. Eu tenho que... Fiz o máximo para que todos vocês pudessem se formar com saúde neste ano. Fiz tudo que pude para que isso acontecesse. - abriu sua bolsa. - Mas tudo que acontecer daqui para frente, vocês devem dar conta. - colocou sua mãe dentro da bolsa, procurando algo. - Assim que começa, não sei se qualquer quantidade de esforço será o suficiente. Não sei... Não podem esperar que eu saiba. Mas acho que é inútil falar sobre essas coisas agora.

De repente, de dentro da bolsa, tirou uma faca. Bem grand, daquelas que assassinos usam em filmes de terror. O que ele iria fazer?

 


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