Another escrita por chocolatte


Capítulo 7
Cadáver




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De repente, de dentro da bolsa, tirou uma faca. Bem grande, daquelas que assassinos usam em filmes de terror. O que ele iria fazer?

A faca brilhava. Ele apontou a faca para o próprio pescoço e ficou grunindo. Tirou a faca de perto do pescoço, mas continuou com ela em sua mão. Parecia que queria solta-la, mas não conseguia. Começou a balança-la. Cortava o ar, fazendo movimentos bruscos. Começou a gritar baixo. Colocou a faca na sua frente e, o que veio depois chocou a todos. O Sr. Denali, enfiou a faca no pescoço, da mesma forma que o guarda-chuva de Angela atravessou o pescoço da mesma.

Ainda de pé, enfiou a faca ainda mais em seu pescoço, fazendo seu sangue saltar em nossos rostos. Quem estava na primeira fileira, ficou com várias gotas e manchas de sangue nas roupas e no rosto. Todos estavam em choque.

O Sr. Denali ainda estava de pé, mas sua pele estava palida. Enfiou a faca ainda mais. Tirou a faca do pescoço, fazendo com que o sangue pegasse em mais alunos, inclusive em mim. Mas ninguém se mexeu.

Ele começou a cambalear e ficar tonto. Acabou soltando a faca na ponta da mesa, fazendo com que os dois, ele e a faca, caissem. A faca caiu perto do seu rosto, a milimetros de distância. Uma poça de sangue se formou no chão.

O silêncio só foi quebrado, quando Irina gritou, com as mãos na cabeça. Nesse momento, todos se levantaram de suas classes, e sairam correndo da sala. Alguns ainda ficaram em suas mesas, chorando ou tentando controlar o enjoo. Alguns vomitaram, outros apenas ficaram sentados no chão, ainda em choque.

Me levantei, e me aproximei do corpo. Estava difícil de respirar. Na porta, apareceu Aro, assustado pelo barulho. Quando viu o corpo, foi direto em direção à ele.

– Todos para fora! - falou para os poucos alunos que restavam na sala. Na porta, apareceu uma professora, assustada. - Chamem a polícia e uma ambulância agora mesmo! - falou para ela. Ela saiu correndo. - Alguém se machucou? Você está bem? - perguntou para mim.

– Estou. - falei, com um pouco de dificuldade. Voltou sua atenção para o corpo.

– Vamos, Edward. - Bella falou. - Parece que fazer com que dois alunos não existissem não deu certo.

Saimos juntos da sala. Todos nossos colegas estavam no corredor. Sam, Rosalie e Lauren estavam juntos, tentando consolar Irina, que ainda chorava. Rosalie olhou feio para mim.

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Aro estava nos contando, como o Sr. Denali estava, momentos antes de presenciarmos a cena dele se matando. Eles tiveram uma conversa.

" – Estou no limite do meu juízo. - falou. - Estou muito cansado. Não sei o que fazer.

Sr. Denali...

Tenho certeza que você entende. Deixo o resto com você."

– Depois, saiu andando. Quando ele disse "Deixo o resto com você", não pensei que fosse ao pé da letra. - Aro falou. - De qualquer forma, o resultado da investigação na casa do Sr. Denali foi perturbador. O Sr. Denali era bacharel, e ainda morava com a mãe. Ela passou vários anos bem, mas a mesma vivia de cama devido a uma doença. - fez uma pausa. - Encontraram ela morta na cama. Ela claramente havia sido assassinada. O estresse de cuidar da mãe... A calamidade da classe 3... Talvez ele se sentiu aprisionado por tudo isso e acabou matando a própria mãe. E depois se matou na frente dos próprios alunos. Por que ele tomaria uma decisão tão radical?

– Acha que foi resultado do fenômeno? - perguntei.

– Sim.

– Então ele foi levado à morte por algum meio sobrenatural? - Bella perguntou.

– E tem outra explicação? - Aro perguntou.

– A calamidade ainda não parou. - falei.

– Pessoas continuarão morrendo. - Aro falou.

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– Até pouco tempo, você... - falei.

– Sim, e isso estava me deixando triste. - Emmett falou. Estavamos Emmett, Bella e eu no terraço da escola. Emmett voltou a falar comigo e Bella. - Você sabe toda história, certo? Então você entende o que fizemos?

– Sim, Bella me contou.

– E você, Bella? Sente como se tivesse se livrado de um peso? - Emmett perguntou.

– Difícil de se dizer. - falou baixo. - Pra começar, não senti peso algum.

– Você é realmente estranha. - falou com um pouco de medo. Suspirei.

– Aí está você. - disse alguém. Era Rosalie. Deu um empurrão em Emmett, fazendo ele ir para trás.

– Qual o seu problema? - Emmett perguntou.

– Vocês podem existir de novo, mas é bom estarem preparados. - falou.

– Por quê? - perguntei.

– A culpa é sua. - falou para mim.

– Ei! - disse Emmett. Rosalie suspirou.

– As pessoas dirão isso. - falou. - Você não será considerado inocente de jeito nenhum, e tenho certeza que também será acusado de incompetência.

– Qual a sua opinião? - Emmett perguntou. Rosalie olhou para Bella.

– Não posso culpar o Edward, não importa o que digam. - falou. - Mas não acabou. A calamidade, e meu trabalho como chefe das contramedidas estão apenas começando.

– Será que as pessoas irão se esconder agora, até as férias de verão? - perguntei.

– Com certeza. - Emmett respondeu.

– Algumas pessoas já devem ter fugido da cidade. - Bella falou.

– Você acha? - Emmett perguntou confuso.

– Sim. Acontece todo ano. Sempre tem gente que sai de Forks, durante as férias.

– É tudo muito estranho. - Emmett falou. - Você é a mais estranha, Bella. Você fala como se isso não tivese nada a ver com você.

– Falo?

– Será que é porque você é o estudante extra desse ano? - Emmett perguntou. Bella se virou para Emmett, e falou calmamente:

– Poderia muito bem ser você, sabia?

– E-Eu? Não mesmo! Nem brinca com isso. - falou nervoso.

– Será mesmo que não? - perguntou.

– Não, não, não! Não tenho nenhuma lembrança de ter morrido! E, sem querer me achar, mas me lembro claramente de todas as palhaçadas que fiz quando era criança! - rimos.

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Bella e eu entramos na biblioteca. Rosalie estava indo embora. Passou, me olhando pelo canto do olho, parecia brava.

– Você parece estar bem. - Aro comentou.

– Obrigado. - falei. - Rosalie veio aqui falar com você sobre alguma coisa?

– Como chefe das contramedidas, ela está sempre aqui.

– Entendo.

– Ela é uma garota forte, e sabe disso, mas considerando o que ela está enfretando... - falou. - Tenho pena dela. A propósito, a Srta. Anne também apareceu aqui hoje.

– A Srta. Anne?

– Ela sabe da minha história aqui. Ela queria discutir formalmente uma coisa. E o que traz vocês aqui?

– Eu queria perguntar sobre 18 anos atrás, quando a calamidadde parou no meio do ano.

Aro abriu a gaveta, e dali, tirou o livro de chamada.

– Foi a única vez em 25 anos que ela parou no meio do ano. - comentou. Colocou na página, e me passou o livro. Olhei na parte das "observações", e percebi que somente irmãos morriam de doenças. Estava escrito assim:

"12 de abril, irmã, doença

23 de julho, irmã, doença

6 de junho, acidente

13 de junho, acidente

9 de agosto, acidente

9 de agosto, acidente"

As datas estavam ordenadas pela chamada. Também mostrava dois alunos morrendo no mesmo dia. Aro continuou.

– Tirando a Esme, que eu não sabia, houveram sete mortes naquele ano. Quando Esme morreu?

– Em julho. - respondi. - Espere... As mortes pararam em agosto?

– Sim, e olha a data das mortes de agosto.

– 9 de agosto...

– A classe tinha saído para uma excursão, no dia 8 de agosto.

– Excursão? - lembreio do que Carmen falou, no outro dia.

"Acho que alguma coisa deve ter acontecido durante as férias de verão..."

– Então os dois estudantes morreram em acidentes durante essa excurção? E alguma coisa que aconteceu nessa mesma excurção, parou a calamidade? - perguntei.

– É o que parece. Perceba que ninguém nessa página está listado como "falecido". Nunca ficou claro quem era o morto daquele ano.

– Por que parou? - Bella perguntou.

– Não se sabe. Mas eu sei que visitaram um templo, que tem na floresta.

– Templo?

– Um templo muito antigo, que fica na metade do caminho das montanhas. Ele fica escondido. O alojamento deles ficava no pé da montanha.

– Então talvez se visitaram o templo... - falei.

– Naturalmente, as pessoas voltaram lá nos anos em que aconteceram a calamidade, mas não surtiu efeito. - falou sombriamente.

– Então o templo não tem nada a ver? - perguntei.

– Não, não é conclusivo. Parece que ir com um grande grupo, perto de agosto, foi efetivo. É claro que não podemos negar a possibilidade de o efeito ter vindo de outro lugar, não relacionado com a visita ao templo. Foi isso que a Srta. Anne veio discutir comigo hoje.

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17 de julho. Quarta-feira.

– Pode ser repentino, mas nós faremos uma excursão. - disse a "Srta. Anne", nossa professora substituta. - Do dia 8 ao dia 10 de agosto, por três dias e duas noites. Priorizem esse evento, e planejem participar, se for possível. Vocês receberão mais detalhes conforme os dias se aproximam. Enviarei as inscrições para vocês por carta. - poucos alunos vieram hoje.

– Pergunta! - gritou Emmett, erguendo o braço, no fim da sala. Mas a professora não fala nada. - Srta. Anne? - perguntou.

Ela estava parada, olhando para o nada, tremendo.

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Estava andando no corredor da escola. Tudo estava estranhamente escuro, e a paisagem das janelas, estava vermelha. De repente Bella aparece.

– Quem está morto? - pergunta.

Olho para atrás assustado, e vejo Emmett, Jasper e Eric, parados no corredor, um ao lado do outro, me fitando.

Quem está morto? - Bella pergunta novamente.

Olho para frente novamente vejo Rosalie, Irina, Lauren e Sam, me fitando, espalhados pelo corredor.

Abro a porta da sala, e todos olham para mim. Todos eram muito pálidos, e seus olhos eram completamente negros. Reparei que todos que estavam no corredor, agora estavam na sala. Exceto Bella.

Quem está morto? - Bella repetiu, invísivel.

Comecei a sentir dor nos pulmões. De repente os olhos de todos ficaram vermelhos, e todos começaram a chorar sangue.As peles deles derreteram, até que ficou somente a carne. A cena era muito pertubadora.

Me virei para fugir, mas acabei esbarrando em alguém. Era Bella.

O morto... - falou. - É você. - sussurrou a última parte.

Senti minha pele começar a derreter. E comecei, que nem os outros, a chorar sangue. Comecei a gritar.

Me levantei rapidamente. Após alguns segundos, percebi que foi somente um sonho.

O celular toca, me assustando. Olhei a tela, e vi que era meu pai. Atendi.

– Alô?

Juro, parece que a Índia está ficando mais quente a cada dia! - gritou. - Como você está, garoto?

– Bem, acho. - puxei uma cadeira e sentei. - Sim, todos estão bem. - Ei, pai. Você chegou a ver alguma foto da mãe, no ensino médio?

Foto? Sei que ela me mostrou fotos do álbum de formatura dela, quando ficamos noivos.

– Alguma outra? Assim, você viu alguma foto do grupo, que a classe dela tirou depois da formatura?

Foto do grupo? - a ligação falhou. - Por que a pergunta? - falhou novamente.

– Bem, ouvi dizer que as coisas estavam estranhas. Era como uma foto fantasma.

Onde você ouviu uma história besta dessas? Só uma coisa, fotos fantasmas são só...

– Bem é que...

Ah, na verdade, agora que você disse, acho que ouvi uma história assim, há muito tempo. - a ligação continuou falhando. - Algo que falava de uma foto assustadora.

– Você a viu?

Não. Ela não gostava de a ter por perto, por isso deixou a deixou aì.

– Aqui? Nessa casa?

Ei, Edward está acontecendo alguma coisa aí?

– Não, nada. Só estou um pouco entediado. - tentei ser convicente.

Ah. Sabe, a Esme era uma moça muito especial. Meus sentimentos por ela ainda não mudaram nada. E é por isso que você é meu...

– Certo, já entendi! Até logo. - suspirei.

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– Forks' Café? - perguntei. - Sim, eu sei onde é, mas... Hoje?

Vamos, cara! - disse Emmett, do outro lado da linha. - Deixa eu acertar. Você não pode ir, por que tem um encontro com a Bella?

– Então? Sobre o que queria conversar? - mudei de assunto.

Tem que ser pessoalmente. Se você vai sair com a Bella, então aproveita e leva ela junto. Esse problema envolve a classe toda.

– Tudo bem, estarei aí.

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Havia acabado de chegar no café. Bella não quis vir.

– Edward! - Rosalie chamou em uma mesa. - Aqui.

– Rosalie? - não esperava que ela estivesse aqui.

– Emmett te chamou aqui, certo? - perguntou.

– Bem...

– Sente-se.

– Ele chamou você também?

– Sim. - respondeu. - Mas só porque ele disse "isso envolve a classe toda". Eu não iria a nenhum lugar à convite dele por outro motivo. - suspirou. - Emmett me contou sobre o que aconteceu 18 anos atrás. E sobre sua mãe também.

– Ah...

– Bem-vindo. - disse uma garçonete, trazendo um refrigerante. - É amigo seu, Rose?

– Sim. - respondeu. - Esse é meu colega de classe, Edward Cullen.

– Ah, você deve ser amigo do Jasper também. - comentou. - Obrigado por ser tão bom com meu irmão. Eu sou irmã mais velha de Jasper Whitlok, Kate. Prazer em conhecê-lo.

– Ah, sim, igualmente.

– Jasper me falou muito sobre você. Como posso ajudar?

– Ah, deixar eu ver... - peguei o menu.

– Ele vai pedir o mesmo que eu. - Rosalie falou.

– Ah... - Kate falou. - Já vem. - e saiu.

– O que você pediu? - perguntei.

– Café.

– Não gosto de café. É amargo demais.

– Bem, o café daqui é o que há. Eles usam grão kona havaiano extra bons.

Depois e alguns minutos em silêncio, o café chegou.

– Desculpe a demora. - disse Kate. - Bom apetite.

– Confie em mim. - Rosalie disse.

Um pouco hesitante, peguei a xícara. Estava bem quente. Rosalie me encarava, sorridente. Tomei um gole. Até que era bom.

– Está amargo, mas também é doce. Gostei. - continuei a beber. Rosalie suspirou.

– Então, você não voltou para Nova York?

– Não. Iria parecer que eu estava fugindo, e... Comecei a pensar se não sou eu quem está morto.

– Talvez você nunca nem nasceu. - falou. Me assustei. - Talvez 18 anos atrás, a calamidade tirou a vida da sua mãe, e ela não deu a luz a você. - falou com a expressão dura. - E agora, 18 anos depois, você voltou a vida como um novo aluno da classe 3.

– Isso... Isso é ridículo. - era estranho, mas parecia fazer algum sentido. Rosalie começou a rir.

– Não me leve a sério. Verdade, eu considerei esse possibilidade, mas... - estendeu sua mão. - Me dê sua mão. - estendi minha mão também. - Ainda acho que nos encontramos... Não, que eu já apertei sua mão em algum lugar, antes.

– Você acha?

– Não tenho memória visual, mas minha mão se lembra da sua, fisicamente. - separamos as mãos.

– Agora que você disse, você apertou minha mão no hospital também. Também foi por isso?

– Tem um boato que diz que os mortos têm mãos muito frias. Mas duvido que seja verdade. Se fosse tão fácil de descobrir...

A porta se abriu. Era Emmett e Jasper entrando no café.

– Desculpe o atraso. - Emmett disse. - Oi, pessoal!

Rosalie que estava sentada na minha frente, passou para meu lado. Emmett e Jasper não entenderam. Eu muito menos.

– Por que fez isso? - Emmett perguntou. - Você me odeia tanto assim?

– Quer saber a verdade? - Rosalie perguntou.

– Não me importo... - falou. De certa forma, parecia que Emmett, assim como Sam, tinha uma queda por Rosalie. - Ah, tanto faz. Vou deixar passar por hoje. - Jasper e ele se sentaram.

– Sobre o que queria conversar? - perguntei.

– Você conta, Jasper. - falou.

– Certo. - Jasper falou. - Já que tem uma chance de minha irmã acabar se envolvendo com o que está acontecendo... Ah, minha irmã é...

– A Kate, certo? - falei.

– Sim. De qualquer forma, não consegui ficar quieto sobre o assunto.

– Contou pra ela? - Rosalie perguntou.

– Todos os detalhes. Ela também estudou no Forks High School, por isso ela sabia da classe 3.

– E a Kate nos deu uma informação surpreendente. - disse Emmett. Kate apareceu.

– Um de nossos fregueses é um homem, chamado Jacob Black. - falou. - Sei que ele estudou no Forks High School, mas há pouco tempo, fiquei sabendo que ele era da classe 3. Criei coragem e perguntei pra ele se isso havia acontecido durante o ano dele. Ele disse: "A maldição daquele ano não foi... Não foi culpa minha. Eu salvei todos eles. Eu salvei eles!" "Eu sabia que tinha de contar pra eles! Por isso eu... Dexei aquilo lá."

– Como assim? Deixou o que, aonde? - perguntei.

– Ele não conseguiu se lembrar. Perguntei isso muitas vezes pra ele, mas ele insiste dizer que não faz ideia.

– Isso te deixa curioso, não deixa? - Emmett perguntou.

– Esse tal de Jacob parou a calamidade? - Rosalie perguntou. - E ele deixou uma dica sobre como fez isso em algum lugar?

– Deve ser isso. - Emmett falou. - Por isso, estou pensando que deveríamos falar com esse Jacob, nós mesmos.

– Sabe onde podemos encontrá-lo? - perguntei a Kate.

– Não, e não sei onde ele mora.

– Então...

– Você conhece alguém que foi da classe do Jacob? - Rosalie perguntou para mim. Arregalei os olhos. Conhecia sim.

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– Então ele era colega da sua tia. - Bella falou, após lhe contar o que descobrimos. Estavamos em seu porão.

– Se eu descobrir onde esse Jacob está, você vai ver ele junto comigo? - fez que não com a cabeça. - Você realmente foi usada como modelo para aquela boneca, não foi? Você disse que é só metade, mas é exatamente igual a você.

– Essa garota é a menina a qual ela deu a luz anos atrás. - falou.

– Sua irmã?

– Mas ela nasceu morta. - se aproximou mais da boneca. - Essa boneca, foi criada baseada na filha que nunca teve uma chance de viver. Por isso, é apenas metade de mim, se não for menos. Na verdade, tenho que ir a um lugar amanhã, por isso não poderei ir com você.

– Onde?

– Meus pais querem que eu vá com eles para a casa de veraneio. Não pude dizer que não queria.

– Fica fora de Forks?

– Sim.

– Então você deixará a cidade?

– Estaremos fora por apenas uma semana. Vou estar de volta para a excursão.

– Ah...

– Ei, você encontrou a foto fantasma que sua mãe deixou na casa dos pais? - perguntou.

– Não, ainda não.

– Se encontrar, você me mostra? - perguntou.

– Claro. - se virou para uma mesa, pegou papel e caneta e começou a escrever algo. Quando terminou, veio até mim. Estendeu a mão com o papel.

– Se acontecer alguma coisa, use esse número. - peguei o papel.

– É um número de celular? Celular?

– Sim.

– Seu?

– Sim.

– Você disse que odiava esses aparelhos.

– Eu odeio. Estar conectada às pessoas o tempo todo, por ondas eletromagnéticas me pertuba.

– Então por que você tem um? - perguntei.

Ela me fez andar com ele. Ela diz que as vezes fica preocupada.

– Entendo.

– A propósito...

– Sim?

– Você disse que não sabia se era você quem está morto.

– Sim.

– Sua suspeita foi deixada de lado?

– Sim.

Olhou para mim, e saiu correndo, até as cortinas. Parecia estar procurando alguma coisa.

– Novas bonecas são colocadas aqui. - falou, ainda atrás da cortina.

Abri parte da cortina, e vi Bella. Ela estava escorada em um caixão aberto. Estava de olhos fechados e sem tapa-olho. Quando me aproximei, ficamos bem perto um do outro. Bella abriu os olhos. Seu olho esquerdo parecia mais verde ainda.

– Não se preocupe. - falou. - Não é você. Não é você quem está morto.


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