Dormimos na pequena cabana que Bernardo achou, a cama ficou pequena para dois corpos colados, Bernardo dormiu abraçado comigo, praticamente me cobrindo com seus braços. Acordei e Bernardo ainda dormia, preferi não acorda-lo, então fiquei deitada na cama, esperando o bonitão levantar. Estava tudo tão calmo, os únicos barulhos eram o de Bernardo respirando e alguns passarinhos nas árvores. 

Bernardo finalmente acordou, ele se mexeu por um bom tempo até abrir os olhos, ele sorria feito um bobo.

- Cristiana do meu lado ?, é isso mesmo ?. - ele disse com ironia.

- Não bobo, é a suas amiguinhas. - respondi. 

- Nenhuma amiga minha é tão linda como você. - ele retrucou.

- Ai, gente, ai, como é convencido esse Bernardo. - falei.

- Ué, eu tô mentindo ?.

- Não. - respondi. 

Ele sorria bobo, ele era um bobo, ele me deu um pequeno selinho e levantou. 

Começamos a ouvir algumas vozes e ficamos felizes, finalmente alguém veio nos procurar, Bernardo abriu  a pequena janela que havia na cabana, Livramento, Rafa e Débora estavam chegando na cabana, assim que eles entraram Livramento começou a passar todas as regras que eu e Bernardo punidos e quanto o grupo pagará por isso e Débora não parava de abraçar e beijar o Bernardo. 

- E que fique avisado, se vocês quiser das essas voltinhas novamente, que seja com um instrutor, ouviram ?. - Livramento perguntou.

Eu e Bernardo apenas assentimos a cabeça.

Livramento saiu da cabana aliviado, Gabi e Débora ficaram lá, Débora continuava com o papinho de ter ficado preocupado com Bernardo e blá blá blá, ela abraçava e beijava Bernardo, eu não conseguia mais ficar naquele lugar, Débora já tinha conseguido me tirar do sério, puxei Gabi para vir comigo e começamos a andar.

- Ei, ei, ei, ei, não é agora que a mocinha casa comigo ?, bom, eu aceitaria um beijo - Bernardo se aproximou de mim e me abraçou por trás.

- Mas você só casaria com a mocinha se você à salva-se, coisa que não aconteceu... então, você não merece nenhum beijinho se quer. - respondi.

Gabi e Débora nos olhava espantadas, Gabi estava mais feliz já Débora queria me matar, eu nem liguei, Bernardo largou aquela magrela e veio ficar comigo.

- Mas, eu não deixei a mocinha morrer de fome e muito menos de frio, eu mereço um beijo. - Bernardo insistia.

- Não, merece não. - Retruquei.

- Mereço sim. - ele me beijou.

Débora revirou os olhos e Gabi pulava de alegria. 

- Esse beijo não vale, você roubou ele a força. - interrompi o beijo.

Bernardo começou a rir e pegou na minha mão, Débora simplesmente saio de perto de nós. Livramento esperava todos um pouco mais a frente, começamos a andar, eu sabia que a caminha ia ser um pouco longa e já fui adiantando todas as perguntas que iam fazer para eu e Bernardo.

- Ai Ber, eu não sei como foi sua noite, mas deve ter sido horrível né ?. - Débora agarrou Bernardo.

- Não. - ele olhou para mim. - Foi boa, alias, eu acho que minha namorada não vai gostar de ver eu e você agarrados assim.

Bernardo empurrou Débora, eu não deixei de conter meus risos, ela quebrou completamente a cara, Gabi me perguntava sobre Bernardo e eu contei sobre o ''pedido de namoro'', sobre tudo que rolou na cabana, ela insistia em deixar eu posta isso no blog da escola mas eu preferi deixar somente entre nós. 

Chegamos finalmente no acampamento, todos perguntavam como foi passar uma noite fora, como foi passar uma noite fora com Bernardo, eu apenas respondia o necessário, queria procurar Nanda para contar tudo que aconteceu na cabana e tudo que vai acontecer daqui pra frente. 

- Cris, eu não acredito você namorando o Bernardo. - Nanda praticamente gritou no banheiro.

- Fala baixo menina, você quer que tudo mundo saiba ?. - dei um tapinha na porta aonde ela estava.

- E como foi ?. - ela perguntou.

- Foi tudo lindo sabe, ele falou que já não beijava nenhuma garota, que não parava de pensar em mim, foi tudo tão perfeito.

 Eu não parava de sorrir. 

Nanda saio do banheiro enrolada em uma toalha e começou a se trocar, ela começou a contar sobre a noite que todos passaram preocupados comigo e com Bernardo, como Débora chorava por causa de Bernardo, foi tipo, a coisa mais patética que ela fez. Quando saímos do banheiro, tinha uma menina sentada no colo de Bernardo, ele estava praticamente dando para ele, meu sangue começou a subir, Nanda até tentou me impedir de ir lá, mas não conseguiu.

- Nossa, Bernardo, não vai me apresentar sua amiguinha não ? -. interrompi a conversa. 

- Claro, essa aqui é a Vick. - Bernardo respondeu. 

- Prazer em Vick. - eu à encarava.

- Você deve ser a sortuda que ficou com Bernardo na selva né ? muito gatinho ele, subiu no meu conceito. - ela finalmente saio do colo de Bernardo.

- É, gatinho mais é meu namorado, então querida, da próxima vez que você quiser sentar em algum lugar, que não seja no colo do meu namorado. - puxei Bernardo pela mão

Ele não parava de rir, eu nunca tinha agido com ninguém assim antes, aquilo me espantava muito. 

- Ah, você ri né Bernardo ?. - dei um tapa de leve no ombro dele.

- Claro, não era você que mandou não dar pinta de estarmos namorando ? ai as meninas não sabem e vem caindo em cima né ?. 

Ele tinha a cara mais safada do mundo.

- Ai, garoto. - retruquei.

- Por que toda vez que você  fica irritada você me chama de garoto ?. 

- Eu não te chamo de garoto. - respondi.

Bernardo voltou a rir. 

- Para garoto. - falei.

- Viu viu ?. 

Comecei a rir. 

Bernardo passou seus braços envolta da minha cintura e começou a me beijar, a me beijar na frente de todos, eu nem tinha percebido isso, mas também ?, Bernardo era meu.