Já tinham se passados os 3 dias no acampamentos, foram 3 dias animadores, eu adorei ficar com Bernardo todos os dias, Débora ficando com ciúmes era a melhor sensação do mundo e Bernardo... Bernardo era o melhor, com certeza.

- Pronta para ir embora e conhecer seus sogros, dona Cristiana ?. 

Nanda praticamente pulou para dentro da barraca.

- Nem me fale.- respondi.

- É melhor se preparar Cris, porque do jeito que eles são, você terá que convencer todos muito bem. - 

Joguei uma almofada ela, eu sabia que o doutor Jorge e a Dona Lília não seriam fáceis comigo, mas eu teria que aguenta-los por alguns momentos, meses ou ate mesmo anos. 

Terminamos de arrumar as malas e começamos a desmontar a barraca, Nanda pediu ajuda para Victor, Nanda sempre foi folgada e deixou eu e ele fazermos tudo sozinhos.

- Tá namorando o Bernardo Oliveira né ?. - Victor me perguntou.

- Sim. - respondi. - Por que ?. 

- Ele é um sacana, fica esperto com ele, ele sempre faz isso com todas, espero que você fique esperta. 

Assenti com a cabeça. 

Victor nunca gostou de Bernardo, ate porque Bernardo havia pegado sua irmã, mas enfim, não era nenhum motivo para bota má fé no Bernardo, apesar da minha leve pequena desconfiança do amor de Bernardo. Finalmente o ônibus chegou, não tinha visto Bernardo durante toda manhã, Livramento havia dividido as barracas, mulheres de um lado, homens dos outros, coisa pouco provável, muitas meninas dormiram com seus namorados. 

- Pensando em mim ?. - Bernardo parou ao meu lado.

- Não, só estou pensando em voltar para casa. - respondi.

Bernardo passou seus braços envolta da minha cintura, passei meus braços envolta do seu pescoço.

- Pensando em voltar para casa ?. - ele perguntou.

- É, conhecer meus sogros amadinhos. - respondi

Bernardo começou a rir. 

- Ok, amadinhos não. - falei.

Bernardo selou nossos lábios e começamos a nos beijar, Bernardo tinha o beijo intenso, qualquer beijo para ele era intenso, ele insistia em dar algumas mordidas na minha boca ou ate menos no meu lábio. 

- Ótimo, vocês estão namorando, mas não é para isso tudo... - Beto puxou Bernardo dos meus braços. 

Encarei Beto que retribui me mandando um beijo.

Entramos no ônibus, me sentei com Gabi, ela queria me contar sobre tudo  o que aconteceu nos 3 dias de acampamento, digamos que ela teria várias fofocas chatas que me fariam dormi loucamente. Acordei com Gabi pulando de alegria, finalmente chegamos na escola, eu voltaria pro conforto da minha casa, para o banho quente e para minha casa. Meu pai e Bia me esperavam na porta da escola, entreguei minha enorme mochila para meu pai e abracei Bia, aquela pirralha fazia tanta falta.

- Eai Cris, como foi o acampamento ?. - Meu pai perguntou. 

- Foi bom. - respondi. - ate demais...

Bia me perguntou como foi ficar 3 dias com Bernardo no meu pé, tirei o foco do assunto e falei outra coisa, eu não queria contar para ninguém agora, primeiro os pais de Bernardo tinham que saber. 

Já estava na minha casa, no meu adorado quarto e na minha perfeita cama, meu corpo implorava por ela, dormi em uma barraca apertada em um saco de dormi não é nada agradável, meu corpo todo doía, uma bela dor de cabeça me atacava e eu não queria pensar em beijos agora não. 

- Cris, você ta ai ?. - Bia batia na porta. 

- Entra, Bia.- gritei. 

Bia correu e pulou na minha cama.

- Cris, a Clarinha falou que você tá namorando o tio Bernardo. - Bia falou enquanto pegava um ursinho. 

- Que ?. - gritei espantada.

- É. ela falou que o tio Bernardo falou que vocês estavam namorando. - ela olhou para mim. 

Naquele momento eu queria matar Bernardo, ele não poderia ter contado para ninguém, muito menos para Clarinha, uma criança. Fui procurar Bernardo, eu queria conversa com ele sobre esse assunto ''namoro'', eu precisava na verdade. 

- Bernardo, por que você contou pra Clarinha que a gente tava... 

Fui surpreendida por um beijo de Bernardo, ele simplesmente me agarrou e me beijou. Já tinha esquecido o que eu queria falar, Bernardo me enlouquecia, me deixava perdida completamente.

- O que você queria falar mesmo ?. - ele parou o beijo.

- É... É... Bernardo. - empurrei ele.

Ele sabia que eu ia falar sobre Clarinha, por isso me beijou.

- Meus pais também já sabe. - ele sorriu. 

Ótimo agora eu queria matar Bernardo e matar seus pais, ele não poderia ter contado sem está comigo, o que os pais deles iriam achar ?.

- Eles aceitaram numa boa .- ele continuou. - Dona Lília falou que você colocaria juízo na minha cabeça. 

- É, ainda bem que ela sabe. - falei. 

Eu já não queria matar Bernado e estava aliviada com a aprovação dos pais deles, agora o meu tinha que saber e não seria bem fácil, o senhor Alberto poderia ser legal mas em quesito filhas, ele queria tirar do mundo qualquer um que à pedissem em namoro.

- E agora, topa ir pro meu quarto ?. - Bernardo perguntou.

- Meu Deus, que apressadinho, a gente nem começou a namorar direito e você já quer me levar pro teu quarto ?.

- É, é. tá certo. - ele respondeu. - mas alguns beijinhos vale né ?

- Vale, Vale. - respondi.

Ficamos ali na beira da piscina por um bom tempo, vários beijos, várias declarações idiotas de amor, várias mãos bobas de Bernardo, falando em Bernardo, ele estava ficando exitado demais, a mão dele já estava atrevida demais. 

- Bernardo para. - falei.

Bernardo ficou confuso. 

- Eu sou virgem. - finalmente falei, eu sabia que era idiotice, mas eu era, não tinha achado nenhum momento ideal para isso.

Bernardo ficou surpreso, eu sabia, todos ficavam. 

- Ah, Cris, tudo bem... desculpa. - ele se desculpou.

Eu sabia que era uma tolice, uma grande e enorme tolice.