Algumas semanas já se passaram, Bernardo aceitou o fato da minha virgindade, decidimos esperar rolar química ou apenas deixar o tempo passar. Bia e Clarinha adoravam a ideia do nosso namoro assim elas podiam passar todo tempo juntas, só o povo da escola que não acreditava, eles ate aceitaram mas achavam muito estranho. Bernardo era muito fofo, nunca deixou de ser safado como ele sempre foi. 

Já era noite, eu estava no meu quarto tentando estudar, Beto estava no quarto de Bernardo gritando feito um louco. Eu tentava me concentrar mas nenhuma tentativa foi sucedida. 

- Ei, Ei, será que os dois idiotas podem para de fazer tanto barulho, estou tentando estudar. - gritei.

Beto debruçou sobre a janela e jogou um copo. Bernardo apareceu e empurrou Beto para trás. 

- Oh princesa, você tá tentando estudar ? eu juro fazer mesmo barulho.  Bernardo respondeu.

- Deixa de ser sínico Ber, você nem está tão preocupado assim. - retruquei.

- É, tô não mesmo. - ele começou a rir. - vem pra cá ?. 

- Não. - respondi.

- Vem sim. 

Ele praticamente pulou da janela e se agarrou em um tronco de árvore.

- Bernardo seu idiota. - exclamei.

Ele se fez de desentendido e estendeu sua mão, eu segurei na mão dele e fui puxada árvore acima, digamos assim. Beto estava totalmente louco, tinha algumas garrafas de bebidas alcoólicas espalhada pelo quarto mas só Beto fedia a álcool. Sentei na cama ao lado de Bernardo e fiquei vendo as enormes palhaçadas que Beto fazia, Bernardo tentava controlar Beto quando ele tentava passar dos limites mas Beto não permitia, eu não pude negar, Beto estava parecendo um palhaço, um enorme palhaço. 

- Graças a Deus.- Bernardo se referia ao fato de ter feito Beto dormi. 

Eu já tinha arrumado todo o quarto de Bernardo, joguei todas as garrafas fora, abri a janela para sair o cheiro horrível de cerveja. 

- Como ele está ?. - Sentei na cama.

- Morto, quer dizer, quase morto, todo esparramado na cama, roncando pra caramba. - ele respondeu. 

Bernardo deitou ao meu lado, deitei minha cabeça sobre seu peito, Bernardo acariciava meu cabelo.

-  e Débora ?. - perguntei.

- Ainda está com ciúmes mas já aceitou o fato do nosso namoro. -  ele respondeu.

- Ah, que triste. - choraminguei.

- Que triste Cristiane ?. - ele se espantou.- Você queria que ela morresse  de ciúmes ?.

- Seria bom né. - respondi. - E não é Cristiane, é Cristiana com A no....

Bernardo me beijou.

Eu sabia que era uma das suas técnicas de sedução mas me deixei levar pelo beijo, passei meu corpo por cima do corpo de Bernardo. Eu arranhava a barriga de Bernardo, ele estremecia a cada arranhão. O clima ia subindo aos poucos, ele já estava subindo minha blusa quando decidi parar.

- Não Bernardo, agora não. - sai do colo dele. 

- Sim Cris, agora sim. - ele me puxou de novo e voltou a me beijar. 

O beijo já estava mais intenso que isso, meu corpo estava pegando fogo, eu já não sabia se respirava de tesão ou respirava ofegante.

- Não Bernardo, agora não. - exclamei.

Sai do colo de Bernardo e sai do seu quarto, desci as escadas da sua casa praticamente correndo, não queria encontrar ninguém mas encontrei com dona Lília.

- Que foi Cris, não vai dormi aqui ?. - Ela interrompeu meus passos rápidos.

- Não. - respirei. - Eu... amanhã tenho que acorda cedo pra caramba, Nanda vai ir lá em casa e eu não posso deixar ela esperando e taus... então tá tchau.

Foi a pior maneira de dar ''tchau'' para minha sogra, ela ficou com uma cara confusa, eu simplesmente abri a porta e sai. Clarinha brincava lá em casa com Bia, meu pai estava arrumando as coisas na cozinha, entrei no meu quarto correndo, eu precisava tirar aquela queimação dentro de mim. Joguei um pouco de na minha cara e suspirei, eu não acredito que fugi de uma transa com Bernardo Oliveira.

Acordei com os raios de luzes entrando pela minha janela, peguei a minha pequena cola que deixei preparada antes de ir dormi ontem, peguei minha mochila, já não precisava levar Bia para escola, ela ia com Jorge e Clarinha, as duas estudavam na mesma escola e na mesma sala. Bernardo e Beto me esperavam na saída de carros da mansão, Beto estava com uma cara nada feliz, ele debruçado sobre o capo do carro.

- E ai Beto, como foi a noite ?.- gritei no seu ouvido.

- Ei Bernardo, me segura antes que eu bata nessa mulher. - ele retrucou.

- Pô Beto, agora virou malandrão ? vai bater em mulher agora ?. - Bernardo brincou.

- Não existe nada contra, mulher também merece chute no suvaco. - ele respondeu.

Não consegui resistir a palhaçada que Beto falou e acabei rindo. Dei um beijo em Bernardo e levei Beto ate o carro. Durante todo o caminho ate a escola eu gritava no carro só para deixar Beto estressado.

- Ainda bem que vou sair do hospício de louco. - Beto bateu a porta do carro.

Fui falar com Nanda enquanto Bernardo ainda guardava o carro, contei para ela todas as palhaçadas que Beto fez e contei sobre o ocorrido na noite com Bernardo, ele me chamou de boba, idiota, trouxa ou qualquer outro xingamento menos vulgar.

- Ei, ei ei, vocês estão sabendo do babado ?. - Gabi desceu correndo a escada da escola.

- Se for bem interessante eu quero saber, se não for dê meia volta e vai contar para outro. - Nanda retrucou.

Gabi revirou os olhos.

- É sobre Bernardo Oliveira. - Gabi começou a falar.

- Bom, antes você tinha minha curiosidade, agora você tem minha atenção, continue... - Bia interrompeu Gabi.

- Ta rolando um boato ai que a Débora esteja Gravida de Bernardo. - Gabi finalmente contou o boato.

Que ? como assim ? Débora gravida de Bernardo ? eu ate tentei me convencer que era uma brincadeira mas Débora não iria brincar com isso. Eu queria simplesmente matar Bernardo, se pudesse naquele momento mesmo. 

O vi se aproximar e fui querer saber o que ela todo aquele papo.

- E ai novo papai, como é ter um filhinho agora ?. 

Bernardo me olhou confuso.

Eu sabia que tudo aquilo era o meu ciúmes ecoando pela escola, mas eu não podia conter, era o meu Bernardo sendo pai, não pai do meu filho, pai de qualquer outra coisinha que ele pegava.