50 Tons De Amarelo E Preto escrita por Apenas Eu


Capítulo 20
Jura que faz um churrasco... da Hera?




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"Pai- penso- depois que tudo isso acabar, não importa o que aconteça, me prometa que você vai fazer um churrasco e que a Hera será o prato principal"

"Não é hora de piadinhas Monique" diz a voz dele em minha mente.

"Relaxa eu ainda estou viva não estou?"

"Não sabemos por quanto tempo".

"Aff pai relaxa ai".

"Relaxa ai?- grita ele em minha mente- ela vai te matar! Talvez você não esteja levando isso a sério, isso não é uma brincadeira Monique".

"Eu sei que não é uma brincadeira" penso emburrada.

Eu não burra a tal ponto de achar que Hera vai sair de trás de uma vaso e dizer "SORRIA VOCÊ ESTA NA TV HEFESTO".

"Então por que não esta com medo?" pergunta meu pai.

"Por que como uma digna filha de Hades eu não tenho medo da morte".

"Eu tenho..." para tudo! Hades com medo da morte? Cara acho que eu morri e fui em um daqueles universos paralelos, agora só falta falarem que a Thalia tem medo de altura.

"Você tem medo da morte?" pergunto incrédula.

"Monique você é burra ou esta se fazendo?" isso magoo porque eu não estava me fazendo de burra.

"Então explique por que a burra aqui não entendeu".

"Tenho medo da sua morte".

Aquilo me deixa muda. Tenho sair daqui, é tudo que eu consigo pensar. Vou no banheiro , talvez lá tenha uma janela para eu pular pra poder sair daqui . Vou até lá, mas não tem nenhuma janela nessa banheiro, nem sei se podemos chamar isso de banheiro. Aqui tem um vaso sanitario e uma pia, esta encardido teto, chão, paredes, tudo. Havia vasos e mais vasos lá dentro, pra que tanto vaso?

Saio do "banheiro", toda esperanças acabadas, é por isso que eu odeio essa maldita esperança, ela faz a gente acreditar em algo que não temos e que nunca poderiamos ter. Maldita esperança!

Me sento no chão com as costas apoiadas na parede, agora é só esperar, esperar a maldita hora que aquela vaca vai me matar. A única coisa que posso fazer é dormir. Sim, dormir, isso é a solução para todos os preguiçosos como eu. Me ajeito no chão, pai chega logo, penso sub adormecida, espero que ela me mate quando eu estiver dormindo, acho que assim deve doer menos, ah sei lá nunca morri para saber. E adormeço sem perceber.

...

Acordo em um sobressalto, tive um sonho muito esquisito, mas não lembro qual.

-Pensei que nunca ia acordar- diz Hera com sua habitual voz enjoada, ela esta sentada a mesa tomando chá.

Ela me pega de surpresa e eu me levanto em um pulo, pai me ajuda!

"Eu não posso" diz ele e parece derrotado.

-Por que ainda não me matou?- rosno.

-Queria que você sofresse- diz ela. Beleza, estou trancada em um quarto com uma psicopata. Isso não é bom.

-Por que você quer me matar?- pergunto e ela levanta da mesa e vem ameaçadoramente ao meu encontro.

-Por você fez o meu bebezinho se apaixonar por você e porque eu não a quero em minha família- diz ela e eu corro até o outro extremo da sala- não de as costas a mim meio-sangue!- grita ela e joga um vaso em mim.

Eu me desvio,mas sinto um corte em meu braço direito, vejo e não é um corte muito grave, mas é dolorido.

-Ta louca mulher!- berro me desviando de outo vaso que ela jogou em mim.

-Não me xingue meio-sangue!

-Você vai me matar do mesmo jeito- digo dando de ombros.

-Arrgh- rosna ela e joga outro vaso em mim.

Dessa vez não desvio a tempo e ele cai em meu tornozelo esquerdo que fica todo ensanguentado, perco o equilibrio e caio.

-Viu meio-sangue, você não pode contra mim- diz ela vitoriosa.

-Quer saber Hera -digo me levantando com muita dificuldade- quando essa palhaçada toda acabar, eu vou fazer um churrasco e você vai ser o prato principal- rosno.

-Oh insolente- diz ela jogando outro vaso em mim.

Dessa vez ele acerta acerta na parte superior de minha coxa, mas dessa vez foi mais sério o corte, pois uma parte do vidro entrou em minha coxa, me amaldiçoo mentalmente por ter vindo de short jeans. Tiro o caco de vidro de minha carne.

-Oh corna- digo imitando o tom de voz dela, me apoio na parede para não cair. Estou muito fraca, não vou me aguentar em pé por muito tempo.

-Como se atreve?- diz ela mas não presto atenção, pois minha visão começou em falhar e caio no chão em cima dos cacos de vidro, agora dor é em tantos lugares que não consigo me concentrar em um ponto apenas.

-Você não é boa ao ponto da minha família- diz ela com uma faca na mão- você não chega aos meu pés.

-Se para ser da sua família eu tenha que ser igual a você- digo com meu corpo no chão sem forças para me levantar- uma mãe que abandona um filho por ele não ser tão bonito quanto os outros, prefiro ser da minha família que me aceita do jeito que eu sou.

Ela se abaixa e sussurra:

-Adeus Monique- e se levanta para dar a facada final a que me mataria assim com todos os meus sonhos.

Não! Eu não posso deixar ela me matar assim tão fácil! As pessoas que me amam não merecem me ver assim tão... derrotada.

Penso em minha mãe, meu pai, Nico, Drew, Phobos e... Apolo. Quando eles pensarem em mim quero que pensem em uma pessoa que não se deixou abater mesmo sabendo que o fim estava próximo. E a adrenalina corre por meu corpo. Com um movimento simples com as pernas dou uma rasteira em Hera que cai em cima dos cacos de vidro e se corta toda. Me levanto com muita dificuldade, não vou conseguir ficar em pé por muito tempo pois a adrenalina já esta deixando meu corpo.

A seguir vejo tudo em camera lenta, Hera se levantando, três homens arrombando a porta.

-Mãe!- grita a voz de Apolo, mas ela esta diferente, esta distante ou será que sou eu?

-Vaca desgraçada- grita a voz de meu pai, mas sua voz também esta distante.

Tudo ainda esta em camera lenta, me vejo caindo, antes de ciar contra o chão o terceiro homem me segura, Phobos.

-Vai ficar tudo- diz ele enquanto os outros discutem com Hera.

-Será que da para ajudar antes que ela morra?- grita Phobos. Depois disso tudo fica confuso e fora de foco, sinto alguém me pegando no colo, acho que é Apolo. Minhas pálpebras  ficam pesadas e eu desmaio no colo de meu amado.


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