Mistérios da Lua escrita por uzumaki


Capítulo 11
O aniversário da Princesa parte I


Notas iniciais do capítulo

Cupcakes amados! Este capítulo é curto (ao meu ver) mas é só para esclarecer certas coisas.
O ANIVERSÁRIO DA PRINCESA vai ser dividido em três partes, sendo a última POV JOSH, pq vcs terão uma surpresa. Eu e a minha querida amiga Lyne Konig (War of thrones- the last scion) VAMOS JUNTAR NOSSAS PROTAGONISTAS! O que vcs acham? Maravilhoso, né? Sim, eu sei, estou SUPER EMPOLGADA! Mas voltando a história, demorarei um poucquinho nos capítulos, decidi participar do torneio do papai noel que o Nyah tah organizando. Então, babies, cuidem-se! Semana que vem tem mais!



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Nem deu pra pensar mais nada. De repente, Ed e eu estávamos sendo levados cada vez mais pro Sul, longe de tudo. Eu sentia o vento frio nos meus pés e lutava para manter Ed agarrado à mim. Teve um momento apavorante em que ele escorregou e eu pensei: "Antes eu pular com ele até a morte do que ser carregada até ela" mas ainda bem que Ed agarrou meu braço e a águia, o homem Hanker - eu já tinha ouvido o nome dele em algum lugar - ajeitou a mim, me colocando entre suas enormes asas nas suas costas. E eu puxei Ed para trás de mim. E ficamos ali, sentados por uns dez minutos, no puro tédio até vermos um castelo, negro como obsidiana erguer-se de uma cachoeira enorme, de água pura e cristalina. Onde o castelo estava um momento antes eu não sabia, talvez embaixo d'água. O que aconteceu depois foi estranho. A águia - Hanker - aumentou o ritmo e acelerou pra caramba, fazendo com eu e Ed agarrássemos as penas negras com mais força. Hanker piou forte, e Ed pôs as mãos no ouvido. Ele teria caído se eu não o tivesse segurado. Quando Hanker estava no auge do voo, uma aura de luz prateada ficou visível, mostrando um encantamento para manter certas pessoas longe. Óbvio. Assim como o Vale da Luz era protegido, o deles também. Mas o deles parecia mais forte. Quando fomos passar pelo Campo de Proteção - mais tarde aprendi que esse era o nome certo - Ed deu um berro de dor.

Eu fiquei apavorada. Ed estava virando cinzas. As roupas, tudo, virava pó. Fiquei boquiaberta. Tudo o que passamos para ele morrer assim? Não, não. Não podia ser.

– Ed! - berrei - O que está acontecendo? Ed! Ed, fala comigo! Por favor! O quê é que está acontecendo com ele?

Eu derramava lágrimas. Ed estava virando cinzas. Não, eu não suportaria mais. Não dava mais para ver aquilo. Me abracei nele. Fechei os olhos, chorando. Hanker estava diminuindo o voo. Talvez porque estávamos chegando, mas eu não ligava. Eu só estava agarrada a Ed, com a cabeça enterrada no peito dele, chorando à beça.

– Ei, ei. - disse uma voz acima de mim - Não precisa chorar. Eu não estou morto.

Dei um suspiro de alívio. Quando vi aquele garoto que me encheu o saco por todo o tempo ali, me abraçando, perfeitamente bem. Aquilo era um sonho?

– Você... você tá vivo mesmo? - Perguntei, entre lágrimas.

– Claro que estou. - Respondeu ele. Um sentimento de alívio brotou em mim. Ed estava vivo.

– Deixem de ser melosos. - piou Hanker, no fundo da minha mente - Já chegamos. - Ele se transformou em homem novamente, jogando Ed e eu no chão da varanda mais alta que eu já vira em toda a minha vida. Eu via de lá de cima, todo tipo de pássaro, desde águias - como Hanker - à pombas e canários. Como a tatuagem de Ed. Ah, então é um canário mesmo. Pensei. Mas era ótimo, Ed estava vivo. Nós caímos e nos levantamos rapidamente, pois Hanker nos observava.

– Então, Annelise...

– Me chame de Anne. - Reclamei.

– Tudo bem, Anne. - Falou o homem, revirando os olhos - Miranda quer falar com você.

– Miranda? - Perguntei. - Minha mãe?

– Mas é claro. - Respondeu ele. - Mas o garoto não poderá ir com você.

– Mas ele vai. - Falei, arqueando as sobrancelhas, desfiando-o a recusar.

– É igual a mãe. - Disse ele, sorrindo com nojo.

– Onde ela está? - Perguntei, cortando-o. Peguei o braço de Ed, que estava ficando com os lábios roxos. Não sei porque, mas ele parecia ficar doente, enquanto eu, ficava cada vez melhor. Como se eu pudesse sentir a magia em mim fluir melhor.

– Está na 5ª Porta prateada, à direita. - Respondeu ele.

– Vamos Ed. - Falei, puxando-o.

Entramos no corredor. Haviam portas negras, prateadas e vermelhas, todas fechadas. Era parecido com o castelo do meu pai, mas mais fechado. Quando chegamos na 5ª porta prateada à direita, Ed deu um passo para trás. Ele devia estar sentindo o poder detrás daquela porta. Era realmente visível, com uma aura lilás saindo como névoa da porta. Engoli em seco. Eu estava preparada para tudo. Eu ia brigar com a minha mãe, questioná-la sobre a causa de me colocar em um Orfanato, eu queria dizer tudo o que eu guardava para mim desde criança. Empurrei a porta. Ed se encolheu. Devia ser difícil para ele, um Feiticeiro da Luz, entrar no Palácio das Trevas.

– Olá? - Perguntei, ao adentrar na luz brilhante que existia no quarto. A luz diminuiu, o que sugeria que a pessoa que a controlava havia me ouvido.

– Anne? - Perguntou uma voz feminina, fina como de um anjo. Mais poderosa do que a de Sophie.

– Sim, sou eu. - Respondi, com a voz falhando. A luz baixou completamente. E eu vi a figura atrás de tudo. Uma mulher branca como leite, com cabelos negros compridos, e olhos azuis acinzentados. Usava um vestido também preto, como o da Mortícia Addams da, óbvio, Família Addams. Os cabelos negros eram ondulados, com algumas mechas para trás, formando uma meia-cola. Não parecia ter mais de 25 anos.

– Sou eu, querida. - Falou ela, com lágrimas nos olhos. - Eu sou sua mãe, Miranda Western. Você voltou, minha querida.

Ela puxou o vestido para cima e correu para me abraçar, tão rápida quanto um piscar de olhos. Quando ela me abraçou, senti seu poder se conectando com o meu. Eu era parecida com ela. Dominava a água, mas mesmo assim, ela era a minha mãe. Ela se separou de mim e ficou me observando,

– Você está tão grande. - Disse ela. - A última vez que eu a vi, não tinha mais do que 6 meses. Foi tão difícil para mim me separar de você. - Ela se virou para Ed - E você deve ser Frederick, não é? O filho da July Dellarge! - Ela o abraçou também. Ed ficou a olhando como se ela fosse doida.

– A senhora... conheceu minha mãe? - Perguntou ele, com lágrimas nos olhos.

– Mas é claro! - Falou ela, sorrindo - sua mãe é uma grande amiga minha!

– Como assim, é?– Perguntou Ed, confuso.

– Oh! Bem, eu sou casada com Hanker, Senhor da Morte. - Falou ela, tristemente - Mas conheci sua mãe antes de morrer. Lamentei muito quando descobri que ela havia morrido. Deixando você e sua irmã Samantha..

– Sophie. - Corrigiu Ed, com lágrimas nos olhos.

– Isso, Sophie. - Falou minha mãe, sorrindo, triste. - Mas você está enorme!

– Obrigado, eu acho.

–Oh, filha... - Disse Miranda, virando-se para mim. - Você vai fazer 16! Essa é uma data especial, quero todos os Lordes, Ladys, Condes e Condessas do Reino das Trevas na super-festa que vou preparar para você!

– Festa? - Perguntei, desconcertada.

– Ora, mas é claro. - Respondeu ela - Eu não fiz sua festa de 1 aninho, nem de 10, nem de 15. Na de 16, vai ser a melhor festa que este Reino já viu. - Ela estalou os dedos e uma criada fantasma apareceu. Ela estava se empolgando bastante. Minha mãe era muito alegre. - Eu quero 56 mesas redondas com 5 lugares cada uma, toalha de mesa de linho negro, ok? Com lindas Jeyjers em cima! Vão ficar uma graça. Um palco no fim do salão, cinco degraus. Um microfone lá encima, com DJ, tá? Bandas de Rock, obrigada. E claramente, providencie a costureira real, Elizabeth, para fazer um lindo vestido para Anne e um terno para Ed! E o sapateiro real para customizar sapatos para os meus pombinhos!

– Hã... - falei, estática. - Isso tudo é para a minha festa?

– Oh, mas é óbvio! - Respondeu ela, sorrindo como boba. - Seu pai, sabe, nunca gostou que eu fizesse festas assim! No nosso Noivado por exemplo, ele quase morreu do coração ao ver que eu já havia convidado minha família! Oh, eu fazia questão de que meus pais conhecessem ele, talvez assim não eles não me OBRIGASSEM a casar com Hanker. Mas seu pai me esqueceu rapidinho, logo se casou com aquela sem-sal da Clarissa Wegmann. Afe! Mil vezes eu do que ela. Não teve nem o dever de dar um filho pra ele. Aquela garotinha loira, Lorrie, é adotada de uma família de antigos oráculos. Clarissa a pegou para criar. Seu pai concordou. Não sabe o que perdeu, mas tudo bem!

Lorrie não era minha irmã. A verdade caiu como uma granada na minha cabeça. Ela parecida com meu pai, claro, loira de olhos azuis, mas era por isso que não controlava a água, como eu. Ela não era filha dele. Então... era só eu no mundo, mesmo. Eu fiquei ali, por alguns minutos, observando minha mãe falar com a potência de uma metralhadora. Eu estava com os olhos arregalados. Eu não sabia o que eu queria que ela dissesse quando me visse, mas ela planejar uma super-festa para mim em apenas dois minutos, não estava na lista. Ed parecia brilhar de acordo com a luz local, ou seja, a neblina que pairava ao redor de minha mãe, Rainha Miranda. Acho que percebendo a ironia da situação, sorri loucamente. Talvez não fosse o momento certo, mas sorri.

– E aí? O que tá achando da mamãe? - Perguntou Ed, de canto de boca.

– Não sei. - Cochichei, de volta. - Eu não sei o que esperar. Talvez se ela me explodisse com raiva, eu não ficaria mais impressionada do que estou agora.

– Pois é. - Falou Ed. - Loucura, não? Eu ia te devolver sua vida e de repente, somos sequestrados pelo seu padrasto, a águia gigante.

– Loucura total. - Respondi, sussurrando.- E agora, estamos no Palácio das Trevas ouvindo a nova ordem. Favor comparecer ao aniversário de 16 anos da Princesa Anne. – Eu ri baixinho.

– Não, não! - Gritou minha mãe. Eu congelei. Ela estava ouvindo tudo. - Princesa Annelise Watern! Ah, vai ser a festa do século, ou não me chamo MI-RAN-DA! - Ela pronunciou o nome com as mãos para cima, as distanciando a cada sílaba falada. Okay, minha mãe era completamente doida. - Seu aniversário é daqui a três dias, não é? 12 de outubro! Ah! Uma data não exatamente propícia, mas tudo bem. O importante é que você ainda não escolheu pelo Reino da Luz, o que quer dizer que poderei te preparar para assumir o meu lugar no Trono! Mas, Hanker é imortal, fazer o quê... - Ela assumiu uma expressão pensativa, enquanto eu, horrorizada, caí sentada em uma poltrona. Ed correu para me socorrer, embora eu não precisasse. De repente minha mãe ficou brilhante. Literalmente. Ela liberou mais uma aura de poder roxo. - A não ser que você mate Hanker! É óbvio!

– O QUÊ? - Gritei. - Você quer que eu mate seu marido? Um homem imortal, como você mesma disse? Isso é loucura! Isso é impensável! Você é minha mãe! Como pode querer que eu mate alguém?

– Annelise! - Gritou ela, no mesmo tom que eu, porém não raivoso. Ela estalou os dedos e a criada desapareceu. - Se for necessário, assim será! Você não entende que Hanker está destruindo este Reino? Ele era poderoso e próspero no tempo dos meus pais, um excelente lugar! Uma cidade construída em cima do poder de nossos Feiticeiros. Da nossa força! E hoje o Reino cai mais rápido do que qualquer outro. Você precisa unir o Reino, minha filha. É a única que pode. É a única que pode me... me salvar. Eu preciso de você. - Enquanto ela falava, o vento revirava papéis, esfriava o lugar, o qual pareceu esfriar dez graus em 5 minutos. Minha mãe controlava o ar. Por isso atirei Ed tão alto apenas com um empurrão. Água não era meu único elemento. O ar também era. Mas em menor número, ainda bem. - Você deve conhecer seu Reino, Anne. Você pode nos salvar, não esqueça. Mas a escolha é sua. Não pode simplesmente pedir para outra pessoa escolher por você, ou ceder suas escolhas a outros. A primeira lição que uma Rainha aprende é a seguinte: Não pense em você. O Reino é mais importante que nossa vida. Eu daria minha vida por você, como para qualquer um do Reino. Eu abri mão da minha felicidade com seu pai para salvar meu Reino. E valeu a pena, porque todos estão bem. Tive que entregá-la aos cuidados de outra, e isso partiu-me o coração. Eu não suportarei entregá-la novamente, nem que seja para seu pai. - Ela deixava escapar lágrimas enquanto falava. Eu também tinha os olhos cheios d'água, mas não choraria. Eu não queria parecer fraca, ali, na frente da mulher que sacrificou tudo por um bem maior. Inclusive a mim. Eu choraria por isso? Talvez outro dia. Aquela não era a hora. Enquanto eu olhava, Miranda limpou os olhos, sem borrar a maquiagem, e sorriu, presunçosa, como se uma ideia estivesse lhe ocorrendo. - Desta vez eu não te entregarei tão fácil. Se Raffael quiser lhe levar de mim; RÁ! Vai ter que passar por cima do meu cadáver.

A última frase me assustou, mas eu não deixaria transparecer. Eu estava decididamente pronta para descobrir mais coisas sobre meu reino, e eu iria descobrir.

– Perdão. - Falei, me levantando. - Mas onde fica a biblioteca? - Minha mãe sorriu maliciosamente, como se soubesse o que eu iria perguntar.

– 15º andar. - Respondeu ela, sorrindo. - Nem precisa de instruções. O andar inteiro é a Biblioteca real. Mostre o cordão. - Ela falou, apontando para minha corrente com pingente da lua. Eu nem sabia porque ainda a usava, depois de tudo o que aconteceu. - Vão deixar você ter acesso total. Se não... mostre a elas o que a Família Watern é capaz de fazer.


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Notas finais do capítulo

Comentem cupcakes! Recomendem, façam qq coisa!
Quem não comentar... vai acordar com a Samara no seu lado amanhã de manhã!
Sim, isso é uma maldição.