Mistérios da Lua escrita por uzumaki


Capítulo 12
O aniversário da Princesa parte II


Notas iniciais do capítulo

Bem amores... AVISOS URGENTES!!!!!!!
1 - Quem ñ gosta de violência, NÃO LEIA ESTE CAPÍTULO
2 - Quem gosta do Hanker NÃO LEIA ESTE CAPÍTULO (Lyne, essa é pra vc. Mas leia se quiser. Vamos ver até quando vai achar Hanker legal. MUAHAHAHAHAHAHAHAAHA)
3 - Se vcs odeiam o Hanker, querem ele preso, o que eu posso fazer *cof, cof, cof* LEIAM ESTE CAPÍTULO.
Pra deixar bem claro: COMENTEM, BABYS.



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Ed estava um pouco confuso, com a súbita mudança de humor da Rainha, inclusive o meu. Mas tolerava. Quando minha mãe abraçou ele, Ed ficou definitivamente bem, como se Miranda tivesse o protegido, ou qualquer outra coisa. Fosse o que fosse, estava muito bom pra mim. Eu não suportava mais ouvir ele bater os dentes de frio. O frio, eu não sentia, embora ainda estivesse usando aquele vestido azul diga-se de passagem, muito decotado para o meu gosto. Eu não via hora de colocar meus jeans pretos rasgados, minha camiseta preta e all star surrado, também preto, lógico. Meu cabelo, curto e complicado, agora estava comprido e delicadamente penteado para o lado, o que me irritava. Na verdade, tudo começara a me irritar. Digamos que o lugar me fazia ficar furiosa, forte, petulante - mais do que eu era. Mas no momento, eu subia dez andares até a maldita Biblioteca. Por que é que eu tive essa ideia mesmo?

– Quanto tempo até chegarmos ao 15º andar? - Perguntou Ed, respirando pesadamente.

– Mais 4 lances de escada. - Respondi, quase morrendo. - Não podemos simplesmente nos teletransportar? -Sugeri, pela milionésima vez.

– Eu já tentei. - Resmungou Ed. - Não dá. Talvez porque sou Feiticeiro da Luz?

– Eu poderia tentar. - Falei, finalmente aceitando que não, não era totalmente da Luz. - Mas como eu iria chegar lá, se nem sei como o tal lugar é?

– Eu sei lá. - Respondeu ele, passando a mão na testa. - Tenta olhar para cima, e imagina que está lá. É assim que se teletransporta.

– Eu sei, você já me explicou isso antes. - Falei, contrariada.

– Então tente! - Pediu Ed. - Ou vamos morrer de exaustão.

Eu sabia que não morreríamos de exaustão, mas era a melhor possibilidade de tentar. Era agora ou nunca.

– Okay. - Concordei. - E agora?

– Agora, me segura. - Peguei o braço dele. - Se não der certo, tudo bem.

– Vai dar certo. - Falei, confiante.

– Fecha os olhos e... partiu andar de cima. - Sorriu ele. Fiz o que ele mandou. Imaginei que o andar de cima seria a mesma coisa, então fechei os olhos com força. Quando abri novamente, estava um pouco cansada, mas tive uma surpresa. Eu e Ed estavam a cinco andares acima do combinado. Agora teríamos que descer.

– Foi um pouco alto demais. - Disse ele, confiante. - Agora, pelo menos teremos que descer, não subir. Já é alguma coisa, Anne.

– Fale por você. - respondi, ríspida. Eu estava completamente envergonhada por nos fazer subir 5 andares acima do combinado.

Descemos silenciosamente, e finalmente chegamos ao 15º andar. Minha mãe não estava brincando quando disse que eu não precisava de instruções. Era enorme. Na verdade, subimos as escadas e nos damos de cara com um "pedágio" com várias mulheres em roletas. Acho que precisava de identificações. Cheguei em uma delas.

– Identificação? - Perguntou a mulher, sem levantar os olhos de uma revista que estava lendo. Ela tinha a voz de alguém que está com gripe.

– Hã... não temos. - Respondi, incerta de dizer que era a Princesa Annelise Watern, filha da Rainha e tal. Não me parecia certo.

– Sem identificação não passa, florzinha. - Respondeu a mulher, voz de taquara rachada, sorrindo, com falsa solidariedade.

– Olha aqui moça. - Gritei, dando um tapa na mesa em que ela estava sentada. - Eu não subi 15 andares para você, me dizer com essa vozinha ridícula que eu não posso entrar. Eu vou entrar, você querendo ou não. E espero, para a sua segurança, saúde e bem-estar, que você queira. - Falei, fuzilando-a com o olhar. Ela apenas baixou a revista, os olhos assumindo uma cor vermelha.

– O que disse, florzinha? - Perguntou, sorrindo.

– Eu sou a filha de Miranda Watern. - Falei, contrariada, mas calma o suficiente para não deixar transparecer meu medo diante daqueles olhos vermelhos. A mulher cambaleou para trás, aturdida por um instante. Ela se endireitou, puxou um fone do ouvido, e cochichou "A Princesa, filha de Miranda... ela está de volta? Ah... sim, claro... cabelo preto? Olhos pretos como a mãe? Sim, tem... é, ela está na Biblioteca. as câmeras? Ok.... É ela mesmo?.... Ah, tudo bem. Deixo passar?... Ok."

– Pode passar, florzinha.

– Foi o que eu pensei. - Provoquei. Puxei Ed. - Venha, Ed.

– Opa, opa. - Levantou a mulher, novamente. - O garoto aí não pode ir.

– Mas ele vai. - A encarei do mesmo jeito que fiz com Hanker, a desafiando a dizer não.

– Tudo bem. Mas a tarifa vai ficar mais alta e...

– Coloca na conta do Hanker. - Respondi, puxando Ed pela catraca.
Lá dentro, sem aquelas mulheres enxeridas, era milhares de vezes mais magnífica que qualquer outra biblioteca que eu já havia visto. Tinha desde livros atuais, como Percy Jackson e Harry Potter, à milhares de anos mais antigos, como pergaminhos antiquíssimos. Fiquei boquiaberta, assim como Ed.

– Não temos uma Biblioteca assim tão grande lá em casa. - Comentou ele, passando os dedos por algumas capas de livros. - Isso aqui é de 100 anos atrás!

– Que tal nos divertimos um pouco? - Sugeri. Não confiava em deixar Ed sozinho no Palácio das Trevas, mas o que eu iria procurar era decididamente particular. Então, nem esperei pela resposta, saí andando. Passei por algumas seções até achar uma mais do meu gosto e começar a procurar. O que eu procurava? Bem, algo que pudesse me dizer sobre a árvore genealógica da minha família. Qualquer coisa, por menor que fosse, um artigo sobre o casamento da minha mãe com Hanker já estava maravilhoso pra mim. Comecei a procurar nas paredes, atrás dos quadros, vá que tivesse alguma coisa oculta, não é? Deixa de ser idiota, Anne. Até parece que eles esconderiam algo por aí. Pensei. Mas vai que, né? Andei por alguns metros até achar um livro escrito: Reis e Rainhas: Enciclopédia do Mundo das Trevas desde a Antiguidade. Abri a capa. Tinha um bilhete escrito: O livro se preenche sozinho, não deixar na mão de qualquer um. Seção Protegida. O que claramente indicava que ele estava no lugar errado. Fechei a capa. Eu nunca resisti a um livro. Mas desta vez, eu leria na calma e tranquilidade de uma cama. Quer dizer, eu obrigaria minha mãe a me dar um quarto, até porque, se ela queria organizar uma festa para mim, ao menos devia me dar um quarto para mim passar a noite. Comecei a pensar por este ângulo. Se eu fosse levar este livro para ler, as mulheres da recepção iriam me fazer perguntas sobre onde e porque eu queria aquele livro. Peguei um maior: 1001 Vestidos de baile para Princesas. Era ridículo, mas serviria como disfarce. Andei até Ed, na recepção, que lia em uma grande mesa Percy Jackson e os Olimpianos O Ladrão de Raios. Eu o chamei, mas ele parecia entretido na leitura, então o cutuquei no braço.

– Aí! - Gritou ele. - Vai encher pra lá.

– Vamos embora. - Falei. Ele se levantou, resmungando sobre quando ele finalmente gosta de algo eu o levo para longe.

– Leva o livro, cabeção. - Sugeri. Ele sorriu e saiu correndo até a mesa, para pegar o livro. Quando voltou, sorria feito louco. Acho que gostou do livro, e talvez eu lesse algum dia. Deveria ser legal. Mas no momento, eu estava focada na vida real, e o quanto eu dependia para ler o livro. Cheguei na mulher com voz de taquara rachada. Ela lixava as unhas. Olhou para o livro que eu carregava, e me olhou, cética.

– O que foi? - Perguntei, mostrando a capa do livro 1001 vestidos de Baile para Princesas. - Uma princesa não pode se vestir bem? Não ouviu falar da minha super-festa de 16 anos? Talvez eu te convide. Até o Lorde estará lá. - Enrolei ela o máximo que pude, para não precisar passar o livro por ela. No final, nem precisei, a mulher pareceu envergonhado quando eu disse que convidaria ela. Já Ed, teve que passar o livro pela mulher, que assentiu quando ele perguntou a ela se era bom.

– Vamos andando. - Falei.

– Ok. - Concordou ele. - Você sabia que o protagonista é um semideus? Imagina que legal! Eu seria, obviamente filho de Afrodite. Lindo e transpiro amor, como eu, certamente filho de Afrodite. E você?

– Sei lá. - Respondi, não querendo ser grossa. Mas eu não tava pra papo. Me lembrei sem querer das aulas do chato do senhor Nelsinho. Ele explicava pra gente sobre a Grécia e seu exército. - Hécate, sei lá.

– Você é sombria. - Comentou ele. - Mas eu te perdoo.

– Ed. Cala a boca. - Mandei.

– Ai, tá. - Ele ficou calado por um momento, mas voltou a perguntar. - O que a gente faz agora?

– Eu vou arranjar uns quartos pra gente. Daí a gente deita dorme e tenta fazer com que não descubram que você é Feiticeiro da Luz. Depois que acaba minha festa, vamos embora, você me devolve minha antiga vida, e vai embora, dizer para Josh, e somente para Josh onde estou. Esse é o plano.

– Ok. É um bom plano. - Reconheceu ele. - Exceto que há uma pequena falha. Estamos presos aqui. Você mal sabe como se teletransportar. Eu não posso me teletransportar aqui, no terreno das Trevas. Como vamos sair daqui?

Realmente tinha falhas. Mas o que eu posso fazer? Não sou estrategista.

– Algum outro plano, gênio? - Perguntei. Ele apenas baixou a cabeça.

– Não, não tenho.

– Então se contente com o plano cheio de falhas que você tem. - Falei.

– Ih, engrossou geral. - Comentou ele.

– Me deixa em paz. - Pedi.

– Não vai dar. - Disse ele, sorrindo. - Você é a minha única chance de ir embora daqui.

Eu não sabia se ele estava brincando comigo ou outra coisa, mas assenti.

– Para onde vamos agora? - Perguntou ele.

– Falar com a minha mãe, esqueceu? - Respondi.

– Ah, é mesmo. - Lembrou-se ele. Era impressão minha ou Ed estava ficando mais branco?

– Ed... tá tudo bem com você?

– Claro. - Disse ele. - Vamos nos teletransportar?

– Talvez. - Eu estava incerta de me teletransportar outra vez, visto ao meu fiasco anterior. Mas talvez fosse diferente, agora que eu sabia o lugar para onde ir.

– Vamos de uma vez. - Falou Ed, me pegando pelo pulso.

– Tudo bem. - Fechei os olhos. Visualizei o lugar que queria, a varanda em que Hanker havia nos jogado no chão e todas as minhas energias foram enviadas para o lugar. Quando abri os olhos, lá estava eu, na frente do corredor dos quartos. Não sei o que deu em mim, mas coloquei o braço na frente de Ed. Eu tinha a impressão que ele não deveria ir comigo.

– Ed, fique aqui. - Pedi, mas soou como uma ordem.

– Por quê? - Quis saber ele.

– Hanker está ali. - Apontei para o quarto da minha mãe.

– E você vai entrar? - Perguntou ele, vermelho. Mas eu não entendi porque.

– Claro. Porque? Ela é minha mãe. - Respondi, pondo as mãos na cintura.

– Mas... ela está no quarto dela. - Argumentou Ed. Abri a boca para dizer que já havíamos entrado no quarto dela, porém Ed falou antes. - Com o marido dela. podem estar... fazendo.... saliência.

Meu mundo parou com a descrição de Ed. "Fazendo saliência"? Putz. Não tinha descrição melhor, não? De qualquer modo, fiquei vermelha como um pimentão e meus braços fraquejaram.

– Ela não está... ai, quer saber? - Falei, querendo obviamente mudar de assunto. - Pega o livro e fica aqui. - Empurrei o livro na direção dele. Ele olhou a capa e me olhou, cético.

– Por que você... - Ele empurrou o livro de volta. - Não leva ele com você?

– Porque eu quero que você leve. - Re-empurrei o livro para ele.

– Mas eu não quero.- Embirrou ele, e empurrou o livro para mim. Perdi a paciência. Não ia ficar neste empurra-empurra para sempre.

– É melhor segurar esta porcaria, senão vou te jogar daqui até o chão e ver o quanto você é marrento até chegar lá embaixo.- Sugeri, ameaçadoramente, e ganhei de quem olhava mais feio. Ed sorriu ironicamente para mim, daquele seu jeito arrogante, que fez meu olhar vacilar, mas não cair por terra. No fim ele se convenceu de que eu não iria voltar atrás e pegou o livro. Se sentou no chão ao lado de uma mesinha, no fim do corredor. Se pôs a ler o livro que tirara da Biblioteca. Pensei que ali ele estaria mais seguro. Atravessei as mesmas portas fechadas, vermelhas pretas de antes. Cheguei à 5ª porta prateada à direita, ouvi a discussão. Fiquei ao lado da porta, ouvindo o que dava pelos gritos.

– Eu não deixarei que você machuque ela! - Gritou, obviamente Miranda.

– Ela é perigosa para o Reino! - Berrou furioso, Hanker.

– Você que é um perigo para o Reino! - Protestou Miranda. Ouvi um estampido. Um tapa. E um gemido de dor de Miranda. Respirei mais rapidamente. Hanker havia dado um tapa nela, possivelmente no rosto. Ouvi um choro baixinho. Rangi os dentes. Coloquei a mão na porta, mas algo me impediu de arrombá-la, dando um chute bem dado bem no meio das pernas de Hanker. Não magia, outro tipo de impedimento, como se algo me falasse: Não faça isso! Não agora. esperei mais um pouco.

– Os Lordes NUNCA vão confiar nela. - Falou Hanker, se vangloriando. - Ela é filha de Raffael, seu amante. - Ugh. Eles estavam falando de mim.

– Raffael NÃO era meu amante! - grasnou Miranda. - Ele era meu noivo! Ele é, e sempre será o amor da minha vida! E você não vai me impedir de amá-lo!

Ouvi o barulho como um metal retinindo, o som de um feitiço. Desta vez bem mais forte. Ah, agora não dava mais. Eu iria entrar. Chutei a porta, com toda a força que eu tinha. Hanker e Miranda pararam, e olharam estupefatos para mim, Miranda no chão, envolta em uma aura cinza. Meu olhar alternou dela para ele.

– Ora, sua... - Começou Hanker, avançando para mim. Ora, o que eu estava pensando? Que Hanker ficaria parado enquanto eu lhe aplicava um chute?

– Nela você não vai bater! - Gritou minha mãe, com raiva. Ela se levantou, mas Hanker lhe deu um soco. Miranda caiu no chão, desacordada. Hanker tinha o punho brilhando com uma luz cinza. Ele voltou a andar na minha direção.

– Agora, vou te ensinar a não se meter nas conversas, sua cretininha. - Me xingou ele. Rangi os dentes com raiva. Ninguém me xingava. E ninguém bateria na minha mãe, nem que fosse meu padrasto. Sangue me subiu nos olhos.

Hanker ergueu a mão para me bater, mas eu fui mais rápida. Peguei a mão dele em pleno ar.

– Eu não sou apenas filha da Luz, Hanker. Também tenho Trevas correndo no meu sangue.

Ergui meu braço livre. Uma luz saía da minha mão, como o de Miranda e Hanker, só que a minha era prateada. Não cinza como Hanker, prateada mesmo. Brilhante, no início. Depois ficou tão forte que se tornou cegante. Hanker me olhava, com os olhos arregalados. Fiz a única coisa que me ocorreu, olhando minha mãe desmaiada no chão. Se você não suporta ver sua mãe chorando, imagina ela desmaiar na sua frente. Me lembrei do que ela havia me dito: Você é a única que pode me... me salvar. Joguei Hanker para trás. Ele caiu com um baque surdo. Alguém abriu a porta. Ed.

– O que está acontecen... - Ele viu Hanker caído no chão, atordoado.

– Hanker bateu na minha mãe!- Gritei, com lágrimas rolando. - E tentou me bater. - A expressão de Ed mudou completamente. Vi fogo em seus olhos. Ele controla fogo. Me lembrei. Putz. Liberei a fera. As mãos de Ed explodiram em chamas. Ele se virou para Hanker, que estava atordoado. Hanker era enorme, Ed não conseguiria. Enquanto eu pensava em algo, Ed avançou para Hanker e roubou minha ideia.

– Ah, seu canalha! - Xingou ele, aplicando um chute ninja bem no meio das pernas de Hanker. O homem urrou de dor. Olhou para Ed, que acabou lhe aplicando outro chute. Os olhos dele se reviraram e ele desmaiou. Suspirei, aliviada. As mãos de Ed se apagaram. Ele se virou para mim.

– Você está bem? - Perguntou. Eu assenti, chorando. Ele me abraçou. Chorei por mais alguns minutos no ombro dele. Mais ou menos, já que ele era mais alto que eu. Chorei no peito dele. Ouvi um gemido. Meus ombros se retesaram e me virei, mas era apenas Miranda. Corri até ela. Me joguei em seus braços, nós duas chorando.

– Anne? - Perguntou ela, acariciando meus cabelos. - Onde está Hanker? - Apontei para o outro lado do quarto. Hanker estava estirado nos pés de uma enorme poltrona. Minha mãe me largou delicadamente e correu até o marido. Fiquei estática. Como ela poderia se importar com o cafajeste com ele a batendo? Ela murmurou algumas palavras e colocou a mão no peito e outra na cabeça dele.

– Pronto. - Disse ela, tirando as mãos dele. - Agora Hanker não se lembrará de nada.

– Ele é mau. - Falei, atraindo a atenção dela. - Por que não se separa dele?

– Lembra do que eu disse sobre sacrifícios, Anne? - Ela sorriu tristemente para mim. Eu assenti. - Esse foi apenas mais um sacrifício. E valeu a pena, não é? Raffael está vivo.

– Ele tentou... matar meu pai? - Fiquei horrorizada.

– E você também. Mas eu nunca deixaria ele machucá-la. Eu fiquei desmaiada enquanto você enfrentava ele! - Ela parecia transtornada. Não se desculpava pelo que fez, mas eu a perdoava.

– Não, tudo bem. Você não tem culpa. - Falei.

– Eu sei mas... eu te amo, Anne. - Falou Miranda, me pegando de surpresa. - Você é minha filha.

– E você é minha mãe. - Afirmei.

– Sim, eu sei. - Disse ela, sorrindo. - Ah, mas esqueça essa história. Hanker não vai se lembrar de nada. Por falar nisso, eu estava vendo umas revistas, antes daquele tribufu entrar. Achei um vestido lindo para a sua festa! Sabe, acho que vou mandar Elizabeth fazer aquele, caso queira.

– Seria uma ótima ideia. - Revelei, olhando de esguelha para Ed, que sorria. Ele me viu olhando e sua boca desenhou as palavras: Completamente doida. E eu concordei com ele. Miranda era minha mãe e eu a amava. E ela me amava também. Finalmente compreendi o que significava "Amor de mãe".


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Notas finais do capítulo

COMENTEM, QUERO VER REVOLTA, RAIVA, ÓDIO! COLOQUEM NESTE ESPAÇO PEQUENO TUDO O QUE SENTIRAM NESTE CAPÍTULO!
P.S. Só ñ me matem.



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