Mistérios da Lua escrita por uzumaki


Capítulo 10
A águia negra.


Notas iniciais do capítulo

Oieee amados do meu coração! Eu volteeiii! Neste capítulo, que tal conhecer mais a família por parte de mãe da Anne? Vcs vão adorá-los (tá, talvez nem tanto) mas msm assim, leiam o capítulo! Eu ia postar ontem, mas tava péssimo então resolvi postar hj msm!



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POV'S ANNE

Bem. Que tal começarmos de novo? Oi, estou bem. Não fomos atacados desde aquela vez na floresta, há dois dias. Ed não tentou nada engraçadinho. Eu vencia nas discussões, aprendi mais sobre magia. Sobre minha família. Ah, não posso esquecer a vez em que dei um chute na canela de Ed. Foi engraçado. O braço dele já estava curado, ainda bem. Hoje, nós estávamos encima de uma pedra, em um lago. Mal nos falávamos, então comecei a sentir falta de Josh. Sim, eu sei que é egoísta, mas o que eu posso fazer? Eu sou assim mesmo.

— E aí? - perguntou Ed, depois de me deixar no vácuo por dois dias.

— E aí, o quê? - respondi.

— Ai, Anne. - resmungou ele - Eu só quero falar com você. É pedir muito?

— Não, não é. - falei - Só perdi o hábito de falar com as pessoas.

— Eu também. - sorriu ele. - Então vamos começar de novo?

— Pode ser. - sorri, com a sugestão dele.

— Tá. - agora ele sorria como bobo. - Faz uma pergunta pra mim.

— Okay. Qual a sua cor favorita?

— Branco. - respondeu ele. - E a sua?

— Preto. - respondi, sem pestanejar.

— Nossa, eu nunca iria descobrir. - debochou ele. - Agora é a minha vez. Qual a sua banda favorita?

— Pensei que nunca iria perguntar. AC/DC. E a sua?

— Beatles. - respondeu ele, pensativo.

— Tá, qual é o seu nome inteiro? - perguntei, curiosa.

— Ed... Dellarge. - respondeu ele, sorrindo, vitorioso.

— Ed não pode ser seu nome de verdade. - falei - É apelido. - eu ri, ao ver ele corar. - Qual é o seu nome?

— Frederick Dellarge. - respondeu ele, baixando a cabeça, totalmente vermelho. E quanto a mim, eu caí na gargalhada.

— Eu não acredito! - berrei, entre ataques de gargalhadas. Eu mal conseguia respirar. Eu chorava de tanto rir.

— Tá, tá, vamos continuar o jogo. - falou ele, me sacudindo para mim parar de rir.

— Tá bom, Fred... Frede... FREDERICK! - gritei e rolei de rir. Quase caí da pedra em que estávamos.

— Vamos parar com a zoação com o meu nome? - gritou ele.

— Não... consigo... - Arfei, em busca de ar.

— Se você continuar, vou ser obrigado a lhe fazer gestos que um cavalheiro não deve fazer.

— Tipo o quê? - Perguntei.

— Tipo isso. - Respondeu ele, me apontando o dedo do meio. Se era possível rir mais, eu ri.

— Ai, minha barriga! - Reclamei, depois de uma hora rindo.

— Bem feito. - Respondeu Ed, olhando para o pôr-do-sol.

— Ah, é? - Empurrei ele da pedra, e ele caiu no lago. Ed se exibiu quando voltou a superfície. Boiou de costas, e mergulhou, deixando as pernas para cima, como fazem as Bailarinas da água (sei lá como se chama)

— A água está tão quentinha. - Falou ele, me induzindo a pular também. Felizmente, ele não tem tanto poder nas palavras quanto Sophie, ou se não eu pularia e me afogaria.

— Não, eu não vou. - Resisti.

— Ah, qual é, Anne? - Perguntou ele, levantando as sobrancelhas. - Vem nadar, aula prática é mais produtiva que aula teórica.

— Eu não sei nadar, tá? Pronto, falei. - Respondi, mordendo o lábio inferior com um olhar de "Ouse brincar com isso"

— Não? - Falou ele. Obviamente, Ed tiraria uma com a minha cara. Ora, eu tinha 15 anos e não sabia nadar. Qualquer brincaria comigo o resto da vida. E eu tinha poder sobre a água e não sabia nadar. Ai que vergonha. - Tudo bem, vem cá, eu te ensino.

— Sério? - Perguntei, sem acreditar.

— É claro. - Respondeu ele. Ed estava sorrindo para mim, confiante.

— Okay então. - Concordei. - Me salva, por favor, Frederick.

Eu pulei. Tive dificuldade para abrir os olhos, mas quando vi, lá estava Ed, nadando para me ajudar. Ele me puxou pela cintura e nós subimos. Eu arfava. Claro, eu já havia entrado na fonte no Vale da Luz, mas ali era diferente. Eu estava a quatro metros do chão. Para um lago, era bem fundo.

— Se acalme, você está respirando muito pesado. - Ordenou ele.

— Eu estou calma, estou calmíssima. - Respondi, me agarrando ao pescoço dele.

— Ai, sai de mim sua grudenta. - Disse ele, tentando me afastar de seu pescoço.

— Então me ajuda! - Gritei.

— Se você sair de cima de mim, vai ajudar muito.

— Tá bom. - Me afastei do pescoço dele, mas me agarrei a seu braço. Finalmente ele se separou de mim e nadou para longe. Quando chegou longe o bastante virou-se, me vendo afundar.

— Se acalma, garota! - Gritou ele. Mas eu só pensava "Eu não acredito que vou morrer no meu próprio elemento!" - Erga-se, deite de bruços na água! - Mandou Ed - Agora, solte o corpo.

— Uhum. - Murmurei, me soltando. Falei para mim mesma: "Eu não vou me afogar. Eu domino essa bagaça aqui. Eu sou a água." Larguei meus pensamentos negativos para longe da minha mente. Eu era a água. Eu fazia parte dela, e ela de mim. Fechei os olhos. A água corria pelo meu sangue.

"O sangue real. O sangue de uma divisão. O sangue de dois povos, uma traição, o sangue que nasceu para libertar" uma voz feminina disse, uma voz que me assustou, mas não era a da Lua. Queria meu bem. Uma voz profunda e poderosa. Uma entidade há tempos adormecida. Eu queria gritar, mas parecia que eu estava paralisada, afundando. Me obriguei a ficar calma. A voz não parecia querer me machucar. Queria que eu aprendesse.

"Fique calma, criança. Só você sabe o que fazer com seu poder, ninguém mais. Você é verdadeiramente a Criança das Águas. A filha do Dominante mais poderoso, a filha da Luz e da Escuridão. Nós apostamos tudo em você, Anne. Você é a salvação. Só você conhece os meios para fazer isso. Boa sorte, minha querida."

Submergi. Ed nadava até mim, com pânico estampado no rosto. Percebi que eu boiava, nadava confiante até ele. Na verdade, eu não nadava, eu flutuava até ele, sem nenhum esforço.

— O que foi que aconteceu com você? - Perguntou Ed, me olhando, estupefato.

— Eu não sei do que está falando. - Falei, verdadeiramente. Será que a voz falara com Ed também? Mas Ed apontou para baixo. Eu segui seu dedo. A água brilhava, mais clara do que qualquer coisa. Transparente, com peixes coloridos nadando à meus pés. Era lindo. Até que eu vi. Uma mulher, para onde Ed estava apontando. Uma mulher de cabelos azuis, olhos também azuis, claros como a água. A pele era linda, bronzeada, e vestia um belo vestido azul de renda. Ela me olhou nos olhos e murmurou. Não saíram palavras, mas eu era boa em leitura labial.

"Nós apostamos em você, Anne Raxel. Só você pode nos salvar." Ela parecia relutante, mas tirou os olhos de mim e olhou para Ed. Uma expressão de ternura brotou em seu rosto e ela murmurou algumas palavras. Mas eu não consegui vê-las tão bem quanto as palavras dirigidas para mim. Olhei para Ed. Ele apenas assentiu.

— Você está linda, sabia Raxel? - Falou ele, mordendo o lábio. Olhei para as minhas roupas. Ooh. Eu estava vestida com um belo vestido azul e preto. Uma mistura linda. Era de renda, como o da mulher, mas pelo menos fazia meu estilo. Era comprido, até os pés, mas rasgado nas pontas. Como se eu tivesse virada uma náufraga dos filmes de Hollywood. Eu estava sem calçados, e minhas unhas estavam perfeitamente pintadas de preto. Eu usava um anel de pérolas no dedo "Fura-bolo" (sempre gostei de chamá-lo assim) da mão direita. Meus cabelos negros ganharam um aumento significativo, iam até a cintura. E minhas mechas azuis haviam voltado. Meu vestido... Eu engoli em seco. O vestido tinha um decote exageradamente grande para mim, mostrando o colo dos seios. Quase morri engasgada, seu eu fosse me engasgar com água algum dia.

— Ótimo. Agora sim eu gostei de uma mudança. Menos do vestido - Falei, como uma indireta para Ed. Ele percebeu e sorriu para mim. Ele se esforçava para não olhar para mim, mas acho que não adiantava. Eu estava linda e muito envergonhada. Eu estava com os braços cruzados sobre o peito, e agradeci por não precisar bater os braços para nadar. Eu andava normalmente na água, dentro dela, quer dizer. Mas seguia, acompanhando Ed. Como é que eu viera parar tão longe? Decidi perguntar.

— Por que eu estava tão longe quando submergi? -Perguntei para Ed, que parou de nadar.

— Você meio que... ahn, você fechou os olhos e eu pensei que você tinha morrido. Fiquei apavorado. Mas você começou a flutuar em pleno ar e começou a mudar de forma. Seu cabelo cresceu, você viu?- Assenti. - De qualquer forma, a mulher que estava lá em baixo, falou com você. E falou comigo também. Me disse coisas perturbadoras. Então ela me disse: "Não se separe dela. Ela precisará de ajuda quando a hora chegar"

— Isso é uma brincadeira de mau gosto? - Perguntei, olhando séria para ele.

— Quem dera eu. - Falou ele, sorrindo.

— Melhor que não seja, Frederick. - Eu falei, e Ed fez um bico.

— Não me chama assim, Raxel. - Disse ele, sorrindo, vitorioso.

— Então estamos quites, Frederick?

— Mas é claro, Raxel. - Ele deu a mão para mim. - Me dá a honra?

— De quê? - Perguntei, me esquivando.

— De acompanhá-la, oras. - Respondeu ele, revirando os olhos.

— Okay então. - Dei a mão para ele. Quando ele tocou minha mão, a pele começou a formigar. Parecia sair fumaça dos dedos dele.

— Oh. - Falou ele, largando minha mão. - Acho que eu, por dominar o fogo, não posso tocar sua mão.

— Claro que pode. - Agarrei a mão dele a força. Eu odiava que me dissessem o que fazer e o que não fazer. Eu nunca fui muito boa ao respeitar as regras.

— Muito bem. - Falou ele, engolindo em seco.

Minha mão formigava levemente. Mas continuei segurando. No início era apenas para mostrar a ele, que, sim, nós podíamos quebrar as regras. Mas depois ficou mais natural, como se eu tivesse nascido para segurar a mão daquele metido à besta. Era tão natural quanto o quebrar das ondas no mar, quanto os pássaros voarem pelo céu azul. Tão fácil quanto piscar os olhos. Quando me dei por mim, estava na borda do lago, me preparando para subir, automaticamente. Ed ainda segurava minha mão, o que achei estranho, pois estávamos andando para o caminho do "Acampamento". Ele parecia relutante em soltá-la. Então deixei quieto. Andamos um pouco mais e chegamos à clareira, onde tudo... estava pegando fogo. Minha boca se abriu, como a de Ed, ao observar tudo aquilo queimar. Olhei para os lados, em busca de um culpado. Um homem alto e vestido inteiramente de preto estava vindo na nossa direção.

— Oh, vejo que minha enteada tem um namorado. - Disse o homem, no meio do caminho até nós. Fiquei tão vermelha quanto um tomate, que nem me dei conta de que o homem acabara de me chamar de enteada.

— Ele não é meu namorado. - Grunhi, em resposta. Ed não parecia ansioso para desmenti-lo.

— Bem, eu até gostaria de ser, mas possivelmente ela me chutaria bem longe. Talvez até me afogaria. - Respondeu Ed, ao homem, que chegava cada vez mais perto.

— O que você disse? - Perguntei, estupefata à Ed.

— Que gostaria de ser seu namorado, ora. - Respondeu ele, naturalmente.

— Está certo sobre uma coisa, Frederick. - Falei, rangendo os dentes. - Eu não aceitaria.

— Viu? - Falou o homem, parado à nossa frente. - Ela é igualzinha à mãe. Impressionante.

— Igual à minha mãe? - Perguntei.

— Isso mesmo, Annelise Western. - Confirmou o homem. Como é que ele sabia que eu me chamava Annelise?

— Á-RÁ! - Berrou Ed. - Até você tem apelido, Annelise!

— Cala a boca! - Gritei.

— Como você gostaria de ser chamada, querida? - Perguntou o homem, interrompendo a briga entre mim e Ed. - Princesa Annelise? Princesa? Alteza Negra? Ou, o meu preferido, veja bem, Prisioneira do Rei Hanker? - disse o homem, encolhendo até se transformar em uma águia enorme, negra como pesadelo, enfiar as garras em mim e voar para longe, com Ed agarrado à minha mão, quase caindo para um abismo.


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Notas finais do capítulo

Comentem meus liindos! Cupcakes fantasmas, ñ deixem de dar uma comentadinha, sim eu sei que a preguiça é poderosa, mas vamos lá!



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