Electoral High School escrita por Srta Pottah


Capítulo 8
Capítulo 8




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As duas semanas seguintes da cena mais, eu diria, íntima entre mim e Juliet foram muito confusas.

Para começar Louis voltou para a escola furioso, o mais furioso que a cara de bebê dele pode demonstrar, era como ver um bebê jogar longe um brinquedo que não gosta mais. Mas o motivo para essa raiva era que seu pai finalmente tinha arranjado uma namorada e ia parar de pegar em seu pé, mas ele não aceitou isso, deu escândalo e voltou para a escola. Louis é retardado.

Edward de uma hora para a outra parou de me zoar, não fez nenhuma piada sobre ter quebrado o meu braço (que, por sinal, já estava bem melhor) ou sobre qualquer outra coisa idiota que ele ri. É uma evolução para alguém como ele.

Juliet ficou em um silêncio total. Eu achei que era apenas comigo, que ela estava chateada pelas brincadeiras que aconteceram naquele dia, mas Louis disse que ela também não falava com ele, e que sentia Juliet... distante. Eu tentei falar com ela várias vezes (duas), mas ela apenas ficava quieta, e inventava algum compromisso que só era dito na mente dela.

Lilian Smots foi a pessoa que mais evoluiu durante essas semanas. Para começar eu tive a infelicidade de esbarrar nela novamente (quando eu estava falando com Louis, sobre Juliet, e desta vez ela não estava toda arrumada como antes, usava roupa de gente normal) e derrubar refrigerante nela. O que me surpreendeu foi que ela não brigou comigo, não gritou, não deu escândalo, ela apenas sorriu e disse:

— Algum dia vou poder encontrar você nos corredores sem que você derrube alguma coisa em mim?

Eu fiquei tão surpreso que não pensei em uma resposta concreta para dar, apenas fiquei pensando "o que aconteceu com essa garota?", até que Louis respondeu por mim:

— Acho que perderia completamente a graça do "encontro".

— Sim — ela completou — qual é a graça de sair do quarto se eu não vou me sujar com alguma bebida não é?

Eles conversaram por mais alguns segundos e eu não conseguia falar nada, que merda que ta acontecendo? Até que Lilian viu alguém e foi embora. Louis e eu continuamos o nosso caminho.

Eu finalmente conheci Sophia Wanderson (pessoalmente, porque todo mundo conhece a "reputação" dela já), e odiei isso. O que eu posso dizer sobre ela? A garota mais fútil, inútil, desperdício de espaço e ar do mundo. Ela é o tipo de garota que, como diz Juliet, os garotos só ficariam por causa dos peitos. Conheci a garota na detenção (ultimamente tenho ficado mais sociáveis com as pessoas que frequentam a pequena sala da escola), descobri que ela teria que ficar uma semana lá, porque foi vista com um garoto nos corredores. Tive a felicidade de não perguntar o que estavam fazendo lá.

E, só para a minha semana ficar feliz, meu pai inventou de levar a família toda para uma reunião/festa/sei lá o que de pessoas ricas e babacas para beberem e falarem sobre suas ações em empresas, o valor das moedas de cada país e sobre política. Infelizmente eu faço parte da "família toda" e tenho que ser um "sobrinho feliz" por uma noite inteira. Felizmente eu fiquei sabendo que não era o único que ia, Edward, Louis (cujo o pai é dono de uma fábrica de chocolate — e de mais algumas coisas chatas — e eu não sabia), Lilian, Sophia (não que eu me importasse com sua presença), o garoto ruivo que tropeçou em mim e que eu não sei o nome, metade da escola que eu não me importo e até Juliet. Vi finalmente uma forma de falar com ela e perguntar o que estava acontecendo.

Inclusive, a tão festa/reunião seria em um domingo, então sábado eu já estava em casa, recebendo os elogios carinhosos da família.

— Pedaço de cocô, você voltou — saudou Eric, meu irmão, e sussurrou em seguida — se você não fizer isso antes, nós vamos te matar nestes dois dias, você sabe né?

Com "nós", Eric se referia a ele e Wendy, a irmã gêmea, porque você não pode ter só um monstro, tem que ter dois.

— Resto de aborto! — gritou a garota, ela fingia estar super feliz em me ver e completou no mesmo tom do irmão — por que você veio? Estávamos bem sem você.

— Mais felizes — completou Eric — sem você.

— Acreditem ou não pirralhos, eu também estava... feliz.

E por um momento me veio na cabeça mas o que é mesmo ser feliz? O que é a felicidade?

Eu poderia filosofar e descobrir o que é a felicidade para um simples adolescente depressivo que via como morte uma coisa super normal no dia a dia das pessoas, mas meus pais apareceram na sala.

O sr. Stole era gordo, barbudo, velho, calvo e tinha um bigode escroto que eu tenho vontade de raspar toda vez que eu vejo, e a sra. Stole é no mínimo vinte anos mais nova que ele (não, eu não sei a idade dos meus próprios pais) e era quase tão fútil quanto o marido, se não for mais.

— Logan — chamou meu pai, ignorei — Logan — ele repetiu, um pouco mais alto, mas ignorei de novo e continuei olhando para a ponta dos meus tênis — LOGAN — e eu continuava ignorando, tinha certeza que ele ia explodir — Logan Frederic Stole, eu estou falando com você e eu exijo respeito!

Finalmente fingi que tinha escutado, olhei para o homem na escada, que eu poderia chamar de pai, se não fosse pelo fato de eu não querer, ele usava pijama e tomava uma bebida alaranjada, como um homem assim pode querer algum tipo de respeito? Principalmente o repeito de alguém como eu.

— O quê? — fingi inocência.

— Eu quero que você vá para o seu quarto e só saia de lá amanhã quando estiver pronto para a maldita reunião, entendeu?

— Sim.

— Sim, senhor.

— Eu não vou te chamar de senhor.

— O que disse?

— Sim, senhor.

Enquanto subia para o lugar mais alto e apertado que a nossa casa tinha (mais conhecido como o quartinho do canto do segundo andar) murmurei "pelo menos eu não uso um pijama pequeno que marca meu pinto." e ainda tive a ousadia de completar "mas, pensando bem, eu teria o que marcar se usasse um" e corri o mais rápido que já corri em toda a minha vida para que ele não entendesse o que eu tinha dito enquanto eu estava perto.

E eu entrei o meu quarto, estava do mesmo jeito que eu tinha deixado no ano passado, tirando que a janela estava quebrada (eu vi que estava assim porque jogaram beisebol na rua do lado e bateram forte demais), alguns livros caíram da prateleira e tinha muita poeira. Tirando isso, eu estava realmente em casa


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