Like Ice And Fire: They Grown Up escrita por Prince Salazar


Capítulo 5
Panquecas do amor.


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse capítulo vai soltar algumas risadas de você. Espero por que pelo menos era essa minha intenção.
Boa leitura!



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No dia seguinte Jack veio me buscar de carro para irmos até o hospital universitário de Yale. Era bem melhor ter irmos lá, pois eu tomei coragem pra falar pro Adam. Ele estava na área pronto socorro, eu pedi pro Jack ir dar uma voltinha para eu ter um momento a sós com o Adam.

- Hey, Merida! – chamou ele assim que me avistou. Ele vestia um jaleco branco.

- Oi Adam, quanto tempo! – ele me beijou no rosto, eu quis me afastar mais me contive.

- Eu preciso falar com você, é sério. – eu franzi a testa.

- Tá, vamos lá fora... – ele me conduziu até o jardim que ficava na frente do hospital, nos sentamos em um banco abaixo de um Bordo (árvore).

- Eu não sei como te dizer isso? – eu alisei minha barriga. – Sabe, naquela noite... hoje, o que eu quero dizer... – ele parecia bem confuso, claro eu não estava facilitando em nada.

- Merida desembucha! – falou o ruivo apreensivo.

- Eu tô grávida! – ele pareceu mais pálido do que é, ele passou a mão tremula pelos cabelos, se levantou e se afastou um pouco do banco, e para minha surpresa, volta rindo.

- Isso é maravilhoso! – ele volta a se sentar, ele estava maravilhado.

-Que susto... eu pensei que você... – coloquei minha mão na altura do coração.

- Quantos meses? – quis saber ele.

- É isso que eu vim fazer hoje aqui, eu vou falar com o médico que está fazendo meu planejamento.

- Então vamos... – ele segurou pelo meu braço, parecia que um cinto de segurança.

- Adam Rahner, eu estou gravida, não em um brinquedo de parque de diversão! – rosnei para ele.

- Certo, é só que eu... – acuou-se.

- Vamos logo... – da feita que seguíamos pelo corredor, ele fazia com que as pessoas tomassem distância o suficiente para não chegarem perto de mim.

- Adam, para com isso, você está me constrangendo. – eu tapeei minha testa.

- Até quem fim! – falou Jack assim que chegamos à porta da sala do médico que me assistia.

- O que ele faz aqui? – falou o Adam amarrando a cara para mim.

- Ué, você não falou pra ele? – agora fora a vez do Jack amarrar a cara para mim.

-Adam, você não é o único pai dessa criança... – ele pareceu pasmo.

- Como assim? – quis saber o ruivo que limpara o suor da testa.

- A probabilidades deu ser o pai também! – falou Jack ríspido.

- Verdade, o que a gente faz? – falou ele. Mas do que ele estava falando? – Espera a criança nascer pra ver com quem ela se parece?

- É, até lá... ela tem dois pais e uma mãe! – falei entrando na sala. Os dois me seguiram.

Assim que comecei minha consulta com o médico, ele tratou logo de marca um ultrassom para aquele estante. Eu me deitei na cama, e o médico passou um gel na minha barriga. Ele colocou o aparelho sobre ela, aos poucos uma imagem turva e acinzentada foi surgindo no monitor, não dava para eu ver nadam, mas o médico parecia bem alegre. Jack olhava confuso, já o Adam olhava maravilhado.

- Doutor, isso é o que eu estou pensando? – perguntou ele ao médico.

- É sim, exatamente isso...

- Mas e esse outro aqui é um...

- Sim isso mesmo! – falou o médico alegre ainda.

- Do que diabos vocês estão falando? – gritei pros dois.

- Não é um bebê... – começou a falar o médico.

- Como assim não é? – perguntou eu e o Jack juntos.

- São dois, e já tenho os sexos definidos! – Adam bateu palmas naquela hora, enquanto eu e Jack estávamos perplexos, o ruivo estava que não se aguentava.

- É um menino e uma menina! – falou o Adam mordendo os berços.

- Isso é maravilhoso... – Jack andou pro lado e pro outro na sala.

- Quem é o pai? – perguntou o médico. Jack e Adam levantaram as mãos. O médico franziu a testa. – Mas? Então?

- O que foi doutor? – perguntei a ele. Eu estava bastante confusa, como assim dois bebês? Um casal?

- Se é o que eu estou pensando, há uma grande probabilidade de esses bebês serem de um só pai, ou dos dois! – olhamos intrigados para médico.

- Mas doutor isso é quase improvável de acontecer... – disse o Adam sério.

- Mas não impossível! – o que esse homem está falando?

Saímos daquele consultórios ao mesmo tempo felizes ao mesmo tempo perplexos, não havia uma margem de erro muito grande para que aquilo acontecesse. Eu ser mãe, aos 23 anos e por cima ter dois bebês de pais diferentes. Minha mãe vai me matar!

Na semana seguinte roda os universitários entraram em provas. Era difícil ter festas, sair para dar uma volta ou ir tomar um café com os amigos, todos estavam 100% ligados na prova. Igualmente Jack e Adam, mais os dois sempre arrumavam uma desculpa para vir me visitar e ficar passando a mão na minha barriga, aquilo já estava ficando irritante. Adam em seu jeito mais louco, queria ler uma história de ninar pro bebê, resultado, joguei o livro que ele tinha pela janela que acertou um dos vigias do campus.

- Adam sai daqui... – ordenou Clarice que não aguentava mais aquelas visitas também.

- Tá certo, mais amanhã eu volto! – ele sorriu para minha barriga e saiu.

Pensava eu que ia poder descansar quando dei por mim, Jack apareceu com uma caixa de Donuts recheados com chocolate. Eu juro que se não fosse por uma coisa tão gostosa eu tinha arremessado aquela caixa pela janela também.

- Obrigado Jack, mais agora já está tarde, você precisa ir! – falei para o londrino assim que comi todos os Donuts.

- Não eu vou dormi aqui, caso você precise de alguma coisa. – falou ele já deitando no chão ao lado da minha cama. O que ele pensa que está fazendo?

- Jack, por favor, você tem que ir embora! – falei passivamente.

- Ai Merida, deixa o garoto ai... ele não está fazendo nada de mais! – defendeu Clarice.

- Isso ais, nada de mais. – Jack colocou a mão embaixo da cabeça e fechou os olhos.

Clarice dormia profundamente em uma cama no outro lado do quarto, eu já não conseguia, Jack estava deitado no chão. Isso sem duvidas não é legal. Da cama mesmo cutuquei o branco com o pé.

- O que foi? Tá tudo bem? – perguntou ele acordando assustado.

- Xiiiiiiiiiii, não quero acordar a Clarice... – ele olhou para cama da Clarice que soltara um ronco baixo.

- O que foi então? – perguntou ele ficando sentado no chão.

- Não consigo dormir... – eu olhava para aqueles olhos azuis que estava sendo iluminados pela luz dos postes que atravessavam a janela.

- Você precisa de algo? – perguntou ele bocejando.

- Não, mas se você quiser deitar aqui comigo...

- Mas eu pensei que a gente...

- Só como amigos, idiota! – provoquei, eu sei que ele odeia ser chamado de idiota.

- Tá bom! – cedeu. Ele veio e deitou-se ao meu lado, como a cama era pequena, ficamos quase que colados um no outro, era bom sentir o calor do corpo dele novamente, passava-me confiança.

- Oi! – eu disse brincando.

- Oi! – falou ele sorrindo.

- Quanto tempo, não é? – falei rindo.

- Pois é... – eu podia sentir sua respiração ofegante, seu coração disparado. O meu estava igualzinho.

Eu juntei minha testa com a dele, eu podia mesmo na fraca luz ver o interior dos seus olhos que tanto me consomem. Toquei a ponta do meu nariz com a do dele. Nosso lábios estavam a centímetros de distância. Quase colados... quando a Clarice me faz o favor de soltar um ronco estrondoso do nada. Eu e ele olhamos tensos para a cama da grota, rimos daquilo.

Na manhã seguinte vi que Jack não estava mais ali ao meu lado, onde será que ele se meteu? Clarice surgira de baixo de suas cobertas, seu rosto estava todo amaçado, seus cabelos desgrenhados e espetados.

- Bom dia! – falou ela sorrindo.

- Bom dia Clarice... – falei em um tom de tédio.

- Onde está o Jack? – perguntou ela olhando para o chão onde Jack dormira na noite passada.

- Não sei, acho que já foi! – falei me levantando da cama.

- Então vamos tomar café... – saímos pelo corredor até a cozinha.

Assim que entramos vi que metade da irmandade estava ali, todas envoltas do Jack. Sim. Eu disse mesmo o Jack, ele estava fazendo suas habituais panquecas. O curioso é que ele estava sem camisa, mas usava um avental florido. As garotas babavam em cima dele em quanto ele fazia uns loops com a panqueca.

- Bom dia Meri! – falou ele sorrindo pra mim.

- Só dia... – fechei a cara. Ele não perde a chance de ficar se exibindo mesmo não é.

- Ei Meri, que isso? – falou Clarice que apanhara algumas panquecas pra gente. Eu a olhei com aqueles olhos fuziladores.

- Você ainda pergunta? – fomos nos sentar em uma longa mesa de madeira junto com algumas outras garotas que não ligavam pro Jack.

- Toma essa são pra você! – falou Clarice me passando algumas panquecas.

- Não estou com fome! – menti, era obvio que eu estava com fome.

- Mesmo assim, você como por três agora... você precisa comer! – insistiu Clarice.

- Tá bom, mais onde está o melado? – rosnei.

- Calma gatinha! – falou Jack sentando-se ao meu lado. Ele trazia um bote de urso contendo o melado.

- Obrigado, Sr. Exibido! – ele me olhou confuso.

- Sr. Exibido? – perguntou ele melando minhas panquecas com o melado.

- Sim, porque você está sem blusa, quem te deu permissão para fazer panquecas? – cortei um bom pedaço de panquecas e enfiei na boca.

- Primeiro, o liquidificador esta quebrado então tive que fazer a massa a mão, acabei sujando a camisa... – ele respirou fundo. – Segundo foi a Carly quem deixou!

Carly era a responsável por todas nós aqui na casa, a pessoa que mantinha a ordem.

- Mesmo a

ssim, por que panquecas? – perguntei terminando de mastigar.

- Eu fiz especialmente pra você! – falou ele.

- Como assim...? – e mais outra garfada.

- Eu sei que você ama minhas panquecas. – ele sorriu marotamente.

Não tive nada pra responder. Era fato consumado.

- Eu posso provar também que eu não me importo com o chamego de nem uma dessas garotas! – ele se levantou da cadeira.

- Como? – desafiei-o.

- Atenção a todos... – ele subiu em cima da cadeira. – Eu amo Merida Dunbroch, por isso...

- ele desceu da cadeira e se ajoelhou ao meu lado. – Você quer voltar a namorar comigo?

Juro que eu queria matar ele, mas ao mesmo tempo abraça-lo. Eu não sabia o que dizer, apenas assentir com a cabeça. Escutamos um barulho de prato quebrando.

Deparei-me com um ruivo, seu rosto estava vermelho em raiva. Havia uma veia em sua têmpora que estava presta a explodir. Parecia que a qualquer momento ele iria pular em cima do Jack. Mas ele saiu tonto da cozinha, ele parecia muito triste... eu estava triste. Pois apesar de que eu não gostar do Adam como gosto do Jack, ele é uma boa pessoa e não merece sofrer.


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Notas finais do capítulo

Não sei se eu estou apressando as coisas. Mas é que eu não consigo ver o Jack e a Meri separados. Eu sei que é minha culpa, mais mesmo assim.
Comentem!



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