Like Ice And Fire: They Grown Up escrita por Prince Salazar


Capítulo 4
Sem Fire. Sem Ice.


Notas iniciais do capítulo

Gente esse capítulo ao mesmo tempo que é triste, confuso eu achei ele lindo. Juro!
Já vem a um tempo que eu eu queria que isso acontecesse. Mas vocês so saberão quando lerem.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423287/chapter/4

“Ah, o que se é a traição de ante de um amor verdadeiro, um amor que durou para triunfar, irrelevante seja tal, e que saibamos perdoar, amor verdadeiro é aquele que está por um fio, um fio de ferro que nunca irá se partir”.

Assim que entrei no apartamento, vi que todas as luzes estavam apagadas, as cortinas fechadas davam um ar de velório. Caminhei em direção as cortinas e as abri, assim que giro meu corpo me deparo com um vulto vermelho que passa da cozinha para o banheiro, Sem duvida era ela, mas por que me evitar? Já fizemos mesmo, só basta encarrarmos a realidade agora.

- Merida, quer fazer o favor de saí desse banheiro! – chamei pela milésima vez.

Como das outras vezes, eu escutava apenas o barulho de água caindo. De uma coisa que sempre odiei na Merida era sua teimosia. Eu praticamente acampei na porta daquele banheiro durante toda à tarde. Senti meus olhos pesarem e meu corpo ceder ao cansaço, mas me mantive forte.

- Merida, por favor, precisamos conversar! – soquei a porta. – Eu realmente não queria fazer isso...

Eu dei distância o suficiente da porta, corri e joguei meu corpo com toda força em cima da porta que foi arrancada das dobradiças. Eu me deparei com aqueles olhos azuis que eu tanto amo, tinha pesadas olheiras, os cabelos ruivos mais desgrenhados do que nunca, suas bochechas estavam coradas.

- Não se aproxime... – ela apontava uma escova de cabelo para mim como se fosse uma faca.

- Merida, por favor... – eu cheguei perto dela o bastante para que ela arremessa-se a escova na minha testa. Senti algo quente e viscoso escorrer pela minha testa. A ruiva parecia bem arrependida. Eu olhei para o espelho, de fato a escova acertara em cheio, uma pequena quantidade de sangue escorria pela minha testa.

- Oh, meu Deus, eu realmente... – lamentou-se a ruiva com os olhos marejados.

- Não tem problema... – saí do banheiro dando as costas para ruiva, não estava doendo, mas quando se trata de sangue agente não pode brincar. Fui até a cozinha onde contive o sangue com um guardanapo limpo que tirei de uma das gavetas do boxe.

- Me deixa ver isso aqui. – era ruiva que veio ver como eu estava.

- Não precisa, eu já estou cuidando disso... – ela arrancou o pano ensanguentado da minha mão e lavou na torneira, ela torceu para enxugar e voltou a por no corte. – Segura...

Eu segurei o pano em quanto ela foi até o banheiro buscar o quite de primeiros socorros. Ela abriu a caixa e tirou gases, esparadrapo e um remeio para aplicar no corte. Primeiro ela limpou o sangue que havia ali com soro líquido, depois aplicou o remédio e em seguida aplicou a gases selando com o esparadrapo.

- Onde você aprendeu tudo isso? – perguntei a ruiva que jogava fora as gazes sujas de sangue.

- Costume... – ela respirou fundo em hesito. – eu sempre fui de me machucar muito, minha mãe ficava louca da vida, então de tanto ela cuidar dos meus machucados eu aprendi alguma coisa!

- Obrigado...

- Por quê? – ela me olhou irritada. – Fui eu quem fez isso, mais justo eu ter arrumado! – ela apontava pro meu machucado.

- Podemos conversar agora? – eu olhei serio pra ela.

- Não quero falar sobre isso, eu tenho vergonha! – ela deu de costa pra mim. Eu me aproximei e toquei seus ombros, sentir ela se arrepiar.

- Pois não tenha, eu sei que erramos e feio... mas eu sei que nós nos amamos!

- Eu não tenho certeza, quem ama não trai Jack! – ela voltou a olhar pra mim, seus olhos estavam marejados.

- Talvez não, mas eu quero te dizer que não foi minha culpa, e bebi de mais! – eu franzi a testa.

- Eu também bebi, mais não fui eu quem mandou aquele foto primeiro! – ela disse irônica.

- Eu não mandei foto nem uma, eu estava bêbado de mais para... espera ai, foi a Jen!

- Claro que foi ela, só para me provocar... aquela vaca! – ela socou a bancada.

- Mas e o Adam, foi ele quem enviou a foto? – perguntei incerto, estava com medo da resposta.

- Não... não tenho certeza, ele diz que não enviou! – ela tinha certeza na voz.

- Não te culpo Merida, eu sei o quanto você é vingativa, não te culpo! – eu abaixei meu rosto.

- Eu não quero te perder Jack, mas eu não posso continuar assim. Eu me sinto suja! – agora sim as lagrimas fluíram sobre o rosto rosado da ruiva.

- Você não precisa me perder se quiser, mas se for o caso eu vou te esperar até você me achar de novo! – agora eu também estava lagrimando.

- Eu vou passar uns tempos na irmandade da Clarice, já marquei com ela... – foram as ultimas palavras que escutei a ruiva falar. Naquela mesma tarde, a ruiva se mudara. O apartamento ficou tão inóspito, sem cor e vida. Não fazia mais sentido viver ali, era muito grande para uma pessoa só, morar.

Eu também me mudei, fui morar na fraternidade do Derek, sorte a minha que eu fiquei no mesmo dormitório que o de lhe. Era bem animado lá, por mais que tinha só homens, até que a casa vivia em ordem.

Quando eu encontrava com a Meri pelo campus, ela virava a cara pra mim e fingia não me ver, não por vontade, mas acho que ela ainda tinha vergonha. Percebi que seu corpo também mudara, ela estava ficando um pouco mais cheinha, talvez tenha comido chocolate de mais para afastar a amargura.

Já se passaram dois meses quando eu me encontrei com a Clarice na rua por acaso. Ela parecia desconcertada quando me avistava, parecia querer falar algo mais fugia a oportunidade. As provas finais estavam chegando, e eu estava me preparando ao máximo. Eu não queria terminar o meu curso com notas baixas, eu queria terminar com notas altas. Claro!

Eu estava saindo da sala de aula uma semana antes dos exames, quando recebi uma mensagem anônima no celular. Dizia:

“Não posso dizer quem sou eu, mais eu tenho algo a confessar. Merida Dunbroch está gravida”.

Meu coração parou naquele momento, uma explosão de felicidade e alegria percorreram meu corpo, a final eu iria ser pa... lembrei de um detalhe importante, não tinha eu sido o único a ficar com a Merida, é mais provável que...

Eu corri feito um louco pelo campus eu fui até o prédio onde as aulas de arquitetura eram dadas. Entrei com mais de mil, alguns alunos saiam de suas salas, eu procurava pela juba vermelha mais nem sinal. Voltei para frente do prédio e esperei que todos saíssem. Mas nem sinal dela.

Saí correndo em direção à rua, peguei um taxi e segui em direção à fraternidade onde Merida assistia. Bati com toda força na porta, uma moça de longos cabelos negros veio atender, ela tinha uma expressão da legal no rosto.

- Você está louco? – ela perguntou com a mão na cintura.

- Desculpa... a Merida está? – perguntei rápido.

- Sim está... – não deixei que ela completasse a frase já saí entrando na casa. – Ei volta aqui!

Não liguei pra ela, já estava subindo as escadas, no segundo andar havia garotas. Algumas saiam do banheiro só de toalha, outras de sutiã e calcinha. Não liguei.

- Merida?! – gritei pela ruiva.

- Você deve ser o Jack? – falou uma das garotas, eu balancei a cabeça em concordância. – A ultima porta a esquerda!

- Obrigado! – saí correndo pelo corredor, até a porta indicada pela garota. Abrir com cuidado.

Merida estava no para peito da janela, de costas pra porta, sua grande juba cobria parte do seu corpo. Seus braços estavam em volta da cintura.

- Merida! – chamei calmo por ela.

- Jack? – ela se virou assustada. – O que faz aqui?

- Eu vim te ver... – eu pude ver agora, mesmo com aquela blusa folgada que ela vestia, dava para ver que a barriga dela já estava ganhando volume.

- Não entendo! – ela me olhou confusa.

- Eu já sei... – eu olhei dos olhos azulados da garota para a barriga.

- Se você tem esperança que... seja seu... – as lagrimas escorreram pelos seus olhos. – Mas se não for? – ela me olhou confusa.

- Isso não significa nada... – eu caminhei calmo em sua direção, eu a abracei forte.

- Me perdoa? – ela falou por entre meus braços.

- É claro que te perdoo! – eu beijei sua cabeça, como era bom sentir aquele perfume de novo. – Você tem que falar pro Adam também...

- Como assim? Eu não quero... – ela se largou dos meus baços.

- Mas ele tem que saber, já que ele pode ser o pai também! – eu segurei suas mãos.

- Não posso, não consigo! – ela se sentou na cama.

- Você tem que parar de sentir vergonha disso, uma criança não é o fim do mundo! – eu sentei ao seu lado.

- Eu vou ao médico amanhã a tarde... – falou ela mudando de assunto, ela não queria falar de jeito nem um pro Adam.

- Onde? Eu vou com você! – ela me olhou surpresa.

- Por que, essa animação toda? – ela perguntou com seus olhos quase fechando.

- Não sei, é que eu gosto da ideia de ser pai. – eu sorri, ela riu incerta. De fato eu estava alimentando uma esperança. Havia cerca de 50% do filho que a Merida esperava não ser meu. Não sei mais acho que já estou amando essa criança antes dela nascer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que eu falei? Não é lindo?
Por mais que essa sena final tenha ficado romântica de mais os dois ainda continuam separados. Viu!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Like Ice And Fire: They Grown Up" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.