Continuei minha vida como sempre. Por ser uma dhampira, posso sair à luz do sol ao contrário da maioria dos vampiros. Porém há exceções que tem em poder um anel magico, que permite que os vampiros saiam a luz do dia.

Essa semana recebi em minha casa um convite do vampiro mal-educado chamado Michael Le Bousier. Esse em especial me irrita de uma forma gritante. Quando um vampiro iria poupar a vida daquela que tanto quer matá-lo e ainda por cima a chama para uma festa em sua mansão.

Muitos diriam que eu seria orgulhosa demais para ir até essa festa, mas a verdade é que essa é oportunidade perfeita para eu conhecer a casa do grande chefão em detalhes. Apesar do que não poderei fazer nada hoje, mas mesmo assim primeiro conhecer o território depois conquistar.

Estava, modesta parte, lindíssima. Vestia um vestido vermelho com um decote em v e tinha meu cabelo alisado caindo sobre os meus ombros.

Assim que cheguei à mansão, fui, como já suspeitada, revistada para vê se não tinha nenhuma arma ou coisa do gênero.

Entrei na casa e ela era um tanto parecida com uma casa de ricos do século XIX. Muito bela e super bem decorada. Nada mal para um vampiro. Um vampiro, o qual me flagro a procurar, mas nada. Nenhum sinal.

Os rumores dizem que ele tem uma filha dhampira que parou de envelhecer aos 17 anos. Enquanto eu parei aos 23 anos.

Podia vê-la, linda e reluzente; sendo cortejada por todos os 'jovens' do salão.

Ela tinha os cabelos negros como os dele, mas os olhos não lembravam aos dele. Provavelmente são da mãe. Me pergunto como tudo aconteceu. Teria ele se... Não, não... No que estava pensando? Vampiros não se apaixonam.

Me pego olhando as escadarias que devem levar aos aposentos do senhor Michael Le Bousier.

Subo-as descretamente e entro no quarto que havia no fim do corredor. O quarto que tinha a maior porta.

Havia uma cama enorme, e em cima dela um quadro também enorme que mostrava uma mulher, do tórax para baixo, nua com um homem abraçando-a por trás.

"Van Gogh." Pulei de susto me virando para ver Michael com um cálice dourado cheio de sangue em uma das mãos "Ótimo pintor. Na verdade, se interessa é claro, tenho mais quadros dele lá em baixo. No salão, o qual tenho certeza que já conheceu."

"Por que não está lá em baixo aproveitando sua festa?" Pergunto.

"Porque sabia que viria para cá." Disse ele com um sorriso maldoso nos lábios "E não seria educado de minha parte deixar uma convidada tão especial desacompanhada."

"Seu sarcásmo quase me abala." Digo, provavelmente soltando faísca pelos olhos.

Ele sorriu. Um sorriso gélido e provocante.

"Bom, acho que já fiquei o suficiente." Disse me virando para a porta, mas em um piscar de olhos ele já estava bem ali na minha frente.

"Não antes de me conceder essa dança." Disse ele me dando o seu braço, o qual, sem fazer a mínima ideia do porquê, agarrei.

Saímos pela porta de braços dados e não sei dizer porque estava tão tremula e não firme como o usual.

Não demoramos muito para chegar até a escada, onde todo o salão para o que estava fazendo para nos olhar. Tinha as pernas bambas. Nunca em toda minha vida me senti como me sinto com Michael.

"Essa não é aquela dhampira que nos caça?" Perguntou uma vampira de com a aparência de uns 40 anos à outra.

"Eu acho que sim." Diz a outra com ultraje "O que essa pi..." Ela para engolindo seco ao vê o olhar congelante de Michael para elas. Na verdade até eu estremeci.

Começamos a dançar no meio do salão até que todos se recuperaram do choque e se juntaram a nós também dançando.

Meus olhos estavam nos dele e os dele nos meus. Minha pele na congelante dele... O que é isso que estou sentindo?

"Pai!" Uma voz tira os olhos dele dos meus. Era a filha dele.

"Não vai me apresentar ela?" Pergunta a garota com um sorriso amigável.

"Allegra." Diz ele sorrindo para ela "Essa é a Selena Viper."

"Prazer." Digo com um pequenino sorriso.

"O prazer é todo meu." Disse ela sorridente "Na verdade me alegra muito ver o meu pai com alguém desde..."

"Filha, acho que aquele cavalheiro está a lhe chamar." Disse ele apontando para um vampiro qualquer na multidão nitidamente não querendo entrar no assunto que sua filha estava para iniciar. E agora não posso deixar de pensar se ela ia falar 'desde a morte de minha mae'...

"Mesmo?" Pergunta ela olhando o garoto "Bom, vou lá ver o que ele quer... Foi um prazer, de qualquer forma, Selena."

"O mesmo." Digo obsevando-a partir me deixando novamente a sós com Michael.

Quando Michael se prepara para voltarmos a dançar, me afasto dizendo: "Tenho que ir agora."

"Mas já?" Ele pergunta "A noite mal começou."

"Não sou uma criatura noturna como você." Digo piscando um de meus olhos para ele que sorri de leve.

"Nós dois sabemos que você é muito mais da noite do que do dia." Disse ele sorrindo ainda, se aproximando do meu ouvido e dizendo: "Caçadora." E depois sai andando me  deixando no meio do salão. Até que me recupero do pequeno choque e saio andando para fora daquela mansão sem a real intenção de voltar. Vou para a minha cama direto cansada dando àquela noite uma folga aos vampiros.