La Prometida escrita por Fernanda Bracho


Capítulo 24
Entre a vida e a morte


Notas iniciais do capítulo

Oláá povo s2 obrigada Isabelle pela recomendação, de verdade. Amei linda s2 E obrigada a cada uma de vocês pelos comentários. Las amo :*



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Seu corpo escorregou e ela acabou sentada de baixo de uma árvore. Não chegou a ver a cobra que a picou, na verdade, nem a chuva que estava caindo sobre si ela sentia mais. Não sentia nada além da imensa dor em sua perna. Aos poucos, sua visão foi ficando embaçada até que tudo escureceu e ela desmaiou.

Enquanto isso, na fazenda...

Um imenso temporal estava a cair. Piedade e Adelina oravam, e Patrícia olhava Carlinhos e Lizete junto com Marissa.

– Meu Deus... será que Carlos Daniel, Rodrigo ou algum dos empregados encontraram a Paulina? Queira Deus que ela esteja bem! – Patrícia sussurrava para que as crianças não ouvissem

– Eles podem acabar se perdendo... Carlos Daniel e Rodrigo quase não veem aqui... Tio Zeca e o Tião foram pro lado contrário que ela correu... – respondia, até que uma ideia fluiu em sua cabeça – Patrícia, me empresta seu celular?

– Pra que?

– Não conta pra ninguém, mas acho que sei onde posso encontrar a esposa do tio Carlos... Vou usar uma daquelas botas com protetor de picada grossas do tio pra não correr o risco de ser picada, pegar uma capa e ir atrás dela. Se encontrar eu ligo pra o tio. Ele deve estar com celular! – falou

– Você ficou maluca sair pra mata nessa chuva sozinha? E depois, aqui não tem sinal, Marissa! Fique aqui e nos poupe de mais uma preocupação! – Patrícia falou

– Eu posso ajudar. Sei disso. Me empresta teu telefone e não fala nada pra ninguém, por enquanto. Se não tiver sinal eu me viro. Vivi a minha vida inteira aqui, conheço cada pedaço desse lugar. Não vou me perder, isso eu garanto! E depois, é mais do que meu dever, ela fugiu por minha causa! – pediu – por favor!

– Está bem... espero não me arrepender depois. Vai com Deus e cuidado! – disse, entregando o aparelho a menina

Marissa sorriu e disse um obrigada. Saiu de fininho, vestiu uma bota com protetor que ia até seu joelho, colocou sua capa, pegou uma lanterna e escondeu o celular na roupa, pegou um bastão cortante por segurança e saiu.

Enquanto isso...

– Carlos Daniel, vamos nos perder! – Rodrigo falou – esta escurecendo, a chuva não ajuda, e as cobras podem aparecer. Não vamos mais conseguir encontrar ela agora... vamos voltar pra fazenda, e amanhã continuamos!

– Até lá ela já pode estar morta! Não vou esperar. Não vou voltar sem ela. Eu quase a perdi uma vez, e não quero perdê-la agora! – respondeu

– Vamos acabar morrendo, isso se ela já não estiver morta. Aqui tá cheio de cobras, e outros bichos! Não quero te desiludir, ou o mal dela... mas NÓS vamos acabar morrendo se seguirmos em frente!

– PAULINA NÃO MORREU, ELA NÃO MORREU. E EU VOU PROCURA-LÁ NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA! – gritou, não suportaria se a perdesse – SE FOSSE A PATRÍCIA GARANTO QUE FARIA O MESMO QUE EU! – gritou

Rodrigo respirou fundo e acenou com a cabeça.

– Está bem. Vamos! Mas saiba que se algo acontecer a culpa é sua!

Marissa andou bastante, até encontrar uma bolsa cor-de-rosa jogada no chão, e após observar, pode concluir que era de Paulina. Continuou seguindo, e encontrou Paulina desmaiada. Ao seu lado, estava outra cobra, pronta pra dar o bote. Em questão de segundos, jogou o bastão sobre a cabeça, mantando-a. Se aproximou de Paulina e pode ver sua picada. Certificou-se que ela ainda respirava, e verificou se o celular tinha sinal. Como ela esperava, não tinha cobertura na área. Pensou, pensou, e viu que estava escurecendo.

– Claro, como não pensei nisso antes! – pegou a lanterna e a ligou em direção ao céu – espero que algum deles veja e entenda o sinal!

– Carlos Daniel, olha aquilo! – Rodrigo falou, apontando para uma fraca luz que ecoava sobre a mata fechada

– Parece um sinal, vamos até lá! – disse

Nesse instante, o celular de Rodrigo e de Patrícia vibraram ao mesmo tempo.

– Olhá só, Carlos Daniel. O celular da Patrícia tá na minha área de envio de arquivos! – Rodrigo disse – Mas, a Patrícia ficou na fazenda...

Marissa observou o mesmo que Rodrigo. Não entendia nada de celular, mas seguindo as instruções, viu que podia enviar alguma coisa pra ele. Puxou em uma opção chamada "notas" e escreveu a seguinte mensagem: "Siga na direção da luz, estou com a Paulina!" continuou seguindo as instruções até dar o envio. E em seguida colocou novamente a lanterna pro céu.

– Está me mandando um arquivo...

– Aceita! – Carlos Daniel falou, e ele o fez

– "Siga na direção da luz, estou com a Paulina!" Patrícia achou a Paulina! Mas, como? – Rodrigo perguntou

– Não interessa, vamos correr! – Carlos Daniel disse, fazendo o cavalo galopar até onde a luz apontava – PAULINAAAAAA! PATRÍCIAAAAAAAAA! – gritou

– CARLOS DANIEEEEEEEEEEEEEEEEL, ESTAMOS AQUI! – Marissa gritou de volta

– Marissa! – observou, ao chegar no local e encontra-las – Paulina, meu amor! – disse, descendo do cavalo e indo até sua esposa

– Ela foi picada por uma cascavel. Quando cheguei já estava desmaiada. Ela tá com muita febre, ainda tá respirando. Precisa logo sair daqui ou pode morrer! – Marissa falou

– Marissa? O que você tá fazendo aqui? – Rodrigo perguntou

– Eu decidi tentar encontra-la. Peguei o celular da tia Patrícia emprestado! – falou

– Sua mãe deixou? – perguntou, espantado

– Sem perguntas agora, Rodrigo. Precisamos leva-lá até a fazenda, e rápido.

Carlos Daniel a pegou no colo, com a ajuda de Rodrigo a subiu em seu cavalo, e subiu em seguida.

– Eu não faço a menor ideia de como voltar! – Rodrigo falou

– A gente se vira! – Carlos Daniel falou

– Eu conheço o caminho! – Marissa falou

– Ótimo, suba. Vamos voltar! – Rodrigo falou, a ajudando subir no cavalo

Rodrigo ia com Marissa indicando o caminho na frente, e Carlos Daniel ia atrás com Paulina. Os cavalos iam depressa e não demoraram muito á chegar na fazenda.


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