Paulina ficou sem entender. Até que, ele se aproximou da luz para sacudi-lá e ela pode reconhecê-lo.

– Luciano? O que faz aqui? – perguntou ela, incrédula – Não te vejo desde que Paola "terminou" com você!

Luciano era um dos mlhares peguetes de Paola e um fiél cúmplice seu. Era filho de um amigo da família, e conhecia Paulina e a irmã desde a adolescência. Porém, pouco antes de Paola sumir, eles "terminaram" e ele nunca mais apareceu na casa dos Montaner. Ele ficou desconcertado ao perceber três coisas: 1ª Era Paulina e não Paola, 2ª Ele havia soltado dois segredos de Paola sem perceber, 3ª Ela estava com Carlos Daniel Bracho. Definitivamente, agora tudo estava mais enrolado que antes.

– Ah... Paulina? Tudo bom? Ah quanto tempo mesmo, como anda? Eu vim viajar para me distrair um pouco com uma namorada! – ele disfarçou

– Tudo bem. Fico feliz que esteja namorando! – ela tentou sorrir – mas... eu não entendi uma coisa... porque me perguntou se eu "voltei com ele"? Quem é Farina?

Luciano ficou sem jeito e tentando dar desculpas furadas, não falava coisa com coisa.

– Ah, nada... é que... pensei que estivesse com um ex seu... sei lá... Farina? Eu quis dizer farinha... você gostava de farinha, ao que me lembro... não é?

– Luciano, você tem notícias da Paola, não é? Já faz quase dois anos que sumiu! – ela perguntou

Nesse instante, Carlos Daniel se aproximou com uma cara de poucos amigos.

– Boa noite... atrapalho algo? – perguntou, colocando a mão em volta da cintura de Paulina e fuzilando Luciano com o olhar

– Carlos Daniel esse é Luciano, filho de um velho amigo do meu pai e ex-namorado da minha irmã. Luciano, esse é meu – ela respirou fundo – marido, Carlos Daniel! – ela apresentou

– É um prazer conhecê-lo, Sr.! Paulina e eu nos conhecemos desde a adolescência! Meus parabéns pelo casamento, Paulina! – ele falou, ainda sentindo Carlos Daniel atirando mentalmente nele, tamanho seu olhar enciumado.

– Digo o mesmo! – respondeu, seco

– Bom, eu tenho que encontrar uma pessoa e... até mais. Foi um prazer revê-lá, Paulina! – ele disse, mas quando se aproximou para cumprimentar ela, Carlos Daniel soltou um pigarro fazendo ele se afastar rapidinho. Paulina começou a rir ao ver que ele já havia ido embora.

– Porque está rindo? – ele perguntou

– É que... – ela voltou a rir – você olhou pro Luciano com uma cara... ele ficou se borrando de medo! – ela ria

– Melhor assim... vi a forma como ele te olhava, sujeitinho abusado! Ele é ex da sua irmã, não tem nada haver com você. Não tem porque ficar de beijinho ou conversa intima! – falou, tentando disfarçar o ciúme expicito em sua voz

– Ele me confundiu com a Paola no início... e me soltou umas coisas que me deixou intrigada... será que sabe dela?

– Aliás, eu nem sabia que você tinha uma irmã... porque ela não veio no seu casamento, ou seus pais não falaram dela?

– É que... Paola nunca foi um exemplo de pessoa... sempre foi baladeira, gostava de viajar e só pensava em sí. Nunca ligou para sua família, só queria o dinheiro dos Montaner. Tinha vários homens... nunca nada sério. Porém, não deixava ninguém saber o que fazia de sua vida. Era fria, misteriosa, descarada... enfim, há uns três anos mais ou menos, ela meio que largou o Luciano, e ele sumiu, e dai foi mais um ano e ela ficou de chamego com um cara que nunca falou o nome ou deixou que conhecessemos, e sumiu no mundo... isso já faz dois anos e nunca mais ninguém soube dela! Agora ele reaparece, e me solta essa: "Voltou com ele? E o Farina?" Mas... quem é Farina? Será que é esse tal homem que ela fugiu? Luciano deve saber dela, estou certa disso! – Paulina desabafou

– Que estranho... – ele observou – mas não esquente com isso, meu amor! Relaxa, viajamos para isso! – ele falou, acariciando seus braços

Paulina se arrepiou ao ouvir "meu amor" e em seguida sentir o toque dele.

– Se não se importa... podemos voltar para o hotel? Estou com um pouco de sono!

Ele concordou e os dois voltaram. Passaram uma semana em Paris, se divertiam juntos e iam se conhecendo melhor. Carlos Daniel cada dia ficava mais deslumbrado por ela, era diferente de todas que já havia conhecido. Quando se deu por conta, estava apaixonado por ela. Fazia de tudo para que ela se sentisse á vontade com ele, e tentava resistir quando se aproximavam. Sua vontade era de toma-lá em seus braços e ama-lá. Porém, mesmo tendo esse direito, sabia que não deveria fazê-lo. Sabia que ela estava ali forçada, e não queria que se afastasse dele, pelo contrário, queria conquista-lá. Os dias passaram, e chegou o dia de voltar ao México. Porém, mal sabiam os problemas que os esperavam lá.