Do Lado De Dentro escrita por Mi Freire


Capítulo 51
Aniversariante


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse capítulo inteiramente a Coline Madena pela recomendação lindíssima. Obrigada, Madena. Eu fiquei tão empolgada, contente e feliz que mostrei ao meu amigo e ele disse que provavelmente você é minha fã. Pedi pra ele não exagerar. Mas se bem que a ideia de ter uma fã parece ótima!



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"Eu estava triste, mas dizia: É o cansaço."

— Eu não sei se ainda quero olhar pra ela. – pouco a pouco o Jesse já parecia bem melhor. Mas só um pouco. — Mas sinto que se eu ficar distante, ela pode acabar se metendo em mais besteiras e eu vou me arrepender pelo resto da vida por não ter feito nada.

O que eu poderia dizer? "Vai lá, fica com ela, aquela drogada que se faz de coitada." Não. Não poderia. A última coisa que o Jesse precisava naquele momento era se sentir ainda pior.

Fiquei com ele por muito tempo, por dias seguidos, tentando distrai-lo, fazer com que ele se sentisse um pouco melhor, enquanto isso a Alexa passava seu tempo fora do internato – em casa com a supervisão dos pais até que a direção e os pais dela decidissem o que fariam com ela.

O internato inteiro só falava sobre aquele acontecimento. A loirinha, sempre que voltava, dizia não suportar que aquilo estivesse acontecendo com ela. Nem está ao lado do Jesse para ela era o suficiente, o que o chateava ainda mais, já que ele queria ajuda-la de qualquer forma. Mas ela preferia ficar em casa longe daquele transtorno enquanto o colégio ainda tentava descobrir mais coisas e encontrar mais pistas do caso.

Eu queria muito poder tirar o Jesse dali e leva-lo a um lugar que ele não precisasse o tempo todo ficar ouvindo as pessoas falavam da “namorada drogada” e com isso, acabei de sentindo muito mal, por todas as vezes em que eu fiz esse mesmo tipo de coisa mesmo ele dizendo que detestava.

No fundo a Alexa e eu somos muito parecidas nesse aspecto.

— Eu queria te agradecer pelo que você vem fazendo por mim nessas duas ultimas semanas. – ele tinha os olhos vermelhinhos de tanto chorar. Sua mão passava muito tempo pousada sobre a minha. — E também, te pedir desculpas por muitas vezes ter sido tão cruel com você.

— Não estou entendendo Jesse...

— Todas as vezes em que eu impliquei com você com essas coisas, sendo que a minha própria namorada fazia pior pelas minhas costas.

Entendi exatamente o que ele quis dizer com isso. Só que nenhum de nós dois resolveu continuar a falar sobre aquele assunto. Não parecia apropriada para aquela maré de azar de nossas vidas.

— Esse garoto bem que mereceu. – o Tyler comentou durante o nosso lanche da tarde. Estávamos lanchando no pátio do colégio no finalzinho daquela tarde.

— Do que você está falando? – parei de comer e olhei bem séria pra ele. Tyler só precisou me devolver o olhar pra eu conseguir entender. — Não. Você não falou isso. – disse cheia de indignação. — Tyler! Você está cruel. O Jesse não tem nada a ver com isso. A Alexa é a culpada!

Eu não esperava que o meu namorado entendesse.

— Não vai, Hayley. – ele puxou meu braço assim que me levantei. — Por favor, fica. Não vai. Me desculpe pelo comentário. Mas eu ainda tô com o pé um pouco atrás com esse garoto... Só fica aqui comigo, por favor. Você tem passado muito tempo com ele. E eu entendi. Agora é a minha vez.

E eu fiquei. Fiquei porque estava cansada daquela situação. Eu queria muito que por alguns minutos as coisas parecessem bem.

— Hayley, vem comigo. Agora. – a Nath rompeu um dos nossos beijos. Não que eu me importasse, afinal, tínhamos todo o tempo para aquilo. O que me assustou foi a expressão dela. Ultimamente, qualquer coisa por mínimo que fosse, já fazia meu coração disparar automaticamente.

Corri com ela. O Tyler, claro, foi atrás de nós. E não era nada mais ou nada menos que outro espetáculo do Oliver e da Amy para todo o internato. Só que dessa vez a Amy era a protagonista. Ela segurava o meu irmão firme, agarrando seu braço para que ele não fugisse.

— Escuta aqui – ela estava muito séria olhando fixo pra ele. — você não pode me dizer quando é tarde demais ou não. Eu amo você! E quero ficar com você agora. E por mais que você tenta fingir que não sente mais nada, eu sei que você ainda também me ama e tudo que mais quer é ficar comigo. Porque é o que eu quero também!

Ela não disse mais nada. Eles ficaram se olhando por um tempo como se tivessem perdidos dentro do olhar um do outro e a Amy só precisou dá um passinho pra frente e o beijou intensamente. Todos começaram a aplaudir como em um filme.

— Finalmente. – Nath cochichou, animada.

Foi um daqueles momentos em que eu quase dei pulinhos de alegria e tive vontade de romper aquele beijo, abraça-los e dizer a eles o quanto eram especiais pra mim e que eram lindos juntos, e que nunca mais, deveria se separar por nada no mundo.

Mas será que um beijo era capaz de curar tudo? Pode apostar que sim.

— Vem. Precisamos conversar. – com um sorriso lindo estampado no rosto meu irmão arrastou a Amy para longe dali.

— Esses dois foram feitos um para o outro. – a Natalie comentou, quando todos já se espalhavam pelo colégio após o termino do espetáculo.

Olhei para o lado e o Tyler havia desaparecido, certamente, saiu correndo pra contar tudo o que aconteceu ao Jake.

Estamos no meio do mês de maio. A Amy e o Oliver se acertarem e estão oficialmente namorando. Os dois não se desgrudam mais, não muito diferente de quando diziam ser só amigos. Só que agora cheio de carinhos mais íntimos, beijos quentes, intimidade que chega até me deixar enjoada e enciumada. É quase como se eles não tivessem tempo para mais nada. O que me deixou um pouco preocupada.

Não queria ser esquecida ou deixada de lado.

Quanto ao meu namoro com o Tyler acho que posso dizer que está mesmo tudo muito bem. Ele prometeu que me faria feliz e vem cumprindo isso com excelência. Ele também prometeu que se esforçaria mais para fazer as coisas darem certo e ele até parou de implicar mais comigo.

Faz três dias que a Alexa não aparece no colégio e nem dá notícias ao Jesse ou a nenhuma das amigas que ela deixou para trás. Se o Jesse já estava se sentindo mal, ficou ainda mais com isso, por não ter garantia de mais nada. Nem se ela estava bem e nem se eles ainda namoravam.

A direção ainda estava em busca dos suspeitos que supostamente vendiam drogas pelo colégio entre os alunos. E por um momento, quando parei pra pensar, foi que a ficha caiu. Eu tive que ir desesperadamente atrás do Tyler pra ver se ele tinha alguma coisa a ver com isso. Já que ele sempre dava um jeito de trazer coisas de fora pra dentro do internato e nunca, em hipótese alguma, me disse como.

— Tá maluca? – ele ficou assustado após eu ter o tirado do pequeno “campeonato” que ele estava participando com os amigos na sala de jogos.

— Por favor, só me diga que você não tem nada a ver com isso. E que não sabe quem é o responsável por essas coisas.

— É claro que não! Claro que não sei de nada disso. Tudo que eu faço é conseguir coisas pra mim. E pros meus amigos quando ele querem, mas é só por diversão. Não tem nada de muito sério...

De alguma forma aquilo me deixou muito aliviada.

— Mas porque as perguntas? Você ficou preocupada comigo? – ele abriu um sorriso muito descarado. Dei um tapinha de leve nele.

— É claro que eu fiquei... Preocupada com você. – dei um rápido abraço nele e um beijinho de despedida para deixa-lo continuar jogando com os amigos que não paravam de chamar por ele.

No meio da aula, na terça feira de manhã, enquanto pintava mais um dos meus quadros, colocando em pratica meus poucos talentos, foi quando me dei conta de um detalhe muito importante.

O dia em que o Brandon morreu. Era hoje. 23 de maio.

Como uma onda de tristeza que me pegou desprevenida, me acertando em cheio, saí correndo da sala no meio da aula já sentindo as lágrimas dificultarem minha visão.

Sabia que a qualquer momento algum dos meus amigos poderiam vir atrás de mim ou que a própria professora de artes, Eliza – que sempre gostou de mim e me apoiou muito – tentaria me encontrar para saber o que tinha acontecido comigo.

Entrei na primeira sala vazia que encontrei.

— Hayley...

Virei-me rápido para trás após trancar a porta.

— Jesse... O que tá fazendo aqui? É horário de aula.

Virei para o lado, olhando em volta, para disfarçar o choro enquanto tentava secar as lágrimas. Vi que ali era um laboratório qualquer e que há muito tempo não era usado sabe-se lá porque. Talvez estivesse em manutenção ou algo assim.

— E você, em? – ele soltou um riso que poderia ter parado o tempo. Eu não me importaria. — Não achei que era justo no dia do meu próprio aniversário suportar a aula que mais detesto: química.

Hoje é o seu aniversário?

— Sim. Hoje é.

Parecia loucura. Como eu não soube disso antes? Como eu fui tola! Eu nunca nem perguntei o dia em que ele havia nascido. E tivemos tantos oportunidades... tantas conversas...

Parei por um segundos.

Coincidência ou não o Jesse faz aniversário no mesmo dia em que o Brandon morreu. Da pra ficar pior? Se a minha vontade era de passar o resto da vida com o Jesse – por mais improvável que fosse - eu teria que lembrar sempre, que o dia que ele completa aniversário é o mesmo dia que o Brandon morreu. E que se o Brandon não tivesse morrido eu provavelmente nunca teria conhecido o Jesse e começado a me apaixonar tão perdidamente por ele.

— Meus parabéns. – fui devagar até ele para no mínimo dar-lhe um abraço. Mas ele não permitiu, pousando sua mão no meu ombro.

— O que foi que aconteceu com você?

Porque ele tinha sempre que perceber quando eu estava bem ou não? Como nem de longe eu poderia mentir ou disfarçar, decidi contar a verdade. Não tinha saída.

— O Brandon morreu dia 23 de maio.

Foi o suficiente para eu começar o chororô outra vez e ele, por peninha, me abraçar bem apertado.

— Eu sinto muito.

É claro que ele sente. O Jesse parece ser a única pessoa no mundo que sente tanto por mim quanto eu por ele. E ele nem precisa dizer, porque eu simplesmente já sei. Confio nele e é por isso que quero tanto passar meu tempo inteiro só com ele e nada mais.

— Topa ficar aqui comigo pelo resto do dia? – depois de um bom tempo ele se afastou de mim me olhando com um sorriso empolgante.

— As pessoas com certeza achariam estranho nós dois sumir ao mesmo tempo. Você não acha que isso é muito arriscado?

O sorriso dele imediatamente desapareceu. Por culpa minha! Foi como quando a luz do sol é interrompida por uma nuvem inconveniente.

— Tudo bem, não tem problema. – eu joguei meus braços em volta do pescoço dele. Sorrindo. — Ficar com você é tudo que eu mais quero nesse momento.

Só para garantir tranquei a porta com a chave pendurada na fechadura. Fechamos as cortinas cobrindo as janelas e até que ficou um clima bem agradável. Só nós dois ali, a pouca luz do sol cruzando o tecido da cortina de cor clara, o ar-condicionado ligado e o silêncio.

Sentamos os dois no piso gelado com as costas apoiadas na bancada um do lado do outro com os nossos braços encostados. Eu podia sentir aquela sensação única que só o Jesse tem o efeito sobre mim.

— Você pensa em ter filhos? – de repente ele perguntou, virando-se pra mim, tocando meu cabelo e enrolando uma mecha nos dedos.

Nossa proximidade era intensa. Sentia dificuldade até em respirar.

— Penso sim. Quero dois. – fiquei observando ele tocando em mim com aquele jeitinho todo especial. — E você, já pensou nisso?

— Poucas vezes. – ele confessou sem olhar diretamente pra mim. — Mas agora me deu uma vontade enorme de pensar no futuro. E fiquei bem mais empolgado em saber que vou ter dois filhos.

Demorou um pouco pra ficha cair, confesso que sou bastante lenta pra essas coisas. Quando dei por mim, comecei a rir. Ele riu também. Ele não estava falando só dele. Estava falando sobre nós. Sobre nossos dois filhos.

De todos os poucos planos que eu tinha para o meu futuro – nosso futuro – ter o Jesse era a coisa mais desejada.

Resisti ao impulso gigantesco que me consumia dia após dia para não beija-lo ali. Agora. Me contive e continuamos a conversar normalmente, como dois grandes amigos, falando do futuro, dos planos, dos desejos.

Nunca tínhamos parado pra falar sobre tantas coisas. Percebi que tínhamos muito mais em comum do que eu imaginava.

O tempo passou muito depressa. Certamente estávamos fritos assim que puséssemos os pés fora daquela sala. Já que ambos haviam perdido aula sem qualquer motivo. Sem motivos pra eles. Porque para nós tínhamos de sobra. Além de ser o aniversário do Jesse, eu precisava dele e ele de mim, queríamos ficar um com o outro – mesmo que não tenha acontecido nada de mais – longe do resto do mundo.

— Sua barriga ta roncando. Está com fome?

Sim, eu estava. E só agora, depois de muito tempo, percebi que sim.

— Pena que não preparei nada de especial pra nós.

— Tudo bem. Não tem problema. – sorri.

Com a ajuda dele me levantei.

— Precisamos mesmo ir agora?

— Precisamos. – ele fez uma carinha tristinha, que só durou alguns segundos até nós dois rirmos. — Não quero que você morra de fome.

Por um momento parei pra pensar se o Jesse também tratava a Alexa daquela maneira como se nada fosse mais importante. Estava com ciúmes e ficando maluca. Tentei deixar de lado tais pensamentos negativos e voltei a olhar pra ele.

Sei que seria muito suspeito se reaparecêssemos juntos, assim no refeitório, de uma hora pra outra. Mas acabamos sendo surpreendidos de outra maneira: todos os amigos do Jesse – que inclusive são muito – vieram na nossa direção cantando os parabéns e o Andrew segurava um bolo com velas.

Após essa grande surpresa da qual o Jesse não esperava, acabei de sentindo muito excluída, deixada de lado, assim que os muitos amigos dele vieram lhe cumprimentar, dar os parabéns e presentinhos. Acabei de afastando sem ser percebida. E conforme ia subindo as escadas para o quarto me senti mal por não poder ter dado um presente pra ele. Mas eu nem sabia do aniversário dele!

— Onde você esteve? – Tyler me pegou desprevenida. Levei um pequeno susto. Estava distraída, com a mão na maçaneta da porta.

— Estava com o Jesse. Hoje é o aniversário dele! – fui completamente verdadeira. Só não entrei em detalhes.

— É, isso eu já percebi. – disse ele com o ar de impaciência. — Acho melhor você pensar em uma desculpazinha melhor para dizer a direção por ter saído correndo da sala durante a aula pra ficar com seu amiguinho.

Era só o que me faltava. Eu cheguei mesmo a acreditar que o Tyler estava se esforçando como meu namorado.

Tomei um outro banho, troquei de roupas, lá fora o céu já escurecida, o Jesse devia estar em festa com os amigos, a Amy grudada com o Oliver exatamente como a Natalie com o Eric. Era só eu e minha mente bolando uma desculpa melhor – como o Tyler disse – para me justificar por ter pedido aula pela segunda vez no ano.

Não demorou muito para bateram a minha porta. O que eu consegui dizer foi que acabei sentindo fortes pontadas de colina no meio da aula de artes e que só pensei em sair correndo. Não esqueci de dizer que chorava de dor. E eles acreditaram, claro. Porque eu mentiria sobre aquilo?

Acho que essa desculpazinha para mulheres sempre vai funcionar. Ou quase sempre.

— Porque você fugiu sem dizer nada? – o Jesse me encontrou pelo caminho até o refeitório. Era hora do jantar.

— Eu não fugi. Mas aquele era o seu momento. – sorri, me sentindo uma tola. Muito embaraçada, passei uma mecha do cabelo pra trás da orelha. — Mas então, que desculpa você inventou pelo seu sumiço?

Ele sabia bem do que eu estava falando.

— Nenhuma. Se quer saber, eles nem me procuraram. Acho que me deram um desconto por hoje ser o meu aniversário.

E por muitas outras coisas a mais, como por exemplo, o Jesse é um ótimo aluno, só tem boas notas, bom comportamento, nunca foi pra direção por nenhuma problema ou queixa, é o astro de uma das bandas mais conhecidas do colégio, além de bonito, fofo, é encantador e ter inúmeras amizades, conhecidos e uma galera grande gosta muito dele.

— Você está mesmo com fome?

— Sim. Porque? Não comi nada até agora.

— Eu pensei em irmos dá uma volta pelo jardim... Mas deixa pra lá.

— Não! De jeito nenhum. Eu nem te dei um presente. Vamos lá, eu te acompanho, é o mínimo que posso fazer por você. Eu posso comer uma outra hora. Pensando bem.... Nem tô com tanta fome assim.

Sorrimos um para o outro. Ele pegou meu braço e me puxou. A noite estava calorosa. Me deu até calafrios. Não só por tamanha beleza das estrelas e da lua, mas também, pelo simples fato do Jesse estar ali bem ao meu lado.

— Não se preocupe quanto ao... Presente. Eu não faço questão de muita coisa. Só a sua companhia já é o suficiente pra mim.

Dá pra ser mais fofo? Com aquele sorriso de parar o tempo.

Caminhamos lado a lado em silêncio, passando entre alguns grupinhos sentados no gramado ou nos bancos, passamos por arvores, pelas flores, até chegarmos perto das piscinas vazias, e sentarmos ali.

O brilho da lua refletia da água que por sua vez refletia no rosto do Jesse o deixando só ainda mais bonito.

— Eu queria te dizer que...

Ele começou a dizer, mas não terminou. Pois uma garota surgiu naquele momento dizendo que tinha algo muito importante para comunicar.

— A Alexa está na recepção. Ela e os pais. Eles querem ter uma conversinha muito séria com você.

O Jesse agradeceu por ela ter avisado, e ela foi embora.

— Eu tenho que ir. – ele levantou depressa, soltando a minha mão com uma expressão de pavor de dá dó. — Me desculpe.

— Não tem problema. – eu mentia. Claro que tinha. Se eu não pude dar uma presente, eu ao menos queria estar ao seu lado. — Vai lá.

Antes de sair correndo ele beijou minha testa.


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Notas finais do capítulo

E o que será que ainda vem pela frente? Comentem comentem!



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