Annie encarou Mille e a jogou dentro da piscina. Tiffany pegou ela pelo braço e a levou para dentro de uma sala um pouco mais próxima do emissor de som.

— Você está maluca??!

— Ela me deu um soco! O que você quer que eu faça? - Annie estava limpando o sangue em seu nariz com um pano que encontrou sobre o sofá. Seu nariz não havia sido quebrado, porém teve um leve corte.

Nisso, David chegou e abraçou ela:

— Desculpa pelo transtorno.

— Relaxa, David. Ela não me machucou muito, senão teria matado aquela vadia.

David, Annie e Tiffany começaram a rir enquanto lá fora Mille e sua prima Daia (alta, loira -cabelo grande- e usava preto; seus olhos eram da cor do asfalto sujo que havia perto dali) estava planejando algo.

— Ela me jogou dentro da piscina... vai pagar caro.

Daia a advertiu:

— Mas... você deu um soco nela. Seu pavio é curto demais.

— Eu sempre odiei ela... já brigamos uma vez na oitava série.

— Eu lembro... você levou uma surra dela.

— Mas dessa vez foi diferente.

— Mentira, Mille. Quem levou a última foi você, desculpa por ser sincera.

— O que você quer de mim? Me inferiorizar àquela piranha sem dentes? Vou ter que ligar para alguns amigos meus.

— Quais amigos?

— Jake. 

— Jake? Pra que?

— Ele vai vir aqui hoje... eu vou falar com ele. Ele sabe entrar na mente das pessoas.

— Sabe mesmo. Ele já fez o professor louco de física e química dar nota máxima para todos os alunos menos para um menino que ele brigou e que também era da sala dele.

— Viu só? Vou pedir pra ele... pra que que eu vou te contar. Não confio muito em você.

Daia se sentiu magoada e saiu de perto. Mille sorria de um modo demoníaco.

Uma hora depois, Jake chegou, um drogado punk que esconde segredos sobre todos na festa.

— Você me mandou um torpedo a cobrar dizendo que queria um serviço meu. Você acha que eu sou um monge, espírita, pai de santo ou algo assim para "contratar um serviço" meu?

— Cada dia você fica mais gay.

— Cala a boca, esse é o nosso segredo. Tipo, o seu segredo, pois eu tenho tantos sobre você...

— Já chega... eu tive uma briga com Annie. Como eu odeio essa garota. Quero que ela pague por tudo que já me fez. Das brigas, das talaricagens... eu odeio esta puta, vadia, vaca!

— Annie? Aquela estranha do segundo pavilhão? Sabia que ela já ficou com metade dos professores da antiga escola que ela estudava. Sinto que ela quer catar o de biologia também, e eu fiz ele confessar que está apaixonado por ela.

— Jake, você é INCRÍVEL!

Jake sorriu e disse:

— Mentira! Eu inventei... você é tão influenciável! Por isso nunca se dá bem com ninguém e nenhum relacionamento. Você é uma garota perdida. Prevejo um péssimo futuro para você.

— Cala a boca!!!!

Todos os encararam, e ela ficou sem graça - Jake nem tanto.

— Quero que você influencie ela a fazer coisas degradáveis.

— Tipo?

Ela falou algumas coisas no ouvido dele o fazendo ficar pálido e gelado:

— Isso é terrível... a imagem dela seria reduzida à 0, sua vida se tornaria um inferno e ela jamais seria feliz novamente.

— É isso que eu quero...

— O que eu ganho com isso?

— Eu tiro sua mentira na mente de Chloe.

Jake derramou uma lágrima. Amava Chlore, sua ex-namorada.

— Não me esqueço da minha garotinha rebelde do cabelo colorido... eu a amo ainda.

Jake pensou e respondeu:

— O que quer que eu faça primeiro?