Não conseguiu dormir de novo, ãh? – Hook disse sentando ao lado de Regina encostada na arvore. – O que comprova minha teoria de que Vossa Majestade precisa de um “Capitão encantador” para dormir bem. Estou à disposição. – Ele sussurrou com um olhar sem vergonha.

Ela revirou os olhos.

- Tive um dia difícil, um pouco de paz para colocar os pensamentos em ordem é bom. Mas você chegou... – Disse seca.

- Por que Vossa Majestade não abaixa as armas por um instante? Estamos nessa o dia inteiro. – Ela suspirou, mas não disse nada. – Qual é o problema dessa vez?

Ela olhou para ele por um longo instante, pensando o que lhe contar.

- Aparentemente arruinei a vida de alguém que poderia amar... – Disse finalmente. – E nunca me dei conta.

- Tink? – Ele perguntou e ela logo fez que não, seu olhar estava longe, os lábios comprimidos. – Qual é sua história com a fadinha de qualquer forma? O que fez para que lhe odiasse tanto?

Hook colocou o braço ao redor de seus ombros e a puxou para mais perto. Ela surpreendentemente não resistiu.

- O de sempre... Destruí sua vida e etc...

- Ah, - ele disse irônico. – então nada de mais.

Ela deu um meio sorriso.

- E quanto a você? – Ela olhou para ele pelo canto dos olhos.

- Não vamos acabar com nossa trégua. Se minha rainha já esta com ciúmes de Emma, imagina se souber...

- Por favor... – Ela o interrompeu saindo de seus braços e indo para sua frente. – Ciúmes? Você tem um ego extremamente grande, pirata.

Ele a puxou para si quase derrubando os dois e arrancando uma gargalhada de Regina, que por fim sentou em seu colo de frente para ele.

- Do que você tem medo Regina? – Ela franziu a esta. – Você disse que tem medo por Henry, mas não é só isso é?

Ela soltou um tremulo suspiro e olhou pra onde os outros estavam dormindo por um longo momento antes de se voltar para o pirata outra vez.

- Você acredita em destino? – Ela perguntou ignorando a pergunta dele.

- Acredito que podemos fazer nosso próprio destino.

- Com minha vida – ela deu uma risada amarga. – acho difícil acreditar nisso. Minha vida inteira foi traçada para aquela maldição. Eu arruinei todas as chances de se feliz por medo, por achar que vingança era tudo que eu tinha.

- E você vai continuar fazendo isso? Digo... Deixar de ser feliz por medo?

- Qual é o problema dessa ilha? – Ela perguntou com as sobrancelhas erguidas. – Tornando um pirata... Profundo, trazendo coisas do meu passado que achei que tivessem ficado para trás há muito tempo...

Ele deu uma risada rouca.

- Vossa Majestade não é a única com o passado sendo desenterrado aqui. Acredite ou não sentia falta da rainha. – ele a puxou para mais perto, fazendo com que ela tivesse que se apoiar na arvore para ter algum espaço entre seus corpos. Segurava-a firmemente pela cintura, mantendo-a onde estava, enquanto o gancho roçava na chocha da rainha, provocando-lhe arrepios.

Ele beijou a mandíbula da rainha, correndo por seu pescoço até seus seios.

- Você não teria – ela reprimiu um gemido – uma tatuagem de leão, não é? – Ela riu tensa.

- Deveria?

- Seria mais fácil se tivesse. – Ela se afastou um pouco, pensando. – Ou difícil... Não importa!

- O que isso quer dizer? – ele perguntou com a sobrancelha erguida.

- Você mantem suas histórias e eu mantenho as minhas – ela sussurrou com uma expressão que o lembrou de mais de seus tempos em Enchanted Forest

Regina agarrou o colarinho da jaqueta dele e o beijou. Seu beijo foi urgente, desesperado. Ela queria provar para si mesma que não sentia nada pelo pirata. Que a única pessoa viva que poderia amar (supondo que ainda estivesse viva) ficou em seu passado. Mas no instante em que o beijou soube que fora um erro.

Ela quebrou o beijo, sem folego. Sentia a respiração, igualmente irregular, do capitão em seu rosto, o gancho roçando em sua cintura e sua mão correndo por sua perna.

- Eu odeio você! – ela sussurrou contra os lábios dele.

- Não, você não odeia. – Ele retrucou com um sorriso.

- Odeio como você faz eu me sentir. – ela disse antes de levantar com um olhar distante.

- E como é isso? – Ele ergueu a sobrancelha.

- Weak.