POV. Melanie Rolling

Mais uma manhã no acampamento meio sangue, espremida no chalé de Hermes. Não sei por que os deuses fazem isso, deixam seus filhos esperando igual tontos para serem reclamados. Já estou aqui a um ano e eles nem se deram conta de mim aqui.

Me troco e vou para minha caminhada matinal no bosque do acampamento, isso sempre me acalma. O som do vento batendo nos galho das arvores, da água do rio batendo nas pedras, não existe nada mais relaxante que isso. Então, em meio a tudo isso, ouço uma voz, espera, uma não duas vozes. Vou na direção das vozes e me escondo em um arbusto, dou uma espiadinha e vejo April e Lizzy.

–Então o que você vai fazer em relação a isso?- pergunta April.

–Vou atrás deles.

–E que mais vai com você?

–Ninguém, porque?

–Mais nunca que eu vou deixar a minha melhor amiga sair sozinha em uma missão suicida, eu vou junto com você.

Então uma pessoa me fala em meu ouvido tampando minha boca.

–O que você está espiando em Mel?- Olho para trás e então vejo.

–Julie, que susto.- sussurro de volta.

Ela da uma espiada e sussurra.

–Venha comigo- ela se levanta da dois passos a frente e diz -Então é aqui que você estava ontem não é fujona?

–Sim- Diz Lizzy -, nós precisamos conversar.

–Então diga- Fala Julie.

Lizzy olha para mim e então entendo.

–Ah, desculpa essa é Melane.- diz ela se virando em minha direção -Não é Mel, você não vai contar, né?

–Não, não vou contar.

–Assim está melhor, então eu pensei bem no que você me disse e eu acredito em você, e vamos partir atrás deles, o que você acha?

–Parece muito perigoso, seria uma idiotice não ir, o tipo de missão que eu gosto.- diz elas entusiasmada -Então mel, quer vir junto?

–Eu- gaguejo surpresa- quero sim- digo dando pulos de alegria (por dentro).

Eu nunca fui em uma missão, Quíron disse que eu ainda não estou pronta. Não sei o que há comigo, treno o tempo todo mas não consigo atingir meu potencial, não encontrei ainda uma arma que me identificasse: Arco e flecha, Adaga, uma lançá, um machado um martelo tentei até um tridente. Mas a que melhor identifiquei foi a espada de lamina curta.

–Então agora nós só precisamos descobrir como é a profecia.- diz April -Alguém tem alguma ideia?

– Que tal essa: Muito partirão na busca;

A baixo da prisão o grande monstro está;

Heróis pelo destino separados;

O rei dos mortos tem a solução;

Reforço no mar sera preciso;

Pelo caminho dos mortos os heróis terão a opção.

–De onde você tirou isso?- pergunta Lizzy.

–JJ. me contou- diz Julie.

–Essa é Julie, sempre bem informada.- fala April

–Então está tudo certo, partimos hoje a noite quando todos estiverem dormindo.

–Nos encontramos aqui, vou arrumar minhas coisa.- Digo.

–Até lá- diz Lizzy.

Me despedi e sai andando pela floresta. O resto do dia passou voando, treinei um pouco e arrumei minhas coisas, no fim da tarde fui até o arsenal e peguei uma espada esquecida cheia de poeira, já que eu não tenho nenhuma, levei-a até as forjas e a afiei, ela era uma lamina diferente, com diferente digo estranha, ela parecia uma onda, estava toda torta e enferrujada, mas era extremamente leve, e era uma espada de um fio só. Eu não tenho tempo para arrumar outra e afiá-la, pelo e nos ela deve matar monstros.

A concha soou e fui em direção ao pavilhão do refeitório. Minha mesa como sempre estava lotada, mas terminamos a refeição e entramos em nossos chalés. não sei o que meus irmão fizeram o dia todo, por quê eles estavam exaustos, capotaram assim que deitaram.

Chegando no arsenal ouço um som vindo da praia, vou na direção da praia. Chegando lá vejo um homem encapuzado.

–Quem é você?- pergunto.

–Acho que você já sabe- diz ele - eu sou seu pai, aquele que sempre está nos seus sonhos Δεν αξίζει να υποφέρει για πράγματα που δεν μπορείτε να αλλάξετε.

–Não vale a pena sofrer por coisas que você não pode mudar.- digo traduzindo a mensagem.

–Melane, eu sou Poseidon.

–Nossa- digo quase caindo dura no chão.

–Então filha, fiquei sabendo que você vai sair em uma missão escondida.- diz ele.

–É, eu vou mesmo.

–Mas com essa espada?- pergunta ele

–Foi a única que eu consegui arrumar pra hoje.

–Mas por que você não pediu para um dos filhos de Hefesto fazer uma espada mágica pra você, tinham alguns deles de olho em você, não que eu concorde de você ter uma relação com qualquer um desses semi deuses.

–Eee... eu nem percebi- digo corando.

–Bom eu me adiantei, e pedi para os ciclopes fazerem uma pra você, mas em vez disso eles fizeram três.- diz ele tirando um saco de traz das costas, bem pequeno. De La de dentro ele tirou um colar, lindo com um grade pingente verde mar com um M esculpido. Eu o cloquei e ele se transformaram em uma espada, leve, de fio duplo e uma coisa que nunca vi antes, ela tinha uma parte faltando, ela tinha um corte da espessura de um dedo que vai da ponta até o cabo.

–Serve para desarmar o adversário, quando a espada dele entra nesse fecho você gira sua espada, pode até mesmo quebrar a espada do adversário. - diz ele.

–Nossa.

Então ele tira dois braceletes do saco, eles eram iguais feitos da mesma pedra que o colar, mas eram varias pedrinhas. No momento em que coloco os braceletes a espada some de minhas mãos e outras duas aparecem. Duas espadas curtas de Bronze celestial.

–Assim fica mais fácil para você- diz ele.

–Como sabe?- pergunto

–Venho observando você há muito tempo, você é muito ágil, mas não nasceu para usar um escudo, com duas espadas fica mais fácil de repelir os ataques, a espada é seu escudo, e serve para lutar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. A primeira é melhor para lutas um a um, as segundas são boas para os dois, entendeu?

–Sim- respondo tentando absorver toda essa informação.

–Bom era só isso que vim fazer.- diz ele - Boa sorte filha, amanhã vou falar com Quíron sobre você ter sido reclamada.

–Obrigada, pai.