Rose acordou deitada sobre o corpo de Daniel, acalme-se ele estava completamente vestido. Estava bastante tonta e se sentindo extremamente culpada e por isso nem esperou Daniel ou Dianna acordar, pegou seu casaco e foi pegar um ônibus. Neste momento ela está parada no ponto de ônibus, com o cabelo parecendo um ninho de rato e pessoas sorridentes passando do seu lado.

Seu humor está ácido e está mostrando seu dedo do meio ao primeiro que aparece na sua frente. Felizmente seu pai sabia que ela ia dormir na casa dos novos amigos, mas nem imagina que seu anjinho estava dormindo junto do garoto que ele achou ser uma garota.

- Espera! Espera! – Daniel está vindo em sua direção de Rose fazendo um sinal para ela continuar parada no mesmo local. – Que bom que te encontrei a tempo, preciso te pedir desculpas.

- Pelo o que? Você não fez nada de errado. – indiferente olhando para os carros, Rose definitivamente não está com vontade de conversar.

- Olha, eu estava bêbado e você também, provavelmente eu não percebi o seu sarcasmo e te beijei. – Daniel disse rapidamente com medo de o ônibus chegar e levar a garota embora. – E eu também me sinto culpado, pois sei que você curte alguém, e esse alguém não sou eu.

- Tudo bem, eu entendo. – Rose respirou fundo colocando o cabelo para trás das orelhas. – E espero que isso não mude em nada nossa relação, porque nossa, você é apenas o meu amigo e acho que isso nunca irá mudar.

- Nada mudar, é isso que eu espero de verdade. – Daniel sorri dando um abraço na garota. – Bom agora eu tenho que te deixar, se minha irmã acordar e não me ver por lá eu estou mais do que ferrado.

- Okay, tchau. – como se fosse mágica o ônibus chegou e Rose embargou. – Fala para a Dianna que meu pai me ligou, mente.

Daniel concorda por meio de um movimento com a cabeça e vê a garota indo embora. Ele não estava bêbado na noite anterior, não tinha usado drogas, e estava totalmente consciente das suas ações. Ele queria Rosemary, e ele sabe que ela gosta de outra pessoa, o que é completamente maluco da sua parte tentar investir em uma relação que nunca vai dar certo.

O pior é ter que suportar Dianna fazendo piadinhas de que ele não arranja nenhuma namorada, pois todas as garotas que ele já gostou pra valer ou tinha namorado, eram lésbicas ou o odiava. É, ele definitivamente não tem nenhuma sorte no amor.

Quando chegou em casa viu que sua irmã continua dormindo calmamente, ele ligou a televisão e colocou no canal de seriados. Por sorte está passando FRIENDS que é uma das séries preferidas dele, mas ele prefere muito mais quando não tem uma legenda em italiano estragando o episódio.

- Onde está Rose eu quero falar com ela. – Dianna disse ainda sonolenta. – Ela já foi embora? Nem se despediu de mim.

- O pai ligou para ela ir pra casa, não sei o que aconteceu. – mente do mesmo modo que a amiga pediu para ele fazer.

- Se é problema familiar tem que respeitar, me passa um cigarro? – Daniel pega o cigarro da caixinha que estava guardando dentro do bolso e entrega a irmã.

- Ainda é cedo e eu não quero que você desmaie novamente. Onde foi um saco trazer você pra casa.

- Eu desmaiei? Eu não me lembro disso. – Dianna esta chocada, ela não se lembra de nada da noite anterior. – Eu não posso mais fazer isso, eu estou muito ferrada.

- Não irei contar para ninguém, você sabe. – Dianna coloca a sua cabeça no peito do irmão. – Assim você parece uma criança indefesa, você sabia?

- Talvez eu seja apenas uma criança indefesa implorando ajuda. – Dianna, pois o cigarro na boca. – E eu não gosto desse sentimento, quero ser independente de uma vez por todas.

- Desmaiar não é o caminho para isso. – a garota deu de ombros trocando de canal. – Agora que abri meu coração eu quero ver uma coisa melhor que série de comédia.

- Porra eu estava assistindo.

A viagem até que passou bem rápido, pois Rose conseguiu dormir no ônibus, tudo bem que tinha um homem estranho a olhando, mas ela tinha um anjo da guarda que está a seguindo, pelo menos essa é a linha de seu pensamento. Ela ainda não pensou que Alec pode ter visto o beijo, pois ela só está magoada com sigo mesmo. Ela também teve um pouco de sorte, pois o ônibus parou um quarteirão da sua casa, mas a sorte acabou quando ela viu sua casa cheia de pessoas estranhas e a ambulância...

Ela corre até uma mulher loira de olhos castanhos esverdeados, a primeira pessoa que está na sua reta.

- O que aconteceu? – pergunta quase morrendo de preocupação e ansiedade, não quer pensar que alguma coisa aconteceu com seu pai.

- O homem que morava nessa casa faleceu, uma vizinha foi falar e encontrou o corpo na cozinha. Parada cardíaca.

Rosemary ficou sem chão, sua pele perdeu a cor e sentiu seu coração parar duas vezes – infelizmente foi apenas uma sensação, pois ela queria que isso acontecesse. – seu pai, seu ente mais querido e a pessoa que mais o ama. Primeiro sua mãe, agora seu pai é um impacto muito forte no seu temperamento frágil.

Ela vai até a porta de entrada da casa, mas é impedida por um homem que está usando roupas de bombeiros, ele está falando em italiano, mas quando percebe que a garota não está entendendo fala em inglês.

- Não pode entrar, é uma área... – ele não terminou, seu inglês é péssimo e ele não deve conhecer muitas palavras.

- Meu pai... Essa casa... Eu moro aqui. – respondeu pousadamente para o homem conseguir acompanhar.

- Sinto muito, quer ver o corpo? – Rose apenas assentiu.

Ela foi levada até a ambulância onde pode ver o corpo do seu pai, e era ele mesmo. Era ele mesmo. Era ele mesmo. Como isso soa difícil e doloroso, ela sentou do lado do pai e o abraçou. Ela não teve a oportunidade de fazer isso com a sua mãe, mas não pode deixar o pai partir sem fazer este ato.

- Rose você está bem? – uma mão passeou pelas costas da garota a fazendo se sentir um pouquinho, muito pouquinho, melhor.

- Alec... – Ela literalmente pulou nos braços do garoto e começou a chorar. – Ele era a única pessoa da minha família, isso é tão injusto.

- A vida não é justa Rose...