Elinor escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 7
Capítulo VI




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-Bom dia, papai! - Disse Elinor ao chegar na mesa do café, na outra manhã.

-Bom dia, querida. Está tudo bem? -Ele respondeu depois tossiu várias vezes.

- Estou, mas e você papai? Parecia tão abatido e agora está tossindo secamente! Precisamos chamar o médico.

- Não é necessário, Elinor, eu ficarei muito bem por hoje. - Ele tentou acalmá-la.

- Mas papai! - Começou Elinor, esta prestes a discutir, mas o pai pediu que ficasse quieta, o sr. Carter se aproximava e de maneira nenhuma eles deveriam preocupar o hóspede.

- Bom dia, sr. Anneberg. - Disse George se virando para cumprimentar o dono da casa, e então para Elinor, se sentando no lugar em frente ao dela.

- Elinor. - Chamou e acenou com a cabeça usando de sua nova regalia para com ela.

- George - Respondeu ela, enquanto este via a reação do pai ao cumprimento de ambos, tão íntimo, e não viu nos olhos do pai nenhum sinal de reprovação.

A refeição se passou quase toda em silêncio, Elinor permanecia nervosa pelo estado do pai e não soube trazer em voga qualquer outro assunto, por isso permaneceu silenciosa e desmotivada a conversas.

- Srta. Anneberg, Elinor, - chamou George Carter - sei que prometi finalizar logo seu retrato e pretendo fazê-lo ainda esta semana, mas acredito que hoje poderíamos fazer um passeio a cavalo pela região. Isso se e a senhorita quiser e o senhor nos deixar ir. - Disse ele prestando o devido respeito ao pai de Elinor.

- Sim sim, o sr. Thompson deve vir hoje para jogarmos gamão, ficaria muito mais feliz de saber que ambos passarão a tarde se exercitando, mas não voltem tarde!

- Mas papai, - Elinor começou a protestar em prol da saúde do pai, não queria deixá - lo.

- Não quer cavalgar, Elinor? - Perguntou o sr. Carter entendendo mal o protesto

 - Ficarei perfeitamente bem, minha querida. - O pai a acalmou e procurou desfazer o assunto, não queria que parecesse tão doente como realmente se sentia, sua Elinor ainda precisava dele.

- Não é isso, sr. Carter. - Ela pousou os olhos em seu prato, cabisbaixa, antes de levantar os olhos e forçar um sorriso. - Eu adoraria.

Logo que foi possível os dois partiram, ele em um casaco rubro de montaria e ela em um vestido azul pastel. Tinham consigo uma cesta de picnic para o almoço. No começou seguiram em um trote veloz e atravessaram o bosque, iriam até um par de montanhas a algumas minhas de Woodhouse e somente na metade do percurso começaram a manter uma conversa constante.

- Sr. Carter, acredito que nunca perguntei que tipo de vida o senhor leva, não me entenda mal, mas não sei muito sobre sua vida em Yorkshire.

- Entendo perfeitamente. Acredito que nunca desejei falar sobre isso também, Elinor. mas não vejo nenhum mal em dizer-lhe. Peça o que quiser.

- Diga-me sobre um amigo querido, George.

- Devo dizer sobre Robert Manson então. Ele é um cavalheiro renomado, a este momento deve ser noivo de Marian, adora praticar da caça e da montaria e segundo dele, nada é mais importante que um bom par de botas para um homem solteiro.

- E quem seria esta Marian que mudará o ditado de seu amigo Manson?

- Não acredito que deva falar sobre ela. - Ele suspirou com se lembrasse da ninfa mais bonita de um bosque.

- A ama? - Perguntou Elinor imediatamente - Me desculpe sr. Carter, mas é uma pergunta sincera, se não desejar responde-la compreenderei.

- Digo então Elinor, tive em uma ocasião muito tempo atrás a chance de me apaixonar por Marian, e o fiz, acredito que ainda devo continuar se suspiro de saudade ao me lembrar dela, seja de dia ou de noite.

- E ela o ama, George?

- Disse-me que sim um par de vezes.

- E que faz aqui! Sr. Carter, digo por mim mesma, sofri uma decepção de um amor, até hoje, nunca fui capaz de saturar as feridas e perdoar o que aconteceu nesse passado de seis anos. Se a ama e acredita nas respostas de sua Marian, você deve voltar a Yorkshire imediatamente!

- Mas vim com o intento de deixá-la para sempre. Ela não será feliz comigo, Robert dará a ela todo o conforto que precisa, ela será mais feliz com ele.

- Não diga isso, nenhuma mulher deve ser vítima desse sentimento, vejo que a ama tanto a ponto de desistir de Marian para outro mais rico. Mas não faça isso, não mate o amor dela, a tornará miserável, não a faça sofrer como eu sofri, a miséria de amor é a única que te destrói inteira. - As lagrimas nervosas escorriam sobre sua face.

" Sr. Carter, você não sabe como toda noite rezei para ser levada durante o sono, mas permaneci e assi de eu rezava e rezo toda manhã para conseguir permanecer com os pedaços ainda unidos, sr. Carter, eu sou um prato quebrado e sem concerto, não torne Marian como eu."

Ele ficou em silêncio, então desceram do cavalo e se sentaram antes de Elinor continuar seu sermão. Ela o segurou pelo braço,  aindatendo na ooutra mão a cela do cavalo. 

- O que o senhor espera encontrar aqui? Digo e estou certa do que falo, Woodhouse nunca será um local feliz, meu pai esta mais doente do que eu posso aceitar, por isso não quis vir neste passeio. Você nunca encontrará a felicidade aqui, ela está em Yorkshire, o senhor nunca devia ter saído de lá!

- Se seu pai esta realmente doente, sabe que logo ele a deixará, e rezo para que seja com o menor sofrimento possível. Mas como a senhorita irá ficar sem consolo ou mesmo dinheiro, quando seu pai me escreveu falou que eu não demoraria muito para assumir a herança, mas eu nunca pude deixar de pensar em como compensar a senhorita por sua perda. Eu vim com intenção de me casar com a senhorita.

- Não diga isso! Sei do grave estado do meu pai, ele pe pediu para que eu fosse bondosa com o senhor, disse que eu poderia ser feliz ao seu lado baseado nessa mesma compensação que você diz. Mas eu não posso! Nem o senhor! Uma vez, eu perdi minha única oportunidade de ser feliz, e me contentei por saber que nenhuma outra viria, mas não posso deixar, não posso ver o senhor descartar a sua chance de felicidade. Nunca a terá em mim! - Ela respirava violentamente, mas continuou.

"E se pensa em protestar, digo que não destrua a única oportunidade wue a sua Marian pode ter de ser feliz, não a condene a isso. Você tem que lutar, não a abandone neste momento, não a torne descrente no amor como eu sou! Não faça com que ela peça todas as noites para ir e acorde na manhã seguinte. Por favor, sr. Carter, não faça isso! E se fizer, espero que não fique, eu jamais seria capaz de aceitar um homem que condenou outro a miséria de amor! Se não for, não terá nem a ela nem a mim e as noites são frias de mais para se passar sozinho! A vida é amarga de mais! "

Elinor subiu no cavalo e o incitou a retornar a toda velocidade que podia até Woodhouse.


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