Elinor escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 5
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Aiai, demorei para postar, mas é que eu escrevi na sexta e no domingo e travei, ontem eu fui tentar e não saiu nada, então hoje comecei do zero e gostei do resultado.
Agora momento de honra, quero dedicar esse capítulo a Vi, não por ser só a minha primeira e única leitora até agora, por isso também, mas hoje é umq dara especial e eu sou muito ligada ao significado do aniversário e por isso, aqui está um presente extra pra ti :*



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A missiva que trazia a resposta da primo não demorou muito a chegar, e anunciava uma visita que seria prontamente feita pelo mesmo. Chegaria o sr. Carter no próximo domingo e pretendia passar apenas um mês, tanto que a carta quando foi lida por Elinor ao pai, este já calculou em pedir que a viagem fosse prolongada por mais três semanas.

Desde que as notícias chegaram, todos os criados começaram a fazer uma arrumação na casa, ela estava para receber o futuro proprietário, mesmo sem data ou previsão de mudança, ele não deixava de ser um senhor distinto. Os quartos foram arejados, tapetes escovados, as colchas remendadas se necessário, juntamente com as cortinas. Em meio a esta agitação sobrou para Elinor reabrir o piano que não tocava a anos, depois de refinado ela começou a praticar seguindo os mesmos passos de quando era uma iniciante, lembrou-se de como sua mãe a ensinou e concluiu que não devia ter rejeitado a atividade por tanto tempo.

Ela dormiu pouco na noite que precedia a chegada do primo, tinha encontrado com o sr. Wymer enquanto voltava de uma breve visita a uma propriedade vizinha e foi cumprimentada por ele, não respondeu, apenas incitou a égua a cavalgar em algo próximo a uma corrida e seguiu de volta a Woodhouse. Queria ela não tê-lo visto, mas isso não fez parte de seu destino naquela manhã, mas com sorte, não faria parte da manhã seguinte. Ela não era insensível a Edgar, o odiava e em meio a todo esse ódio, havia o desespero, era culpa de Edgar se Elinor agora se preparava para conquistar um coração e manter uma posição social adequada, ele era o culpado de toda a desgraça que se seguiu a partir daquele dia.

Lhe perturbou o sono também um assunto já redundante em sua mente, como faria com a chegada do primo? Ela estava decidida a aceitar se esse lhe fizesse uma proposta de casamento, mas para isso, o sr. Carter devia estar inclinado a passar os dias ao lado de Elinor. E se ele não a agradasse? Como poderia lançar um sorriso genuíno a alguém que nutrisse um sentimento negativo ou mesmo de indiferença? Vejamos, porém que a situação foi gerida por outro fio de destino.

Na manhã, depois de voltar da igreja, Elinor se trancou no cômodo particular e passou cerca de meia tarde só, era um tempo necessário para um coração aflito. Depois de checar então a saúde do pai, pos-se a vestir-se e pentear os fios loiros com destreza, parecia vestir-se para um baile, enquanto permaneceria em casa por toda a noite.

Pouco depois de se sentar na sala e vendo necessidade de praticar alguma atividade, abriu o piano, e ouviu o barulho de uma carruagem parando próximo da casa, a viu pela janela e correu. Atravessou o salão a passos largos e subiu a escadaria, só parou em frente a porta do escritório do pai, então bateu na porta e ouviu o sr. Anneberg se remexer antes de pedir que entrasse.

- Primo Carter chegou! - Elinor anunciou prontamente. - Vem em uma carruagem e a este momento já deve estar a nós esperar na sala de visitas.

O pai assentiu e então se levantou vagarosamente, vestiu a casaca e conferiu o corte, estava perfeitamente aceitável para algo menor que um Lord. Afagou a bochecha da filha e pediu que mantesse a calma, tomou o braço da mesma e seguiu o corredor. De fato, o sr. Carter esperava por eles na sala, se levantou assim que o criado abriu a porra e anunciou os donos da casa.

Era um homem jovem e com características que deixaram Elinor desnorteada, não era apenas belo, alto e atlético como tinha feições que a lembravam as de Edgar quando mais novo u pouco envelhecidas. A mente de Elinor girava, queria correr para longe, mas se manteve atada e quieta ao braço do pai, fez uma saudação ao convidado e ficou rubra quando este lhe beijou a mão como ela semore sonhou que Edgar faria ao retornar do Oriente, seguia entre a linha tênue do céu e inferno, via seu sonho e seu pesadelo se realizarem. Com a deixa, abriu o piano e tocou mecanicamente a música que mais sabia, usou desse tempo para se reestabelecer e quando voltou mais sóbria foi capaz de travar uma conversa mais complexa com seu novo interlocutor.

Pouco descobriu sobre ele, nada que realmente mostrasse seu perfil, mas teria tempo o suficiente para fazê-lo logo. No jantar os assuntos foram dados por acabados e outros começados.

- É um belo quadro - disse ele no salão em que jantavam, se referindo a uma das pinturas penduradas.

- Era minha mãe - respondeu Elinor calmamente.

- Pelas leves pinceladas, poderia dizer que se trata de um quadro de uma irmã ou de você mesma, srta. Anneberg. - Muito lisonjeiro o senhor, mas não tenho quadros meus, nunca permiti que os fizessem.

- Eu acredito que isso é um desperdício de beleza, senhorita. Você será bonita até que se vá, mas todas as gerações tem o direito de contemplar bons traços.

- Dizendo assim, me sinto infeliz por nunca ter pensado nos demais. De fato, a beleza não é mais nossa que dos outros, são eles que a vem.

- Permita então que eu, mesmo não sendo um pintor renomado como o que deveríamos trazer para retrata-la, corrigir meu erro ao fazer a senhorita filosofar sobre a beleza e não tirar uma conclusão que a faça bem como aos demais. Mas não devo pedir a sua autorização, e sim a de seu pai. Sr. Anneberg, se eu lhe mostrar uma velha pasta de desenhos e eles forem aprovados pelo senhor, poderia, eu, fazer um quadro de sua filha?

- Se me trouxer seus desenhos, com toda certeza terá minha aprovação, mas até então, digo que penso no caso.

Ele concordou sorrindo e na mesma noite, após ver o quarto onde os criados arrumaram seus baús, trouxe uma pasta de couro com folhas antigas dentro. De fato não era artista, e assim não ganharia dinheiro ou reconhecimento, mas tinha o traço leve e uma boa mão para reproduzir uma figura, era entendido de pintura como qualquer homem que tem como hobbye os pincéis e logo devia começar oretrato da moça. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não sei se escrevo ainda essa semana, acho que como eu estou com três histórias uns cinco dias pra atualizar, eu vou fazendo como posso, estudar e fazer tarefas está me ocupando mais tempo do que devia, mas nada está atrasado. Beijos ;*
P.s.: leiam Desejo e Compreensão, please!