Simplesmente Percabeth escrita por Safira


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

People!! Eu estou tão feliz, vocês não fazem ideia!! Agradeço muitíssimo os comentários lindos que todos vocês deixaram!! Estou me sentindo tão motivada que meu sorriso tá de uma orelha a outra!!
Ahh, please, não reparem se eu começar a escrever "flor", "querida" ou "amore" nas respostas dos comentário, é que a gente pega a mania dos amigos kkkkk
Sem mais delongas, capítulo 6 para vocês!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/420518/chapter/6

A MENINA virou a cabeça repentinamente, revelando grande olhos azuis amedrontados, levantou derrubando o que trazia as mãos no chão e entrou correndo pela casa, batendo a porta atrás de si. Ouvi muitas coisas caindo. 

Olhei para Annabeth. Ela segurava a alça da mochila que estava pendurada em um de seus ombros, a outra mão colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, como ela faz quando está nervosa. E ela mordeu o lábio em preocupação. Quando percebeu que eu olhava, Annabeth engoliu em seco. 

Groover estava parado, sem expressão no rosto, somente olhando para a casa. 

-Vamos entrar - ele disse, abrindo o portão e parando na frente da porta. 

Groover tocou a campainha e esperou. Vários minutos se passaram sem resposta. Novamente ele tentou, e mais uma vez ficamos sem resposta. Achei ter ouvido um soluço, e um frio percorreu minha espinha. 

Olhei para Annebth, fiquei feliz em perceber que ela entendeu. 

Tentei abrir a maçaneta da porta, mas ela fora trancada, e abaixo das janelas haviam arbustos enormes. 

-Groover - comecei - Acho que... Acho que a garota está sozinha. Quero dizer, os pais não estão e ela está com medo. 

Ele engoliu em seco, entendendo o que eu disse. Nos afastamos um pouco da porta, e Groover pegou impulso, jogando toda a sua força nela, que acabou não resistindo. Um grito foi ouvido quando a porta caiu.

Bem, não sei o que é pior ver estranhos arrombando sua porta para entrar do que não ver alguém pulando sua janela. Pelo menos para uma criança, deve ser assustador.

A menina estava encolhida em um canto, com os olhos bem fechados e as mãos tapando os ouvidos. Annabeth e eu trocamos mais um olhar. Nos aproximamos, os três. 

-Não! - a menininha gemeu, tentando ir mais para trás da parede. - Não... 

-Ei - Annabeth disse, docemente, - nós queremos ajudar. Onde está sua mãe? - ela se ajoelhou na frente dela. 

Os olhos azuis muito vivos da menina faiscaram e ela tirou a mão dos ouvidos e as colocou ao redor do joelho. 

-Ela saiu - a voz da menina era chorosa. 

-Como assim, saiu? - Annabeth tornou a perguntar. 

-Ela foi trabalhar - a menina reprimiu um soluço - vocês são maus?

-Não somos maus - Annbeth assegurou. Me ajoelhei ao lado dela, passando um braço sob seus ombros. 

-Ei, - disse - que tal darmos uma volta? 

Um brilho pareceu surigir nos seus olhos, mas apenas por um segundo. Ela negou com a cabeça. 

-Então... - Groover sentou ao meu lado - Que tal contar o que houve? Sabe onde está sua irmã?

-Bem... - a menina começou, cautelosa, mas parecia confiar em nós - Mamãe disse que ela está em um lugar mais seguro que aqui...

-Qual é seu nome? - Annabeth perguntou com voz suave. 

-Susana... - ela disse. - Mas costumam me chamar de Su, sabe. Eu tenho 9 anos.

Annabeth assentiu. 

-Faz um tempo... - Susana estremeceu - faz um tempo que monstros começaram a perseguir a minha irmã... Eu tentei ajudar, mas ela sempre dizia que era perigoso, até que um dia ela sumiu. 

-Ela está segura - Annabeth disse, dando um sorriso largo. - Mas que tipo de monstros, você os viu?

-Sim. Eu vi todos eles. Eles nunca ligavam para mim... Era como se eu nunca existisse, mas eu sempre via eles, e sempre tive medo. 

Annabeth, pela expressão, estava pensando. 

-O que você faz - ela sugeriu - quero dizer, o que você estava fazendo quando chegamos aqui? Estava escrevendo. 

-Não! - ela exclamou. - Não escrevo. Eu só desenho mesmo. Eu adoro desenhar, sabe! Vocês querem ver? - e sem esperar resposta ela correu para apanhar o caderno. Parecia bem mais a vontade, entendendo que não faríamos mal algum.

-O que houve? - perguntei a Annabeth, apertando um pouco seus ombros. 

-Estou pensando... - ela simplesmente disse. 

-Olhem! - a menina ergueu um caderno bem na nossa frente - fui eu que fiz!

Annabeth abafou uma exclamação ao meu lado, levando a mão a boca. O desenho era lindo. Não estava pintado, mas todos os traços estavam bem delineados, era um excelente trabalho para uma criança de 9 anos. Um lobo olhava para frente, e atrás de si uma mansão que parecia abandonada. No canto do desenho, havia uma palavra escrita em grego, traduzindo "Lupa". 

Olhei para Annabeth, que estava de sobrancelhas franzidas.

-Lupa... - ela disse. - Rômulo e Rêmulo... A Casa do Lobo. 

-Oi? - perguntei. 

-Mais tarde - ela me disse - tem mais?

A menina assentiu. 

O próximo desenho mostrava um dragão que parecia ser feito de bronze. Ele estava parado no alto de um morro, olhando para o lado. 

-De onde você tirou esses desenhos? - Annbeth parecia um pouco confusa. 

-Da minha cabeça - a menina respondeu, dando de ombros e fechando o caderno. - Eu sonhei e resolvi desenhar. 

-E você sempre sonha com coisas desse tipo? - Annie perguntou novamente. 

-Não sempre - a menina afirmou. 

-E com monstros, você também sonha com monstros?

-Claro! - Susana tornou. - Muitas vezes, mas não tantas assim. Mas já aconteceu. 

-E tem algum monstro que você tem visto ultimamente? - Annabeth fez a pergunta parecer parte do assunto (embora fosse realmente parte do assunto).

-Na verdade tem sim - a menina ficou séria - Na verdade, quase todos os dias. 

Lá fora, um latido muito alto ecoou por todos os lados, seguido de um rosnado. 

-E ele acabou de chegar. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um capítulo levemente maior que os outros kkk.
Tá, sério. O que foi que vocês acharam??