Simplesmente Percabeth escrita por Safira


Capítulo 11
Uma manhã "normal"


Notas iniciais do capítulo

People!! Sinto muito mesmo por ter ficado esses 6 dias sem postar! É que não deu mesmo. Mas aqui está o capítulo 11. Boa leitura!!



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PODERÍAMOS TER ficado a manhã inteira debaixo d'água se dependesse apenas de Annabeth e de mim. Mas acontece que assim que ficamos sem fôlego e nos separamos do beijo, os dois sorrindo, demos de cara com uma náiade. Ela estava nos encarando com uma cara séria. 

-Hã... - nos afastamos um pouco - o que houve?

-O senhor D. mandou avisar que, mesmo que é em baixo d'água, tem crianças no acampamento - ela disse. Senti meu rosto quente e de esguela olhei para Annabeth, que também estava muito vermelha. 

-Tudo bem - murmurei. - Esse era o recado?

-Não - ela sorriu e deu uma gargalhada repentina. - Quer dizer, a primeira parte - ela ficou séria de novo. - Ele também pediu para avisar que vocês estão no acampamento, não em casa, e tem um monte de coisas para fazer. - ela deu um sorriso e se confundiu com a água. 

Soltei um suspiro e revirei os olhos. Olhei para Annabeth, que tinha um leve sorriso no canto dos lábios. 

-Já vi que não vamos ficar sozinhos nunca - ela disse. 

-Mas os poucos segundos que a gente tiver devem ser aproveitados - disse, chegando perto dela, pousando uma das mãos sobre sua cintura e outra em sua nuca. 

-Como você filosofa, cabeça de algas - ela respondeu,, sorrindo ao mesmo tempo que deixava as mãos sobre meu peito. Nos beijamos demoradamente, e só paramos por causa do fôlego. -Acho que precisamos ir - ela disse. - A não ser que você queira lavar a louça da cozinha ou tomar banho frio. 

-Não vou ter problema com o banho - respondi. com um sorriso. 

-Bobo - Annabeth disse, me dando um empurrão. 

Peguei na sua mão e nos puxei para a superfície. Annie estava molhada, como já era de se esperar. 

-Você vai precisar se trocar - eu disse. 

Annabeth olhou para mim com a sobrancelha erguida. 

-Jura? - ela torceu o cabelo e depois o jogou para trás. 

-Eu te acompanho até o chalé - falei, ignorando o comentário dela. 

Ela riu e me deu um beijo curto. Depois me deu a mão e saímos juntos. O pessoal estava ocupado demais praticando luta ou voando com os pégasos que nem notou quando passamos. 

_____________________________________________

Quando chegamos na frente do chalé de Atena Annebth e eu nos beijamos e assim que nos separamos, ela disse:

-Até depois cabeça de algas - e ficou parada na porta, com a cabeça escorada na madeira. 

-Até, sabidinha - eu disse, sorrindo. 

Ela ficou olhando até eu desaparecer da sua vista. Não tenho certeza. Mas é que eu havia perdido o costume de olhar para trás.

Enquanto caminhava até a ala de esgrima, ouvi uma voz conhecida, que ouvira a pouco tempo:

-Petter Jonshon - o senhor D apareceu ao meu lado. - Acho que você já sabe que vai dar aulas de esgrima, né? Então tudo bem. A aula começa em cinco minutos. 

-Ei! - minha cara provavelmente estava com uma expressão estranha - Espere sr D! - o diretor parou, suspirou e se virou. 

-Que é agora? - ele perguntou, estalando os dedos. Uma coca dieta caiu em sua mão e ele bebeu um gole. 

-Como assim eu vou dar aulas de esgrima? - perguntei, perplexo. 

-Eu também disse isso! - o Sr. D respondeu - Também disse que você era perigoso e acabaria cortando seu próprio braço. Mas quem disse que alguém me ouve? Você só precisa ir lá e ensinar espada. É fácil. 

Suspirei e mordi a língua. 

-Obrigado, senhor D. 

Ele se virou e saiu, convocando outra coca diet. 

-Legal - murmurei comigo mesmo. - Que bom que as pessoas me avisam, e que bom que eu tive tempo de organizar uma aula.

-Falando sozinho, mané? - outra voz desconhecida falou atrás de mim, 

-Oi Clarisse - eu disse, me virando. 

-Soube que você vai ser professor de esgrima - ela disse, com um sorriso malicioso no rosto. - Seria uma pena se os alunos vencessem os professores. 

-Seria uma pena se você estivesse com inveja também, Clarisse - simplesmente respondi. 

-Você não tem noção do perigo, moleque?

-Não, eu tenho calcanhar de aquiles, esqueceu? - desafiei. Cara, não sei o que deu em mim, só sei que estava retrucando. Talvez fosse porque eu estava ficando cheio dela ou, sei lá, cara. 

Só lembro que tive uma fração de segundos para pegar e destampar contracorrente, então bloqueei a lâmina da espada que passou a centímetros do meu rosto. 

-Foi por pouco, mané - Clarisse disse, recuando alguns passos com a espada em punho. - Mas acho que você anda um pouco enferrujado. 

-É o que veremos - eu respondi, entredentes. 

E ela veio em minha direção. Espada se chocou contra espada e o barulho de metal contra metal encheu o lugar. Todos os olhos que eu não havia percebido antes se voltaram para nós. Gritos de "briga" Briga! Briga!" era o que mais se ouvia. 

Clarisse tentou acertar meu tornozelo, mas eu a impedi ameaçando seu lado com contracorrente. Em seguida fiz menção de que meu alvo era seu pescoço mas desviei na última hora para suas pernas. Mas Clarisse foi mais rápida. Ela fez  com que eu recuasse fazendo uma sequência de violentos que eu só conseguia bloquear. A espada de Clarisse passou raspando por meus pés e dei um salto, mas ela me derrubou no chão com o cabo da espada. 

-Perdeu, mané - ela disse com um sorriso enorme no rosto. 

-Nunca subestime o adversário - eu respondi. E acertei o cabo da espada em seu estômago, fazendo com que ela caísse e chutei a espada para longe. 

Olhei ao redor. Havia muitos novatos, que aparentavam entre 12 e 13 anos, alguns que a armadura ainda era um pouco grande e seguravam as armas de jeito errado. 

-Essa foi a primeira lição de esgrima - eu disse, e estendi a mão para ajudar Clarisse a se levantar, mas ela a afastou com um tapa e  levantou sozinha. 

-Não está tão mal, Jackson - ela disse, ajuntando a espada e saindo da área. 

Olhei para os semideuses à minha frente, alguns deles começaram a se dispersar para outras aulas, porém, os mais novos ficaram ali. Percorri os olhos  por eles e encontrei um par de olhos cinzentos que eu amava, sorri e ela retribuiu, mas logo depois, também se afastou. 

Durante a manhã inteira fiquei ensinando 8 semideuses a usarem a espada. Eu já estava com fome enquanto me dirigia ao almoço, que logo seria servido, quando duas mãos pousam delicadamente sobre meus ombros. Viro para trás, já com um sorriso no rosto. 

-Sabidinha - toquei em sua testa com a minha - eu estou todo suado. 

-Não importa - ela sorriu e me deu um selinho. - Eu não ia te agarrar do mesmo. 

-Você é tão imprevisível - murmurei, deixando o sorriso bobo em meu rosto. 

Juntos, nos dirigimos até o refeitório para depois nos separarmos e irmos cada um para a sua mesa. 

Foi uma manhã excelente. 


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Notas finais do capítulo

Capítulo um pouco mais comprido. Preferem assim, maior, ou mais curto?
E como estava este cap??
Beeijos!