Srª. Montesinos escrita por GothicUnicorn


Capítulo 8
8


Notas iniciais do capítulo

Amores, me perdoem pela demora, a escola está me sufocando, e eu mal tenho tempo para dormir. I hope enjoy!



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Desnorteada, Ivana pegou seu carro, colocou o garoto atrás e saiu. Chorando histericamente, não sabia o que fazer. Em sua cabeça, isso tudo era culpa dela, porém, mesmo desesperada, ela estava feliz, pois agora sabia o que realmente sentia, mas foi errado, muito errado o que havia acontecido. Ela sentia-se suja, enquanto dirigia, Ivana se lembrava de sua infância, quando ela viu seu pai traindo sua mãe, isso a marcou demais, e ela não queria o mesmo para o seu filho. Chegando a casa, tirou o garoto da cadeirinha, e o levou para o berço. Ainda muito assustada, Ivana tirou toda sua roupa e entrou na ducha, ela se sentia suja, e se debatia o tempo todo não se perdoando. - O que faço? Conto ou não?- Pensava ela. Ela queria apenas esquecer, em um ato de desespero, ela bebeu um vidro de remédios para dormir, e em poucos minutos eles estavam fazendo efeito. Ela adormeceu subitamente.

Passado algum tempo, o pobre Rico clamava por sua mãe que estava adormecida no chão de seu quarto. O menino chorava a tal ponto, que Terezinha que estava brincando na sala de jantar ouvia-o, e foi até lá para ver o que acontecia.

- Calma, bebezinho, pare de chorar. – Dizia a menina, tentando achar a chupeta de Rico. – Cadê sua mãe?

Ela olhou para o lado, e viu Ivana desacordada deitada no chão, e colocou a mão na testa da mesma.

- A senhora Ivana está gelada, eu vou chamar o Chuy. – Terezinha saiu desesperada atrás de seu irmão, ele saberia o que fazer. Quando finalmente o encontrou ele estava alimentando o cavalo de seu patrão.

- Chuy, o bebê está chorando e a senhora Ivana está jogada no chão, e não acorda, ela está gelada. Venha me ajudar. – Disse a garota, inquieta.

- Terezinha, vá ficar com eles no quarto, eu vou procurar o patrão José Miguel. – Disse Chuy, e foi correndo até onde o patrão estava. Quando finalmente o encontrou, começou a falar.

- Patrão José Miguel, a senhora Ivana está caída no quarto do bebê, e não acorda, e o bebê está chorando. Corra patrão, ela está gelada!

José Miguel largou imediatamente o que estava fazendo, e foi até o quarto do bebê. Leonor, como estava brava com o filho e a nora, ouviu tudo, mas não moveu um músculo para ajudar, ela ouvia Rico chorar, mas fingia que não. Quando finalmente José chegou ao quarto, se deparou com Ivana caída no quarto.

- Terezinha, chame sua mãe para cuidar do Rico. – Disse ele, temeroso. – Ivana, acorde, meu amor, acorde. – José Miguel beijava a face pálida de sua esposa, e ela estava totalmente inerte. – Chuy, chame seu pai, levarei Ivana até o hospital.

Enquanto Chuy foi pedir ajuda, José Miguel tirou-a delicadamente do chão, e a levou ao seu quarto, colocando-a na cama.

- Acorde, minha vida, eu preciso de você. – Ele beijava o rosto da amada desesperadamente, na esperança que ela fosse acordar.

Chuy finalmente chegou com Juan.

- Juan, abra a caminhonete. – José Miguel levou Ivana até a caminhonete, com o maior cuidado para que a cabeça da amada não batesse em nada.

Ele saiu desesperado para o centro de saúde, com sua esposa desacordada. Chegando lá, ele tirou-a do veículo, e saiu correndo. Amparo, com seu costume de ‘pegue sua senha, e espere’, não o impediu de levá-la urgentemente para a sala de Felipe.

- Felipe, ela está desacordada há algum tempo, e eu não sei o que faço. – Ele a colocou na maca, e ficou apreensivo sentado ao seu lado.

Felipe a examinou por algum tempo, via seus sinais vitais.

- Ela deve ter ingerido uma grande quantidade de remédios para dormir. – Disse Felipe, observando-a.

- Por que ela fez isso? – Questionou José Miguel, passando suas mãos sobre a testa da amada.

- Isso você deve perguntar para ela. – Retrucou o médico. - Não é a primeira vez que ela faz isso, o que eu posso fazer é uma lavagem em seu estomago. – Concluiu ele.

- Faça isso, salve-a. – Ele beijou sua testa. – Eu te amo, minha vida. – Ele a deixou na sala com Felipe.

Logo que saiu, Amparo foi falar com ele.

- Você não pode fazer isso, tem uma fila na sua frente. É muito fácil chegar aqui e passar na frente de todos. – Advertiu ela.

- Cale-se, Amparo. Você quer que eu deixe minha mulher morrer? – Berrou ele, colérico.

Os olhares do lugar foram todos em direção a eles. Amparo, constrangida, voltou para o seu balcão. José Miguel ficou andando de um lado para o outro. ‘Por que ela fez isso?’- Pensava ele. O tempo passava e ninguém saía da sala. Ele já impaciente da espera, abriu a porta da sala, e deu de cara com Felipe.

- Até que enfim, como está Ivana? – Questionou José Miguel.

- Bem, mas ela vai dormir por algumas horas ainda, pois o efeito do remédio ainda está em seu sangue, mas logo ela está desperta. – Concluiu Felipe, que continuou com a fila.

José Miguel ficou horas ao seu lado, até que ela começasse a despertar.

- Meu amor, onde está você? – Disse ela, enquanto abria lentamente os olhos.

- Estou aqui, Ivana, do seu lado. Por que fez isso, minha vida? – Começou ele, sem entender.

- Não quero falar sobre isso, só quero saber de Rico, onde ele está? – Disse ela.

Ivana se preocupara com Rico muito mais que ela imaginava se preocupar, sua saúde agora não importava, ela só queria saber de como seu pequeno estava.

- Ele está bem, quando saímos de casa ele estava chorando de fome, mas a Tereza foi alimentá-lo.

- José Miguel, você sabe que eu não gosto muito dela. – Disse Ivana, enquanto tentava se sentar.

- Amor, eu sei, mas você queria deixar nosso filho passar fome?

- Sim, assim como seria mais digno você me deixar morrer, do que me trazer aqui para ele cuidasse de mim. – Disse ela, elevando sua voz.

- Não vamos discutir aqui.

O silêncio pairou no quarto por algum tempo.

Logo, Felipe entrou na sala, e logo começou a falar.

- Como está, Ivana?

- Melhor. – Respondeu ríspida.

Para aliviar o clima, José Miguel perguntou para o médico.

- Já posso levá-la para a casa?

- Sim, você já pode levá-la. – Respondeu sorrindo, pois queria se livrar logo de Ivana.

Ela pegou Ivana nos braços, e com beijos ternos foi levando-a.

- Agora vamos voltar para sermos felizes. – Colocou-a no carro, e saíram.


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