Uma Nova Esperança escrita por Thaís Santos Bezerra


Capítulo 41
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Gente do céu, mil desculpas, mas realmente estou muito ocupada esses dias.
Espero que gostem de verdade, qualquer coisa de errado comentem e se gostar deixem um agrado aqui! beijos



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Mesmo que eu tenha recebido a noticia maravilhosa, para meu dia, de que iria poder falar finalmente com Peeta, abraça-lo, beija-lo e provavelmente ele deve esta super ansioso para me encontrar e fazer o mesmo.

Sei que assim que nos encontrarmos seu sorriso resplandecente se abrirá e mudara todo o sentido do mundo, pelo menos por um instante seria apenas nós dois. Porem, fora devido realizar mais exames nele, o que me preocupou, e mesmo que eu perguntasse a Haymitch, ele dizia que nao sabia de absolutamente nada e estava tao confuso quanto eu, e eu sabia que ele estava falando a verdade, é só que era difícil esperar algo para fazer muito esperado e estando tao perto de mim.

Vou para meu compartimento após meu banho, enquanto tinha deixado Dandelion com Prim por esse tempo. Eu estava me sentindo mais agitada do que a bebê que ficava inquieta agora na minha cama. Ela estava deitada e mordendo com as gengivas seus dedinhos gorduchos e me fitando confusa. Dei um cheiro em sua cabecinha, e a peguei no colo indo em direção ao refeitório, já que era horário da janta e eu estava morrendo de fome. Minha pequena já havia mamado e provavelmente haveria algum tempo para acontecer de novo. Quem sabe a tempo de eu ver seu pai...

Peeta. Tudo o que passou na minha cabeça hoje, meu querido e amado está aqui e salvo. Espero que bem, por que me preocupei hoje.

Chego no refeitorio, pela primeira vez após o parto que foi uma noticia enorme para um distrito tao restrito e fechado; Houve mais outro parto no mesmo dia, mas esse foi o parto do Tordo da revolução. Sento na mesa, junto com Prim, minha mãe e todos me olham fraternalmente ou tentando apenas ver a nova moradora do distrito, seja por ser um bebê e todos acham fofa, ou por ser mais um gasto para o distrito. Prefiro escolher a primeira opção.

Dandelion é apoiada numa especie de cadeirinha apropriada para recém nascidos.

Só confirmo algumas aparências, quando algumas pessoas passavam e analisavam a bebê como se fosse a joia mais preciosa do mundo. Por mais que seja estranho, alguns chegam até com um agrado ou presentes pequenos feitos artesanalmente, ou bem singelos; fico um pouco envergonhada, mas agradeço e guardo tudo numa sacola.

Posy, a irmãzinha mais nova de Gale adorou brincar com Dandelion, apesar do cuidado que tenho nao nego que ela fique próximo a ela, por que ambas precisam de contato com crianças, mesmo que Dandelion seja tao pequena ainda, e meu bebê é bastante saudavel para ter sido um bebê um tanto prematuro. Tudo que eu quero é que nenhuma das duas se machuquem.

Gale tem se aproximado após nossa conversa e isso me deixa muito bem. Ele sabe que nossa relação é intimamente amigável e nada mais que isso, tanto que ele foi salvar Peeta pra mim, mesmo sem sucesso, mas o vanglorio por isso. Gale tem cumprido fielmente com nosso acordo quando Dandelion nasceu.

Quando vejo Haymitch na porta, ele havia saido mais cedo sem falar nada e me assustou, me olhando, eu entendo: chegou a hora.

Por sorte, mamãe não teria nada no momento e poderia ficar com Dandelion e mima-la um pouco com amor de vó, algo que eu sei que ela tanto quis desde que descobriu minha gravidez.

Sinto saudades da minha, mas faz muito tempo que a mesma faleceu e eu esta tao pequena... Mas consigo me lembrar do achonchego quente e do abraço cansado de uma mulher que mesmo com idade trabalhava sem parar.

Antes de sair, deixo um beijo em Dandelion e sigo em caminho, ainda vendo Finnick se aproximando e pegando a bebê no colo com tamanha graciosidade ate sendo comparada com sua beleza. Desvio o olhar e encontro Haymitch, bastante apreensivo.

– Hay, pode me dizer o que esta acontecendo? Estou preocupada. Você me chamou bem mais cedo, passaram-se horas, mais exames inesperados e nada.

– Katniss, me desculpe. Mas você deve saber uma hora ou outra. Peeta nao esta como antes...

Uma dor se alastra. O que aconteceu?

– Ele..., como posso te explicar?

– Conte logo, pelo amor de Deus. - digo apreensiva.

– Ele teve suas memorias modificadas, e de alguma forma a maioria delas interligam a você, ou seja, você terá que ser forte.

Só isso me deixou sem chão por um tempo que parecida interminavel, isso significava que...

– Significa que Peeta já nao me ama. - digo tais palavras e choro em seguida.

O abraço de Haymitch é a única coisa que me conforta no momento, por que sei que isso doi nele também. Depois de um tempo, respiro e falo, fungando eofegante.e

– Haymitch, por favor. Mas pelo menos posso vê-lo?

– Você se arriscaria, docinho? Ele esta muito instável.

– Sim, eu mal aguento para ve-lo. E eu já suporte coisas piores.

Seguimos o caminho andando paulativamente até que paramos, e eu sei que ele esta ali.

Primeiro, Haymitch entra e consigo ver pelo vidro uma confusão de pessoas e ele conversando com uma delas. Logo, ele sai e diz que tive autorizacao como teste para vê-lo, mas eu respirasse fundo e tentasse me acalmar.

Sem sucesso.

Quando adentro no quarto e meu coração dispara, e um nó enorme se forma em minha garganta. As pessoas abrem espaço e posso ver Peeta deitado na cama e amarrado, inquieto. Lagrimas quentes escorrem no meu rosto e tento nao entrar em desespero.

– Peeta... - consigo sussurrar e ele para de repente e me assusto, exito, mas chego a andar e posso ver em seu olhar o medo.

Meu Peeta com medo de mim, meu Peeta...

Exitando ele fala:

– Kat-katniss, eu preciso de ajuda Katniss. Eu preciso! - o que pensei que ele nao iria fazer ele fez, mas de forma inesperada, é como um pedido de socorro; seu cérebro deve esta conturbado, confusão, logo depois ele fica com medo e se contorce novamente, sem saber o que fazer ao certo. Ele já gritava desesperado me deixando pior ainda. Haymitch me segurou enquanto eu chorava.

Enquanto eu voltava para meu quarto, eu mal conseguia respirar. Sentei na cama e Haymitch ainda me observava da porta, minha mae levantou para falar com ele enquanto eu deitava com Dandelion, que dormia graciosamente. Prim me abraçou, e era como se já soubesse, e nessa noite nao é Prim ou Dandelion a que tem necessidades, sou eu.

Eu sou a definição de sofrimento essa noite.

Infelizmente, fora impossível dormir naquela noite. O que me motivava a levantar e fazer algo era minha filha que precisava de seus cuidados de recém nascida. Por mais que minha mãe tivesse se oferecido para cuidar do bebê enquanto eu dormia, eu estava precisando realmente fazer algo para desviar os meus pensamentos mais horríveis que dominava minha mente. Se consegui dormir, não sei ao certo, sei que acordei gritando com o um dos pesadelos mais horríveis que poderia ter.

Peeta era uma bestante da Capital, seus olhos azuis estavam nítidos em uma forma de animal que tentava me devorar e levar nossa filhinha junto. Enquanto eu corria, eu podia ver a suplica em seu olhar, apesar de que por instinto de mutação, ele corria para nos matar.

Quando me acordei, tudo o que busquei foram seus braços, mas estavam impossibilitados no momento, sendo presos pelas algemas, pela dor e pelo amor que eu consegui ver em seu olhar, mesmo que abafado pelo pedido de ajuda. O primeiro diante de tanto tempo juntos e que eu não posso ajudar, assim como faço com eles, com minha família, meus amigos ou simplesmente por todos aqueles eu eu possa ajudar. Sendo um grande exemplo a destruição de algo para o bem comum, esse governo, assim ponho minhas responsabilidades em algo bem maior que tudo. Envolve a mim, e a todos que amo.

Para que houvesse uma melhora sucessiva, eu não fui mais visita-lo. As notícias são apenas de que seus ataques foram melhorados, mas ele chega a tremer cada vez que menciona meu nome clamando por misericórdia. Haymitch diz que consegue ver que o amor dele esta ali dentro ainda, mas o medo consegue ultrapassar. Porem ele sempre me chama. Como se houvesse um auterego dele que me amava e outro que tivesse medo, e isso provocava os colapsos nervosos.

A pequena Dandelion começava a não ser tão pequena assim, passando-se uma semana e exames feitos nas crianças do distrito mostraram que para um bebê prematuro, sua saúde é muito boa, tirando o excesso de secreção em seus pulmões que me assustava as vezes quando haviam sequências de tosses secas e muito muco escorrendo pelo nariz.

Um certo dia, Haymitch me chamara antes do café da manhã para conversar, mesmo sabendo que poderia ser noticias boas ou ruins, resolvi arriscar escutar. Hoje com meus cabelos soltos, Dandelion enrolava em seus dedos o tempo todo.

– Katniss, ótimas noticias para hoje. Peeta perguntou do bebê.

– E você disse?- perguntei rapidamente em busca de saber o que aconteceu. Enquanto balançava Dandelion nos braços.

– Eu expliquei que ela nasceu. Ele lembrou que estava certo quanto a ela, e perguntou o nome. Disse-lhe que eu entreguei seu pacote e ele saberia o nome. Lagrimas escorreram em seus olhos e ele tremeu um pouco na cama, assim começando alguns espasmos.

– Mas ele esta bem?- meu coração martelava e eu queria chorar.

– Na medida do possível, sim. Ele pediu para vê-la.- Haymitch acariciou a testa de Dandelion levemente .

– Tudo bem. Quando podemos?

– Ele está calmo agora.

Coisas estranhas me dominaram no momento. Fazia alguns dias que eu nao o via, soube de seus resultados mas agora é totalmente diferente, ele vai encontrar pela primeira vez nossa filha. Por sorte, ela esta bem vestida com a roupa que tio Finnick fez.

Respirei fundo e segui Haymitch, que reportava pelo telefone algumas coisas sobre a visita . Quando abri a porta, Peeta já não estava mais da forma de antes. Agora, estava sentado numa cama normal no canto da parede mexendo sem parar num pedaço de corda, que eu diria realmente que era parecida com a de Finnick.

Quando me olhou, respirou fundo e acho que tive a impressão de ver sua respiração ofegar e um espasmo em sua mao.

Agora o medo me dominava. Mas Peeta veio em minha direção, lento, e eu agarrei com mais força Dandelion, que choramingou. Ele me olhou e de repente todo meu mundo modificou. Ele nos envolveu num abraço e pude ver em seu olhar o amor.

O amor que pensei que havia perdido por total.


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Notas finais do capítulo

Comentar ajuda a escrever kkkk bjs



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