Uma Nova Esperança escrita por Thaís Santos Bezerra


Capítulo 40
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Hello, people!!
Mais um capitulo quentinho pra voces! Me desculpem a demora, mas essa vida universitaria é cansativa.
Espero que gostem!



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Diante de uma coisa maravilhosa que aconteceu nos últimos dois dias, é algo bastante estranho o que me domina e me faz tremer de forma terrível com sentimentos mais diversificados possíveis e impossíveis para mim, e quase derrubo o bebê. Os cabelos loiros de Peeta passam rapidamente diante de meus olhos, com seu corpo imóvel deitado em uma maca simples de barras enferrujadas e um tecido branco qualquer que envolve seu corpo, mostrando ainda manchas de sangue provavelmente de alguma de suas feridas, nas quais não desejo saber onde estão e como estão, pelo menos não no momento.

Por um momento, não pude me segurar direito e, ainda de resguardo como todos falam, tive que me sentar rapidamente numa cadeira marrom de plástico que se encontrava no corredor, parecendo que me esperava há horas. Minhas lagrimas caem silenciosamente, enquanto afago os cabelinhos na cabeça de Dandelion, que parara de chorar depois que Haymitch a pegou no colo e acalentou. Era tudo tão estranho no momento que eu e até mesmo pus em minha mente que eu errei, como se fossem de outra pessoa, era uma forma de mostrar a mim mesmo que eu confundi e que estávamos como antes, apenas esperando.

Mas eu não poderia me enganar por muito tempo; Meu Peeta voltou, e da forma mais inimaginável para mim em um dos dias mais felizes da minha vida, tirando o fato do nascimento de Prim, no qual esperei por tanto tempo e fui recebida com um xixi bem quente em meu colo e que me rendeu um choro alto e uma semana sem querer vê-la; O dia em que papai trouxe meu primeiro arco e me ensinou a caçar; O dia em que vi Peeta pela primeira vez e houve a primeira confusão sentimental em mim; e hoje, que tive a chegada da minha bebê, que depois de tantas mortes e devastações que que causei, direto e indiretamente, eu finalmente dou algo de bom :uma vida. E é simplesmente perfeito pensar que esse pequeno ser ,que chegou tão de repente e me causa um amor tão grande que chega a esquentar o coração. E a volta dele.

Todo tempo que chorei baixinho, nos corredores as pessoas andavam apressadas e carregando grandes equipamentos e armas. Alguns feridos, outros nem tanto, pequenos arranhões e algo que sararia rápido. Haymitch, chegara ao meu lado, depois de um tempo fora provavelmente resolvendo algo do que aconteceu, e afagou minhas costas e deu um beijo em minha cabeça, e tocou na testa do bebê, me fazendo o encarar confusa e desanimada e ao mesmo tempo triste. Eu sei que o vi, e estava lá, porém teria sido a segunda tentativa de salvamento. O meu medo era de que tudo tivesse dado errado e estivéssemos apenas diante de seu corpo imóvel e gélido esperando pela despedida de seus pais e irmãos, que não conseguiram de safar do bombardeamento, e a mim, o alguém mais importante para ele no momento e que com toda certeza do mundo terrível que vivemos, que choraria sua morte. Até que Haymitch falasse algo, e eu também, ainda se passaram alguns minutos e já estávamos no quarto novamente, para melhor conversarmos. Assim pus Dandelion no bercinho improvisado, e ela já dormia depois de eu dar mais de mamar a garotinha esfomeada.

– Haymitch...?- eu sussurrei, e ele sabia exatamente no que se tratava. Eu precisava de seu abraço de pai.

–Tudo bem docinho, não se preocupe. – ele me abraçava enquanto soluços infindáveis me dominava. Só buscava fazer o melhor silencio possível para o bebê não acordar.

– Ele está... -morto? - olhei em seus olhos azuis e vi a sinceridade diante deles. Peeta estava vivo. Cai em lagrimas novamente.

– Eles estão o examinando e limpando suas feridas. Seu processo de resgate fora árduo. Na primeira tentativa, como você mesmo sabe, alguns dos nossos soldados, como Gale, voltara para acobertar o que houve. Mas alguns dos nossos se infiltraram na cede do capitol e com ajuda de alguns de la, passaram alguns dias acobertados e vivendo em condições miseras em busca de tentar salva-lo. Nós não sabemos exatamente como, mas temos pessoas que são do nosso lado que vivem no capitol, e que os ajudaram da melhor forma que puderam, só tomando cuidado para não machucarem-se e nem os nossos ideários de luta daqui do 13, juntamente com nossos soldados.

– Agora entendi o que houve.

– Eu não lhe contei antes para que não sofresse mais se acontecesse algo a nosso povo, já que percebi que você estava bem frágil.

– Obrigada – respondi, calmamente e levantei rápido por que me deu vontade de ir no banheiro, e acredito que assustara Haymitch. Mas apenas precisava urinar.

Quando voltei, Haymitch já estava com Dandelion nos braços brincando com suas bochechas rosadas, e trocando com uma habilidade incrível sua frauda de tecido, que por incrível que pareça não tive tanto trabalho, apenas segurei suas perninhas e limpei com agua e lenço. Para nunca ter sido pai, Haymitch tem bastante habilidade.

– Você daria um ótimo pai, Hay.- o assustei e ele riu de volta, passando as mãos em seus cabelos loiros e lisos e agora com aspecto mais limpo, já que ele não vivia bebendo e se engordurando em uma casa imunda. Todos temos que tomar um banho ao dia, e isso ele não fazia em casa.

–oh, que nada.

– Claro que sim!- respondi, falando alto e segurando a mãozinha de Dandelion, que fechou meu dedo como os bebês fazem. – Dandelion te adora e não tem uma semana de vida ainda! Olha sua habilidade em trocar fraudas?!

– Tudo bem, eu até assumo. – Haymitch falou, balançando ela.- Eu sempre quis ter filhos desde muito jovem. Mesmo tendo o medo que você tinha, eu sempre quis. Minha namorada e eu ainda fizemos bastante planos antes de tudo e toda a consequência do massacre quaternário me fez desistir de tudo. Como eu já lhe disse, quando voltei, mataram minha , mãe, meus irmãos e também a minha garota. E com isso, todo meu sentimento de raiva fora para a bebida, a única e exclusiva coisa que me distraia e dispersava para outros mundos no qual eu não pensaria em todo meu sofrimento.

– Ow, Haymitch. – toquei em seu ombro e lhe abracei da melhor maneira possível. – Me desculpe por trazer isso a tona.

–Não, Katniss. Está tudo bem.- ele sorriu triste- Você é uma pessoa de confiança. Foi a primeira, junto com Peeta, na qual contei minha historia. Nem mesmo os livros que as crianças estudam na escola possuem essa parte, porque é intima e exclusiva daqueles que decidem desacatar o governo. Provavelmente no meio de todo esse caos, ainda deve ter alguém sendo pago para redigir o melhor livro em tempo recorde com a historia de vocês e as subsequências. Alguém sendo explorado e machucado para dar o melhor a pessoas hipócritas e absurdamente ruins como presidente Snow.

Depois de um tempo enorme, e um silencio extremamente horrível, nem mesmo a única coisinha que deveria fazer barulho, Dandelion, esta fazendo. Em meus braços, vejo seu olhar igual ao do pai para mim com cara de que sentia o que eu estava sentindo. É como se a conexão que havia entre ela e eu, ainda dentro da barriga, não tivesse sido cortada com o cordão umbilical. Ela sentia minha tristeza, e estava bem quietinha. Uma bebê adorável. Toco em sua testa com o dedo indicador direito e desço ate o seu pequeno nariz, traçando rotas e tentando desvendar apenas com o toque a forma perfeita de seu rosto, sem nenhuma marca, sem nenhum sofrimento. E foi para isso que lutei na arena por duas vezes, uma extremamente e com todo meu fervor por ela, para que vivesse, de alguma forma. Ela era meu momento de força, ela era meu amor. Quando Haymitch voltara, após 35 minutos contados sucessivamente, ele fizera cara de que haviam noticias muito importantes para mim.

– Katniss. Peeta está bem.- ele falou e meus olhos encheram-se de lagrimas.- Porém, ainda estão tratando dele... Seus ferimento foram complicados no braço direito e tiveram que fazer um belo procedimento cirúrgico para que evitasse sangramento excessivo. Já fizeram alguns exames, e provavelmente não há nada de errado.

– Oh, meu Deus.- tampei a boca com a mão, chorando excessivamente e essa atitude deixara Dandelion assustada. Por mais que seja um bebê tão recém nascido, senti a tensão em seu minúsculo corpo. Ela se mexeu em forma de protesto quando a pus deitada no berço e começou a choramingar, me obrigando a pega-la de volta. Mas não devo fazer isso ou ela ficará com muita manha. –Haymitch, por favor. Já sabemos quando poderei vê-lo? Eu mal vejo...

– Não sei exatamente, docinho. Mas agora tem uma pessoa que deseja falar com você. Ela esta no corredor. -A primeira e única pessoa que viera na minha mente foi aquela que me deu apoio por tanto tempo durante boa parte de minha infância/adolescência. Não poderia ser ninguém além dele. Nos afastamos, mas ele é meu amigo.

–Gale?- falei e Haymitch afirmou, seguindo para porta.

Entrando quieto e de cabeça baixa, fechou a porta e se aproximou da cama, onde eu acabara de sentar, para descansar um pouco ainda com Dandelion nos braços, dessa vez mamando. Suas primeiras palavras saíram tão rápidas que não houve tempo de rebater nada.

–Katniss ,eu preciso te pedi perdão pelo que eu fiz para você. Minha atitude egoísta , te abandonando daquela forma... –Gale falou

–Tudo bem...-respondi e Dandelion faz manha com um chorinho e eu afago. Gale me olha -shhhhshhhh

–Eu nunca te imaginei assim.- ele ri- Até por que você mesmo dizia que nunca iria ter um filho...

– Mas ela foi um acaso -eu o corto e ele faz uma cara de que vai me ignorar. Nada de passa ou repassa hoje. Provavelmente minha mãe deveria esta em escuta monitorando tudo para que eu não entre em stress pós parto.

–Como é a sensação? E você esta bem? Sabe que me assustei quando você caiu de repente naquele chão gritando de dor. Estava vendo em um esconderijo, quando de repente tudo o que queria era entrar na tela pequena e te ajudar.

–É uma sensação estranha ter algo dentro de você. Mas estou bem. Deu tudo certo com a ajuda das pessoas certas e minha mãe. Mas você sabe que seu pudesse, ela não estaria aqui nunquinha.

–Eu sei disso. Mas da pra ver nitidamente que você a ama demais , somente em seu olhar no sono, ou até mesmo quando ela faz uma manha ,como agora. – sorrio de leve por que sei que ele esta certo. Assim o respondi com toda minha felicidade que pudesse encontrar no momento.

–Sim. Ela é minha vida toda, meu porto seguro. Eu tiro minhas forças para seguir o dia a dia por causa dela, mesmo ainda na barriga nós tínhamos uma conexão especial -eu sussurro por que no momento eu iria falar que eu retiro minhas forças para viver num mundo sem Peeta por ela. Mas agora Peeta esta de volta. E bem, espero que sim.- engulo em seco-

–Posso pega-la?- eu assinto e a entrego. Ele forma um tipo de berço com os braços e a pega. Acho que sua devoção por Dandelion foi a partir desse segundo. Seu carinho expresso nos olhares sinceros entre ela e eu.

–Ela é um doce. Katniss, sei que Peeta voltou e eu não fui alguém direto que salvei, porque tive que proteger alguém para que conseguissem. Mas saiba que quando você precisar de mim, a qualquer momento, eu protegerei vocês. Será uma forma de te pagar por meus erros. – Gale falou convicto, balançando o bebê a todo instante, mas de forma calma. Ele tinha experiência com todos os irmãos que tem, sendo o irmão mais velho de todos. -Uma divida eterna que eu terei em te abandonar. Você sabe que foi difícil para mim ter de fazer isso, mas eu só quero que saiba que não foi por isso que aconteceu que eu deixei de ...-ele hesita- Eu nunca, em sequer um momento ,deixei de te amar.

–Oh. Obrigado por querer cuidar de nós duas. Eu te amo, muito. Mas você sabe que é Peeta, e ele é o pai dela. Se tudo der certo com ele, ficaremos bem. Todos nós, incluso você. Afinal quem será o padrinho dela?- nós rimos como nunca mais fizemos. Uma risada feliz de um casal de amigos.

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Depois de duas horas tirando um cochilo, mas entre limpar o bubum da bebe, dar de mamar e dentre outras coisas, Finnick entra com seu sorriso resplandecente no rosto, correndo em minha direção e me abraçando como se fosse um irmão mais velho que fazia muito tempo que não havia se visto e viera ver sua sobrinha que acabara de nascer.

Não deixa de ser verdade, a amizade que adquirir a Finnick, mesmo em tão pouco tempo já chegava a ser tão especial que eu sentia toda sensação descrita. Era como um irmão mais velho que nunca tive.

–Katniss Everdeen, como você me matou de susto! Quando te vi gritando na tv, eu pensei mil horrores. Eu vi você chegando no distrito para ter a bebê, mas eu não conseguiria te perder se acontecesse alguma coisa. Já sofri demais. – Finnick falava quase gritando para todo o distrito escutar, e segurando com um amor enorme Dandelion, depositando pequenos beijinhos em seu rosto, que fazia fechar os olhos e fazer caretinhas.- Katniss, acho que ela puxou a Peeta no quesito carinhosa, por que ela faz uma caretinha, mas adora quando eu faço isso com ela, não é meu amorzinho do tio?- Finnick fez novamente e nós rimos.

– Ela é Peeta em vida, meu amor. – beijei sua testinha e ela fez a mesma caretinha.

– Katniss, Annie também voltou. – Finnick sussurrou, e deixou meu coração quente de felicidade.

–Oh, meu Deus. Eu preciso vê-la. – Falei rápido e excitante.

– Ela voltou pior do que antes, ela está em pânico. Só eu mesmo para acalma-la. Mas estamos felizes um com o outro. Enquanto ela tem coisas para fazer que ela gosta tudo fica bem, só depende de quem esta perto e do que irão fazer. Depende de algo que a atingiu no capitol, e isso não temos a mínima ideia. Ela não fala. – Finnick falou tristonho- Mas tenho uma novidade, Iremos nos casar, e gostaríamos de que você fosse nossa espécie de madrinha.

– Oh! Claro que aceito! – beijo sua testa, e ele ri com estranheza da minha atitude e eu coro. –Não olhe assim pra mim.

De repente a porta abre, e Haymitch entra com cara feliz falando aos bons sons

– Peeta vai falar com você.


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Notas finais do capítulo

e ai, gostaram? comentem!