Uma Nova Esperança escrita por Thaís Santos Bezerra


Capítulo 24
Capitulo 24


Notas iniciais do capítulo

Gente , poxa ... estou chateada .Eu sei que demorei 15 dias para postar , mas eu havia explicado o por quê , e quando eu volto que posto só recebo um comentário ? :'(
Enfim . Estou postando , por que realmente gosto de escrever essa historia e espero que agora vocês comentem , por que é legal saber se realmente está bom , ou se deveria melhorar em algo .
Espero que gostem :)

#CapaNova



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Era um lugar incrível.

As árvores, de um verde perfeito, eram expeças e circundava a campina ao seu redor. Eu podia escutar apenas o som de alguns pequenos pássaros e insetos ,e do vento adentrando em nossos ouvidos e balançando nossos cabelos .

Os loiros cabelos de Peeta era levados para todos os lados e ele sorria enquanto eu tentava por uma franja insistente detrás das orelhas. Eu estava deitada na grama dessa clareira, com a cabeça no colo de Peeta, que constantemente acaricia minha cabeça, parecia que estávamos tentando absorver cada raio de sol como se fosse o ultimo de nossas vidas.

Depois de alguns segundos toda a magia do momento acaba.

Peeta para de acariciar e tenho medo de sua reação, por que sei que ele nunca para dessa forma. Ele fica rígido e quando estou prestes a perguntar, eu viro meu rosto para encara-lo ,mas antes disso avisto a resposta antes mesmo de fazer a pergunta.

Por todos os lados, a cada fresta de uma arvore para a outra aparece um animal ferozmente grande, e feio. Suas garras são do tamanho de uma cabeça de um adulto e seus dentes também são igualmente iguais.

Institivamente eu me sento rápido e me agarro a Peeta que me abraçar fortemente. Minha mão direita se direciona a minha barriga quando nosso filho se move sem parar .

Tentamos nos mover na calada para não chamar a atenção das feras e elas acharem que vamos atacar. Mas não há mais tempo, todos eles correm em nossa direção e então eu e Peeta nos levantamos rapidamente ,não sei como, e começamos a correr sem hesitar um minuto. Mas Quando estou correndo vejo que a mão de Peeta ,que antes estava colada na minha com nossos dedos entrelaçados ,já não estava mais. Ao olhar para trás apenas vejo Peeta estendido no chão ,provavelmente ou sua perna mecânica não aguentou ou simplesmente ele tropeçou. Quando estou voltando para ajuda-lo, já com uma das feras se aproximando dele, eu escuto sua primeira palavra desde nosso momento na campina .

–corra Katniss! Vá embora, salve a você e ao nosso filho! -o que? Ele não fará o que estou pensando, fará??

–Não! Você não pode fazer isso, eu não conseguirei.-eu gritei

–Você consegue. É forte .-ele fala ,já sussurrando ,Quando a fera já está a centímetros dele -Eu te amo Kat! -e essas foram suas últimas palavras antes que uma das feras afixasse seus dentes no coração de Peeta.

De repente eu acordo e sinto que estou chorando .Meu corpo todo treme e Peeta me abraçar forte; ele sabe que tive um pesadelo mas me deixa quieta. Escuto ao fundo alguém chamando na porta. Sinto então Peeta se levantando cuidadosamente e abre a porta.

–Bom dia meus amores! Vim buscar vocês terão que se arrumar agora-Effie fala e se vira para mim, provavelmente percebendo que eu já estou ficando verde. Sinto que tudo voltará e a bile já arde chegando na minha garganta - Tudo bem com você Katniss?

Não. Não está tudo bem .Mas não tenho tempo nem dizer isso e levanto correndo para o banheiro e no vaso sanitário vômito .

Depois que faço minha higiene bucal ,para tentar tirar o gosto horrível que está em minha boca, volto para o quarto e encontro Effie e Peeta sentados e quando me avistam seu rostos estão assustados.

–Está tudo bem ... -eu começo a dizer mas então recomeço a chorar.

Eles dois vem em minha direção instantaneamente e me consolam.Passei cerca de dez longos minutos entre soluços e fungados ,até que eu conseguisse me acalmar.

Peeta então é obrigado à ir para que eu e ele pudéssemos nos arrumar. Enquanto Effie esperava na porta para levar Peeta para sua equipe de preparação ,ele vê para mi e me dá um beijo de leve e toca no redondo da barriga uma última vez e diz

–Vejo você mais tarde. E lembre-se :amo vocês. E esse eu te amo me lembra a ultima coisa que Peeta falou em meu pesadelo ,e eu o perdendo. Esse pensamento me assusta, em pensar que eu posso não vê-lo mais.

Posso ver que Effie estava enxugando uma lágrima no canto dos olhos .E eu digo para que ela pare de chorar ou vou terminar fazendo o mesmo novamente .

Eu me levanto, a abraço e nós temos uma breve, carinhosa e gentil despedida. Quando a abraçava, pensava o quanto a odiava todas as vezes que eu ia para a colheita e a via daquela forma da capital ,exuberante e esnobe em cima do palco. Mas com o tempo vi que ela apenas faz seu trabalho que pode ser até para poder sobreviver, e percebi quão bondosa ela é. Nunca mais a verei e isso me dói.

Então logo fui encontrar minha equipe de preparação. Nós três choramos juntos e nos abraçamos.

Logo eles terminaram o trabalho em mim, pois não havia muito que fazer. Meu cabelo está com minha trança comum e meu rosto está com pouca quantidade de maquiagem, foi apenas uma quantidade necessária para esconder minhas olheiras e dar um tom não tão pálido ao meu rosto. O grande problema foi que hoje realmente estava me dando muita vontade de fazer xixi mas deve-se ao fato de eu está muito nervosa, ou pela gravidez.

E eles choram mais ainda ao ver minha barriga, que está maior ainda e também ao saber que o bebê se mexeu. Então depois de terminado tudo, eles me beijam novamente e nossa despedida é marcada assim, com babas chorosas e abraços.

Eu saí da sala para ir ao lugar onde encontraria meu amigo Cinna pela última vez, mas ele não havia chegado ainda .Sentei -me para esperar.

No momento que me sentei o bebê mexeu-se todo para a esquerda, como se estivesse se espreguiçando. Eu sorrio e passo a mão no local, e juro que senti a forma da palma de sua pequena mão em meus dedos e no momento me arrepiei da cabeça aos pés. Era como se fosse um momento de ligação entre nós dois. Até me impressionei comigo mesmo .

–como eu não pude perceber antes que era você o tempo todo??-digo e mais uma vez ele mexe dando pequenos chutes em meu útero.

–Tudo bem meninão, a mamãe está gostando de ter você na vida. E realmente. Sempre tive medo de por alguém nesse mundo, e ainda tenho muito receio .Mas a experiência de estar carregando uma outra pessoa dentro de você é inenarrável.

Logo a porta se abre e Cinna entra com um sorriso triste nos lábios.

–Olá querida - ele me dá um beijo na bochecha, me cumprimentando e toca minha barriga.- como vão?

–Para ser sincera a você, não tem como estar bem .-digo - Não é nada bom saber que estou voltando para a arena. Sinto falta da minha mãe, minha irmã, e meu primo, Gale.-digo dessa forma ,por ter certeza de que estamos sendo monitorados o tempo todo. Além de está enjoada...

– Sabe que todo o tempo o que eu sentia era ele chutando? Tem noção do quanto isso é horrível? - digo

–Não fique assim. Você tem uma grande chance .

–Acho muito improvável que eu consiga sair viva de lá. Estamos indo pela segunda vez em um intervalo de um ano, e dessa vez vamos com pessoas profissionais nessa ,nessa coisa de matar.

–Deixe eu pegar sua roupa agora.- ele abre o armário prateado na sala e retira um macacão de dentro.

–Macacão?? -pergunto enquanto ele me entrega.

–Sim, gostou? Tive que mandar fazer outro esses dias para você ,por que o que antes já tinha sido feito não daria para você

–Sim. Mas meio inesperado para mim.-digo- Pela sua experiência diria que ,pelo material da roupa, qual será o tipo de arena?

–Fica difícil. Mas água ,quem sabe. Pelo fato de ser um tecido bastante resistente. Agora vista-se. Ele me fala - Precisará de ajuda? -eu apenas confirmo.

Fui para trás de uma cortina e ,sem nenhum sacrifício eu consegui levantar .Só precisei de ajuda com o zíper.

Quando me encaro no espelho vejo que ficou exatamente como eu pensei, todo justo marcando minha barriga. Ainda bem que ele ficou confortavél.Nós pés apenas calcei um sapato baixo, meio estranho e quente diferente dos tantos que eu usei, até então .

Depois nós pegamos uma porta que nos leva diretamente para o corredor principal onde o aerobarco se encontrava para de vez abandonar tudo o que deixamos de bom ,ou até mesmo de ruim ,nesse mundo.

No aerobarco acontece a mesa coisa: introduzem um sensor ,como um chip ,no meu antebraço direito para ter nossa localização na arena. Só que a mulher desse ano foi muito mais simpática do que a do ano passado.Cinna senta ao meu lado até chegarmos no destino final.

Quando desço e dou de costas para o aerobarco, e entramos na sala onde o elevador nos levará diretamente para a arena, me viro para Cinna e desato a chorar.

–Cinna,eu não posso ir. Não... posso...

–Eu confio em você ,garota em chamas. Ele diz e me dá um beijo na testa ,com facilidade por que não sou uma pessoa tão grande na estatura.

Eu entro no elevador e ele se fecha.

Quando estou prestes para mandar um beijo de despedia pelo vidro, três pacificadores entram e começam a esbofetear Cinna.

Eu grito, choro desesperada ,batendo no vidro , mas sei que no momento eu sou incapaz de fazer algo. Eles dão a última paulada em sua cabeça Quando o elevador sobe e já não vejo mais nada.

E essa foi a última vez que vi meu amigo.


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Notas finais do capítulo

comentem :)



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