O jogo contra Sonserina foi o melhor que Alice já havia presenciado desde sua chegada a escola, Harry fora incrível com sua Firebolt, e o resto do time também havia se saído muito bem. Até a professora Minerva abandonou sua pose de durona e chorou pela vitória de sua casa, por vê-la ganhar a taça de Quadribol depois e tanto tempo. E o Sonserinos é claro, não poderiam estra mais bravos, o time da Sonserina não conseguiam se conter de tanta raiva ao ver Grifinória receber a taça.. Severo Snape não conseguia nem lembrar sem que a risada debochada de Alice viesse a sua cabeça, e a voz dela dizendo que haviam ganhado. A garota não poupara esforços para se gabar para seu pai antes do jogo que a vitória da Grifinória era eminente.

O verão havia chegado e ele trouxe junto os exames, os alunos não puderam nem mesmo aproveitar a brisa quente que soprava nos jardins da escola, não podiam aproveitar o sol, e a bela vista que o lago negro oferecia naquela época, todos estavam estudando tanto que não conseguiam nem sentir o quanto Hogwarts era confortável e agradável no verão. Até as brincadeiras de Fred e Jorge haviam sessado, algumas pessoas andavam comentando pela escola que, Alice não teria problemas em passar nos exames de poções graças ao seu pai, Alice negava sempre que era questionada ou que ouvia as pessoas sussurrando, as vezes é claro, não era do modo mais amigável possível o que só tornava as coisas mais difíceis então Snape resolveu tomar providencias e se pronunciou em uma de suas aulas antes dos exames, dizendo que Alice assim como muitos da turma teria tirado notas ruins, a mais recente teria sido por ela ter se distraído com sua poção e a deixado borbulhar tanto que o caldeirão estava criando um buraco, e a outra razão por estar roubando ingredientes dos colegas, os mais nojento deles, olhos de sapo, baços de rato, tripas de cobras e outros apenas para jogar em Malfoy.

“Esse zero valeu a pena, tudo bem, faria tudo de novo, foi muito perfeito ver a cara de vomito de Malfoy, quer dizer cara de vomito ele já tem só ficou pior”.

***

Os quatro haviam recebido uma carta de Hagrid avisando-os que o recurso de Bicuço estava marcado para o mesmo dia que a semana de exames deles acabaria, mas eles não puderam fazer muito por Hagrid já que tinham que fazer por eles mesmos, cabeças quase explodindo, livros por cima das mesas e reclamações de que não haviam conseguido absorver nada marcaram o começo dos exames, no exame de transfiguração todos saíram cansados, exaustos, muitos haviam se saído mal, eles tinha que transformar um bule de chá em um cágado.

Alice não havia se saído perfeitamente bem no exame assim como os outros, a não ser que fosse normal um cágado ter uma cor azulada.

— O meu é exótico sabem, a professora Minerva só não deve conhecer esse tipo— disse Alice enquanto junto com os outros se dirigiam para a sala comunal, desanimados, por que não iriam descansar e sim estudar para mais exames que viriam.

Professor Flitwick pediu feitiços para animar em seu exame assim como Hermione havia falado, Harry e Rony fizeram uma dupla e para o azar do ruivo seu amigo acabou exagerando um pouco com o feitiço, Hermione havia decido com Alice que elas não fariam dupla, por que, queriam diferenciar o que deixou os garotos surpresos já que eles achavam que elas não se separariam nem para isso. Hermione ficou com um aluno da Grifinória, Albert Walther, um garoto de cabelos loiros, baixinho e gordinho que era filho do ex-comentarista de Quadribol, Martin Walther, que teve que se aposentar por conta de não poder mais falar em tão bom e alto som graças a um balaço que o atingiu. O garoto não era muito bom nos feitiços, o que foi um pouco complicado para Hermione que teve dificuldades em se manter calma. Já Alice fez dupla com uma garota da Corvinal, Natalie Jane Bernnan, cabelos castanhos claros como os de Hermione, tinha um olhar calmo e era muito gentil e habilidosa com os feitiços, uma oponente a altura. Elas conversaram durante todo o exame.

Alice descobriu que ela filha de uma empresaria trouxa que tinha um constante contato com o primeiro ministro trouxa da época, e seu pai era um dos melhores aurores e cuidava às vezes da proteção do ministro, e em uma das visitas em que o ministro bruxo fazia ao primeiro ministro trouxa eles se conheceram. Foi um romance complicado, na época as leis eram muito mais rígidas se tratando da união de bruxos e trouxas, mas eles esqueceram-se tudo quando descobriram que a Sra. Bernnan estava grávida de Natalie, não demorou muito e quando a garota fez cinco anos os Bernnan foram abençoados com mais um filho, Ryan. Mas as tragédias andavam acontecendo aos montes e com o Sr. Bernnan não foi diferente, em uma de suas missões ao ministério ele foi brutalmente morto por um dragão, depois disso a mãe de Natalie entrou em desespero, seu trabalho havia acabado e o ministério não a ajudaria, mesmo com uma filha bruxa, e assim ela fez um sacrifício se casando com um primo distante, o homem não era dos mais amorosos nem com a Sra. Bernnan e tão pouco com os filhos dela. O homem serviu apenas por pouco tempo, não quis sustentar uma família que não era sua, e partiu deixando apenas uma coisa, um herdeiro, a família cresceria em pouco tempo, a mãe de Natalie estava mais uma vez grávida, e as dificuldades iram apenas aumentar.

Alice não havia saído de perto da garota desde o exame de feitiços e não foi diferente durante o exame de Trato das Criaturas Magicas, Alice deixou que o trio ficasse falando com Hagrid e seguiu sua conversa com Natalie, elas se tornaram amigas, mesmo em pouco tempo, ela tinha problemas na família, e Alice entendia isso, sabia lidar com esse tipo de coisa, entre conselhos, dicas, piadas e risadas as garotas descobriram varias coisas em comum, exceto uma, Natalie não tinha amigos, era completamente solitária. Ou melhor era.

***

O exame que todos estavam querendo evitar havia chegado. Poções, todos estavam tentado dar o máximo de si para poder pelo menos ter alguma nota, alguns estavam indo bem, mas bastava verem o professor Snape se aproximar para fazerem algo errado e perderem pontos, o pergaminho que o professor tinha em mãos tinha os nomes dos alunos, muitos seguidos por zeros bem visíveis. Os exames já estavam chegando ao fim quando Alice começou a não parecer muito bem.

— Alice? Você esta se sentindo bem? — perguntou Severo caminhando apressado até a mesa de Alice, assim que viu que a garota havia deixado a colher que usava para mexer sua poção cair e parecia estar lutando para se manter em cima da cadeira.

— Estou... eu só, estou um pouco tonta— assim que Severo chegou a mesa a garota desmaiou, ele a pegou em tempo antes que ela fosse com tudo ao chão, todos param e olharam assustados, Severo com a garota nos braços deixou a sala sem dizer palavra alguma, em poucos minutos a professora Minerva estava entrando na sala, suas vestes verde escuro arrastando-se logo atrás.

— O que aconteceu professora?

— Ela esta bem? — perguntas choveram de todos os lados, a professora fez um gesto para que todos fizessem silêncio.

— A senhorita Prince estava tonta e precisou ser levada a ala hospitalar, esta tudo bem. — disse a professora com calmas, mas rígida.

— Ela desmaiou bem aqui professora, por pouco não a segurei. — dizia um garoto todo impressionado.

— Tudo bem. Agora, todos voltem com suas atividades, dentro de alguns minutos seu professor estará de volta. Estou aqui apenas para supervisiona-los.

(...)

— Ela ficará bem, Severo— dizia Madame Pomfrey enquanto ajeitava Alice na cama, a garota que aos poucos recuperava a consciência abriu os olhos.

— Merlin, senhorita Prince o que comeu hoje? —indagou a enfermeira enquanto caminhava até o armário em que estavam as poções.

— O que...eu não comi hoje. Vocês não tem noção do quanto estou tendo que estudar para os exames, por mais que eu adore não tenho tempo para comer se quiser passar em todos. — a garota explicou em uma fracassada tentativa de levantar-se.

— Não mesmo mocinha— repreendeu Madame Pomfrey fazendo com que ela se deitasse novamente— você primeiro ira se alimentar e descansar um pouco depois poderá terminar seu exame, agora deitada.

— Eu disse que você iria parar na ala hospitalar se não parasse um pouco, esta satisfeita? — Severo anunciou enquanto a enfermeira abria um frasco pequeno de poção restauradora.

— Nossa isso parece até praga, por que não volta para sala de aula, devem estar malucos por lá. Eu prometo não sair dessa cama até ela ordenar, tudo bem? — Alice prometeu.

***

Tudo estava bem novamente e Alice acabou tirando um aceitável cinco em seu exame de poções, o que não a deixou triste nem feliz, os exames de Astronomia , História da Magia e Herbologia vieram, cansativos e maçantes, mas o professor Lupin fez um exame completamente diferente na quinta-feira, era um tipo de corrida de obstáculos do qual tinham que atravessar um lago fundo onde havia um grindylow, em seguida uma série de crateras cheias de barretes vermelhos, depois um trecho de pântano, desconsiderando as informações enganosas dadas por um hinkypunk , e por fim, subir em um velho tronco e enfrentar um novo bicho-papão.

Harry e Rony foram perfeitamente bem em seus exames e como estavam com tempo decidiram ficar para ver os outros, a vez de Hermione havia chegado, a garota conseguiu passar por todas as partes, mas ao chegar no bicho-papão a garota não consegui, um minuto depois ela saiu correndo aos berros em direção ao professor e á Alice e os garotos.

— O que aconteceu, Hermione? — perguntou o professor.

—A profe... pro.. professora McGonagall!, ela disse que eu havia reprovado em tudo.

Alice havia passado por todas as partes, com dificuldades o hinkypunk, mas não foi uma coisa grande o bastante para alterar sua nota, quando ela chegou ao bicho-papão o trio se interessou mais ainda, ninguém e talvez nem mesmo Alice sabiam qual era o seu bicho-papão. Alguns minutos depois que pareceram uma pequena eternidade para a garota, ela estava de volta com lagrimas nos olhos, mas com um bicho-papão derrotado.

— Então Lice, qual é o seu bicho-papão?— perguntou Rony, mas Hermione lhe pontapé para que se cala-se.

— Acame-se Alice o que quer que tenha visto foi apenas um bicho-papão, apenas isso.— tranquilizou o professor.

— Meu pai...— a garota sussurrou.— ele estava morto...

(...)

Os quatro á caminho do castelo encontraram Cornélio Fudge, e as coisas não estavam bem para Bicuço. Pelo visto já estava decido que o animal seria executado.

O ultimo exame de Hermione era Estudo dos Trouxas enquanto o dos outros três era Adivinhação, eles se separam de Hermione e foram para o sétimo andar, lá vários alunos estavam sentados na escada circular que levava a sala de aula da professora Trelawney, de caras enfiadas nos livros eles tentavam aprender alguma matéria de ultima hora.

— Ela vai receber um de cada vez — informou Neville assim que os três chegaram.

As pessoas foram chamadas aos poucos e não saiam nada animadas de lá, elas diziam que estavam proibidas de contar qualquer coisa sobre como fora seu exame. Restavam apenas Alice e Harry, Rony havia dito que não tinha visto nada na bola de cristal, que tinha inventado algumas bobagens que não convenceram a professora e combinou de se encontrarem na sala comunal assim que terminassem.

— Alice Johnson! — a voz abafada da professora chamou.

— Eu já disse que prefiro ser chamada de Prince, professora. — Harry pode ouvir Alice esclarecendo antes que a porta se fechasse o deixando completamente só.

Quinze minutos depois o alçapão se abriu, Alice não tinha a mesma expressão despreocupada de Rony o que intrigou Harry.

— Ei, o que aconteceu lá dentro? — indagou Harry.

— Nada que faça sentido, se quer saber, mas vi algo, só não sei o que significa...

— Harry Potter! — a voz da professora chamou mais uma vez, interrompendo os dois.

(...)

Depois de dizer para professora a primeira coisa que veio em sua mente e saber que o resultado do seu exame era decepcionante Harry estava se levantando para poder sair e dar graças que o fim dos exames havia chegado, teve um surpresa.

— “Vai acontecer essa noite...”

— Desculpe? — Harry que já estava descendo a escada do alçapão se virou, a professora estava enrijecida na cadeira e com o olhar distante.

Os olhos da professora começaram a girar nas orbitas, Harry apavorado pensou em ir a ala hospitalar, mas a professora começou:

— "O Lord das Trevas está sozinho e sem amigos, abandonado pelos seus seguidores. Seu servo esteve acorrentado nos últimos doze anos. Hoje à noite, antes da meia-noite... O servo e seu mestre estarão juntos novamente. O Lord das Trevas vai ressurgir. Com a ajuda do seu servo, maior e mais terrível que nunca. Hoje à noite um segredo que não deveria sair do passado será revelado, mudando, alterando o futuro... O servo... Vai se juntar... Ao seu mestre... O segredo... Será revelado”.

Depois do acontecido Harry voltou à sala comunal para se encontrar com os outros. Pensamentos o acompanharam o caminho todo, o que a professora disse havia sido realmente verdade, ela realmente havia feito uma predição, ou apenas queria acabar os exames com um grande final. Confuso e tentando não esquecer as palavras da professora Harry chegou à sala comunal e deu de cara com Rony, Hermione e Alice sentados a redor da lareira. Algumas pessoas estavam na sala comunal, rindo, felizes pelo fim dos exames.

— Vocês não acreditam no que aconteceu, a professora ela... — Harry parou de falar assim que viu a cara dos amigos.

— Bicuço perdeu, Harry— Alice sussurrou, entregando um pedaço de pergaminho com a caligrafia quase ilegível de Hagrid— ele acabou de nos enviar isso!

“Perdemos o julgamento do recurso. Vão executar Bicuço ao pôr-do-sol. Vocês não podem fazer nada. Não desçam. Não quero que vocês vejam.

Hagrid”.

— Temos que ir— Harry anunciou assim que terminou de ler— ele não pode ficar lá sozinho esperando carrasco!

— Mas, nunca nos deixaram sair Harry. — resmungou Rony olhando pela janela.

— Se ao menos tivéssemos a capa... — Alice queixou-se.

— É isso, Alice você sabe onde esta a capa e como abrir a tal da estatua da bruxa? — perguntou Hermione, Alice assentiu. — Ótimo, vamos!

Menos de dez minutos depois as garotas estavam de volta com a capa.

— Nossa foram rápidas, não havia ninguém por perto? — perguntou Rony.

— Havia, meu pai estava por lá, só tenho uma coisa a dizer, agora é definitivo ele acha que eu sou uma louca.

***

Eles desceram para o jantar assim como os outros e, ao invés de voltarem para sala comunal entraram em uma sala vazia e se cobriram com a capa, a dificuldade de se esconderem por completo sobre a capa foi enorme, a capa mal dava para Harry, Rony e Hermione no primeiro ano, agora com mias uma pessoa e mais crescidos se tornava quase impossível.

Eles caminharam muito, muito lentamente pelo jardim da escola, a cabana de Hagrid estava cada vez mais perto, depois de muitos pés pisoteados e reclamações eles enfim conseguiram.

— Vocês não deveriam ter vindo— Hagrid dizia assim que os quatro tinham entrado e, em fim despido a capa. Ele não chorava nem nada, apenas parecia perdido, sem animo. E isso era pior do que lagrimas. — Querem chá?

— Hagrid onde esta o Bicuço? — indagou Alice olhando em volta a procura do animal.

— Eu... o levei para fora, sabe ele adora o cheiro das árvores, achei que ele deveria respirar um pouco de ar fresco antes de .... — sua voz falhou, e a jarra de leite que estava em sua mão escapou e colidiu com o chão se espatifando.

— Eu faço isso, pode deixar— Hermione falou, Alice foi ajuda-la a limpar a sujeira.

Enquanto os garotos conversavam com o amigo Alice ajudava Hermione com as coisas.

— Dumbledore vai descer quando... Quando estiver na hora. Me escreveu hoje de manhã. Disse que quer ficar... Ficar comigo. Grande homem, o Dumbledore...

— Nós vamos ficar com você também, Hagrid — começou Hermione, lagrimas escorriam pela face da garota. Alice se mantinha firme, a raiva era maior no momento, ela não conseguia ver Hagrid daquele jeito.

— Vocês têm que voltar para o castelo. Já disse que não quero que assistam. Aliás, vocês nem deviam estar aqui... Se Fudge e Dumbledore pegarem você fora do castelo sem permissão, Harry, você vai se meter numa grande confusão.

— Rony!... Eu não acredito... É o Perebas! — gritou Hermione. Ela levou a leiteira até Rony, e a virou para baixo, o rato tentou voltar a todo custo para jarra, mas Rony o pegou, ele se debatia nas mãos do dono.

(...)

Dumbledore, Fudge e mais dois homens estavam chegando os garotos queriam, mas não podiam ficar com o amigo, eles saíram pela porta dos fundos instantes antes que os outros batessem a porta.

Os três começaram a subir a encosta em direção ao castelo. O sol ia se pondo depressa, o céu se tornara cinzento, sem nuvens. Rony parou muito quieto.

— Ah, por favor, Rony — começou Hermione.

— É o Perebas.. Ele não quer... Parar...

Rony se curvou, tentando segurar o rato em seu bolso, mas o rato estava ficando furioso.

— Perebas, sou eu, seu idiota, o Rony.

— Ah, Rony, por favor, vamos andando, eles vão executar o Bicuço! — implorou Hermione. Alice olhava para a cabana, incapaz de dizer alguma coisa.

— Ok... Perebas fique quieto...

Eles avançaram mais e mais. O rato guinchava alucinado, mas não alto o suficiente para abafar os ruídos que vinham do jardim de Hagrid. Ouviu-se um rumor de vozes masculinas, um silêncio e então, sem aviso, o som inconfundível de um machado cortando o ar e se abatendo sobre o alvo.

— Executaram Bicuço! — choramingou ela. — Eu n... Não acredito... Eles executaram Bicuço!

Alice fechou os olhos, respirou, de novo e de novo. Tentando deixar o ar entrar em seus pulmões para acalmar sua raiva.