A Maldição De Scarabas escrita por Angie Ellyon
Notas iniciais do capítulo
Sorry, fiquei enrolada com provas.. --' #chato
Enfim, aqui está e boa leitura :3
Uma coisa macia encostou no meu rosto e abri os olhos -devagar. Vi Mark sentado perto de mim, e sorriu quando me virei pra ele. Me sentia cansada; como se tivesse feito um grande esforço. Além disso, minha perna doía e notei marcas de arranhões.
Mark pôs a mão sobre a minha.
– Como me encontraram? - foi a primeira coisa que disse.
– Foi uma confusão - contou ele. - Você estava desmaiada na garagem e a Vivian só não chamou a polícia porque cheguei antes. Ela ainda está em choque. O que aconteceu, Valerie? - ele pareceu realmente preocupado.
Suspirei, e passei a mão pelo cabelo. Na verdade, nem eu mesma sabia muito bem.
– Foi muito estranho, Mark. Sério.
– Acha que foi a Alice?
– Não acho que ela ia passar dos limites assim.
Ele suspirou.
– Todos estão aqui.
Assim que terminou de falar, a porta do quarto se abriu e vi Lila, bastante preocupada por sinal. Em seguida, foi a vez de Sara, Claire e Steve. Lila olhava para Mark como se estivesse incomodada com a presença dele.
– Ah, querida. - ela me disse.
– Eu sabia que algo ruim ia acontecer - disse Sara.
– E se não fosse por mim... - Mark deixou a frase no ar, e Steve bufou.
– Você só estava na hora e no lugar certo.
– Gente, a Valerie tá mal, ok? - falou Claire. - Vamos parar?
Lila tocou no meu arranhão. Eu nunca a tinha visto tão tensa.
– Mas por que a Alice te atacaria desse jeito? - queixou-se Claire.
– Não acho que tenha sido a Alice. - falei.
– E que outro fantasmas faria isso? - sibilou Mark.
Olhando para o meu arranhão, disse:
– Também não acho que tenha sido um fantasma qualquer.
– Valerie - Steve me olhou sério. - Do que está falando?
Mark pigarreou.
– Os fantasmas dizem que há uma força sombria rondando.
– Que tipo de força?
– Não sei. Algo que nunca vimos.
– Você pode ter razão - contestou Lila. - Eu também senti uma coisa estranha nos rondando.
Lila era médium e muito ligada a coisas espirituais. Ela foi de muita ajuda pra nós em Scarabas.
– Valerie - ela segurou minhas mãos. - Eu tive um sonho estranho com você. E isso me assustou.
" Eu estava andando pelo corredor, como se tivesse acordado. A casa estava escura, e tudo ao redor era silencioso. Mas havia algo de errado. Um clima estranho pairava na casa. Até que fui para o seu quarto.
Foi quando vi.
Observei você dormir da janela. Tentei chegar mais perto, mas algo me impedia. Comecei a me sentir nervosa por você. Então eu vi uma figura parada na porta olhando silenciosamente pra você. Com muita coragem, engoli em seco:
– O que está fazendo aqui? O que você quer?
A figura permaneceu quieta.
Até que levantou o braço e apontou o dedo pontudo pra você. "
Ela terminou de falar e todos continuaram tensos.
– Foi essa mesma coisa que deve ter arranhado você - continuou.
– Como se...tivesse me marcado? - sibilei baixinho, mas ninguém falou nada. - Eu sei o que eu vi! Nenhum fantasma se parece com uma massa escura!
Observei cada um. Os mais tensos eram Lila e Mark.
– Vocês sabem o que tá acontecendo?! - vociferei.
– Querida - Lila disse calmamente. - Talvez estejamos lidando com forças...
– Que forças? Eu quero nomes! Com o que estamos lidando?!
– Calma, Valerie - Mark me olhou. - Vamos encontrar um jeito.
– Vamos instalar câmeras - palpitou Steve.
– É melhor esperar algum contato, não? - opinou Mark.
– Tudo bem - eu me levantei da cama com um pouco de esforço.Mark e Steve me ajudaram ao mesmo tempo e se estranharam. - Acho que consigo ir à faculdade hoje.
– Já viu a novidade, Valerie? - Sara apontou para a janela. - Temos vizinhos novos.
Espiei pela janela e vi uma movimentação na casa em frente à nossa.
– Quando chegaram?
– Talvez pela madrugada. Ninguém os viu chegando.
– Bem - suspirei. - Vamos lá dizer "oi".
Os novos vizinhos pareciam estar terminando quando nos aproximamos.
– Olá - eu disse para uma mulher que estava de costas pra nós. Devagar, ela se virou. Era uma senhora que usava umas roupas estranhas; meio antigas. Seu cabelo era longo e branco e um pouco emaranhado.
Assim que me viu, sorriu abertamente.
– Olá, querida. - ela disse numa voz esquisita.
– Vimos que acabaram de se mudar. Moro na casa da frente - eu apontei, querendo ser simpática.
– Oh, sim. Lila e eu somos velhas amigas. - completou ela.
– Tá bom - falei. - Então, se já se conhecem... - deixei a frase no ar.
Ela sorriu e levou uma das mãos até o meu rosto. Fiquei petrificada. Que atitude estranha...
– Foi bom conhecê-la.
– Mãe?
Tomei um susto e pulei pra trás. A mulher, porém, não se abalou quando viu uma garota parada atrás dela. Era alta e magra. Sua aparência era estranha. A garota usava um vestido antigo; de um verde musgo desgastado à lá anos 20. Além disso, usava uma meia cinzenta e grande e uma sandália preta que em nada combinava com toda aquela roupa. Seu cabelo preto sem brilho era repartido em duas tranças que caíam em seus ombros.
– Minha filha, Tessa - a mulher a apresentou.
– Oi, sou Valerie. Somos vizinhas. Moro aqui na frente. - eu sorri.
Porém, ao contrário da mãe, ela permaneceu com a expressão fechada e não me pareceu muito receptiva. Apenas virou as costas sem dizer nada e entrou na casa.
– Até breve, querida - disse a mulher estranha e também entrou na casa.
Ouvi a buzina de Claire atrás de mim.
– São mãe e filha - contei, já no carro. - E são...estranhas.
– Bem...mais pessoas pra nossa lista.
– Você sabe que eu posso ajudar - Mark sussurrou no meu ouvido enquanto íamos para o almoço. - É só pedir com jeitinho.
Revirei os olhos.
– Mark, para. É só olhar os fantasmas pra gente. Alice não pode ter desistido assim.
– Estou com medo por você, Valerie - ele soou preocupado. - Lila parece estar certa sobre essa tal entidade. O que essa coisa quer?
Dei de ombros e Mark suspirou. Então, ele arqueou uma sobrancelha.
– Quem é aquela? - ele apontou e eu me virei, vendo Tessa andando roboticamente pelo corredor.
– Ah, é a nova vizinha - contei, vendo-a se dirigir para uma mesa, onde sentou-se sozinha, e todos os demais a olhavam.
– Vocês deram carona pra ela? - perguntou ele. - Porque o caminho é longo!
– Não - respondi, surpresa. - Eu não acredito...ela veio andando até aqui sozinha?! Vou falar com ela. - decidi.
– E eu dar uma espiada nos fantasmas - disse ele e saiu.
Tessa estava sentada olhando para o nada quando me aproximei.
– Bom te ver aqui, Tessa - falei. - Podia ter vindo com a gente.
Ela apenas se virou pra mim enquanto eu percebia os olhares tortos direcionados à ela; principalmente pela sua roupa e trança fora de época.
– Olha as meias dela...que coisa ridícula! - Vivian cochichava e gargalhava com as outras.
– E o vestido, então? Do século passado! - disse outra.
– Vem com a gente - eu peguei na mão dela, muito gelada por sinal. - Posso te mostrar...
Para minha surpresa,ela se esquivou num movimento brusco.
– Não. - foi tudo o que disse. Eu me afastei, assustada com a reação dela. De repente, ela levantou e praticamente correu em direção a um carro preto que a aguardava.
– O que a nova vizinha fazia aqui? - Sara quis saber.
– Não sei - respondi. - Ela parecia estar...vigiando; sei lá.
Voltei pra casa com inúmeras dúvidas na cabeça. Talvez, a garota fosse mesmo só um pouco tímida e anti-social. Tudo era silencioso na casa de Tessa.
Até que anoiteceu. Mark não havia voltado, o que me preocupou. Fui para o meu quarto e liguei o notebook, e acabei encontrando Steve no chat de vídeo. Já era mais de meia-noite e ainda podia ver as luzes da casa de Tessa acesas.
Então uma coisa puxou o meu pé.
Era Alice. Ela parecia horrível, e estava muito abalada. Ela abraçava o corpo como se estivesse com frio, e tremia.
– Não sabe como estou odiando ter que fazer isso - disse ela. - Mas estou em perigo, Valerie.
– O quê? - eu nem acreditei.
– Uma coisa muito esquisita está nos atormentando - continuou.
– E você viu Mark?
– Seu amantezinho? Não! - ela respondeu, e estranhei. - Estou com medo - confessou. - Uma coisa horível...vai...acontecer - balbuciou ela. De súbito, Alice sumiu.
– Você viu isso? - falei para Steve no chat de vídeo. - Alice apareceu!
Ele pareceu pensativo, ao mesmo tempo que vi uma movimentação na casa de Tessa, e levei o notebook até a janela. - Olha só. O que tá acontecendo? - haviam vários carros na casa de Tessa, e algumas pessoas entraram na saca.
– Essa gente é esquisita, Valerie. - Steve me alertou.
A figura sombria de Tessa estava nos observando do que parecia ser a varanda.
– Quem são essas pessoas? - sussurrei ao ver desconhecidos rondarem a casa.
– Valerie, me escuta - Steve chamou minha atenção e voltei pra cama. - Deixe o notebook ligadoa noite toda, e ver o que acontece. Quem sabe se dá pra gravar algo.
Suspirei e fechei os olhos. Era agora ou nunca.
– Ok.
Coloquei o notebook de lado e fui dormir, mas sentido aquela velha sensação de ter alguém ali me aterrorizando.
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Gostaram? Algum palpite? Deixem comentários, please
PS: a foto me lembrou a Valerie e o Mark, não acham? ''P