A Maldição De Scarabas escrita por Angie Ellyon


Capítulo 4
Dias Contados


Notas iniciais do capítulo

Oq estao achando da fic até agora??
Boa leitura '')



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Mais tarde naquele dia, porém, eu me vi sozinha outra vez. Eu teria que passar a noitesozinha. O nome Alice Blake não demorou a aparecer nos meus pensamentos. Por sorte, meus amigos estariam ali em breve. No entanto, eu teria que me prevenir.

Sentei na sala com o notebook no completo silêncio. Me assustei quando meu celular vibrou, e ri de mim mesma pela minha idiotice.Pare com isso, Valerie, pensei,tire Alice Blake da sua cabeça.

Então, outra ideia veio à minha mente. Abri uma aba na página e resolvi pesquisar sobre a marca que tinha no pulso. Conforme havia visto, eu não parecia ser a única a tê-la. Quantas pessoas já não voltaram à vida? Será que a marca representava mais do que isso? O equilíbrio entre a vida e a morte estaria tão abalado assim?

Suspirei, criando coragem para ler as respostas. Tudo coincidia. Mas uma em particular chamou minha atenção, e engoli em seco ao ler.

-A marca dos mortos-vivos. - eu li a tela.

Franzi o cenho. Éramos comparados com zumbis? Além disso, havia uma parte em negrito que me preocupou:

Não há outra alternativa. A marca é temporária e atingirá seu ápice no solstício dos mortos. Até lá, enquanto o equilíbrio estiver abalado, somente um permanecerá vivo, e o restante retornará para o limbo pra sempre.

Com um movimento involuntário de surpresa, derrubei a xícara de chocolate quente no chão e arquejei. Um pânico tomou conta de mim e olhei para a marca. Aquilo não podia ser verdade. Se fosse, eu estaria condenada. Pelo que entendi, aquela marca não me levaria a um final feliz.

Joguei a xícara quebrada na lixeira, ao mesmo tempo que lágrimas caíam involuntariamente. Eu já havia enfrentado uma fantasma. Eu ia conseguir enfrentar mais essa.

Só que eu não tinha ideia do que fazer. Era pior do que imaginava.

Então, escutei um barulho vindo do meu quarto.

À princípio, fiquei petrificada. Eu não gostava daquele silêncio.

Meus passos ecoaram pelo corredor, até que avistei uma sombra se mover.Eraum fantasma.

- Apareça! - falei. Não houve resposta.

De repente, a figura apareceu.

- Quando vai deixar de ser tão burra, Valerie? - disse a voz de minha inimiga número um. Alice Blake estava em algum lugar da casa. Mas desde quando fantasmas têm sombra?

-Sou euquem mando agora, Valerie - Alice voltou a falar enquanto eu voltava à sala. - Todos os fantasmas são meus aliados. - e deu uma risada seca. - Ah! Isso é tão divertido!

- Não se cansa dos seus joguinhos baixos, Alice? - falei.

Aquilo bastou para que uma força invisível me empurrasse de encontro à bancada da cozinha, onde bati a cabeça com força, ganhando um corte.

- Ai! - gemi. Me arrastei pelo chão, mas Alice me pegou e me jogou na parede, e recebi dores pelo corpo inteiro.

- Eu disse que ia me vingar de você! - gritou ela. - Olha o que eu me tornei! - ela ficou vivível, e segurou meu queixo com as unhas pontudas.

- Não vai querer desperdiçar seu tempo comigo - murmurei com força. - Eu...estou morrendo. Outra vez.

Ela sorriu maliciosamente.

- Claro, claro. A notícia se espalha tão rápido...Os fantasmas podem fazer o que quiserem agora. E sabe o que temos em mente?Chegade os vivos terem medo de nós! E vamos ter que aproveitar! O solstício dos mortos está chegando. E a rebelião está só começando...

Eu não conseguia pensar direito; minha cabeça doía. Mas, pelo que Alice dissera, eu tinha mais problemas.

- Oh, pobre Valerie - ela fingiu pena. - Sua cabeça está à prêmio... - zombou ela. - Os outros com a mesma marca no pulso virão atrás de você. - ela segurou meu braço com a mão gelada, e me esquivei. - Não queria estar na sua pele. Mas fico contente em saber que em breve se juntará a mim do outro lado....

E desapareceu.

- Ela é terrível. Todos temos medo dela.

Me assustei com a voz que veio da cozinha. Era uma fantasma. Uma garota que aparentava ter uns 16 anos.

- Quem é você? - eu me levantei com um pouco de esforço.

Ela foi até o freezer e retirou um pacote de gelo e colocou na minha testa, e gemi.

- Sou Ellen. Essa Alice é uma louca.

Revirei os olhos.Nem me fale, pensei.

- Por que está aqui? - perguntei.

- Soube da sua história com a Vingativa - contou ela. - Natasha sempre falou de você.

Ao ouvir o nome dela, senti um aperto.

- E como está o Campo Espectral?

- Um caos - ela suspirou. - Os fantasmas querem se rebelar. E vai ser no solstício dos mortos.

- E oque é esse tal solstício?

- É a época que os vivos chamam de Halloween - contou ela. - Quando os mortos podem se comunicar sem barreiras. Nesse dia, os fantasmas querem tomar tudo.

Arquejei.

- É daqui a duas semanas!

- E você tem que se cuidar - avisou ela. - Há outros com essa marca. E quando o Halloween acabartodos os mortosvoltarão. Vai ser uma guerra de sobrevivência, Valerie. Somente um com a marca irá permanecer.

Engoli em seco, me lembrando de meu admirador secreto. Ele estaria me atraindo pra me matar?

- E não tem jeito? - argumentei. - Não há nada que se possa fazer?

Ela ponderou por um momento.

- Se morrer agora, Valerie, e se não fazer nada pra reverter, no dia do Halloween você ficará morta pra sempre.

E ao lado de Alice Blake. Era bem a cara dela apenas sentar e esperar que eu caísse de bandeja nas suas garras para que ela me atormentasse eternamente do outro lado.

- Isso não pode estar acontecendo! - desabei no sofá.

Bateram na porta, e Ellen se virou. Lá estavam meus amigos.

- O que aconteceu com você? E quem é aquela garota? - Claire disse.

- Vocês podem me ver?! - indagou Ellen. Em seguida, olhou pra si mesma. - Não pode ser...

- Esta é Ellen - eu apresentei.

- E que corte foi esse? - Steve reparou.

- Alice apareceu e me ameaçou - contei. - Então, Ellen está aqui.

- Aconteceu o que eu previa - disse Ellen. - A invisibilidade está fraca. Não vai demorar. - o tom de sua voz me preocupou.

- Não vai demorar o quê? - Sara quis saber.

Então, contei-lhes tudo. Desde o que Alice dissera até a marca e a questão do Halloween.

- Isso émuito sério- Claire falou. - Os fantasmas não podem tomar conta de tudo.

- E como lidar com esses outros com a marca? - Sara falou.

- Eles podem tentar matar uns aos outros antes de chegarem aqui - palpitou Steve.

- O que vamos fazer agora?

Balancei a cabeça.

- Vocês não entendem.Euvou ter que me sacrificar. Alice quera mim. Aminhacabeça está à prêmio.

Ficamos calados. Nem quando enfrentamos a Vingativa ficamos tão perdidos.

Me senti uma inútil. Meus dias estavam contados. Eu estava sendo caçada - por Alice e os outros. No dia do Halloween, o apocalipse fantasma aconteceria. E eu só tinha duas semanas. Só um sobreviveria. Só um sairá vitorioso.

Alguém vai ter que ceder.


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Notas finais do capítulo

Deixe um review com sua opiniao, ok? Ficaria muito feliz! o
Até o proximo ♥



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