A Maldição De Scarabas escrita por Angie Ellyon
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora..fiquei sem net..Oq acham de uma 3 temporada amorress?? ''D
Silêncio. Era o que reinava em casa. Acordei e fiquei olhando para o teto. Minha vida tinha sido uma mentira. Meu pesadelo era pior do que eu imaginava.
– O que foi? - acabei acordando Steve, e o abracei.
– Estou com muito medo - admiti. - Estão atrás de nós, e agora...
– É melhor não pensar nisso - aconselhou ele. - Vamos nos distrair com outra coisa.
Mas não era fácil. Sentar na mesa com Lila foi constrangedor. Ainda não engoli que ela era minha mãe - e que me pai biológico ainda podia estar perambulando por aí criando uma seita com pessoas mortas.
Tudo ficou quieto e silencioso. Lila olhava pra mim, assim como Sara e Claire. Em determinado momento, Lila tentou pegar minha mão, mas me esquivei, levantando.
– Filha, me desculpe! Eu não queria... - choramingou ela.
– Vamos, Steve - eu disse sem olhá-la. Steve me acompanhou calado.
– Valerie! - Sara e Claire tentaram me repreender, e nos seguiram pra faculdade.
– Você não pode tratá-la assim - disse Claire. - Ela é a sua mãe!
– Tentem se colocar no meu lugar, ok? - falei. - Fui enganada a minha vida toda! Por causa dela tudo isso vem acontecendo!
Seus argumentos falharam quando chegamos na faculdade. Tessa era mal-olhada por Vivian e seu grupinho, até que ela me viu.
– Ah, aí está você! - Vivian veio apressada acompanhada das amigas Stacy, Ciane e Brim. - Eu não me esqueci daquele fantasma maluco na minha casa!
– Diga que não contou pra ninguém.
– Há! Pra todo mundo pensar que Vivian Tolds é louca? Por favor...Estou de olho em você. - ironizou ela, virando as costas e saindo dramaticamente.
– Mais essa agora - murmurou Claire. - A loura falsa seguindo a gente!
Ao ir pra aula, me certifiquei de ter trazido a câmera. Tessa se comportava estranha, como sempre - e passou a observar minuciosamente Vivian e seu grupo. No intervalo, decidimos pesquisar uma maneira de descobrir mais sobre a tal seita e o porquê de estarmos envolvidos.
Mais tarde, fui ao meu armário e vi um bilhete lá dentro dizendo:
Rua 36 com Avenida, no bairro Pride.
Preciso que vá nesse endereço, Valerie. É onde fica minha antiga casa. Lá você vai encontrar armas que podem ajudar.
Alice Blake.
Vasculhei meu armário e notei em horror que havia esquecido a câmera na sala. A porta estava entreaberta, e encontrei a câmera no chão e desliguei-a. Então, ela apitou, avisando que tinha uma gravação.
Estranhei, ligando-a de novo. Entreguei o bilhete de Alice e decidimos ver a gravação misteriosa.
Vimos então imagens de todos saindo da sala. Em seguida, Tessa retornou e veio até a câmera, derrubando-a. Logo depois, assim que ela saiu de cena, Vivian entrou na sala junto das amigas, procurando algo. De repente, Vivian se encolheu. Então, ela foi puxada com muita violência até o teto, onde se ouviu um grito e o som de algo se quebrando, e ela caiu no chão, imóvel. De pois, foi a vez de Ciane e Stacy que, gritando, foram socorrê-la, mas foram empurradas contra a parede, batendo a cabeça com força.
Por último, Brim foi arrastada, mas conseguiu se livrar. Ela veio na direção da câmera, mas foi puxada. Se levantando, ela recuou, até que Tessa surgiu; silenciosa, e quebrou seu pescoço, e Brim caiu morta em frente à câmera. Segundos de terror se seguiram, até que seu corpo foi lentamente puxado por Tessa até desaparecer. O mesmo foi feito com os corpos das outras.
A gravação chiou. Estávamos muito chocados. Tessa havia matado! Seria a mando da mãe?
– Será que os próximos...somos nós? - Sara disse baixinho.
– Pra onde ela levou? - queixou-se Claire.
– Temos que ir ver a Lila. Valerie? - Steve esperou minha resposta.
– Tá, tá - balbuciei feito um robô.
Ao voltarmos pra casa, Lila não parecia estar lá. A casa estava silenciosa, o que me deu medo. Escutamos passos vindos da cozinha, e nos encolhemos um perto do outro.
– O que aconteceu? - era a voz de Lila. Nós rapidamente lhe contamos do assassinato de Tessa e tudo mais, e ela suspirou.
– Randi, a mãe de Tessa, está construindo um pequeno exército. Parece que o objetivo deles é construir uma sociedade, ou algo do tipo. Como Mavis.... - ela olhou pra mim. - Que queria controlar os fantasmas. Um mundo onde o sobrenatural comanda; queria as vantagens e os poderes deles.
– Alice não pensou nisso... - disse, irônica.
– Então, talvez esejam juntos - Steve palpitou. - Se for mesmo verdade, não dá pra perder tempo. Tá na hora de ir atrás das tais armas da Alice.
...[...]...
A tarde se transformou numa noite escura e sombria. Hora perfeita pra ir atrás de uma casa distante e à espreita de espíritos e pessoas mortas-vivas.
Pegamos lanternas e câmera pra nossa empreitada. Infelizmente, Alice não havia fornecido as coordenadas do local exato das armas, o que indicava que teríamos que procurar.
– Velerie - Lila me olhou com ternura. - Tenha cuidado, filha. Espero que tudo isso acabe logo.
Eu a ignorei a acenei para os outros.
– Vamos pessoal.
– Quando vai me perdoar? - ela ainda disse.
Não respondi. Steve disse algo à ela como "vai passar", ou algo assim.
O bairro da casa de Alice era longe. Abandonada, a casa lembrava uma mansão assombrava - e de fato devia ser.
Steve forçou o velho portão de ferro coberto por plantas. O único som vinha de nossos pés pisando nos galhos e folhas secas das árvores mortas que rodeavam a entrada. Sara se assustou quando o degrau que ela subiu rachou e quebrou. A porta de entrada era de uma madeira desgastada e mofa; cheia de poeira e teias de aranha, que rangeu alto quando entramos.
Ligamos as lanternas e câmeras.
– Vamos nos separar - disse Steve.
– E se a gente se perder? - falei. Nossas vozes ecoavam na sala escura.
– Eu vou com a Valerie - Steve tomou minha mão e se virou pra Sara e Claire. - Nos comunicamos pelo celular e nos encontramos aqui.
Elas acenaram e seguiram por um canto escuro, desaparecendo. Fomos parar num quarto cheio de livros empoeirados; a maioria relacionados à pesquisas espiritualistas.
O celular de Steve tocou.
– A gente achou um porão...– era a voz de Sara. - Tem um monte de coisa aqui...
Descemos correndo até encontrar uma porta que levava a um quartinho. Com a lanterna, vimos várias fotografias antigas de Alice, Rony, e um homem que devia ser seu pai, além de escritos e notas.
Eu peguei um deles.
– Gente, olha isso - iluminei o papel com a lanterna e li. - "A seita dos Imortais". Pessoas que se aliam a espíritos em troca de vantagens. Eles retornam à vida enquanto o hospedeiro adquire seu poder e vida mais longa.
– Agora sabemos o que eles querem - disse Steve.
– Achei um baú estranho - Sara iluminou uma arca com nojo e repulsa.
Steve forçou o cadeado, mas teve que esmurrá-lo com o cabo da lanterna para abrir. Lá dentro, estavam as tais armas: adagas, armas de fogo, frascos com um líquido estranho e alguns colares - todos com o mesmo brilho estranho das mesmas armas que Alice usou em Scarabas.
– Escutei um barulho... - Claire olhou pra cima.
– Vamos dar o fora.
Recolhemos tudo e saímos, mas hesitamos ao notar que o barulho se intensificou. Pareciam fortes passos - como se alguém estivesse correndo. Então, correndo às cegas, esbarramos em alguma coisa, e caímos um em cima do outro, numa mistura de gemidos e lanternas.
Alguém iluminou meu rosto e uma voz desconhecida falou:
– Quem é você?
Iluminei de volta.
Era uma garota de cabelos castanho-claros e olhos castanhos. Não respondi, e iluminei um rapaz que se levantava; atrapalhado, de cima de Claire. Não era muito alto e caçava algo no chão. Tinha cabelos escuros e curtos. A garota iluminou meus amigos, atordoada.]
– Quem são vocês?! - indagou, incrédula. - O que fazem aqui?
– Não - sacudi a poeira -, quem são vocês.
A garota me iluminou de novo e sorriu.
– Eu sou Léxi Krand, e esse é meu irmão, Alex. Somos investigadores paranormais.
Nos entreolhamos em silêncio.
– Vocês estão na casa dos Blake, sabia? - ela continuou.
– Vocês conhecem Alice e Rony Blake?!
– Sim!
O tal Alex tirou uma foto nossa com um flash que cegava, e piscamos. Sua câmera era profissional.
– Essa casa é muito sinistra! - exclamou ele, admirando suas fotos. - Achamos umas coisas muito iradas!
– Sou Valerie - me apresentei e me virei para os outros. - Steve, meu namorado, e Claire e Sara. Nós...também estamos investigando, mas não somos profissionais.
– Nós também não! - Léxi fez um gesto de desdém, riu e pegou minha mão.
– Como conheceram os Blake? - Steve quis saber.
– Ah, rolou um bota esquisitão numa cidade perto daqui - contou Alex.
– É, e aí viramos amigos...só que eles sumiram - Léxi completou.
Engoli em seco e olhei para os outros.
– E do que estavam fugindo? - Sara falou.
– Tinham umas pessoas super estranhas rondando a casa - Alex contou.
Steve e eu trocamos olhares.
– E como elas eram?
– Sei lá...pareciam uns zumbis - Léxi deu de ombros.
Apertei com força a sacola com as armas.
– Temos que sair daqui.
Os irmãos Krand se viraram.
– Não dá pra explicar agora. Se quiserem vir com a gente...
Claire me puxou pra um canto e sussurrou:
– Valerie! E se eles não forem de confiança? Se lembra de uns tais irmãos Blake que ferraram a nossa vida?! - lembrou ela. Aqueles dois não pareciam saber do caso de Scarabas, nem dos planos macabros deles. Presumi então que eram inocentes.
Léxi sorriu.
– Tá bom. Vocês parecem experientes com essa coisa de fantasmas.
Você não imagina o quanto, pensei.
Não parecia que estávamos mesmo sozinhos. Parei em um corredor, perdida dos demais. Iluminei tudo, desesperada. Uma pessoa apareceu no fim do corredor e parou.
Empurrei a porta pra fechá-la, ao mesmo tempo que a pessoa - uma mulher - veio correndo na minha direção. Ela quebrou a porta, e seu braço a atravessou. Reconheci, em horror, que era Kim. Seu rosto estava numa expressão horrível de ódio.
Mais passos pra perto de mim. Iluminei a escada, onde Kendra descia como uma zumbi. Atrás de mim, estava Vivian. Ela fez uma expressão grotesca e correu. Entrei por um porta e me tranquei, e ela a travessou com uma força incrível.
– Valerie! - Steve chamou em algum lugar.
De repente, fui puxada e arrastada pelo corredor sozinha. Nos fundos, estavam Brim, Stacy e Ciane, que tentaram me pegar.
Elas se tornaram hospedeiras!
Tentei atrapalhá-las, mas não sabia aonde ir.
– Ela está por aqui! - alguém gritou.
– Socorro! - gritei.
– Cala a boca. - Vivian disse, mas a voz não era dela. Em seguida, me deu um soco que me fez cair zonza. Atrapalhada, deixei cair a lanterna.
Arrastei-me por debaixo das "zumbis" e corri pra floresta. Corri por um longo tempo, ofegante, desviando de galhos. Esbarrei com força em alguém e caímos rolando no chão.
– Sara! Me desculpe! Onde estão os outros? Temos que voltar!
Ela se levantou devagar, sem tirar galhos e folhas secas da roupa. Fui até ela e toquei seu ombro. Ela se virou e deu um sorriso cruel.
A íris dos seus olhos estavam cinza.
– Valerie, você está pronta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentarios?? Prox cap tem fortes emoçoes!! até lá..