A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 38
Capítulo 38: Aquela coizinha que queima.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeey hey hey!!! I'm back, pessoal, com esse capítulo que vou começar a fazer as Nicaila shippers irem ao delírio!
Digamos que seja uma amostra do que acontecerá no próximo, que será o capítulo SURTANDO LEGAL!
Bom, nem quero me demorar aqui porque quero mesmo que leiam o próximo!
QUERO COMENTÁRIOS, VIU? Obrigada.



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Rape me, Nirvana, tocava em algum lugar no meio das cobertas. Laila remexeu-se na cama até virar-se de barriga para cima. Por um momento estranhou o ambiente.

Aquele definitivamente não era seu quarto, mas isso durou pouco pois o cheiro familiar na roupa de cama logo a transportou para a realidade.

Nico. Estava na casa de Nico, no quarto dele e deitada e acomodada em sua cama.

Laila suspirou e afundou ainda mais no travesseiro, esquecendo-se por completo do celular que tocava e tocava. Encarou o teto e esticou os braços para espreguiçar-se, até que seus dedos roçaram no material frio do celular ao lado.

O celular!

Laila arregalou os olhos e saltou para pega-lo. Logo o atendeu.

– Alô? - praticamente gritou.

Graças a Deus você atendeu, Laila! – suspirou exasperada a voz cansada de Carly do outro lado da linha.– Onde diabos se meteu, garota? Estamos te procurando feito loucas desde o final da festa ontem!

– Me desculpe. É uma longa história. Não dá pra explicar isso por celular – murmurou Laila sentindo um leve aperto no peito.

Ouviu quando a prima suspirou fundo e ela a imitou.

Onde está? Quer que eu vá te buscar? - perguntou.

– Não, estou bem. Onde você está?

Na casa de Cloe. Passei a noite aqui como combinamos. Achamos que viria pra cá, mas... - Carly fez uma pausa e soluçou, fazendo a prima sentir-se um milhão de vezes culpada. - Você não atendia e ninguém sabia de você! O quê aconteceu, Laila? Eu preciso saber!

Laila parou, pensando em infinitos modos de resumir a noite mais agitada de sua vida.

Por fim, suspirou e baixou a cabeça.

Tyler aconteceu – murmurou.

O quê? Está com ele?

– Deus, não! Que horror! - Laila fez uma careta e novamente inspirou todo o ar que conseguia para continuar – Estou com Nico, na casa dele. É realmente um longa história, Carly. Não tem como contar tudo por...

Como assim Nico? Na casa dele? Passou a noite aí? Passaram a noite juntos? Oh meu Deus! Vocês dois...

Não! - apressou-se Laila.

Mesmo sabendo que não era vista por ninguém, a garota corou tão intensamente que se encolheu e cobriu a cabeça com a coberta para amenizar o rubor.

– Não, Carly! Cala a boca e me deixa terminar! - implorou como um riso nervoso.

Silêncio.

Tudo bem. Explique-se – murmurou Carly.

Laila respirou fundo e mordeu os lábios, tirando os cobertores da cabeça.

– Sim, passei a noite aqui. Mas – continuou Laila rapidamente elevando a voz quando sentiu que a prima iria interromper – não aconteceu absolutamente nada. Nadinha, entendeu?

Mas então, por que está aí?

– Acho melhor explicar isso quando estiver aí, okay?

Mais silêncio e Laila pode ouvir Carly soltar o ar.

Tudo bem. Vai demorar?

– Creio que não. Está na casa da Cloe, certo? - Carly fez um barulho em aprovação – Então, não saia daí. Nos vemos daqui a pouco.

Okay, até mais.

– Até.

Quando Carly desligou, Laila jogou-se de costas na cama, respirando com um certo alívio. Ainda não pensara num modo de contar as amigas tudo o que aconteceu na noite anterior, mas daria um jeito.

Laila mordia os lábios e encarava o teto quando ouviu um leve ranger na porta e se levantou num pulo.

– Bom dia – Nico sorriu, empurrando a porta com o ombro, passando por ela e fechando com o pé. Nas mãos, equilibrava uma bandeja com coisas de café-da-manhã. Seus cabelos tinham as pontas projetadas para todas as direções possíveis e sua camisa azul estava manchada com algo que se parecia mostarda.

Laila sorriu e se sentou quando Nico aproximou-se da cama. Ela olhou dele pra bandeja e vice e versa com uma desconfiança brincalhona que fez Nico engolir em seco e sorrir nervoso.

– Ah, não pense que estou tentando ser romântico nem nada. Apenas Nora me forçou a trazer o café-da-manhã aqui para nossa “convidada” - ele fez aspas com as mãos assim que deixou a bandeja sobre o edredom na frente de Laila.

Laila gargalhou e assentiu, enquanto sentava-se sobre os calcanhares de frente para Nico.

– Tudo bem. Bom... Bom dia! - ela sorriu lembrando-se que não havia cumprimentado o garoto.

– Aposto que está com fome – ele disse pegando uma das torradas e dando uma mordida.

– Bom, se está apostando nisso, vai perder seu dinheiro pois sim, estou faminta!

Laila sorriu e puxou a bandeja pro colo examinando tudo sobre ela. Torradas, ovos e bacon e dois copos com suco de laranja. Nico engatinhou e sentou-se como Laila ao seu lado e juntos, começaram o café-da-manhã. Com algumas risadas, logo eles terminaram e Laila lembrou-se.

– Er... Nico? - murmurou depois de deixar a bandeja sobre ao criado-mudo.

– Sim?

– Pode me levar pra casa de Cloe? - ela perguntou meio acanhada com a expressão que ele fez. Algo semelhante à decepção, talvez.

– Ah, bem, claro que levo, Laila. Sem problemas.

– Podemos ir agora? Eu sumi ontem e creio que tenho umas explicações para dar... - ela disse sem encará-lo. Sentiu-se mal estar fazendo isso. Queria continuar ali, com ele, mas sabia que precisava ir e sabia que estava encrencada.

Nico suspirou e abriu um sorrisinho.

– Claro que sim – ele se inclinou e beijou-a na testa. Laila sentiu muita raiva e frustração nesse momento. Ah, como ela queria que ele a tivesse beijado de verdade nos lábios do que em qualquer outro lugar! Precisava disso urgente, droga! Muito difícil de entender?

Idiota! , murmurou sua mente, mas ela não sabia se era pra ela ou para Nico.

Na verdade, sentia que era pros dois!

Nico sorriu ao se afastar e Laila tentou imitá-lo, mas só suspirou mordendo os lábios. O garoto levantou enquanto Laila abraçava os joelhos.

– Só me dê um tempo para trocar de roupa, okay? - ele disse próximo ao banheiro.

– Claro – Laila murmurou encarando o nada.

Nico a encarou por um momento em dúvida. O que estava acontecendo?, perguntou-se mentalmente. Laila parecia estar longe dali com pensamentos que tanto intrigavam quanto assustavam Nico. Por fim, ele contornou a cama e tirou algumas peças de roupa da cômoda e voltou ao banheiro.

Laila continuou sentada imóvel segurando os joelhos contra o peito. O quê diabos estava acontecendo com ela era um certo mistério que a garota sabia a resposta, mas temia dizer. Sua mente estava uma bagunça. O sonho que teve com Nico dizendo... dizendo uma coisa a ela ainda rebobinava na memória, deixando-a totalmente inquieta.

Por fim, soltando o ar que ela nem percebeu que prendia, levantou-se. Caminhou até a cômoda pegando seus vestido e jaqueta que estavam dobrados sobre. Dando uma olhada rápida para a porta do banheiro, checando se estava realmente fechada, Laila arrancou a camisa azul que usou de pijama pela cabeça e a apoiou ao lado do vestido dobrado. Lançando outro olhar sobre o ombro, desamarrou o nozinho que segurava a calça cinza extremamente larga em seu quadril, fazendo-a deslizar folgadamente pelas pernas, acumulando todo o pano nos calcanhares. Com um pulinho e um chute, afastou a calça e pegou o vestido, enfiando-o pela cabeça. Por sorte e com muito jeito, conseguiu fechar o zíper nas costas sozinha e suspirou. Passou a mão no ombro direito, dando a falta da alça que deveria estar ali. Mordendo os lábios, Laila rodou nos calcanhares e, para a sua surpresa, deu de cara com Nico parado encarando-a.

Ela deu um gritinho e arfou.

– Meu Deus! Você me viu... - ela começou ofegando.

– Oh não não não não! - Nico começou, exasperado, sacudindo a cabeça e as mãos – Eu não fiz por mal! Eu não vi nada, Laila! Não vi nada! Desculpe!

Laila ainda respirava pesadamente boquiaberta. Depois, como que numa tentativa de diminuir a tensão, riu nervosa e sacudiu a cabeça.

– Tudo bem. E aí? Vamos? - perguntou rapidamente.

– Er... Sim, claro.

Nico se aproximou, evitando encarar a garota nos olhos com medo de que sua mentira deslavada estivesse estampada nos olhos.

Sim, ele a viu colocando o vestido, mas foi fraco demais para desviar os olhos ou entrar no banheiro de novo.

Ele passou por ela de cabeça baixa e parou ao lado da porta. Laila ainda segurava sua camisa azul e tinha se curvado rapidamente para pegar a calça cinza que estava no chão. Ao notar que Nico encarava seus atos, sorriu nervosa e baixou os olhos para os pés descalços.

– Eu lavo e te trago depois – disse.

Nico queria gritar um sonoro “não”, mas isso levaria aos “porquês” e estes teriam uma resposta estúpida do tipo “Eu gosto do seu cheiro”. Por isso, apenas sacudiu a cabeça negativamente como um maníaco e esticou o braço para pegar as peças da mão da garota, mas esta esquivou-se.

– Laila, você não precisa... - começou.

– Nico, eu não vou deixar de insistir e você sabe! – ele riu – Vou lavar e depois devolvo. Fim.

Seu sorriso tornou-se uma risada e ele deu de ombros.

– Se a Miss. Teimosia insisti, quem sou eu para negar? - brincou abrindo a porta e dando espaço para que Laila passasse. Esta sorriu e curvou para pegar os sapatos no chão para depois passar por Nico.

– Que bom que sabe – murmurou a garota.

XXXX

A viagem até a casa de Cloe só não foi completamente tomada pelo silêncio pois Laila batucava as unhas na tela do celular. Nico não tinha nada o quê dizer. Sabia que qualquer coisa que ele realmente quisesse dizer naquele momento causaria um clima estranho e desconfortável.

Sim, ele falava da noite anterior. Mas não, não depois que Laila saiu e seguiu Tyler , coisa que Nico nunca se perdoaria de ter permitido, mas sim o quê houve antes.

Beijos, amassos e mais beijos. Era disso que ele queria falar. Queria indagar a garota, prensa-la contra a parede e perguntar o quê diabos foi aquilo e, o mais importante, quando e onde eles repetiriam!

Se ele gostou? Digamos que ele se imaginava naquele situação dias atrás e quando finalmente aconteceu, pensou que entraria em ebulição.

Coisa de menina, né? Mas era exatamente assim que se encontrava Nico por dentro. Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas.

O quê foi aquilo?

Laila sentia o mesmo que eu?

Ansiava por tudo novamente tanto quanto eu?

Pena que a covardia, nesse momento, era sua melhor amiga e ele não se admitia em perguntar para a garota ao seu lado.

Estava tão mergulhado em si mesmo que nem percebeu que já estacionava paralelo ao meio fio em frente a casa de Cloe.

Quando desligou o carro, o silêncio no mesmo só se intensificou. Olhou de esguelha para Laila e ela para ele e ambos gargalharam.

Puxando todo o ar possível, ele arrancou o cinto e se voltou para ela.

– Vamos. Te acompanho até a porta.

– Okay.

Laila o imitou e eles abriram as portas ao mesmo tempo, mesmo Nico tentando ser mais rápido em abrir a própria para abrir a de Laila.

Sim, ele parecia um mané tentando bancar o cavalheiro, mas isso parecia divertir Laila de um modo que o agradava.

Ele contornou o carro para abrir a porta para a garota e o resultado foi a porta chocando-se contra ele quando Laila à abriu. Nico só não caiu sentado porque não foi tão forte.

– Nico, me desculpe! - Laila exclamou tentando parecer séria, mas ele viu em seus olhos castanhos o esforço que fazia para não rir.

– Tudo bem – ele pigarreou para dizer. Laila mordia os lábios e ele revirou os olhos – Eu sei que quer rir.

– Desculpe – ela balbuciou entre as risadas altas.

Nico fez uma careta, mas sorriu, empurrando a porta do carro para que fechasse.

Laila ainda dava pequenas risadinhas enquanto caminharam lado a lado até a porta da casa de Cloe, onde eles pararam frente a frete um para o outro.

– Bom – ela tomou ar – Obrigada, Parker. Por tudo.

Nico enfiou as mãos nos bolsos e deu de ombros sorrindo de canto.

– Não foi nada.

– Não, Nico – Laila murmurou um pouco mais séria dando um passo até ele. Seus olhos reluziam e Nico se sentiu um idiota quando suspirou – Sério. Muito, muito obrigada de verdade. Não sei o quê eu teria feito sem você ontem, ou hoje – ela riu mordendo a língua para continuar com “Ou sempre”.

Nico também deu um passo e sorriu.

– Já disse. Isso não foi nada, Laila. Teria feito tudo de novo – murmurou baixando o rosto.

– Eu sei que sim – ela sussurrou ficando na ponta dos pés e fechando os olhos.

Seus lábios estavam tão próximos que um já sentia o gosto do outro. O espaço era quase nenhum.

Quase.

Um rangido e uma lufada de ar repentinos assustou os dois, que se separam bruscamente. Laila corou ao encarar a figura espumante, ao mesmo tempo, loucamente preocupada de Alison.

– LAILA! - ela gritou e pulou em Laila, agarrando-a pelos ombros num abraço sufocante.

Laila sorriu sem graça para Nico por cima da cabeleira de Ally que a espremia. O garoto balançou a cabeça e riu, fazendo-a corar.

– Oh meu Deus! Por onde esteve, sua idiota!? Quase enlouquecemos atrás de você e... - Alison parou ao separar-se de Laila e notar Nico. Empacou no meio da frase e olhou de um pro outro inúmeras vezes.

Sua boca estava aberta, mas só grunhidos estranhos lhe escapavam.

Por fim, conseguiu.

– Eu perdi alguma coisa no tempo que sumi? - perguntou.

Laila corou e perdeu a fala ao mesmo tempo que Nico. Se não fosse Carly aparecer na porta, o silêncio teria sido mais incomodo que o do carro de Nico.

– Até que enfim – falou com alívio olhando da prima para Nico discretamente – Anda, Laila. Temos muito o quê conversar.

E Carly puxou Ally que puxou Laila, que só teve tempo de olhar para Nico sem saber o quê dizer. O garoto sorriu e se afastou, enquanto Laila era arrastada para dentro da casa, já que teriam muuuuuitos assuntos pra esclarecer.


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Notas finais do capítulo

E AI? E AI? E AI? E AAAAAAAAAAI? Morreram com o quase, né? Relaaaaaaaaaaaaaaaaaaax que no próximo capítulo... Ah, não quero nem ver! Infartos, muitos infartos! Inclusive o meu!
Oh Gods! Comentem, meu povo! Comentem e me façam feliz!
Kiss no ass, seus lindos!
Até o próximo!



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