A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 10
Capítulo 10 : Eu vos declaro arquinimigas.


Notas iniciais do capítulo

OIOIOIOIOIOIOIOIOI LINDEZAS! Agora sim, cheguei para ficar! Já estou de boa aqui na casa do meu pai e vou poder postar sempre! Eu sei, podem comemorar! Okay, nos vemos lá embaixo! Ps: Eu quero reviews!



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P.O.V Laila

...

– O QUE? - gritamos Nico e eu ao mesmo tempo.

– Isso o que ouviram! Quero um trabalho em dupla dos dois para daqui duas semanas! E espero um trabalho impecável, senão reprovo os dois! - disse o professor entredentes.

– Mas o senhor não pode me forçar a fazer um trabalho desses com esse idiota! - gritei sentindo labaredas pelo meu rosto.

– Veja como fala comigo, Wigon! Sou seu professor! Baixe esse tom! - ralhou-me ele. - Veja só, é igualzinha a mãe!

Meu sangue congelou nas veias e estremeci com a menção a minha mãe. Não podia deixar transparecer o furacão que se abria no meu estômago , por isso apenas me calei tempo suficiente para me lembrar de elaborar palavras. Ele os conhecia?

– Sim, eu dei aulas para ela. E para seu pai também. - declarou ele como que se lesse meus pensamentos - Na verdade foram meus melhores alunos! Seu pai era ótimo na minha matéria. Era muito bem disciplinado e educado. Já sua mãe... - ele se permitiu sorrir com a memória. - era muito esquentadinha, mas era uma excelente aluna. Ela era audaciosa e não tardava em me contrariar caso achasse necessário. - ele suspirou e me encarou direto nos olhos. Podia sentir algumas lágrimas se formando, mas eu não iria chorar na frente de ninguém. - Sinto muito por eles.

Voltei a me calar. As lágrimas estavam se intensificando com as imagens que afloravam minha mente. Podia vê-los , meu pai e minha mãe, sorrindo. Podia ouvi-los gargalhar. Um aperto que eu já me acostumara desde a morte deles tomou meu coração. Era a maldita da saudade. E a culpa.

– Não vou fazer trabalho com ele. - joguei ao ar as primeiras palavras que me apareceram antes de me meter pela passagem da porta.

Caminhei a passos largos de volta ao me lugar no fundo. Encostei-me na cadeira, para encarar o teto e dissipar as lágrimas.

Minutos se passaram e Nico surgiu pela porta. Sua expressão não era bem agradável enquanto ele passava reto por Alice e caminhava até mim.

Encarei-o como se os últimos minutos fossem apenas uma vaga lembrança.

– E aí? - perguntei.

– Esquece, ainda temos que fazer o trabalho juntos! - disse ele, descontente, escorado na mesa à minha esquerda.

– Era só o que me faltava, ter que te suportar em tempo integral! - bufei cruzando os braços.

– Você fala como se fosse fácil para mim ter que conviver com uma garota chata, irritante e esquisita. - ele repetiu meu tom de voz e também cruzou os braços.

Bufei e grunhi.

– Você é completo imbecil.

Ficamos alguns minutos nos fuzilando. Como alguém podia ser tão patético?

(...)

– E como foi sua "maravilhosa" detenção? - perguntou rindo Cloe no vestiário minutos antes da aula de ginástica, a seguinte após minha detenção em história.

– O que você acha? - respondi com um sorriso cínico enquanto jogava no meu armário minhas roupas normais, tendo trocado elas pelas de ginástica.

– Deve ter sido absolutamente divina. - respondeu ela falsamente alegre, fazendo-me rir.

Cloe era uma garota muito divertida e esquentada. Também era dez em qualquer coisa que fazia. Era fera em todas as matérias. Era espontânea, faladeira e muito confortável consigo mesma , mas também sabia ser a garota com o ar carregado de seriedade quando se precisava. Simplesmente a estava adorando.

Após amarrarmos nossos cabelos em rabo-de-cavalo e amarrarmos os cadarços dos tênis, caminhamos lado a lado para o ginásio.

(...)

– Então quer dizer que a próxima aula vou fazer sozinha? - perguntei a Cloe enquanto nos trocávamos.

– Parece que sim. - ela disse entre um suspiro.

– Mas e quanto a Carly, Sam e Ally? Elas não tem matemática agora? - perguntei enquanto abria me armário e pegava minha mochila.

– Não. A Aly tem geografia comigo agora e Carly e Sam tem ginástica. Sinto muito, mas você vai ficar sozinha. - ela explicou com um sorriso desanimador de canto.

Antes que eu pudesse argumentar, o sinal avisando o começo da próxima aula soou pelos autofalantes, fazendo-me calar.

– É melhor irmos.

Pegamos nossas coisas e saímos lado a lado pela porta do vestiário, no térreo da escola. Subimos os lances de escada até o corredor com as salas de aula.

– A gente se vê no intervalo Laila. - gritou Cloe elevando a voz acima da das outras pessoas que passavam por nós.

Assenti antes de ser empurrada para dentro da sala 3 e ver Cloe adentrar a 9.

(....)

A aula de matemática seguiu tediosa como a própria matéria. Realmente nenhuma das meninas faziam esse aula comigo, esperança que eu estava alimentando desde o vestiário. Quando finalmente o senhor Arris finalizou a aula e dispensou a turma, urros de alegria foram ouvidos pela sala, coisa que fez o professor sorrir ajeitando os óculos mais ao rosto e guardando seus papéis na maleta. Eu, pessoalmente, sempre gostei de matemática, mas minha cabeça se tornou cheia demais nos últimos meses e me fez esquecer um pouco os números.

Fui a última a sair da sala. Queria ao máximo evitar as pessoas e principalmente Nico e seu amigo Leonard, que, para minha total infelicidade e decepção, tinham a mesma aula. Nós quase não nos vimos depois da detenção, o que foi perfeito para mim até ele entrar na aula de matemática.

Mas fazer o que? Nós estudamos na mesma maldita escola! Me resta apenas ignora-lo , e olha que eu sou ótimo nisso.

Deixei a sala e fui seguindo a multidão de esfomeados até o refeitório. Passei no meu armário apenas para abandonar minha mochila, e voltei a seguir o povão.

O refeitório ficava no térreo, ao lado do ginásio e da secretária. Fiquei muito infeliz por não ter encontrado nenhum sinal de Carly, Sam, Cloe ou Aly até chegar lá, um espaço amplo com ilhotas de mesas redondas e seus sete ou oito banquinhos. Ao fundo, um longo balconete com bandejas e diversos tipos de comida estavam a disposição de todos.

Fui ziguezagueando por entre as mesas até a fila que se formava de fronte o balcão. Apanhei uma bandeja, olhando sempre para os lados para ver se encontrava algum sinal das garotas. Apanhei um potinho com pudim (/n.a: o/) , um prato com um pouco de macarrão e uma latinha de refri.

Quando pela quinquagésima vez varri aquele refeitório foi que as encontrei. Cloe se esticava de um banco, numa mesa ao fundo olhando, ao redor. Quando me achou, sorriu e fez um gesto para que eu fosse a seu encontro.

Finalmente pude suspirar aliviada por encontra-las. Refiz meu caminho de ziguezague até para chegar na mesa delas.

– Ei! Menina nova! - ouvi alguém gritar quando eu já havia alcançado o meio do refeitório. Obviamente, sendo eu a menina nova, virei-me em direção a voz.

Uma garota, algumas mesas atrás foi quem me chamou. Ela tinha cabelos castanhos, lisos até certo ponto e depois enrolavam delicadamente nas pontas. Seus olhos beiravam o verde e seu sorriso não me transparecia confiança. Na mesma mesa que ela estavam sentadas uma garota de cabelos loiros e encaracolados até os cotovelos e olhos castanhos e Erika Storne, que me exibia um sorriso maléfico e cheio de segundas intenções.

– Vem cá novata. - a dos cabelos castanhos disse novamente. A loira não estava nem prestando atenção, apenas se distraia acenando para alguns garotos mesas adiante.

Mesmo sabendo o enorme erro que isso seria, caminhei, hesitante, até lá. E, antes mesmo de chegar lá, descobri o quão grandioso foi me erro. Enquanto caminhava, um garoto da mesa ao lado simplesmente colocou o pé na minha frente e eu, minha bandeja e minha dignidade fomos de cara no chão.

Gargalhadas cobriram o refeitório enquanto eu ainda estava no chão.

– Isso mesmo. - ouvi a voz enjoada de Erika soar. - Aprendeu onde é o seu lugar agora querida?

Aquilo me fez ferver de raiva. Mas não ia dar brecha para humilhação, não no meu primeiro dia.

Me ergui, ainda embaixo dos risos, e as encarei com um sorriso maroto nos lábios quando me ocorreu uma ideia.

– Tem razão Erika. - disse para ela, fazendo ela e suas amigas pararem de rir e me encararem.

Apanhei minha bandeja do chão e, com o mesmo sorriso , a coloquei na mesa de Erika e da outra.

– Mas sabe, acho que vocês também deviam aprender o de vocês! - disse tamborilando os dedos na latinha de refri.

– O que você quer dizer com...

E com um movimento ágil, abri a latinha e esvaziei seu conteúdo na cabeça de Erika, fazendo-a gritar e muitos outros rirem.

– Oh não, não fique com ciúmes não! Tem um aqui para você! - disse para a garota ao lado de Erika, que a encarava horrorizada. Apanhei meu macarrão e despejei em seu cabelinho perfeitamente castanho, fazendo-a erguer-se num pulo e começar a gritar quando o macarrão chegou até sua camiseta branca de linho.

A de cabelos castanhos, cá entre nós vermelhos de macarrão, começou a gritar coisas histérica, enquanto a loira e Erika tentavam acalma-la.

Foi uma cena realmente cômica.

– Você acaba de ganhar inimigas para a vida toda, garota! - ralhou-me entredentes a suja de macarrão. Sua raiva irradiava calor. Ela e as amigas saíram, quase correndo do refeitório e sumiram no corredor.

Por alguns minutos, o refeitório se calou e sentia todos me encarando. Depois, explodiram todos em gargalhadas.

– Laila! - ouvi alguém chamar-me. Era Sam. Atravessei o refeitório na direção delas, que mal respiravam de tanto rir. Cloe sendo a que mais estava vermelha pelas risadas.

– Foi demais! Sério, nunca vi coisa mais engraçada nesse refeitório! - declarou Allyson limpando as lágrimas de alegria.

– É mas você está em maus lençóis , minha cara. - advertiu-me Sam.

– Por que?

– Aquela era Daphne Block, a abelha rainha desse colégio. Quero dizer, a garota que autodeclarou-se rainha daqui. - explicou Carly.

– E...?

– E se ela disse que vocês são inimigas, está encrencada! - completou Sam.


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Notas finais do capítulo

Hey, tá uma bosta eu sei! O próximo melhora, é só esperarem!
Bye!
Ps:Me mandem reviews e quem sabe eu posto o próximo hoje!



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