The Hunger Games - Interativa escrita por Amanda Rocha, Lux Malfoy
Notas iniciais do capítulo
E aí, tributos, demoramos, sabemos, mas temos uma novidade! Finalmente terminamos a arena dessa edição (nos sentindo Idealizadoras u.u) e posso dizer que ficou INCRÍVEL! Sério, acho que todos vocês vão gostar. Ou não, porque pra sobreviver nela a cambada vai ter que suar a camisa... Mas enfim, é isso, aí vai o capítulo:
Demetria Devonne Lovato
Meus olhos cansados pareciam pesar uma tonelada, no entanto eu lutava para não dormir. Já devia ser a quinta vez só nessa noite que eu acordava com pesadelos terríveis sobre os Jogos Vorazes. Porém, quanto mais eu tentava me manter acordada, mais rápido o sono parecia tomar conta de mim...
Acordei dessa vez e já era de manhã. Eu estava suando frio e sequer lembrava qual fora o meu último sonho, mas algo me diz que fora terrível. Ainda da cama, olhei pela janela, já havia amanhecido. Aliás, pela intensidade do sol já devia estar perto do meio-dia. Me levantei e me dirigi até a cozinha, porém, mal acabara eu de entrar no cômodo e alguém me agarrou. É Madison, minha irmãzinha, e ela está com o rosto banhado em lágrimas, seus bracinhos se agarram ao meu corpo com tamanha força que chega a machucar. Olho para meus pais, à procura de uma resposta para o que houve com ela, mas ambos apenas balançam a cabeça, tristemente.
– Está tudo bem... – digo, acariciando os cabelos castanhos de Madison. – Está tudo bem, vamos ficar bem...
Madison dá alguns soluços e olha para mim, depois, incapaz de falar alguma coisa, volta a chorar. Eu a abraço e sussurro em seu ouvido:
– Está tudo bem, eu estou aqui... Papai está aqui... E a mamãe...
– E Dallas? – ela pergunta em meio à soluços.
Só então entendo o motivo do choro. Não era em si o dia da Colheita, mas o que esta fizera com a nossa família. Dallas era a minha irmã mais velha, morreu há alguns anos. Morta por um bando de Carreiristas. Todo ano somos obrigados a reviver a lembrança da última vez em que a vimos. Da última vez em que pudemos tê-la conosco antes que a Capital a arrancasse de nossos braços.
– Dallas não ia querer te ver assim – eu respondo, firme. Pois não me parece certo chorar em frente à ela, visto que meus pais já estão tão nervosos quanto Madison. – Não quero que mostre à Capital que você tem medo deles, ok?
– Mas eu tenho! – ela choramingou.
– Eu sei. Eu também tenho – eu digo.
Madison parece surpresa. Ela não costuma me ver desse jeito, para ela eu sou a irmã onde ela encontra segurança. Têm sido assim desde a morte de Dallas. Foi assim que meus pais agiram, para não nos deixar mais tristes ainda. É quase como se não tivéssemos sentimentos uns na frente dos outros quanto à Dallas, mas tenho certeza de que quando estão sozinhos eles caem no choro. Sei disso, é o que acontece todas as vezes que me tranco em meu quarto.
– Mas o que vamos fazer? – pergunta ela, se acalmando. Eu me abaixo, assim fico da altura dela.
– O que vamos fazer? – eu repito, olhando em seus inocentes olhos verdes. – Vamos simplesmente deixar Dallas orgulhosa. Vamos ir lá e mostrar o quão capazes nós somos, pode ser?
– Pode – ela concorda.
Dou um último abraço nela e minha mãe a leva carinhosamente pela mão para lavar seu rosto. Eu me levanto e ando até meu pai. Ele me encara por um bom tempo. É difícil dizer se a expressão em seu rosto é de orgulho ou de pena.
– Sabe - ele começa, os olhos ainda fixos em mim -, você ainda pode dar uma machadada na assistente da Capital se ficar muito nervosa. Foi pra isso que eu te ensinei a usar o machado.
– Ah, claro - eu concordo, sorrindo. – Vou me lembrar disso.
Eu tento firmar o contato visual, mas quando sinto que estou prestes a desabar em lágrimas eu simplesmente o abraço. Ele beija o topo da minha cabeça e murmura que vai ficar tudo bem. Irônico, porque eu acabei de fazer o mesmo com a Madison, mesmo sabendo que as chances de ficar tudo bem são tão remotas quanto as de o Distrito 7 parar de produzir madeira para a Capital.
Uma hora depois, estamos em fila na praça, esperando para ouvir quem serão os tributos desse ano. A assistente da capital, ao lado do prefeito, está fazendo um pequeno discurso sobre o filme dos Dias Escuros, mas eu não estou realmente ouvindo o que ela diz. Meus olhos voltam-se toda hora para Madison, que teve mais umas cinco crises de choro até aqui.
– E então, vamos saber quem vai ser a tributa feminina desse ano! – A assistente cantarola. Sua voz tira a minha atenção de Madison e eu volto a me preocupar comigo. Mil pensamentos passam à minha cabeça. Carreiristas... Dallas... Jogos Vorazes... – E ela é... Madison Lovato!
Eu poderia simplesmente cair no chão agora mesmo, porque sinto que o meu coração parou de bater. No entanto, o choro que ouço me faz gritar:
– Me voluntario! Me voluntario como tributo!
Madison tenta dizer alguma coisa, mas tudo o que sai de sua boca são soluços sufocados. Corro até ela e murmuro um último “vai ficar tudo bem” antes de Pacificadores me arrastarem até o palco. Mas eu não presto atenção em mais nada. Um único pensamento está em minha cabeça: Dallas.
***
Pietro Fountelle Morison
Naquela manhã, acordei cedo para treinar. Passei um bom tempo, mas também não muito, já que era o dia da Colheita.
Treinei bastante, já que definitivamente precisaria estar preparado. Com toda certeza eu seria o tributo sorteado, ou no meu caso, voluntariado.
O tempo passou rápido. Fui direto pra casa terminar de arrumar as coisas. Meu pai? Ausente como sempre. Minha mãe? Bem, digamos que ela não é mais existente.
Terminei de arrumar tudo e fui pra praça. Assinei, eles tiraram meu sangue e fui pro lado dos meninos.
Colocaram aquele filme e deram início.
O prefeito falou alguma coisa sobre a honra que era para um tributo participar dos Jogos, o que, talvez, eu até concorde. Embora essa tal de honra não seja para qualquer um. Não seja digna de qualquer um. Eu, certamente, mereceria essa honra, porém é algo que os outros mesmo vão perceber com o tempo, não quero apressar as coisas, tudo tem seu tempo, e o meu tempo está chegando.
A tributa feminina é sorteada, conheço ela da escola. Acho que a irmã morreu em uma edição dos jogos ou coisa assim. Ela se voluntaria pela irmã. Ótimo, dois voluntários no 7, agora estamos pagando de Carreiristas, até parece.
Quando os Pacificadores a arrastam para o palco ela parece devastada, mas algo em seu olhar me diz que não é o tipo de devastação que se fica quando se sabe que vai morrer. Mas um tipo que se fica quando se está determinado a lutar, mesmo que custe sua vida. Ótimo, mais competição, eu realmente não ligo. Mas talvez ela sirva para alguma coisa...
– O tributo masculino desse ano é... Ronald Grant! - anuncia a mulher.
Antes mesmo que eu possa identificar a quem o nome pertence, já estou gritando:
– Eu me voluntario!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam? Patrocinam a Demi? E o Pietro? Lembrem de deixar nos comentários o que vocês acharam do tributo, isso é o que determinará se eles viverão ou não, então sejam justos.
Enfim, nós estamos organizando como serão os Povs mais pra frente, nas entrevistas e na Arena, e os Povs ficarão com os que comentam, então pra ficar direitinho, quem comentar assina no final do comentário o nome do tributo e o Distrito, ok?
Então é isso, não esqueçam de comentar!