The Hunger Games - Interativa escrita por Amanda Rocha, Lux Malfoy


Capítulo 6
Colheita Distrito 6 - Porque todos têm sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi, tributos! Não demoramos muito, demoramos? Íamos postar mais cedo, mas aí aconteceu uns imprevistos e não deu. Mas este capítulo é dedicado à Lady of Blood, porque essa diva recomendou a fic! E, assim sabe, se vocês quiserem seguir o exemplo dela, não reclamaremos, entendem?
Mas ok, então, só pra deixar claro, pedimos desculpas à vocês caso nós demos uma pequena modificada nos personagens ou acrescentemos fatos, mas fazemos tudo isso em pró do desenvolvimento do personagem de vocês, e colocamos algumas coisas a mais que nós achamos que possam ajudar eles a conseguirem patrocinadores. Mas sem mais delonga, aqui vai:



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Columbae Wryck

Bom, digamos que hoje é o melhor dia da minha vida! Pois é né, sinta a irônia. Pelo contrário, é o pior. Certo, pelo menos não é você que vai ter uma chance de entrar naquela arena, e ter várias possibilidades de ser morta.

Ok, ok, tenho que parar com isso. Ser pessimista não ajuda em nada, principalmente nessas horas.

Me arrumei, coloquei um macacão preto e uma camiseta de mangas longas cinza, me olhei no espelho mais uma vez e constatei que estava boa.

Tomei café, me despedi de Macy e segui para a praça. Estava bastante cheia, e várias pessoas andavam em filas. Assinei meu nome e coletaram meu sangue. Me dirigi para o lado das meninas. As expressões facias das pessoas não eram lá a melhor de todas, mas não posso fazer nada, não é mesmo? Colocaram aquele filme e anunciaram a iniciação.

–Bom, primeiramente as damas! -Falou uma mulher com uma voz extremamente irritante e com um vestido que realmente chamava atenção e uma coisa estranha na cabeça. Pelo amor de Deus! Aquilo era um gato ou um cabelo?

Tiffany, minha melhor amiga me olhava aflita. Enfim, quem não estaria?

–E a sortudinha dessa edição é... Columbae Wyrick!

***

Flux Hammerson

– Filho! Filho, você tá bem? Ei, Flux! Acorda!

Ouço a voz de minha mãe e desperto de meus devaneios. Ela está parada em minha frente, apontando para o balcão. Ergo a sobrancelha pra ela.

– Temos clientes, Flux - diz ela, numa voz muito gentil, apontando para uma velha senhora que esperava ser atendida.

– Ah, sim! - eu exclamo, ainda meio atônito. Vou até o balcão e pergunto o que a Sra. Flaws quer. Como sempre, ela pede uma generosa quantidade de grãos de oliva medicinais. Eu entrego a ela e, mal me virara, outra pessoa. O homem tinha o rosto e as mãos sujas. Suas roupas eram velhas e rasgadas, e o odor que emanava dele fazia parecer que o pobre coitado havia se arrastado na lama. Era um mendigo. Eu olho para trás e e encontro o olhar de meus pais, que estão sentados logo atrás das prateleiras com os remédios. Depois olho novamente para o homem, faminto. Era normal que eles viessem aqui. Como farmacêuticos, nossa família tinha uma boa renda financeira, e, pode-se dizer, os Hammerson são conhecidos por sua generosidade. Meu pai assente, sorrindo, orgulhoso, e eu vou até a cozinha. Apareço um minuto depois com um prato de comida farto nas mãos. Porém, hesito antes de entrega-lo ao mendigo. Eu iria fazer? Sim, iria. Em dias como esse, uma pequena diversão não faria mal a ninguém. Bom, ninguém exceto o mendigo. Aproveito que os olhos do homem estão fixos no chão, como que mostrando respeito, e deposito o prato em cima do balcão. Minha mão corre agilmente por um pequeno frasco na prateleira e, rapidamente, o destampo e derramo um pouco do líquido verde na comida. Ponho o vidrinho de volta a seu lugar e, sorrindo, entrego o prato ao mendigo que, faminto e, ao mesmo agradecido, aceita o prato com certa voracidade. Ele vai andando e se senta no chão, à frente da nossa farmácia.

– Muito bonito de sua parte, filho! - meu pai elogia, dando tapinhas em minhas costas. Dando um sorriso malicioso na direção do mendigo, eu forço um novo sorriso (mais simples e bondoso) e me viro para meu pai.

– Eles merecem tanto quanto nós - digo, num tom humilde. - E já foram maltratados de mais pela vida, precisam da nossa ajuda.

Meu pai abraça minha mãe, aparentemente satisfeito com as atitudes de seu filho exemplar. Depois o olhar deles muda, quase como pena, e eu, imediatamente, entendo o porquê. Sem ousar olhar-lhes nos olhos novamente, eu simplesmente aviso:

– Bem eu... Vou dar uma volta.

Me viro antes que eles pudessem notar o nervosismo em meu rosto. Já são quase duas horas, droga de Colheita! Deixo meus pés me guiarem pelas movimentadas ruas do Distrito 6 enquanto meus pensamentos estão à mil. Em um canto consigo ver o mendigo que "alimentei" tossindo e pondo as mãos no peito, sua respiração já devia estar quase parando, porém ninguém o ajuda, é quase como se ele fosse invisível. Se fosse um dia qualquer eu até pararia para assistir ao espetáculo, mas hoje não. A Colheita era tão patologicamente arrasadora que conseguia tirar até mesmo a minha vontade de diversão.

– Pensando em alguém especial? - ouço uma voz ao meu lado. Mais uma vez, estava tão perdido em meus devaneios que nem notara ele se aproximando.

– Ah, Hugo! Sabe que só penso em você... - respondo. Ele sorri. O sorriso mais lindo que existe. Capaz de acalmar até... Alguém como eu.

Ele pega minha mão e me guia até uma árvore, onde nós costumamos passar as tardes. Não é muito movimentado lá, o que significa que é perfeito para nós.

– Fiz isso pra você - ele diz, e pendura um colar com um pequeno H em meu pescoço. - Assim se sentir nervoso na hora da Colheita, pode lembrar de mim.

Eu sorrio, mas depois olho para baixo.

– O que foi? - ele pergunta. Não sou capaz de olha-lo nos olhos. Não sou capaz nem de lhe dizer alguma coisa, pois parece que há uma bola em minha garganta. - Você andou fazendo "aquilo" de novo, não é? Flux, você tem que parar. Isso não faz bem pra você. Pode parecer divertido na hora, mas depois veja como você fica!

Eu olho no fundo de seus olhos. Ele é a única pessoa que sabe sobre a minha "diversão". E, provavelmente, o único que não me julga por saber o verdadeiro eu. E, quando ele fala parece tão simples... Tão simples que até mesmo chego a acreditar que consigo parar.

– Eu sou doente... - balbucio, com vergonha de mim mesmo.

– Escuta, Flux - ele diz, segurando meu rosto. - Eu sempre estive aqui pra você. E sempre vou estar, não importa o que aconteça. E, quando se sentir fraco, pense em mim, e eu lhe darei forças para continuar. Você não é doente, está bem? Não quero que pense nisso nem mais um minuto, pode ser?

– Pode - murmuro. Ele beija minha testa.

Após isso o tempo passa tão rápido que quando me dou por mim já estou parado na fila, esperando pelo sorteio do tributo masculino, pois já há uma menina parada ao lado da assistente da Capital.

– E o sortudo desse ano é... Hugo Grubby!

O mundo pareceu parar nesse instante. E, sem pensar em mais nada, as palavras simplesmente escapam da minha boca, antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa.

– Eu me voluntario! - grito. - Me voluntario como tributo!

– Não! - exclama Hugo, ele provavelmente iria vir em meu encontro, mas os Pacificadores o seguram. - Não, você não pode! Não pode!

Eu não o encaro. Não tenho coragem de olhar em seus olhos. Simplesmente subo até o palco. A assistente da Capital fala alguma coisa, mas as palavras não tem sentido em minha cabeça. As pessoas me olham assustadas, provavelmente pensam que é meu amigo, ninguém sabe sobre a gente. Minha cabeça explode de pensamentos e tudo o que vejo é o H pendurado em meu pescoço.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sentiram pena do Flux? Raiva? E a Columbae? A mãe dela morreu no parto, junto com o irmão, e ela mora com o pai. Bom, o pai e a gata dela, né. Ela é mais fechada, é por isso que não conta muito a história dela. Mas enfim, patrocinam eles?



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