[HIATUS]Filha Do Não-Nomeado escrita por Saritcha


Capítulo 7
Grifinória vs. Sonserina


Notas iniciais do capítulo

Acho que, mesmo que este capítulo tenha sido escrito a um tempinho atrás, vou dedicá-lo ao Jubileu. Você não faz ideia de como sua recomendação me deixou feliz e pela primeira vez super orgulhosa de algo que escrevi.
Agradeço também a Corujinha, Valerie Riddle e Hanna Malfoy por comentarem, a Wendy (antiga Lady Nyu) por comentar quando eu estava perdendo as esperanças novamente e a Nosso Lindo Neji por favoritar.
Sério, vocês são ótimos.
Até as notas finais.



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Às vezes, de tanto obedecer as pessoas, me pergunto se elas usam Imperio em mim.

Nos arredores do castelo, o tempo estava tão fechado quanto em Hogsmeade. O céu negro e frio, indicando que durante o jogo iria chover. Ao longe já podíamos ouvir o barulho de trovoadas.

Descemos das vassouras no gramado ondulante, agora enlameado e fomos andando em direção ao estádio.

As pessoas já haviam entrado, a algazarra que elas faziam ultrapassava o barulho dos trovões. "Isso é que é animação" Pensei.

Era possível ver apenas os seis outro jogadores do time da Grifinória, desesperados na porta do vestiário. Jorge entrelaçou nossas mãos e fiquei com a maior vontade do mundo de executar a Maldição Cruciatos.

E então, cabum, os jogadores nos viram. "Por quê?" Pensei. Os seis jogadores saíram correndo em nossa direção, e, ao invés de desesperados, agora estavam raivosos.

— Seu maluco, onde você estava?! Madame Hooch quase deu a partida de graça para Sonserina! — exclamou Gina.

— Bem, estou aqui agora, não estou? — indagou, com uma pitada de frustração.

— Vá logo se trocar! — mandou Rony.

Todos voltaram apressados, apenas Harry ficou.

— Parece que o batedor da Grifinória apareceu! Toma isso Sonserina!!! — ouvi a voz de Lino Jordan pelo alto-falante. — Ah, desculpe Profª. MacGonagall...

Dei uma risada baixa e me voltei para Harry, que me fuzilava com os olhos verdes.

— O que estavam fazendo? — perguntou.

— Nada de mais, não se esquente. — falei.

— Como é que eu não vou me esquentar? Quase perdemos o jogo! — exclamou.

— Não perderam. E vê se agarra o pomo, sim? — pedi, passando por ele.

— Ei, isso não terminou. — falou pegando o meu braço.

— Então pode ser breve? Tenho que achar um lugar. — pedi.

— É sério, o que você quer? — perguntou.

— Hã agora? Achar um lugar para ver o time da Grifinória jogar. — respondi com sarcasmo.

— Eu falei sério. Eu não vou cair nessa sua historinha. Qualquer um com parentesco com o Malfoy não é boa pessoa. — disse.

Olhei para ele séria e tirei sua mão de meu braço em um movimento brusco.

— Quer saber quem eu sou nos mínimos detalhes? É isso? — perguntei.

— Exato. — murmurou.

— Então me encontre a meia-noite no Salão Comunal. Vamos conversar lá. — falei. — Agora anda antes que perca o jogo. — continuei, voltando a andar em direção ao estádio, ouvindo a voz de Lino Jordan ecoar.

Ouvi o farfalhar da grama e percebi que ele se dera por satisfeito. Dei um sorriso de canto, e continuei rumo a entrada. Comecei a subir os degraus de madeira, indo para a arquibancada, quando vi um clarão iluminar o estreito corredor.

Dei de ombros e continuei o caminho, mas quando estava chegando perto da abertura na parede, que dava para onde estavam várias pessoas em dourado e vermelho, parei subitamente quando alguém me cumprimentou.

— Ora, seja muito bem vinda Srta. Ravenclaw. — disse a voz.

Me virei lentamente e encontrei o que eu menos desejava, o fantasma da Grifinória, Sir Nicholas,ou como vários o chamavam, Nick Quase Sem Cabeça.

— Sir Nicholas... — murmurei, fazendo uma leve inclinação em sua direção.

— É um prazer ver que veio torcer para a Grifinória, e não para Sonserina. — falou, esboçando um sorriso.

— Eu deveria torcer para Sonserina por causa de meu primo? — perguntei. — Mas é claro que não! Estou na casa de Godrico Gryffindor, não?

— Sim, sim, mas sua mãe me falou que você foi cercada por pessoas dessa casa. — disse.

— Helena? Ela falou sobre mim? — perguntou.

— Sim, sim, mas é claro que falou. Ela só se lembra de ver seu pequeno rostinho. Os olhos verdes brilhando, enquanto você ficava encolhida, agarrando as mãozinhas em seu vestido cinza-escuro. O cabelo negro, meio azulado ao luar, apenas esperando por... — falou, fazendo uma pausa ao saber do que vinha a seguir.

— Voldemort. — falei, como se sentisse ódio. — Ele a tirou de mim.

— Sim, pouco antes de ir atrás do pequeno Potter, não? Ele sabe dessa pequena semelhança? — perguntou.

— Não... Irei contar a ele hoje. — falei. — Bem, se me da licença Sir. Nicholas, realmente gostaria de ver o jogo.

— E mais dez pontos para Grifinória!! — berrou a voz de Lino Jordan. — E o placar está noventa a zero, tome isso Sonserina!!... Desculpe Profª. McGonagall.

O fantasma da Grifinória deu um sorriso e voltou a seguir seu caminho, mas então, não sabia o motivo, alguma coisa começou a me incomodar.

— Espere, Sir Nicholas! — exclamei, me voltando para ele.

— Uh, sim, Srta. Ravenclaw? — perguntou, voltando-se para mim.

— A Helena... Por onde ela anda? — perguntei.

— Ah, sim... A Mulher Cinzenta está distante do castelo, sinto muito. — falou.

— Oh, entendo... Quando... Quando ela volta? — perguntei.

— Provavelmente antes do Dia das Bruxas, para o meu aniversário. Você seria muito bem vinda para poder ver sua mãe. — falou sorrindo.

— Muito obrigada Sir Nicholas, mas realmente creio que não seria muito bom para sua reputação uma viva em sua festa, não? — perguntei — Bem, obrigada do mesmo jeito, se ela voltar... Peça que ela me procure.

— Eu pedirei Srta. Bem, nos vemos na torre. — falou, voltando.

Assenti silenciosamente e finalmente me vi na arquibancada, e como o previsto, já estava chovendo. A chuva era fria e intensa, cada gota enorme caía rapidamente, deixando o verde escuro de minha blusa em um tom musgo.

— Ei, Din! Onde você estava? — perguntou Mione, me puxando para perto dela.

— Desculpe a demora, estava conversando com Sir Nicholas. — falei.

— Sir Nicholas? — perguntou, se cobrindo com a capa de chuva vermelha. — Por quê?

— Queria saber de uma pessoa... Bem, conto isso mais tarde,... Olhe lá! — falei, apontando para o borrão vermelho que era Gina, com a posse da Goles.

— Ah, não, o que é aquilo? — disse a voz de Lino — É! É isso mesmo, Harry Potter viu o pomo!!

— VAI HARRY!! — exclamou Mione, a "Miss. Felicidade" ou "Team Ronald Weasley".

De relance, pude ver Gina marcando mais um gol, e logo depois Rony defendendo da Sonserina.

"Então aquela aula que eu vi foi uma seleção..." Pensei.

Fred rebateu um balaço que bateu em um jogador da Sonserina.

— YEAH! — berrei, os olhos seguindo o borrão do Número 7.

E então, pouco depois:

— Harry Potter pegou o pomo de ouro, GRIFINÓRIA VENCEU!!! — Lino Jordan gritou no microfone.

— ISSO!!! — berrou Mione, me dando um abraço apertado.

— Haha, venha, vamos pro Salão Comunal. — falei, puxando-a pelo braço.

O Salão Comunal irrompia em aplausos e gritos de euforia. Simas Finnegan estava berrando como um louco, correndo de um canto para o outro com uma bandeira da Grifinória, com um grande leão dourado no meio.

— Ei, cadê a Gina? — Mione perguntou aos berros a Rony.

— Está lá em cima, acho que ela deve estar dormindo... — murmurou.

— Vamos lá? — perguntou.

— Claro... — comecei.

Mas foi um erro, do meio das pessoas gritando, Jorge abriu um pequeno caminho, por onde passou e me puxou para si.

Quando dei por conta do que tinha acontecido, ele me envolvia com seus braços, seu lábios nos meus, e todos a nossa volta gritavam, dando pequenos "vivas", e me questionei o quão fúteis elas eram.

Me vi então sem escolha, e retribuí o beijo, o que acho que ele interpretou um pouco mal. Ele me puxou pela cintura com certa força, me fazendo colar ao seu corpo. Ele alternava de tempos em tempos, sugando meus lábios ou mordiscando-os.

Os gritinhos continuavam, todos ainda olhando, e, por fim, quando o ar nos faltou, nos afastamos. Andei para trás, voltando para onde ele tinha me puxado, com o rosto furiosamente corado e sem dizer uma palavra sequer.

Pude ver todos me olhando, ainda sorrindo, rindo e gritando. Hermione sorria um pouco surpresa, e me puxou pelo braço, me arrastando para o quarto, agora com um motivo a mais. Enquanto subia a escada, em direção ao dormitório feminino,ainda pude ver Jorge, com um sorriso torto me encarando, enquanto seus amigos lhe "parabenizavam".

— O que foi isso?! — Hermione perguntou curiosa e feliz, fechando a porta do dormitório.

— Isso o quê? — Gina perguntou, sentando-se na cama.

— Seu irmão beijou ela! — exclamou.

Gina arregalou os olhos e segurou um grito de excitação. Sentei-me na cama, ainda sem dizer nada, dando a impressão de similar o que acabara de ocorrer.

E então, por fim elas gritaram.

— Não acredito, não acredito! — exclamou Gina, pulando em minha cama.

— Nem eu foi tão... Foi uma declaração que eles estão juntos pra todo mundo ver!Se você for lá em baixo agora vai ver os amigos dele o parabenizando e vários alunos se consolando! — falou rindo. — Não é todo dia que uma garota antipática e bonita chega no meio do sexto ano em Hogwarts. — provocou.

— Se consolando?! Como se eu fosse atrair alguém! — me manifestei, fingindo incômodo e raiva.

— Hum... Atraiu o Jorge... — murmurou Gina, num sorriso maldoso.

Ela me deixou mais corada, e aos poucos, brotou um sorriso nos meus lábios.

— Ah, bom... É... — murmurei abraçando o travesseiro, a única coisa que eu gostava no mundo além de meu pai.

— Okay, agora é oficial. A família Weasley vai acabar se enchendo de tanto ouvir falar de você! — Gina riu.

— Como assim? — perguntei.

— Haha, mesmo que eu ou o Rony não façamos isso, com certeza o Fred fará! — disse Gina rindo de minha desgraça.

— Uh... Que droga... — gemi.

— Hahaha, calma, nossos pais não mordem. — falou rindo.

— Espero... — falei, demonstrando um pouco de medo que na realidade era uma enorme vontade de rir.

— Bem, vamos dormir. Pelo visto você terá um dia cheio amanhã... — Hermione falou, ainda sorrindo.

— Claro... — disse Gina, voltando para sua cama.

— Boa noite, meninas. — Mione murmurou ao apagar as luzes.

— Boa noite... — murmurei.

Nenhuma delas fez mais algum barulho, e eu me virei para o lado, me cobrindo com a manta vermelha. Esperei um tempo, pelo que percebi devia ser onze e meia. Me sentei na cama e olhei o relógio de prata.

"Hora de descer." Pensei.

Fim do capítulo 7.


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Notas finais do capítulo

Bem, eu escrevi esse capítulo durante as féria de Julho do ano passado (para vocês verem como eu posto regularmente), durante uma tempestade. Então fiquei relativamente inspirada, e esse capítulo é, basicamente, as portas para uma parte da Din que poucos conhecem e que raramente irá dar as caras, então para concluir, espero que tenham gostado do capítulo.
Kisses coconuts~

P.S.: De novo, vocês são demais.
P.S.:² Desculpem os erros, a fic não é betada, então, se virem um, por favor me avisem para corrigi-lo.



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