[HIATUS]Filha Do Não-Nomeado escrita por Saritcha


Capítulo 8
Passado


Notas iniciais do capítulo

Ahn, eu devo desculpas à vocês... Eu definitivamente esqueci mesmo de postar esta terça... Mas culpem o Jubileu, ele me distraiu pra caramba (apesar de ter me lembrado de postar) e também a escola e alguns probleminhas pessoais.
Antes do capítulo eis aqui a declaração do meu noivo/amante, via Facebook.
"Queridos leitores, eu, Jubileu Bilinski da Silvassauro, peço-vos desculpas por ter distraído a escritora, e distrairei ainda mais esses dias, o choro é free."

Aproveitem o capítulo meus coconuts, tenho algumas informações para vocês nas notas finais.



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Me pergunto o quão fácil seria aparatar, e começar em qualquer outro lugar. Mas não posso, estou presa.

O relógio marcava meia-noite e dez, e nenhum sinal do Potter.

O único barulho no Salão Comunal, era do crepitar do fogo na lareira, alternando desde o amarelo ao laranja-avermelhado.

— Pode começar a contar. — disse a voz de Potter. Arregalei os olhos e me virei para a esquerda, vendo ele se sentar ao meu lado.

— De onde você veio? — perguntei.

Ele não respondeu, apenas se sentou e me encarou com os olhos verdes. Dei de ombros e me abracei as pernas, olhando para o fogo.

— Bem... Dezesseis anos atrás, no dia primeiro de setembro, eu nasci. Filha de Helena Ravenclaw e Charlie Cleawater. — falei, mentindo apenas a última parte. — Não sei o motivo, se foi por diversão, ou por alguma outra razão, mas no dia dezessete de julho do ano seguinte, minha mãe me botava para dormir, comigo em seus braços. Ela sabia, eu acho, o que viria a seguir. Ela me colocou no berço e.... Assim que se virou, o brilho verde que ambos conhecemos saiu do escuro. Voldemort a havia matado.

Eu me calei por um tempo, como se doesse contar, ainda olhando para o fogo, quando ele me abraçou. Olhei para ele, o rosto deitado em meu ombro, e seus braços passando por mim.

— O que está fazendo? — perguntei , olhando diretamente em seus olhos.

— Eu sei como se sente. Ter os pais mortos por Voldemort. Eu iria querer que alguém que me compreendesse me abraçasse, sabe.... Para mostrar que não sou o único. — murmurou.

Hesitei por um tempo, mas o abracei, o que acho que lhe causou muita surpresa, já que quase recuou. Mas ao se acostumar com a ideia, voltou a me abraçar.

— Obrigada. — falei. — Mas meu pai não morreu, apenas minha mãe. — continuei, agora saindo de seu abraço, voltando a olhar para o fogo.

— Não? — perguntou.

— Não. Meu pai sempre esteve distante, trabalhando, e não estava naquela noite conosco. Ele voltou apenas na manhã seguinte, onde encontrou o corpo de minha mãe, e eu chorando no berço. O fantasma de Helena já estava em Hogwarts, e ela jamais saberia o que aconteceu comigo. — falei. — Bem, pelo menos até agora, não? Meu pai realmente nunca teve tempo para a família, apesar de me amar muito, e então, me deixou com a família de seu melhor amigo de infância. Lúcio Malfoy me recebeu de braços abertos.

— Espere... Você não tem nenhum laço de sangue com eles? — perguntou.

— Não. Não tenho. Chamar Malfoy de "primo" foi uma ideia de Narcisa. — falei, me virando para ele. — Era só para eu não me sentir como se não fosse parte da família.

Harry hesitou, com alguma coisa matutando em sua cabeça, e por fim, decidiu falar.

— Olhe, Din... Não quero "ir contra" o seu pai, ou quanto ao fato dos Malfoy tratarem bem aqueles que não odeiam, mas... Eles não são boas pessoas. — falou. — Eles estão do lado do Voldemort.

— Desculpe discordar Harry, mas realmente não posso acreditar em você. Eu vivi esse tempo todo com eles, eu mesma suspeitei, mas nunca vi qualquer ligação entre os Malfoy e ele. — falei, me segurando para não rir. — A coisa mais podre que já vi deles foi a sala em baixo do Salão de Jantar. Cheio de coisas ilegais.

Ele pareceu querer discordar, mas não disse nada, apenas baixou a cabeça.

— Hum... Desculpe ter... Ter desconfiado de você. — murmurou baixo.

— Está tudo bem. — murmurei , me levantando, dando o assunto como encerrado. — Bem... Temos que ir, não? Já está tarde, e não quero perder o sono.

— Claro. — concordou. — Tome. — disse me jogando uma capa.

— Para que esse pedaço de pano velho? — perguntei.

— Pedaço de pano velho...- riu ironicamente. — Isto, é o que me trouxe aqui sem ser percebido. — falou.

Abri a boca para protestar, mas ele apenas revirou os olhos e se aproximou. Pegou novamente a capa e nos cobriu.

— Como isso vai ajudar? — perguntei.

— É uma Capa da Invisibilidade que ganhei do meu pai. — falou, quando começamos a subir a escada.

— Ah... Agora faz sentido. — murmurei.

Passamos pela porta do dormitório masculino, nos direcionando ao feminino. Como ele não sabia onde era, eu fiquei na frente, e pude sentir sua respiração em meu pescoço.

— Pode se afastar um pouco? — pedi.

— Desculpe. — murmurou.

Continuamos subindo até chegarmos a porta e retiramos a capa. Me virei de costas para o dormitório e o fitei. Ele fez o mesmo, e ficamos assim por uns cinco segundos, o que pareceu um tempo interminável.

— Bem... Obrigada por me trazer aqui. — falei.

— De nada. — murmurou se virando para ir embora.

Abri a porta do dormitório e entrei silenciosamente. Me sentei em uma janela e me abracei com as pernas, observando o resto do castelo abaixo de mim, ou então olhando para o lago.

— Que burro... — sussurrei sorrindo antes de ir para a cama me deitar.

...

— Bom dia. — disse uma voz suave acima de mim.

Abri os olhos e dei um bocejo, me espreguiçando logo depois. Me sentei cama e esfreguei os olhos, e por fim, me perguntei de quem era a voz.

Me virei para o lado e lá estava. Jorge estava com um sorriso divertido no rosto, sentado a cama vazia de Gina.

Sequer tive tempo para arregalar os olhos ou qualquer coisa, no momento seguinte ele já estava sentado na beira de minha cama, fazendo um não com a cabeça.

— O que está fazendo aqui? — perguntei.

— Sabe que horas são? — indagou.

— Não faço a mínima ideia. — admiti.

— Meio dia. — falou. — Me mandaram aqui para ver se não morreu.

— Quem te mandou aqui? — perguntei.

— Acredite se quiser, mais foi o Prof. Dumbledore. — falou.

— Dumbledore? — perguntei.

— Sim. — afirmou.

— Foi por causa de ontem? — perguntei.

— Provavelmente. — disse, dando de ombros.

Dei um suspiro e levantei da cama, ainda trajando as roupas de ontem.

— Meu Deus... — comentei.

Dei de ombros e o fitei, e ele fez o mesmo.

— Pode sair? — perguntei.

— Hum? Ah, certo. — falou se direcionando para a porta, fechando-a logo depois.

Suspirei e por fim sai da cama , indo diretamente para o banheiro.

— Maldito Dumbledore... — praguejei.

Penteei os cabelos e escovei os dentes. Alguma coisa me assombrava nos pensamentos, como se eu fosse me arrepender de sair da cama.

Não sabia bem o que era, mas me vagava a cada segundo, talvez por causa da conversa que eu tive com Harry, aquilo havia sido esquisito, mas acabei por focar meus pensamentos em Dumbledore.

— Velho gagá. — murmurei, fechando a porta do dormitório atrás de mim.

O Salão Comunal já estava começando a encher novamente, considerando que já era quase uma hora. Desci as escadas, tomando cuidado para não pisar no vazio quando as escadas mudavam de lugar; o sono realmente me dominava.

A mesa da Grifinória estava relativamente vazia, mas ainda estavam presentes a turminha do Potter, mais uma peça série de "O mundo odeia a Din".

Dei de ombros, pegando um pão francês enquanto passava pela mesa. Os olhos deles me seguiram, menos o de Jorge, que estava concentrado em transformar uma gelatina em algo bebível.

Passei os olhos pela mesa dos professores, Dumbledore era o único ainda presente, se divertindo enquanto fazia palavras cruzadas.

— Hey. — chamou a voz de Mione.

Me virei para olhá-los, mas lancei-lhes um olhar de "agora não" , que agradeci por ter sido muito bem entendido. Uma mão me puxou pelo antebraço, me fazendo virar bruscamente em sua direção.

— Um "bom dia" cairia bem.- Harry foi frio, como se dizer isso fosse obrigação.

— E você de bom humor comigo cairia bem como suco de abóbora para um maluco no deserto. — retorqui, me desvencilhando na sua mão, voltando a andar na direção da mesa dos professores.

Dumbledore desviou os olhos do caça-palavras e me olhou seriamente.

— O que quer? —sibilei.

— Ah minha cara — sorriu gentilmente. —, gostaria de saber como terminou seu encontro. — falou, os olhos brilhando por baixo dos óculos meia-lua.

— Encontro? — murmurei, mordendo um pedaço do pão.

— Sim, sim. — sorriu, guardando o passatempo trouxa por entre as vestes.

— Está perguntando no que deu? — indaguei.

— Exatamente. — sorriu mais.

— Por que não pergunta logo o que eu pretendo com isso? — falei fria.

— Com isso o quê? — perguntou com a voz calma.

— Eu fico me perguntando por que não age... — falei, me virando de costas.

— Porque não há nada que eu possa fazer, quando alguém não escolheu por qual caminho seguir. — disse, se levantando e indo para a sua sala.

— Idio-

— Hey, venha se sentar com a gente agora. — chamou Gina, interrompendo meu xingamento.

Quase tive um acesso de raiva ao ouvir a voz irritante daquela garota, mas apenas respirei fundo e andei na direção da mesa.

— Claro. — sorri, mordendo mais um pedaço do pão.

— E então? Sobre o que se tratou a conversa? — perguntou Harry.

— É da sua conta? — indaguei.

— Considerando que... — começou.

— Que suspeita que eu seja diabólica e do mal? — perguntei, me exaltando um pouco.

O silêncio pairou entre eles e eu suspirei.

— Venha, sente-se. — convidou Gina.

Eu suspirei e me sentei a seu lado, encarando a refeição. Nada, absolutamente nada além do pão francês que eu comera despertava meu apetite. Queria voltar para o quarto, mas a pilha de deveres que eu deixara para fazer não me era muito convidativa.

Lembrei então que era domingo, e então me exaltei. Correio. Mas as entregas ocorriam apenas pela manhã, o que me fez ficar visivelmente desanimada.

— O que foi? — perguntou Mione.

— Eu perdi o correio... Estava esperando notícias de meu pai. — murmurei.

— Ah, é mesmo. — começou Harry, retirando um envelope amassado dos jeans velhos. Isto chegou pra você, então... — murmurou, me estendendo a carta.

Arregalei um pouco os olhos. Sabia que se eu tivesse recebido uma carta, não seria boa coisa que eles vissem se quem. Peguei a carta e parei os olhos sobre o envelope, onde a caligrafia extremamente delicada e caprichosa dizia:

Din S. Ravenclaw

Salão Principal, Hogwarts

Suspirei aliviada ao ver que quem me enviara era Narcisa, mas ao mesmo tempo estava desconfiada e intrigada. Boa coisa é que não deveria ser.

— De quem é? — perguntou Rony. — É do seu pai?

— Não... É da Narcisa Malfoy. — murmurei, abrindo a carta.

Eles se entreolharam por um breve momento e se calaram, provavelmente esperando que eu a lê-se. Engano deles.

Querida Din,

Devo informar eu seu pai não está muito satisfeito com o que ocorreu. Você ir para a Grifinória

A letra saiu borrada, o que me fez perceber que ela escrevera o nome da Casa com raiva. Isso me fez abrir um imenso sorriso.

fez com que muitos começassem a se questionar se você é qualificada. É claro, eu, Lúcio e Bellatrix não duvidamos nem um segundo, mas ao final das contas, o Lorde das Trevas interviu.

Suspirei profundamente, aquilo não deveria significar boa coisa. Os outros continuaram ansiosos, como se eu fosse dizer algo extremamente bom ou ruim.

O Lorde das Trevas pede — para dizer de um jeito mais... carinhoso — que você comece a agir, afinal, é uma Comensal assim como todos.

Espero que você e Malfoy estejam bem, e lhe desejo muita paciência com esta... Casa maldita.

Atenciosamente, Narcisa.

Reli a carta mais algumas vezes e depois a amassei, colocando-a no bolso.

— E então? — perguntou Jorge.

— Nada de mais. — murmurei. — Apenas intrigada que eu não tenha ido para Corvinal... A pesar de que ela desejava que eu fosse à Sonserina.

Suspirei. Odiava o jeito como Narcisa se preocupava comigo como se eu fosse um bebê, e ainda por cima sua filha, mas... Eu tinha de admitir que gostava de ver Malfoy sentindo vergonha quando ela se preocupava.

— Você não tem jeito para Sonserina. — interveio Fred. — Mas que S é esse que estava entre o seu nome e o Ravenclaw? — perguntou.

Engoli em seco e senti o olhar do Potter cair para o bolso onde eu colocara a carta. Maldito seja o Potter! Motivo dessa vez? Ele está respirando!

— Suzane... — sussurrei baixinho.

— Suzane? — perguntou Mione.

— Meu nome do meio que eu detesto, então, por Merlim, se usarem esse nome, eu juro que vai valer a pena ir para Azkaban para matar um de vocês! — exclamei.

Eles riram, parecendo se divertir com o fato do meu "nome do meio" ser algo terrível para mim. Revirei os olhos e fiquei encarando as costelas de porco em uma travessa dourada à minha frente.

Não. Eu continuava sem a mínima fome, e por incrível que pareça os deveres de casa da McGonagall começaram a aparecer interessantes.

— Bem, e porque não gosta do nome? — perguntou Fred, acho que provavelmente querendo um motivo para fazer piadas.

— Não faço ideia, mas não gosto. — murmurei, brincando com uma mecha de cabelo. — Só não gosto. Pergunte a Ninfadora Tonks porque ela não gosta do nome.

Conhece a Tonks? — perguntou Harry.

Suspirei. Merda, de novo o Potter e suas indagações problemáticas!

— Não, pelo menos não pessoalmente. — falei. — Mas ela é uma auror, e das boas pelo que soube.

— Não respondeu a pergunta. — insistiu.

Me levantei bruscamente, as mãos na borda da mesa, apertando-a com força. Eu me sentia fervendo. Quem me dera poder agir de livre e espontânea vontade ali!

— Vai ficar me interrogando? Pegue um frasco de Veritaserum do estoque do Snape que te poupa tempo! — retorqui, me virando para a porta, por onde um restinho de estudantes ainda entrava para o almoço.

— Din! — exclamou Mione.

— Olhe o que você fez! — ouvi Jorge bufar.

Revirei os olhos e olhei de esguelha para a mesa de Sonserina. Malfoy observava tudo atentamente, e eu estava com a maior vontade do mundo de matar alguém. Naquele momento, Pansy Parkinson me parecia a vítima perfeita.

"Tire as suas mãos engorduradas do meu namorado." Pensei, tendo de me segurar para não grunhir aquilo.

Malfoy pareceu perceber meu olhar de ódio e soltou um pequeno sorriso de satisfação. Eu revirei os olhos e continuei meu caminho para onde eu achava que ninguém pensaria que eu fosse: a cabana de Hagrid.

Os gramados ondulados estavam completamente vazios. Mesmo que já passasse das uma e meia, ainda tinha uma névoa rala por cima do chão.

A fumaça saia da cabana do Guarda Caças como pequenas nuvenzinhas cinzas, que pareciam bem mais claras das que estavam sobre Hogwarts. Com toda a certeza, choveria mais tarde.

Bati três vezes na porta e esperei. A porta se abriu e o rosto de Hagrid, com seus cabelos negros e emaranhados em volta abriu um pequeno sorriso ao perceber que era eu.

Fim do capítulo 8.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi maiorzinho, não? Espero fazer capítulos numa média igual a essa daqui para frente. Enfim, as notícias:

1ª Comecei a escrever um Capítulo Especial, que será seguido de outro para assim, depois do segundo, voltarmos a história. Mas não são capítulos muito especiais. São momentos que eu não contei na história, mas que aconteceram, eu apenas detesto a palavra "falshback" no meio de um texto.

2ª Estou entrando em época de provas, então o meu tempo mal distribuído no computador será mais mal distribuído, o que poderá resultar no esquecimento de postagens e a falta de criatividade para concluir os especiais e iniciar o capítulo 17.

Outra coisa: gostaria de agradecer a vocês por acompanharem essa estória. Vocês não fazem ideia de quantas vezes quase desisti dela completamente. Fnnáticos, vocês são os melhores.

P.S.: Uma breve explicação: o nome completo da Din é Din Servollo Ravenclaw, mas, ao viver com os Malfoy, passou a ser Din Servollo Riddle, e para entrar em Hogwarts "mudou" para Din Suzane Ravenclaw



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