[HIATUS]Filha Do Não-Nomeado escrita por Saritcha


Capítulo 3
Defesa Contra As Artes Das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Hey~! Então, sei que demorei para postar, mas eu ia postar no Sábado, só que minha mãe me mandou sair do computador, então culpem ela. Mas fiquei com preguiça no Domingo, e ontem a noite vi que alguém leu. Então fiquei feliz, e aqui está o Capítulo 3! E, sim, ainda não terminei o Capítulo 15.



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Incendio. Usado para produzir fogo. Acho que algum dia, ainda pedirei para que o use em mim.

O Salão Comunal da Grifinória era alegre e “quente”. Cheio de sorrisos, risadas e tudo o que eu mais odiava, mas o meu ódio podia se resumir em duas palavras: Harry Potter.

Eu entrei por último, seguida de olhares. Assim que eu entrei a sala ficou quieta. Dei de ombros como s fosse inocente e me sentei em uma poltrona de frente para a lareira, em seguida pegando O Profeta Diário para ler.

“Voldemort, ainda é uma ameaça? A resposta está aqui!”

Eu nem precisava ir até a página com a notícia para saber que eles tinham posto não e que a resposta deles era uma farsa descomunal.

As figuras do ministro falando eram perfeitas para fazer uma pichação com bigodes e chifres.

— Por que veio para cá? — perguntou alguém.

Me virei para ver quem era, e imediatamente quase explodi.

— Deixe-me ver... Porque o Chapéu-Seletor me pôs aqui? — perguntei.

— Estou falando sério. Você não merece ser da Grifinória. — disse.

— Tem certeza de que não é a Grifinória que não me merece, Potter? — perguntei.

— Como é? Você é bem audaciosa para insultara Grifinória! — falou.

Me levantei e o encarei. Como ele se achava!

— Hum... Talvez eu seja mesmo. Tão audaciosa para te insultar também. — falei.

— Você ainda não fez isso. — falou.

— Ainda não. Isso quer dizer que ainda farei. — disse.

— Calminha aí gente. — disse Jorge entrando no meio de nós.

— Jorge, vai defendê-la ou o quê? — perguntou Rony.

—Hã... Sim, vou defendê-la. — falou.

— Obrigada Jorge, mas não preciso de proteção. — falei.

— Tem certeza disso? — perguntou o Potter.

— Absoluta. Nos vemos na aula de Defesa Contra As Artes Das Trevas, Potter. — falei, cuspindo seu nome e subindo até o meu dormitório.

Entrei no último dormitório da torre. Era o único vazio. Minhas malas estavam lá, junto com todo o material e as novas roupas. Só faltava um animal. Eu não podia trazer Naggini, então teria que arranjar um bichinho novo logo, logo.

Pus o pijama de flanela e fiquei olhando pela janela. Dava para ver Hogwarts inteira. Se não odiasse aquela escola, acho que teria me impressionado com a vista.

...

Quando acordei o primeiro raio de sol saía por entre as nuvens. Era a hora de se movimentar e começar a agir como uma lolita super fofa que gosta de animais e arco-íris.

Vesti o uniforme e peguei os livros, mas sobretudo minha varinha. Jamais a deixava longe, era a coisa a qual eu mais me apegara. Feita da árvore de sabugueiro, trinta centímetros, meio flexível e com núcleo de pena de Fênix.

Era um meio termo entre a varinha de meu pai e a de Dumbledore.

Antes de sair dei uma olhada no espelho. Meus longos cabelos pretos estavam um pouco desajeitados, mas nada assustador, os verde esmeralda de meus olhos cintilava obscuramente, e tinha certeza que se eu desse um sorriso ficaria parecendo feliz, animada e nada como eu realmente era.

Desci até o salão principal onde já tinham algumas pessoas. Sentei na mesa da Grifinória e Malfoy veio até mim.

— O que foi aquilo ontem a noite? — perguntou.

— Que parte Draco? — perguntei.

— A parte onde você foi para Grifinória. — falou aos sussurros.

— Realmente... Não faço a mínima ideia, talvez aquele chapéu esteja velho, talvez tenha sido o Snape, mas seja o que for, ajudou. — falei dando um gole no suco de abóbora.

— Ajudou em quê? — perguntou.

— Bom, eu já tinha deixado uma má impressão no trem, se eu fosse para Sonserina, seria quase impossível trocar uma palavra com aquele maldito. — falei.

— Ah. Vai ter aula de que depois? — perguntou.

— Defesa Contra As Artes Das Trevas. — falei.

— Está de brincadeira com a minha cara, não é?— perguntou.

— Não. Dumbledore realmente arma um bom jogo,... Mas assim, posso descontar minha raiva em alguém e dizer que foi acidente. — falei.

— Bom, tenho que ir, Crabbe e Goyle querem ir logo pra aula de Poções. — falou.

— Até. — falei dando outro gole no suco.

Fiquei sozinha por alguns minutos, enrolando para comer, até que uma menina de cabelos loiros e olhos cinzas se sentou na minha frente. Ela vestia roupas de Corvinal.

— Olá, sou Luna Lovegood. — falou estendendo a mão.

— Din Ravenclaw. — falei apertando-a.

— É, eu soube disso. Mas fiquei assustada por vir para a Grifinória. — falou.

— Eu também. Por ser herdeira de Corvinal achei que devia ir pra lá. — falei.

— É... Acho que sua mãe ficaria curiosa sobre isso. — falou.

— Verdade,... Ela anda muito pelo castelo? — perguntei.

— Não, a Helena deu uma sumida. Deve estar em algum tipo de convenção para fantasmas ou sei lá. — falou sorridente.

— Talvez. Bom, foi um prazer Luna. — falei.

— O prazer é meu Din. Ah, já ia esquecendo, Pasquim?- —perguntou estendendo um jornal.

— Obrigada, o seu pai é o editor chefe, certo? — perguntei pegando o jornal que depois serviria como combustível para a lareira do meu dormitório.

— Isso mesmo. — disse sorrindo. — Cuidado com os zonzóbulos!

Ela saiu saltitando alegremente por aí, sem ligar com os outros olhando. Mas não deixei de me perguntar por onde Mulher Cinzenta andava.

Dei de ombros e me conduzi para o terceiro andar. Enquanto as escadas mudavam de um lado para o outro, fiquei observando os quadros. As pessoas acenavam e sorriam.

— Vai andar ou não? — perguntou alguém atrás de mim.

Nem me virei para ver a figura, se não tinha certeza que a mataria. Andei em direção a sala e me arrumei em frente ao “palco” armado.

A aula era mista de Grifinória e Lufa-Lufa. As pessoas estavam se aglomerando em volta dali. Ridículas. Fui para trás de todos e Snape subiu no “palco”.

— Não quero ver gracinhas nesta aula. Hoje vamos treinar duelos. Não vai ser uma brincadeira de criança. Vale tudo, menos as três maldições imperdoáveis. — disse com a voz severa.

Fiquei encarando-o para tentar decifrar o que ele pretendia. Não fazia muito sentido.

— Vamos começar com uma dupla de famosos no colégio. — falou — Potter, suba. Você vai duelar.

O Potter saiu em meio aquelas “crianças” e ficou esperando apenas que Snape dissesse seu adversário.

— Din, você vai lutar com o Harry. — falou.

“Agora sim faz sentido.” Pensei.

Dei um sorriso torto e subi naquela armação. Os olhos de todos pregados em nós.

O Potter me fuzilando com o olhar. Como se ele me assustasse.

Fizemos uma reverência e fomos cada um para o final da armação.

— No três. Um... Dois... Três. — disse Snape.

Expelliarmus! — disse Potter conjurando o feitiço.

Ele me desarmou e fiquei sem varinha. Patético.

Accio varinha! — falei chamando a varinha de volta.

Imediatamente ela voltou para a minha mão. Bruxos habilidosos não precisam sempre de varinha, fazer o quê?

Tanto o Potter quanto os outros ficaram surpresos, mas antes que ele conseguisse lançar seu próximo feitiço eu disse:

Estuperfaça!

Em um estrondo o Potter estava no outro lado da sala, deitado no chão com a varinha largada a seu lado.

As pessoas olhavam, Snape estava sem expressão, e então comecei a andar até ele. Bom, era uma aula de Defesa contra as artes das trevas, não é? Acho que o Potter não conseguiria passar nessa matéria duelando comigo.

Fiquei olhando para ele. No chão, se revirando com um pouco de dor, indefeso.

— Levante. — falei.

Ele me olhou com dúvida, como se não entendesse por que eu queria que ele fizesse isso.

— Levante! — exclamei.

Me virei para voltar ao meu posto enquanto ele se levantava.

— Por que fez isso? — perguntou ficando de pé.

Me virei de novo e fiquei em posição.

— Todo o grande bruxo não ataca alguém desarmado. Me ensinaram isso. — falei.

— Que coisa, achei que nunca fosse fazer isso. — falou dando um sorriso falso.

— É, mas eu faço. — falei.

Estupore! — falou

Protego! — me defendi. — Everte Statum!

Harry caiu no chão depois de dar três piruetas no ar. “Talvez, se algum dia resolvermos deixá-lo em paz, ele se torne um bailarino.” Pensei.

— Que coisa, você só usa feitiços de criança. — falou apontando a varinha pra mim.

Quer que eu use outros tipos de feitiço?- perguntei.

— Se você conseguir. — falou.

Dei um sorriso troto, apenas esperando seu próximo ataque.

Exepelliarmus! — atacou.

Protego! — defendi.

— Viu, só usa coisas assim.— falou.

— Ok, vejamos... Perfeito.Element circa! — ataquei.

O ar a nossa volta começou a moldar-se de acordo com meu comando. Prendi Harry em uma esfera que começou a condensar-se, tornando impossível de respirar e sair sem meu consentimento.

— O quê...? — perguntou Snape, incrédulo.

— Ela consegue conjurar esse feitiço? — ouvi alguém perguntando.

— Desde quando um aluno do sexto ano consegue fazer esse feitiço? — perguntou Snape.

— Desde que eu treino? — perguntei retoricamente.

Háum ano eu o treinava, e havia me tornado boa em fazê-lo. Mas, realmente nunca mais duelei com Snape desde a volta de meu pai.

— Solte ele. Agora.— falou severamente.

Olhei para o Potter que estava quase sufocando. Retirei o feitiço a contra gosto e fiquei encarando-o.

— Tenho que admitir, você é boa. — disse recuperando o fôlego.

— Obrigada, você também. — respondi.

O resto da aula foi também de duelos, mas nenhum interessante. Depois de Defesa Contra As Artes Das Trevas, tive Herbologia, Adivinhações e Runas Antigas. Todas chatas e entediantes. Demoravam praticamente mil anos para passar.

— Ei, quer almoçar com a gente? — perguntou a garota com a qual eu tinha passado a última aula.

— Não, obrigada. Prefiro almoçar sozinha. — falei sorrindo.

Ela assentiu e saiu da sala. Demorei um pouco para pegar os livros, não estava com vontade nenhuma de almoçar e depois ter aula de voo. Não ia prestar.

O salão principal reunia todos os alunos da escola. Todos esfomeados a ponto de lutar por um pedaço de carne. Sentei sozinha, torcendo para que Malfoy saísse de sua mesa e viesse falar comigo para eu poder xingar o Potter e me sentir melhor. Mas não foi ele que meu pensamento atraiu.

— E aí? — perguntou Jorge se sentando ao meu lado.

— Oi. — disse brincando com o pedaço de frango que estava em meu prato.

— Tudo bem? — perguntou.

— Sim, só meio entediada pra falar a verdade, e nenhuma vontade de comer. — respondi.

— Por quê? — perguntou.

— Bom, depois do almoço vou ter aulas de voo. Não vai ser uma boa combinação. — falei sorrindo.

— É, nisso tem razão. Vai entrar para o time? — perguntou.

— Hã? — perguntei incrédula.

Olhei diretamente para seus olhos. Castanhos. Eram alegres, extrovertidos e "sorriam". Parece que em Grifinória só tinha gente assim.

— Para o time de Quadribol. Só faz essa aula quem participa. Os outros ficam só olhando. — respondeu.

— Ah... Então acho que vou comer um pouco mais. Não gosto muito de Quadribol. — disse espetando um pedaço de frango no garfo.

— Oh, então acho que vou te ver dormindo na arquibancada, certo? — perguntou sorridente.

— Me ver? — perguntei.

— Sim, eu participo do time. Eu e mais umas outras pessoas da família. — respondeu.

— Então essa aula reúne todos os anos? Hum... Meio diferente. Quem da família? — perguntei.

— O Rony é goleiro. A Gina artilheira, e o Fred e eu somos batedores. — respondeu.

—Ah... Tem bastante gente da sua família jogando. E respondendo a sua antiga pergunta, não, não vou ficar dormindo. Vou ficar pensando. — falei.

— Pensando? Pensando no quê? — perguntou curioso.

Não podia falar nem a metade do que passaria pela minha cabeça. Então tive que pensar em uma resposta rápida.

— No animal que eu vou ter que comprar. Não pude trazer meu antigo bichinho. — falei.

— De que tipo de bichos gosta? — perguntou.

“Cobras” Pensei.

— Tanto faz para mim. Mas acho que o melhor é coruja. — respondi.

— Coruja. Não achei isso, a minha é um perigo, algum dia, ela ainda machuca alguém seriamente. — falou.

— Ok, vou pensar melhor. — falei.

— Jorge, vamos indo. Temos que nos arrumar. — disse alguém chegando.

O garoto que chegou era exatamente igual ao Jorge. Mesma altura, mesmos traços, idênticos.

— Não sabia que tinha um gêmeo. — falei.

— É, eu tenho. — falou um pouco desanimado.

Eu ri com aquilo. Não achei engraçado de verdade, mas, era uma coisinha boba.

— Ah, olá. Sou o Fred. — disse estendendo a mão.

— Din. — falei apertando-a.

— Ah, então essa é sua namorada? Não sabia que ela era tão bonita. Ele passou a noite inteira sussurrando o seu nome, eu não consegui dormir! — falou.

Fiquei vermelha. Ele podia estar mentindo, mas ainda assim era constrangedor.

— Fred, eu vou te matar! — disse Jorge pulando no pescoço de Fred.

Eles saíram correndo dali como dois condenados. Parecia que mesmo sendo imprestáveis, eles me fariam rir.

Dei de ombros e fui para a aula.

Fim do capítulo 3.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Assim que eu terminar o capítulo 15 - o que eu espero que seja logo -, eu postarei o quarto. Bye, bye coconut~Ah, mereço reviews?