Flaskblack.

Fazia um més que o grupo de Rick estava na fazenda. Meu pai ainda não estava feliz com o grupo, mas confiava muito nele. Eu e Glenn sempre inventávamos alguma coisa no fim da noite, meu pai não sabia e nem devia. Carol sabia e sempre nos alertava sobre alguma coisa, mas íamos por diversão mesmo.

Marcamos de sair depois do jantar. Eu inventava qualquer desculpa e fazia meu pai acreditar. Glenn era mais livre e não devia satisfações à ninguém e se quiser sair, sai. Durante todo o jantar fiquei imaginando certas desculpas na minha cabeça, mas ao meu ver nenhuma era convincente.

– Pensativa de novo Maggie ?. - Meu pai sussurrava no meu ouvido.

– Não; na verdade não. - Respondi. - Eu posso me retirar ? quero tomar um ar puro.

– Claro, mas só vai com alguma faca ou arma. Precisamos de você aqui.

Assenti com a cabeça. Meu pai, Beth e Patrícia estavam na sala, como sempre conversando sobre o mundo de antes. Peguei uma pequena manta e uma faca. Glenn devia estar me esperando lá fora.

Ele me esperava no celeiro. Assim que me viu pegou alguma coisa e guardou no bolso, eu não perguntaria por que acho que ele não devia certas explicações para mim.

– Vamos aonde hoje ?.- Perguntei ainda mais animada.

– Vamos em qualquer lugar. - Ele respondeu. - Só preciso de uma coisa.

– O que ?.

– Isso.

Ele respondeu e me beijou. Era noite, a lua estava pálida e estávamos com duas lanternas. Deixei a minha cair quando Glenn me beijou. Era sei lá nosso nono ou decimo beijo, mas nunca passamos disso, só beijo. Nunca transamos na verdade.

– Glenn... não... é certo... - Eu tentava me desviar da fúrias dos lábios de Glenn, mas ele insistia em me beijar.

Então eu deixei, poderia ser divertido. O beijo ficava intenso conforme íamos tirando nossas roupas. Por um momento eu devia ter me preocupado com tudo que estava acontecendo, mas deixei rolar. Meu corpo ia esquentando a cada toque de Glenn, a cada suspiro. Minha respiração estava fora do normal, literalmente ofegante. Nossos corpos estavam muito mais que quentes, ainda mais quando Glenn aumentava a pressão. Eu não sabia fechar a boca, mas tudo bem... estávamos um pouco longe da fazenda e ninguém ouviria. Glenn era bom, muito bom ele sabia fazer coisas bem interessante. Por mim, ficava com ele ate o dia clarear, mas meu pai desconfiaria de qualquer coisa e não seria fácil inventar outra história.

– Tem alguma desculpa para distrair seu pai ?.- Glenn perguntava.

Eu estava mais ou menos nua, apenas de calcinha com um sutiã velho.

– Vou pensar em qualquer coisa na hora, falar que demorei por que decidi curti um pouco a noite. - Respondi. - sei lá, ele vai acreditar em qualquer coisa mesmo.

Então Glenn sentou ao meu lado e começou tudo novamente. Voltamos com a guerra entre nossas línguas e ele ainda botou mais pressão. Ficamos ali um bom tempo, deitados no mato úmido pela noite, com a brisa da aurora e a lua sobre nós.

– Vamos... precisamos voltar. - Falei para Glenn.

Já estava mais que noite e meu pai não cairia em qualquer desculpa, ainda mais sabendo que o asiático que vive com sua filha sumiu também. Peguei minha lanterna e minha manta e fui andando na frente. Depois de alguns minutos Glenn conseguiu me acalçar. Eu lembrava exatamente de tudo que aconteceu meia-hora atrás e sim; foi muito bom. Não me arrependeria de nada, mesmo que não houvesse camisinha naquele momento, não mudaria absolutamente nada.

Quando chegamos na fazenda, Daryl estava parado na varanda. Glenn foi direto para o trailer de Dale e eu tive que enfrentar o olhar desconfiado de Daryl.

– Seu pai estava mandando eu ir atrás de você. - Ele comentou.

– Eu vou entrar.... inventar qualquer desculpa.

– Bom, o velho está bastante revoltado. Ele já sabe que rola alguma coisa entre vocês dois então, recomendo que invente uma ótima desculpa.

Ah, isso ajudou bastante, quase me deu uma ótima ideia. Entrei em casa e não havia ninguém na sala. Deixei a manta no sofá e tentei subir sem fazer qualquer barulho. Mas antes que eu pudesse subir, ouvi Patrícia me chamar da cozinha.

– Aonde estava ?. - Ela perguntou.

– Eu estava lá fora, caminhando. - Respondi.

Ela balançou a cabeça negativamente e soltou um risinho provocante. Ok, ela sabia que aconteceu alguma coisa, mas eu não contaria nada à ela.

– Glenn estava lá com você ?.

– N-n-ão; na verdade não. Ele ate passou por mim, mas depois foi embora.

– Maggie você não me engana. - Ela praticamente tirou toda a desculpa que inventei. - Vamos, diga o que estavam fazendo.

– Eu e ele... estávamos...ah, você sabe.

O sorriso de Patrícia sumiu rapidamente. Ela arregalou os olhos e ficou bastante espantada. Ela era bastante amiga de meu pai, mas não sei se contaria isso para ele.

– Eu não vou contar a seu pai. - Ela falou. - Só tome mais cuidado da próxima vez, não vá sumir assim, ok ?.

Assenti com a cabeça e levantei. Estava tarde e eu estava cansada, não queria ficar ainda mais lá em baixo.

Peguei um cobertor e deitei na minha cama. No meu quarto, todos já estavam dormindo. Me virei por várias vezes na cama, não conseguia tirar a pequena aventura que tive com Glenn na floresta. Eu queria ter outra dessas, uma melhor. Ele é bom demais.